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sábado, 24 de agosto de 2019

A Pretensão dos Mortos

“... Saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem espírito; mas os Fariseus reconhecem uma e outra coisa.” Atos 23;8

Um país minúsculo, então, vassalo de Roma; com tradição religiosa peculiar, porque guardião das Escrituras do Velho Testamento; contudo, com uma divisão de credos extremamente antagônica. Por quê?

Dois erros são recorrentes desde sempre nessa saga; ora, se acrescenta fermento à massa; (opiniões humanas à Palavra de Deus) outra, se preserva a ortodoxia formal, apenas com os lábios. Aqueles se reduzem a hereges; esses a hipócritas. Ambos erram.

“Toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam Nele. Nada acrescentes às Suas Palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso.” Prov 30;5 e 6

Os Saduceus aristocracia de então, eram muito “racionais” para certas crendices tipo a existência de anjos e espíritos. Além de acrescentarem suas próprias opiniões negavam ao que as Escrituras trazem expresso. Incredulidade e blasfêmia no mesmo pacote; faziam do Santo, mentiroso.

Fariseus, por sua vez, tinham uma teologia mais ortodoxa, coerente com os Textos Sagrados; porém, a coisa era da boca pra fora; “Todas as coisas, pois, que vos disserem que observeis, observai-as e fazei-as; mas não procedais em conformidade com suas obras, porque dizem e não fazem;” Mt 23;3

Não poucas vezes deparo com certa frase que circula: “Suas crenças não fazem de você uma pessoa melhor; suas atitudes sim.” Atribuída a Chico Xavier. Na verdade é de Paulo apenas foi parafraseada.

A questão aos meus olhos é a intenção subjacente a isso. Se, for uma exortação à coerência, a viver do mesmo modo que professamos crer é um bom conselho que as Escrituras trazem.

Agora, se o fito for justificar crenças heréticas e blasfemas, como o espiritismo de Chico Xavier, aí a coisa muda. Nas entrelinhas a pessoa está dizendo: Grande coisa seres cristão se cometes erros. Eu creio em algo diverso e faço melhores obras, sou mais certo que você.

A incredulidade atual é blasfema como era a dos Saduceus; pois, imputa a Deus, mentiras. “Quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem a Deus não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Deus de Seu Filho deu.” I Jo 5;10

O espiritismo apregoa salvação por boas obras; “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie.” Ef 2;8 e 9 A Bíblia prescreve boas obras como consequência, não como meio de salvação purgando imaginários “Karmas de vidas passadas”. Além disso, contrariam à Doutrina de Cristo que prevê ressurreição jamais, reencarnação; “Aos homens está ordenado morrerem uma vez; depois o juízo.” Heb 9;27

Arrostam ensinos que vêm desde Moisés que vetava a necromancia, consulta aos mortos, coisa que Isaías ampliou; “Quando, pois, vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares os adivinhos, que chilreiam e murmuram: Porventura não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos consultar-se-á aos mortos?” Is 8;19 e 20

Uma boa obra não é má porque seu agente não crê na Palavra de Deus; antes, é morta. Pode ser boa ao semelhante, mas na vertical não chega a Deus, pois, como disse o Príncipe da Vida, “... ninguém vem a Pai senão por mim.” Jo 14;6 Assim, malgrado o desprezo pela fé ortodoxa dos que se acham acima dos cristãos ela é a primeira obra que conta; “... A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que Ele enviou.”

Minhas crenças apenas não me melhoram; mas, são elas que me ensinam e estimulam a abraçar a vida em Cristo que me regenera. Cheia está a Terra de pessoas que antes eram dadas a vícios, adultério, roubos, violência; depois de apresentadas ao Amor e à Justiça Divina, expressos na Palavra mudaram radicalmente.

A crença foi o ponto de partida para uma mudança de escravos do pecado para servos do Deus Vivo.

A conversão demanda o enfrentamento do nosso maior inimigo, o ego. O negue-se prescrito não é mera adesão religiosa; antes, um auto-esvaziamento, em favor de um encher-se da Palavra de Deus. “Deixe o ímpio seu caminho, o homem maligno seus pensamentos e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque meus pensamentos não são os vossos, nem vossos caminhos os meus, diz o Senhor.” Is 55;7 e 8

O presunçoso que se acha melhor que outros pensa que, a salvação seja uma competição entre pecadores; ele na liderança.

Quem conhece o Caminho tenta vencer a si mesmo em Submissão ao Salvador. Não quer ser o primeiro; quer estar vivo.

domingo, 7 de janeiro de 2018

Salvação, contra a torcida

“Eis que chegou um homem de nome Jairo, que era príncipe da sinagoga; prostrando-se aos pés de Jesus rogava-lhe que entrasse em sua casa; Porque tinha uma filha única, quase de doze anos que estava à morte...” Luc 8;41 e 42

Toda oposição que O Senhor enfrentou tinha direta, ou, indiretamente as digitais dos religiosos. Se, eram o romanos que o assediavam, eventualmente, o faziam acossados pelos Saduceus, ou, Fariseus.

Tanto, o Senhor era “persona non grata” aos olhos deles que, Nicodemos, um membro do Sinédrio quando desejou entrevistar-se com Jesus o fez de noite, para, se possível, não ser visto por seus pares.

Entretanto, acima, encontramos Jairo, o príncipe de uma sinagoga prostrado aos pés de Jesus rogando sua Graça. Se, os demais Fariseus soubessem tinha tudo para perder seu posto de principal; quiçá, seria até expulso da sinagoga como era ameaça corrente.

Infelizmente, assim como Jairo a maioria das pessoas pauta-se por certa ambigüidade; uma escala de valores, um tipo de postura para as horas de calmaria; outro, para momentos de abalos emocionais. Todas as suas conveniências sociais e religiosas perderam importância; de repente, ante o risco de perder sua filha jogou no lixo as convenções o prostrou-se aos pés de quem o poderia ajudar. Sua ousadia foi recompensada, pois, sua filha já falecida foi restaurada à vida pelo Senhor.

Há um ditado que diz: “É na tempestade que se pensa no abrigo”; Porém, não se pensa num inexistente, antes, um que foi planejado e feito prevendo intempéries. E, como disse John Kennedy, “Devemos reparar o telhado quando o sol está brilhando.” De outra forma: Se, quando a Terra treme até ateus gritam: “Meu Deus”! Ou, se para momentos de dor, perdas, catástrofes, Deus nos parece um socorro necessário, por que, nas horas de calmaria O ignoramos?

Uma cena bem didática é observar a plateia num auto fúnebre, quando, o ministro tem o que dizer, da parte de Deus; mesmo os que dizem não acreditar, os que acreditam e não obedecem, todos bebem com sofreguidão cada palavra; mostram em suas retinas umedecidas, quanto carecem ter esperança, sobretudo, em horas assim.

Que adiantaria darmos voz ao ateísmo? Nada teria a dizer; pelo menos, nada que atenuasse a dor, que ensejasse algum alento. Nas horas de calmaria destruíram o possível abrigo; chegou o vendaval da morte e ficaram expostos.

Tendemos a ser muito naturais, malgrado, tenhamos espírito. O Mestre falou do Novo Nascimento ao príncipe Nicodemos; ele cogitou voltar ao ventre materno; viu as coisas do espírito com olhos da carne; igualmente o carcereiro de Filipos que, quando um terremoto abalou a cadeia onde Paulo e Silas injustamente presos cantavam louvores, ao ouvir de Paulo que estavam todos ali, ninguém tinha fugido, perguntou: “O que eu faço para me salvar”?

Embora pareça que ele fez uma pergunta espiritual, não foi o caso. A salvação que tinha em mente era da vida natural que corria risco de execução, se, os presos fugissem. Porém, Paulo bancou o desentendido e apresentou algo mais valioso que mera salvação natural; “Crê no Senhor Jesus e serás salvo; tu e tua casa”.

É lógico pensarmos que ninguém deixará um lugar onde se sente seguro, exceto, se, algum tipo de abalo o forçar a isso. Por essa razão Deus enviou Sua Palavra, que, menciona mais vezes o inferno que o Céu; a ideia é abalar mesmo; fazer pó de nosso enganoso refúgio da justiça própria, ou, heresias várias e deixar patente que, ou, recebemos Jesus como Salvador e Senhor, ou, eterna perdição nos aguarda.

Nas filas da “Mega da Virada” se podia ver muitos sexagenários fazendo sua fezinha, como dizem, querendo “ficar ricos”. A maioria deles tem já patrimônio sobejo para os poucos dias que lhe resta nessa terra, mas, sonham aumentar a bagagem que será deixada na viagem final.

Nuances da cegueira de quem passou a vida todinha alheio a Deus; mesmo se aproximando a hora de prestar contas a Ele, gasta as últimas porções do fôlego de vida correndo atrás de pó.

Quem chega a idade avançada nesse vale de lágrimas, por certo, passa por muitos abalos emocionais. Entretanto, chegando a ela sem ter restabelecido relacionamento com Deus, tende a petrificar o coração e partir assim.

Talvez por isso, Salomão via nos ambientes fúnebres mais proveito que nos oba-obas festivos e inúteis; “Melhor é ir à casa onde há luto, que, ir à casa onde há banquete; porque naquela está o fim de todos os homens; e os vivos o aplicam ao seu coração.” Ecl 7;2

Foi o medo de perder uma vida cara que forçou Jairo a ignorar a torcida e se prostrar ante Jesus; quanto vale sua vida pra você?