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sábado, 28 de dezembro de 2019

Inversão Letal


“Ai dos que ao mal chamam bem, ao bem, mal; que fazem das trevas luz, da luz trevas; do amargo doce, do doce amargo!” Is 5;20


A “autonomia” proposta por Satanás! “Vós mesmos sabereis o bem e o mal”. O fato de que minha percepção ou valoração sobre algo foi mudada, não muda em absoluto, aquilo que percebo. As paixões infames seguem assim, ainda que eu as repute de boa fama.

Narrativas não criam os fatos; esses se impõem para validar ou não, a leitura de quem os reporta.

Se, posso chamar ao bem de mal, e vice-versa, então já existe uma definição prévia antes de meu “chamado” que faz a coisa ser o que é, independente de meu apreço particular. O que me está reservado é agir com sensatez ou estupidez, não, mudar a essência das coisas.

Todo ensino que circula tem uma origem espiritual por trás, e “o mundo jaz no maligno”; ensinos desse sistema não são meros desvios, antes, fazem oposição ao Eterno. Tiago foi categórico: “Adúlteros e adúlteras, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” Tg 4;4

A inversão de valores não pretende ser uma escolha fortuita de um ou outro “invertido” por aí; antes, tenciona ser uma doutrina global, onde, escudadas por “cabeçalhos” como, “tolerância, inclusão, diversidade, coexistência...” novas leis se estabelecerão em detrimento da “Aliança Eterna”; quem ousar se opor terá tudo para sofrer prisão, martírio, assim que o reino global sonhado pelo Papa Francisco, comunistas vários e, o Capeta, se estabelecer.

Seguido deparo com postagens de cristãos até, falando com o mesmo sotaque dos ímpios; frases arrogantes, ofensivas, egocêntricas enchendo de ossos quem se atrever a pensar diverso deles.

Ainda: “Seja a melhor versão de si mesmo”. Si mesmo? Desde quando alguém vai a algum lugar na dimensão espiritual escudado em si mesmo? Bem disse certo gaiato: “Não me siga que também estou perdido.” Quando for possível alguém puxar os próprios cabelos e com isso levitar, tirar os pés do chão, será possível também algum ganho veraz, espiritual, escudado em si mesmo.

O Salvador disse: “Sem mim nada podeis fazer.” Ele não se acha nos que preferem estar mortos em delitos e pecados, mas nos que mudam de vida deixando ao “si mesmo” sem noção mortificado na cruz. “Por que buscais o vivente entre os mortos?”

A inclinação natural é perversa; “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, pode ser.” Rom 8;7 o chamado do Evangelho é de reconciliação; “Tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o ministério da reconciliação; isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; pôs em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse... reconcilieis com Deus.” II Cor 5;18 a 20

Quem, nesse sistema ímpio de valores invertidos for convencido pelo chamado de Cristo e decidir mudar, não são poucas as coisas que deve sacrificar na cruz, para, finalmente ter meu viver alinhado à Divina Vontade.

Paulo chamou de “Sacrifício Vivo”; “... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

Diferente da pecha que a fé é cega, vemos que o culto é racional, demanda entendimentos renovados segundo Deus; os valores que esse sistema inverte e perverte, então, nos termos Divinos outra vez.

A Vontade de Deus é boa perfeita e agradável, abençoa; sua perversão resulta em maldição; “Na verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado estatutos, quebrado a Aliança Eterna. Por isso a maldição consome a terra...” Is 24;5 e 6

Desgraçadamente, apregoando mais direitos, liberdades, Satanás vai tangendo um vasto rebanho de incautos, rumo ao totalitarismo opressor, onde o único “direito” reservado será de obedecer cegamente ao “Big Brother” que a tudo vigiará mediante tecnologia.

A imagem da besta já fala; dá-se-lhe uma ordem e ela “obedece” porém, no seu tempo ela dará as ordens. “Foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse e fizesse que fossem mortos todos que não adorassem a imagem da besta.” Apoc 13;15

Quem não se importa agora com valores invertidos, no fim do túnel será forçado a adorar Satã como Deus; de certa forma já o faz.

sábado, 2 de novembro de 2019

À ímpia imagem e semelhança

"Se voltares em paz, o Senhor não falou por mim..." II Cr 18;27

Micaías avisara da parte de Deus que o rei Acabe seria morto em combate. Ele preferira ouvir aos profetas de Baal que sempre prometiam facilidades e vitórias. Então mandou trancar o profeta do Senhor a pão e água enquanto partiam ao combate, do qual, voltaria em paz, disse.

Daí Micaías bradou as palavras acima; se tu voltares em paz, não foi O Senhor que falou por meu intermédio.

A Palavra seria fiadora de si mesma; seu cumprimento legitimava-a; enquanto, eventual falha a desqualificaria. Acabe descobriu da pior maneira, tarde demais, que o vaticínio era verdadeiro.

O cumprimento da profecia sempre foi o aferidor Divino. "Se disseres no teu coração: Como conhecerei a palavra que o Senhor não falou? Quando o profeta falar em nome do Senhor, e a palavra não se cumprir, nem suceder assim; esta é palavra que o Senhor não falou; com soberba falou aquele profeta; não tenhas temor dele." Deut 18;21 e 22

Esse aferidor no tocante à profecia estritamente.

Também poderia ocorrer de alguém fazer prodígios pretensamente espirituais; nesse caso, as consequências derivadas do dito sinal que seriam as aferidoras; "Quando profeta ou sonhador de sonhos se levantar no meio de ti, te der um sinal ou prodígio, e suceder o tal sinal ou prodígio, de que te houver falado, dizendo: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los; Não ouvirás as palavras daquele profeta ou sonhador de sonhos; porquanto o Senhor vosso Deus vos prova, para saber se amais O Senhor vosso Deus com todo vosso coração e toda a vossa alma." Deut 13;1 a 3

O milagre prometido aconteceria; contudo, a consequência seria afastar ao povo de Deus; tal permissão seria um teste de fidelidade; para deixar patente se as pessoas amavam a Deus, ou, a si mesmas apenas, na volúpia por prodígios a qualquer preço.

Como não lembrar tantos "cultos de testemunhos" onde, pretensos milagres são avalistas de Mamon; "depois que me tornei patrocinador... que sacrifiquei... fiz isso, aquilo, o $enhor me abençoou." Que triste ver a cegueira dos incautos manipulados por mercenários safados.

Que diferença da fidelidade aquela, os "profetas" atuais que prometem isso e aquilo em nome do Senhor; ao não se cumprir alegam que faltou fé; que a pessoa alvo, não recebeu a palavra.

Claro que as promessas Divinas no tocante a nós são condicionais; mas, Seus Decretos não. Quando ordena um profeta a anunciar que fará algo, normalmente faz; salvas raríssimas exceções, como a estupenda mudança coletiva de Nínive que O fez mudar Seus juízo, para não mudar Seu Caráter Santo e Misericordioso.

Não apenas profecias de eventos, como estamos acostumados, mas as que atinam às transformações operadas nas vidas dos que dão ouvidos aos Seus Ensinos; O Senhor também evoca a eficácia da Palavra como aferidora de origem; "Jesus lhes respondeu, e disse: Minha doutrina não é Minha, mas Daquele que me enviou. Se alguém quiser fazer a Vontade Dele, pela mesma doutrina conhecerá se é de Deus, ou se falo de Mim mesmo." Jo 7;16 e 17

Ainda há pouco deparei com um "Jesus" virtual que prometia curar minhas dores, resolver todos os meus problemas se eu aceitasse; bastaria escrever, aceito, sim, ou amém, sob a profanação e estaria resolvido. Sim; o simples forjar uma imagem de "Cristo" que não seja espiritual na imitação do Seu Caráter Santo, não passa de profana idolatria. Aquilo não é Cristo; é fruto duma imaginação doentia.

Que gente sem noção! Sem vergonha! Sem temor! Para começo de conversa Deus não é Deus de mortos.

O primeiro desafio lançado aos ímpios é qua ouçam Sua Voz, arrependam-se para o novo nascimento; tomem suas cruzes para aprender a andar segundo a Vontade de Deus, não mais, as inclinações próprias. "... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é vosso culto racional . Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita Vontade de Deus." Rom 12;1 e 2

Os ímpios críticos das Escrituras às quais afirmam ser mero compêndio humano são a antítese dos seus próprios argumentos; pois, ao plasmarem um "Deus" mendigo emocional, serviçal incondicional de pecadores mostram de modo mui didático como seria um Deus criado à imagem e semelhança dos mortos.

Infezmente, a sina de muitos será como a de Acabe; por optarem por facilidades invés da verdade, entenderão tarde demais que escolheram a morte. 

"Porque o erro dos simples os matará; o desvario dos insensatos os destruirá; mas quem me der ouvidos habitará em segurança; estará livre do temor do mal." Prov 1;32 e 33

sábado, 19 de outubro de 2019

Por dentro da fé


“Livro da geração de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão.” Mat 1;1
A identificação do Messias com o Patriarca maior da nação, e o rei mais proeminente; Abraão e Davi.

Todavia, separado do pecado; não, mero fruto da natureza caída que o desqualificaria como redentor; “O nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo.” Mat 1;18

O Salvador veio da linhagem da Israel, porém, de origem Divina; concebido pelo Espírito Santo.

Tanto quanto possível ser como nós Ele foi; esvaziou-se das prerrogativas Divinas e atuou nos limites humanos. Contudo, não se esvaziou da santidade; os pecados pelos quais morreu são nossos, não Seus.

Mas, multiplicou pães, ressuscitou mortos e andou sobre as águas? Eliseu também ressuscitou; também multiplicou pães e, as águas do Jordão se abriram para ele. Milagres são colocados ao nosso alcance mediante O Espírito Santo.

O maior milagre se dá em todos os convertidos, pois, mesmo estando mortos são capacitados pelo Bendito Espírito a ouvirem O Senhor; “Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; os que a ouvirem viverão.” Jo 5;25

Ouvir aqui significa entender e agir como O Eterno deseja para o “Novo Nascimento”. Dado esse venturosos passo a consciência, antes silenciosa voltará à ativa como testemunho que o espírito foi regenerado.

O homem que sempre esteve “bem” na morte passará a identificar conflitos internos entre o natural e o espiritual; “Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento; me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros.” Rom 7;22 e 23

O “negue a si mesmo” indispensável age primeiro no entendimento, para depois refletir-se nas ações; “Deixe o ímpio seu caminho, o homem maligno seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar.” Is 55;7

Assim a “cruz” do convertido o fará mortificar vontades naturais em prol da Divina, como ensina Paulo; “... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita Vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

Embora a mensagem tenha um aspecto teórico necessário, a identificação da sua origem, segundo Cristo, é prática; “Jesus lhes respondeu: A minha doutrina não é minha, mas Daquele que me enviou. Se alguém quiser fazer a vontade Dele, pela mesma doutrina conhecerá se ela é de Deus, ou se falo de mim mesmo.” Jo 7;16 e 17

Esse conhecimento nos fará como Paulo, perceber que a Divina vontade é boa, perfeita e agradável; nos domínios do Espírito, claro; “... segundo o homem interior, tenho prazer na Lei de Deus;”

Os que falam que a fé é cega opinam de fora, numa dimensão que lhes está fechada enquanto não creem; “O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.” I Cor 2;14

Então quem crê entende origem, propósito e galardão da fé; “A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem.” Heb 11;1

Quem não crê, portanto, não conhece “explica” o que ela é, como se, um cego de nascença pudesse descrever ao arco celeste com suas sete cores.

A “vantagem” de ser incrédulo é que, enquanto a fé demanda renúncias e prática da Doutrina proposta, a ele basta atrever-se temerário nas areias movediças das opiniões.

Resulta num morto descrevendo em quê consiste a vida; isso porque “... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.” II Cor 4;4

Se, Cristo se fez como nós, no que lhe era possível, e suportou a cruz em nosso lugar, tenciona mediante a eficácia da Redenção e da doutrina, regenerar-nos como no princípio; Imagem e Semelhança de Deus.

A fé não carece explicações e ainda “explica” muito a quem pode ver a ressurreição dos mortos em delitos e pecados, agora, comprometidos com a vida e a verdade.

“Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte... Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai, que está nos Céus.” Mat 5;14 e 16

sábado, 31 de agosto de 2019

Deus Tem Razão

“... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus que é o vosso culto racional.”

Há duas razões entre as quais convém fazer distinção; a razão como “Deusa” apregoada pelos iluministas franceses que deveria fazer oposição à fé, patrocinadora do ateísmo; e, razão como acessório ao intelecto.

Essa última, por certo é a que Paulo preceitua. Ela não atua como oposição à fé, antes como filtro que a purifica de elementos estranhos, fantasiosos.

Ela como vulgarmente se conhece é sinônimo de bom senso; e sensatez no domínio espiritual é comer da Árvore da Vida, não da ciência, da filosofia humana, como seria a “razão” aquela.

O mesmo Paulo pontua noutra parte o que considera sensatez: “... não sejais insensatos, mas entendei qual é a Vontade do Senhor.” Ef 5;17

Se, o culto racional demanda o “sacrifício vivo” das vontades naturais, então, somos espiritualmente racionais quando não temos razão. Isto é: Quando nos entregamos confiadamente às razões Divinas.

Paulo disse que sua entrada aos coríntios fora nas armas do Espírito, não na pretensão humana de “racionalidade”. “Minha palavra, e minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e poder;” I cor 2;4

A Sabedoria Divina desfilando perante gente que não a identificava. “Visto como na sabedoria de Deus o mundo não O conheceu pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação... Porque a loucura de Deus é mais sábia que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte...” I Cor 1;21 e 25

Trata-se de refinada ironia, pois, como dissera Isaías, “Os meus pensamentos não são os vossos, nem vossos caminhos os meus, diz o Senhor. Porque assim como os céus são mais altos que a terra, são meus caminhos mais altos que os vossos, e meus pensamentos mais altos que os vossos.” Is 5;8 e 9

Se, meu culto racional me sacrifica em prol de uma Vontade Superior, minha compreensão deve ser alinhada a essa vontade também, para que o labor de quem me ensina faça sentido.

Quando um pregador brada que O Senhor dará vitória aos seus ouvintes, normalmente, cada um deriva das suas razões o conceito de vitória; o desempregado que Deus lhe dará um emprego; o enfermo, que receberá saúde; o solitário que enfim, terá um cônjuge; o de filho viciado que o verá livre...

Invés do “Sacrifício Vivo” em prol da Vontade Divina, a afirmação das humanas inclinações, numa compreensão rasteira do significado de vitória em âmbito espiritual. “Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; esta é a vitória que vence o mundo, nossa fé.” I Jo 5;4

Há uma gritante diferença entre “vencer o mundo” em submissão a Deus, e vencer “no” mundo como anseia a carne corrupta.

Paulo, um grande vencedor subiu ao cadafalso com quem sobe a um pódio; “Porque já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, o tempo da minha partida está próximo. Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.” II Tim 4;6 e 7

O vencedor espiritual não faz as coisas acontecerem ao seu favor; mesmo que aconteçam de modo adverso guarda o que é mais precioso, a fé; “... aprendi contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido e também ter abundância; em toda a maneira, em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, quanto a ter fome; tanto ter abundância, quanto padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.” Fp 4;11 a 13

O que muitos insensatos consideram vencer atualmente é apenas uma antiga doença cujos sintomas ainda são atuais; o materialismo envernizado. “Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, miserável, pobre, cego e nu; Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas.” Apoc 3;17 e 18

Que o mundo viva seu pragmatismo doentio; que derive suas diretrizes da pós-verdade das narrativas falaciosas feitoras de sensações sem raízes sadias; a nossa vitória sempre será o triunfo da verdade em nossas vidas, quer nos favoreça, quer não. “Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade.” II Cor 13;8

Um vencedor de Deus não triunfa em particular; antes, consome-se, dá sua vida se necessário para colocar em relevo o Triunfo de Cristo.

As humanas técnicas visando motivar ímpios, invés de exortar ao arrependimento encantam serpentes onde deveriam ser geradas ovelhas. É a deusa “Razão” buscando adoradores. Só quem se submete ao Senhor entenderá as razões de Deus.

sábado, 11 de maio de 2019

Deus ou o Monstro

“... Lançado estou de diante dos teus olhos; todavia, tornarei a ver o teu santo templo.” Jn 2;4

Fragmento de uma oração muito “profunda”; Jonas estava no fundo do mar, no abismo, no ventre de um peixe há três dias, quando orou.

Preferira morrer a levar uma mensagem Divina aos odiados ninivitas; vendo que se passava o tempo e milagrosamente o metabolismo do bicho não o consumia, repensou e decidiu arrependido, cumprir o Divino propósito. “... lançado estou de diante dos teus olhos...” disse. Depois fez uma ousada e esperançosa leitura do porvir, confiado na bondade de Deus. “... tornarei a ver o Ter santo templo.”

Tinha uma missão a cumprir; uma vez desincumbido, volveria para sua terra outra vez, pensou. “Quando desfalecia em mim minha alma, lembrei-me do Senhor; e entrou a ti a minha oração, no teu santo templo.” V 7 Apesar da ideia fixa de orar no templo mesmo estando no fundo do mar contou com a Onipresença do Santo, como dissera Davi; “Se ... habitar nas extremidades do mar, até ali Tua Mão me guiará e Tua Destra me susterá.” Sal 139;9 e 10

Por fim, reavivou a obediência que votara; “Eu te oferecerei sacrifício com a voz do agradecimento; o que votei pagarei. Do Senhor vem a salvação.” V;9

Então, “Falou o Senhor ao peixe e este vomitou Jonas na terra seca.” V 10

Uma coisa a aprendermos sobre respostas às orações. Deus não vem ao nosso encontro com um pacote como se fosse empregado dos correios; antes, move circunstâncias em determinada direção, seja, concedendo o que pedimos, seja, negando. Quem tem comunhão com Ele entende Sua linguagem.

O peso derivado da desobediência, como o de Jonas é removido, uma vez, restabelecida a obediência; os que são frutos de nossos anseios nem sempre obtêm resposta favorável; ou, porque nossos anelos não são espiritualmente sadios, o tempo aprazado para certa bênção inda na chegou, ou, O Santo tem propósitos diversos para nós. O Não, e o espere, também são respostas.

Acontece que O Eterno responsabiliza-se pelo que prometeu apenas; “... Viste bem; porque Eu Velo sobre a Minha Palavra para cumpri-la.” Jr 1;12 assim, embora a esperança seja uma coisa boa, se insistirmos em esperar algo diverso do Divino intento estaremos “fazendo força” em vão; “Para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos firme consolação, nós, que pomos nosso refúgio em reter a ‘esperança proposta’;” Heb 6;18

Muitas vezes somos engolidos por “monstros” aos quais Deus não pode ordenar que nos vomitem; Tragados pela afeição aos vícios, errôneas concepções da vida, de Deus, arbitrários que somos carecemos sair com algum esforço das entranhas do “bicho” ao encontro da Sua Santa Vontade.

O que Deus faz é lançar a corda da Sua Palavra libertadora, mas, pegarmos a mesma para sermos ajudados é decisão de cada um; “Rogo-vos, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

O suicida profeta metera-se na enrascada por aversão aos inimigos de Israel, os assírios; os rebeldes atuais suicidam-se também, por não abdicarem de doentias paixões, como se, preservá-las fosse mais valioso que a preservação da vida.

As escolhas implicam perdas; para ter o que quero tenho que preterir algo excludente à minha opção. Como ensinou O Salvador, não podemos servir a dois senhores. Esse é o dilema da maioria dos desobedientes; teoricamente querem os Céus, mas, na prática vivem às suas maneiras, como se pudessem sair do “mostro” quando quisessem pelos próprios esforços.

O metabolismo do tempo os vai digerindo lentamente, até que é tarde demais. A morte espreita em cada esquina; a cada um que ceifa, divorciado do Senhor, é mais um que não verá jamais, O Santo Templo na eternidade.

O Canhoto em seu consórcio com a carne rebelde joga tudo no aqui e agora fazendo parecer que nosso tempo deve ser “aproveitado” pra “curtir” a vida; A Palavra de Deus apresenta a redoma de tempo espaço como uma dádiva para reconciliação com Deus. “... de um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação; para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem achar...” Atos 17;26 e 27

Jonas o fujão se arrependeu e foi restabelecido; trocou seus afetos desajustados pelos Santos, de Deus. Os de igual proceder terão a mesma sorte; os demais serão digeridos, infelizmente.

domingo, 7 de abril de 2019

Um Adão por dia

“Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo...” Jr 23;5

É Recorrente a figura do “Renovo” para falar do Salvador. “Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, das suas raízes um renovo frutificará.” Is 11;1 “Porque foi subindo como renovo perante ele...” Is 53;2 etc.

Não precisamos muito aprofundamento para entender que a palavra renovo significa; feito novo outra vez; regenerado.

Muitos fundem vida e existência como sinônimos; ou que, no prisma espiritual não é. Algo pode existir e estar envelhecido, decadente, ser apenas uma morte adiada. Se, a sentença que ameaçara a Adão fora: “No dia em que pecares certamente morrerás”, e, quando pecou seguiu existindo, embora, com medo de Deus, escondido, não é forçada a conclusão, antes, é lógica, que a morte espiritual não equivale à inexistência; mas, à separação do Criador.

Todo pecador em estado de rebeldia assemelha-se à certa igreja descrita em Apocalipse: “Tens nome de quem vive, mas, estás morto...” Apoc 3;1

O homem natural é só um morto existente que carece desesperadamente ouvir a Voz do Renovo se, quiser, enfim, ter vida. “Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; os que ouvirem viverão.” Jo 5;25

Escutar demanda orelhas, tímpanos; mas, ouvir requer coração, obediência; esse é o sentido aqui.

Se, no âmbito das promessas porvir achamos “natural” que Deus “chame às coisas que não são como se já fossem”, dado o Seu Escopo Eterno, igualmente pode chamar aos existentes, de mortos, dada, a sina espiritual que lhes pesa.

Embora os calvinistas apregoem que nada temos a ver com a salvação; derivaria da eleição Soberana de Deus sem nenhuma participação nossa, a Bíblia equaciona o Novo Nascimento à recepção do Salvador, o que necessariamente é um ato voluntário.

“Pode um morto fazer escolhas”? Questionam. Um morto espiritual ajudado pelo Espírito Santo e pela Palavra de Deus, sim.

Não terá méritos pela salvação; será de graça, mas, a escolha de aceitar ou não; admitir seus pecados ou não, será sempre sua. “Veio para o que era Seu, os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.” Jo 1;11 a 13

Mas, se o “mérito” dos salvos é crer, a fé, um Dom de Deus, não teria Ele, feito tudo sozinho? Assim como a desobediência humana deu azo à queda, a obediência irrestrita ao “Renovo” é que nos lega a salvação.

Se, João ensina que, “O Verbo se fez carne e habitou entre nós” essa faceta foi necessária para Sua identificação conosco; “Visto como os filhos participam da carne e do sangue, também Ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; e livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda vida sujeitos à servidão.” Heb 2;14 e 15 Porém, a regeneração que propiciou requer a mortificação da carne, da vontade natural, para que, pela Sua Palavra a regeneração seja feita.

Paulo chamou essa mortificação de “sacrifício vivo;"
necessária em todos os aspectos para que possamos acessar à Vontade de Deus. “... apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que, experimenteis a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Rom 12, 1 e 2

A dupla natureza peleja. O velho Adão, desobediente, carnal, inclinado ao pecado que deve ser mortificado na cruz; e o “Segundo Adão” Jesus Cristo, o “Renovo”, ao qual, obedecendo, teremos Nele, vida eterna.

Se, para a manutenção da vida natural em seu labor se diz que devemos matar um leão por dia, figura das cargas a ombrear, para de devida preservação da vida espiritual regenerada temos que matar a um Adão por dia.

Tipo aqueles vilões de “O Exterminador do Futuro” onde a coisa é desintegrada e seus pedaços se juntam e regeneram, assim, a natureza perversa do velho homem. Nunca morre, embora morta; sempre se regenera, embora degenerada. Ouçamos o grito de Paulo. “Miserável homem que sou! quem me livrará do corpo desta morte?” Rom 7;24

O “Renovo”; “Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor...” v 25

Nele, só Nele nossa absolvição; “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.” Cap 8;1

sábado, 30 de março de 2019

"Apenas" O Rei dos Reis

“Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo; pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de Deus.” Rom 5;1 e 2

O Feito de Cristo por nós deveria ser óbvio, entretanto, dado o agir de muitos que pregam por aí, nunca é demais recordar. Éramos inimigos de Deus e fomos reconciliados. Isso encerra a maravilhosa graça que, sendo injustos fomos imputados justos, apenas mediante a fé; fomos justificados. Afinal, Cristo “... por nossos pecados foi entregue e ressuscitou para nossa justificação.” Rom 4;25 Nós causamos Sua morte.

A real compreensão disso deveria obrar duas coisas. Primeiro deveríamos nos envergonhar de que a nossa maldade tenha custado tão alto preço à Justiça e Bondade Divinas. Diverso do dizer de alguns pavões da praça que o preço do resgate mensura nosso valor, na verdade mede a intensidade da maldade dos nossos pecados. Depois da vergonha seria esperável um sentimento de profunda gratidão ao que, pelo custo da própria vida, resgatou-nos.

Contudo, a sedução do “neo-evangelismo” moderno não mais se satisfaz com o “básico”. Paramentam suas mensagens com um calhamaço de acessórios de promessas fáceis, luzes, cores, coreografias, carnavais, unção disso ou daquilo; engodos materialistas que envergonham aos simplórios que pregam um Evangelho que oferece “apenas” Jesus Cristo. Antes que, o grato louvor Àquele que É Digno, as músicas na imensa maioria são antropocêntricas, egoístas, terrenas. O “Eu” que deveria ser mortificado inda dá as cartas nesse insano jogo travestido de cristianismo.

Invés de constrangimento e gratidão que deveriam habitar as nossas almas, há uma crassa falta de noção de gente que sente-se no direito de “decretar” “determinar” isso ou aquilo; uma vez que “filhos do Rei;” arvoram-se nos pretensos direitos de fruírem vidas de príncipes. Vergonha na cara, um deserto; presunção, um oceano.

Primeiro tivemos o surgimento da “Teologia da Libertação” onde inclinações políticas comunistas roubaram um verniz cristão para melhor engodar incautos fazendo parecer que as humanas e ímpias comichões seriam a Vontade de Deus; depois, importamos dos States a famigerada “Teologia da Prosperidade”, onde, invés de reconciliação com inimigos, o “Evangelho” remasterizado nem se importa muito com esse viés “secundário” da reconciliação; na verdade o que conta é que Deus nos desejaria enriquecer e empoderar na Terra.

Desgraçadamente “igrejas” proponentes dessa obscenidade enchem-se, enquanto, as que inda conservam a sóbria mensagem de reconciliação padecem dificuldades até para manter a membresia; quiçá, fazê-la crescer.

Esses dias foram vaticinados; “... haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos, repentina perdição. Muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade. Por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas;” II Ped 2;1 a 3

A uma leitura superficial pareceria que nem se trata desses, afinal, pregam todos os seus descaminhos “em Nome de Jesus; e os denunciados por Pedro agiriam negando ao “Senhor que os resgatou”. Ora, O Senhor desafiou pretensos seguidores a tomarem suas cruzes e segui-lo. Essas necessariamente demandam a mortificação das vontades naturais segundo o mundo, para, enfim, serem iluminadas e conduzidas pela Vontade Divina.

“Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

O Nome do Santo nos lábios e as cobiças naturais na mira é mais que negar ao Senhor; antes, é profaná-lo. “Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus; qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

Mais que uma mensagem falada, as veras testemunhas de Cristo têm uma mensagem vivida em seu modo de agir; “Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e coloca debaixo do alqueire, mas no velador; dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos céus.” At 5;14 a 16
Uma cidade edificada sobre um monte é algo que se não pode esconder; a vera conversão salta aos olhos naturais, tanto quanto, a apostasia exibe-se obscena ante a visão espiritual.

A restauração da amizade com Deus custou tão alto, trocaríamos isso por algumas moedas? Quem ainda confunde cascalho com diamantes precisa recuperar as vistas antes que, outro bem qualquer.

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Os Evangelhákonos

“Os doze convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas.” Atos 6;2

A igreja iniciante, um misto de judeus e gentios e os problemas administrativos que surgiam com o andar da carruagem.

Então, algumas viúvas gregas sentiam-se desprezadas no suprimento de pão; uma comunidade que, tinha tudo em comum, mas, nem tanto, senão, não haveria o concurso de parcialidades, ou, omissões assim.

Chegando tal pleito aos apóstolos foi que ordenaram a escolha dos servidores, (diákonos) pois, disseram: “... não é razoável que nós deixemos A Palavra de Deus e sirvamos às mesas.”

Invés da nossa transformação ser opção, “no escuro”, baseada em um fanatismo cego, como nos acusam alguns, um crer sem saber direito em quê, A Palavra de Deus demanda sempre o concurso da razão; não como pedagoga, mas, como assessora da fé, para que, os que creem o façam com entendimento. “... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que, é o vosso culto racional.” Rom 12;1

Nessa perspectiva, os apóstolos defenderam não ser razoável os homens da Palavra, deixarem sua ocupação para servir às mesas. Sua lógica era coerente, pois; uma vez que, esperava que cada um transportasse a carga conforme seus ombros; ou, sobretudo, que as coisas prioritárias não fossem ofuscadas pelas secundárias.

Se, o pão cotidiano era algo importante e deveria receber os devidos cuidados, o do espírito era essencial; quem o sabia e poderia distribuir, não deveria deixar isso por outra função de menos relevância. Pois, foi nessa ordem que O Salvador colocou as coisas: “Buscai primeiro o reino de Deus, e sua justiça; todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mat 6;33

Entretanto, muito do que hoje se chama Evangelho já não pode mais fazer distinção entre homens da Palavra, e, os cuidados com o pão de cada dia. Há uma confusão ministerial onde, o pão do espírito se funde com o do corpo; as pessoas que deveriam ser desafiadas mediante O Evangelho a tomar a cruz para a salvação, não raro, são ensinadas a fazer mandingas em busca de prosperidade material.

O culto racional como vimos acima, é o “sacrifício vivo”, ou seja: A mortificação das vontades naturais, e, renovação do entendimento em dissenso com o mundo para conhecer à Vontade de Deus.

Isso requer uma mudança dos nossos pensares pelos Divinos; “Deixe o ímpio o seu caminho, o homem maligno os seus pensamentos; se converta ao Senhor que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque os meus pensamentos não são os vossos, nem, vossos caminhos os meus, diz o Senhor.” Is 55;7 e 8

Então, o trabalho dos homens da Palavra é ensinar aos discípulos os “Pensamentos de Deus”; não basta desafiar os ouvintes a uma mudança, antes, convém ensinar em quê consiste tal câmbio.

Paulo, por exemplo, foi bem didático: “... deixai a mentira, e falai a verdade cada um com seu próximo; porque somos membros uns dos outros. Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre vossa ira. Não deis lugar ao diabo. Aquele que furtava, não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade.” etc. Ef 4;25 a 28

Assim, o ministro da Palavra não é um provedor de pão; antes, um difusor de luz. O pão vem de outra fonte: “... trabalhe fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha...”

Desse modo, quando um ministro tenta fundir as duas coisas, que são complementares, paralelas, mas, não intrínsecas, deixa de ser um mensageiro probo, e se converte numa fraude.

Pois, o “servidor” que nos coloca o pão à mesa é nosso próprio labor; a Luz da Palavra transforma-nos para que, quer, no trabalho, em família, na sociedade, a mudança operada seja mensagem para quem nos vê; “... muitos verão; temerão e confiarão no Senhor.” Sal 40;3

Quem, invés da pureza Santa da Palavra, que dá vida, pretende transformá-la num meio de obter pão, não é evangelista nem diácono, mas, um velhaco que não desempenha nenhuma das funções direito.

Um “evagelhákono”. “Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e agora também digo, chorando, que, são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre; cuja glória é para confusão deles; só pensam nas coisas terrenas.” Fp 3;18 e 19

Em suma, socorramos sempre que possível aos que carecem de pão; mas, não rebaixemos ao “Pão do Céu” que dá vida ao mundo, como se estivesse ao nível do que perece. Não seria razoável compararmos diamantes com vidro.

sábado, 7 de abril de 2018

Habeas Animus

Mesmo quem não liga para termos jurídicos, tampouco, se interessa em entendê-los, nos últimos dias ouviu muito sobre “Habeas Corpus”, dada a repercussão que alcançou o pleiteado pelos advogados de Lula.

Habeas corpus significa "que tenhas o teu corpo"; é uma expressão originária do latim. Uma medida jurídica para proteger indivíduos que estão tendo sua liberdade infringida; é um direito constitucional.

Tanto pode ser liberatório, caso o postulante esteja preso, quanto, preventivo. Em razão dos argumentos usados para tal, os juízes avaliam se, o pleito procede ou, não; julgam deferindo, ou, indeferindo-o.

Pois bem, se, no âmbito da liberdade civil “que tenhas o teu corpo” com total liberdade de locomoção é o melhor que se pode, no prisma espiritual carecemos restringir, mortificar as demandas dos corpos, se, queremos nossas almas livres em Cristo.

Paulo ensinou: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas, transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

O “sacrifício vivo” das vontades naturais é o nosso “culto racional”; Pois, a razão do Espírito não é dar vazão às nossas vontades, antes, conhecer e praticar à de Deus.

Desse modo, abdicando do “Habeas Corpus” teremos um “Habeas animus” (espírito, alma) em latim. De outro modo; andando segundo o Espírito, não, segundo reclames do corpo, alcançaremos um modo de vida agradável diante de Deus. “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas, segundo o Espírito.” Rom 8;1

Nosso passado ruim, de pecados, quando andávamos segundo a carne foi perdoado; mas, isso não deve ser estímulo para seguirmos atuando ainda daquele modo; antes, somos exortados a valorizar a graça que nos livrou, mudando o modo de viver. “... Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele? Não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?” Cap 6;2 e 3

Nossa identificação com Cristo demanda o fim do “Habeas corpus”; não que nossos corpos deixem de desejar às mesmas coisas, apenas, que em Cristo somos capacitados a resistir, o que, antes era-nos impossível. “Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências; tampouco, apresenteis vossos membros ao pecado por instrumentos de iniquidade; mas, apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e, vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça. Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois, não estais debaixo da lei, mas, debaixo da graça. E daí? Pecaremos porque não estamos debaixo da lei, mas, debaixo da graça? De modo nenhum. Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?” VS 12 a 16

A Liberdade de Cristo é podermos escolher a quem obedecer; não se trata de liberdade absoluta, mas, capacitação para atuar segundo Deus, o que antes da conversão não tínhamos; “A todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas, de Deus.” Jo 1;12 e 13

Se, é a Vontade de Deus que deve pautar nosso agir, foi essa mesma Vontade Graciosa que possibilitou-nos o novo nascimento mediante Cristo.

Sintetizando: Em Cristo fomos libertos da escravidão do pecado para podermos fazer o que devemos, não, o que queremos. Ainda presos em um corpo, vítima da queda e das ímpias inclinações decorrentes, mas, com liberdade condicional, onde, podemos desfrutar vida espiritual mortificando-o.

Antes de Cristo a vontade boa estava presa, subjugada pela habitação do pecado; o “eu”, alma, estranho no próprio corpo, escravizado e preso pelo intruso. “De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas, o pecado que habita em mim. Porque sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; com efeito, querer está em mim, mas, não consigo realizar o bem.” Rom 7;17 e 18

"De boas intenções o inferno está cheio”; diz o adágio. Pois, escravos do pecado, nossas boas intenções não passam disso; “A inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus...” Rom 8;7

A mensagem evangélica sadia é, antes de tudo, de reconciliação; “De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se, Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que reconcilieis com Deus.” II Cor 5;20

sábado, 16 de dezembro de 2017

A Incerteza Certa

“Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; saiu, sem saber para onde ia.” Heb 11;8

Um aspecto que necessariamente acompanha uma fé sadia é a incerteza. Podemos estar certos da nossa decisão, da Integridade Divina, etc. Mas, sempre estaremos incertos quanto à caminhada, pois, aos que creem deveras, muitas vezes os Senhor testa no escuro para ver em quê, estão eles firmes. Isaías ensina: “Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a voz do seu servo? Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no nome do Senhor; firme-se sobre seu Deus.” Is 50;10

Então, diverso do que dizem a fé não é cega em seu objetivo; “Sei em quem tenho crido e sei que É Poderoso para guardar meu depósito” como disse Paulo. Entretanto, pela própria natureza da fé, se requer que ela “veja” n’outra dimensão; isto é; confie irrestritamente Naquele que crê, pois, se assim não for nega-se.

Muito do que se veicula rotulado por fé não passa de certo otimismo espiritual, devaneios falsamente piedosos, como se, O Todo Poderoso fosse um adido, um Ajudador para abençoar “nossos” projetos.

Quem ainda se acha capitão do navio da própria vida nunca chegou perto da cruz, berço do novo nascimento; qualquer “bênção” que suas mandingas fruírem será fortuita; ou, de fontes espúrias, não, do Senhor. “Deus não é Deus de mortos.” Se, a cruz demanda o “negue a si mesmo”, onde resta espaço, autoridade, para que eu trace as linhas de minha caminhada e deixe ao Eterno apenas a “honrosa” condição de me abençoar?

Nem se trata do viés do poder; ainda que esse bastaria para decidir quem manda; antes, da Onisciência do Pai. Ele ama a todos; sobretudo, os fiéis; como, “há caminhos que ao homem parecem direitos, mas, no final, são caminhos de morte”, Ele preceitua que deixemos a escolha do caminho com Ele; “Entrega teu caminho ao Senhor; confia Nele e tudo Ele fará.” Sal 34;5

Assim, os que vivem pela fé devem estar atentos, pois, a qualquer momento uma lícita jornada a Bitínia passará a ser desobediência, se, no silêncio da noite o Espírito Santo ordenar a ida à Macedônia, como fez com Paulo.

O homem espiritual não cumpre um conjunto de regras eclesiásticas estritamente; não que seja desobediente, mas, pela intimidade com O Senhor pode ser comissionado pelo Espírito a coisas novas, a despeito das regras horizontais. “teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes nem para direita nem para esquerda.” Is 30;21

O legalismo restringe seus servos a determinado conjunto de regras; o andar em espírito chama-nos à comunhão, o que, muitas vezes nos coloca em choque entre obedecer a Deus, ou, os homens. Não parece uma escolha difícil no prisma filosófico, embora, tenhas seus desdobramentos críticos no âmbito prático.

Quando Paulo diz que nossa entrega irrestrita, o “sacrifício vivo” é nosso culto racional, atina ao fato que a vida de fé, ainda que nos desafie ao escuro, à medida que caminhamos, os frutos seus convencem ao intelecto também; “... minha doutrina não é minha, mas, daquele que me enviou. Se, alguém quiser fazer a vontade dele, pela mesma doutrina conhecerá se é de Deus, ou se falo de mim mesmo.” Jo 7;16 e 17

Assim, o ingresso é no “escuro”, o desafio da Palavra; porém, a caminhada é mais ou menos como dirigir sob cerrada neblina; vemos uns trinta metros apenas, contudo, avançando aquele trecho, outro igual se descortina adiante, e, dirigindo com prudência, cuidado, iremos com segurança, desde que, sabendo ler e obedecer às placas de advertência ao longo do caminho.

O Eterno prometera Canaã a Abraão; entretanto, seus descendentes, sabedores da promessa, em dado momento tiveram que viver no Egito. A fé não aniquila-se quando, em determinadas circunstâncias anda na contramão; afinal, se tem lugares específicos prometidos, também tem um tempo oportuno; ousar antes dele não o upgrade da fé, mas, a negação, a dúvida. “Aquele que crer não se apresse”.

Não que seja ilícito homens de fé ter seus anseios, projetos, até; mas, todos esses devem ser submetidos ao Senhor. Quando Ele ocupar a primazia em nossas vidas, nos agradarmos da Sua Santa companhia, os mais caros desejos, desde que, lícitos, terão Sua bênção. “Deleita-te no Senhor, Ele te concederá os desejos do teu coração.” Sal 37;5

Em suma, a fé saudável não traça caminhos; seu hospedeiro recebe os necessários “faróis de neblina” e é capacitado a trilhar a senda escolhida pelo Senhor. Se, no imediato ignora por onde vai, no Eterno, sabe onde chegar. Eis, os olhos da fé!

domingo, 12 de novembro de 2017

Por falta de óleo

“Tu, pois, ordenarás aos filhos de Israel que te tragam azeite puro de oliveiras, batido, para o candeeiro, para fazer arder as lâmpadas continuamente.” Êx 27;20

Quando alguém era escolhido para rei, sacerdote ou profeta, tal, era ungido com azeite fazendo firme sua escolha por parte do Eterno que enviava Seu Espírito para capacitá-lo.

Desse modo, além de ser o que é em si, azeite, o mesmo também é um símbolo do Espírito de Deus, como várias passagens mostram. “... Que são aqueles dois ramos de oliveira, que estão junto aos dois tubos de ouro, e vertem de si azeite dourado? Ele me falou, dizendo: Não sabes tu o que é isto? Eu disse: Não, Senhor meu. Então ele disse: Estes são os dois ungidos, que estão diante do Senhor de toda Terra.” Zac 4;12 a 14 Etc.

As lâmpadas de azeite puro iluminavam ao Tabernáculo, apenas; contudo, como “sombras dos bens futuros”, ou, tipos proféticos aludiam à pureza espiritual necessária na Obra do Senhor. “Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou, recebeis outro espírito que não recebestes, outro evangelho, que não abraçastes, com razão o sofrereis.” II Cor 11;4

Quem emitia a luz não era o azeite, mas, a lâmpada; todavia, essa morreria sem o combustível necessário. O espírito do homem é a lâmpada; iluminado com o “combustível” do Espírito Santo desfruta a Luz. “O espírito do homem é a lâmpada do Senhor, que esquadrinha todo o interior até o mais íntimo do ventre.” Prov 20;27

Mas, lâmpada não é a Palavra, segundo o salmo 119? Sim. A Luz que o Espírito Santo enseja atuando em nós é a capacidade de compreender e praticar a Palavra de Deus que João chamou de “andar na Luz”. I Jo 1;7

Ao “homem natural” falta azeite; sua lâmpada está apagada, e, incapacitado para ver na dimensão do Espírito. “Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; não pode entendê-las, porque se discernem espiritualmente. Mas, o que é espiritual discerne bem tudo e de ninguém é discernido.” I Cor 2;14 e 15

Por isso O Salvador condicionou ao novo nascimento espiritual, tanto o ver, quanto, o entrar no Reino de Deus. “...aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus... aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar...” Jo 3;3 e 5

Como o azeite para luz do Tabernáculo deveria ser puro, igualmente, nosso lume espiritual deve ser isento de impurezas, tanto de “outro espírito” como vimos, quanto, das próprias propensões humanas, carnais. O primeiro passo rumo ao novo nascimento é um “suicídio”. “Negue a si mesmo, tome sua cruz e siga-me”.

Se, o “si mesmo” estiver atuante (paixões naturais) seremos similares às sementes caídas entre espinhos que não frutificam com perfeição.

Como o incidente onde o Profeta Eliseu multiplicou azeite pra uma viúva endividada, à qual ordenou que provesse o máximo possível de vasos; enquanto teve vasos vazios houve azeite para enchê-los. De igual modo, tantos quantos conseguirem se esvaziar ante O Santo, haverá “azeite” para fazê-los espiritualmente plenos. “Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?” Lc 11;13

Esvaziar-se não é algo fácil; requer o que Paulo chamou de “sacrifício vivo”; rejeição dos padrões, valores, modo de ser e agir desse mundo ímpio: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas, transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

Não andar conforme o mundo, renovar o entendimento para conhecer a Vontade de Deus, eis o desafio! Invés da ditadura ímpia do “politicamente correto”, não alinhar-se pela sábia opção do espiritualmente sadio.

Nesse mundo enganoso de tantos hibridismos, sincretismos, onde, “inclusão” é acoroçoada invés de conversão, a manutenção da pureza do “azeite” fatalmente nos deixará isolados. Pechas como fanáticos, radicais, fundamentalistas, certamente nos caberão. Porém, à medida que nos achegamos à saída do funil a fé vai sendo depurada.

Os que não se importam com a pureza acabarão aplaudidos nos palcos do ecumenismo; só quando da chegada do Noivo as virgens néscias descobrirão que sua amplitude inclusiva, a rigor, é apenas retrato da falta de azeite.

À “rica” Laodicéia O Senhor disse: “...não sabes que és um desgraçado, miserável, pobre, cego, e nu...” Apoc 3;17

“Em todo o tempo sejam alvas as tuas roupas, nunca falte o óleo sobre a tua cabeça.” Ecl 9;8

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

A mesmice nova

“Por isso não deixarei de exortar-vos sempre acerca destas coisas, ainda que bem as saibais, e estejais confirmados na presente verdade.” II Ped 1;12
Vocês já sabem; estão confirmados; mesmo assim, seguirei exortando-vos sobre isso. Vulgarmente chamamos isso de chover no molhado.

Aquilo que aprendi no colégio, eventualmente me serve conforme circunstâncias da vida; aprendi de uma vez por todas, ou, não, mas, a coisa deixou de ser-me ensinada em dada ocasião. Por que no âmbito espiritual não é assim? O sujeito aprende gradua-se sai da escola e usufrui ao longo da vida?

Bem, algumas razões a considerar; Primeiro, o conhecimento espiritual é muito mais que mera propriedade intelectual; é necessário para exercício diário, pois, as tentações não são um teste de 
conhecimento estritamente, antes, o conhecimento da Vontade Divina requer o alinhamento submisso da nossa vontade, para que sejamos aprovados.

Primeiro deparamos com Sua Vontade negativa, o quê devemos evitar; feito isso, nos conduzirá ao aspecto positivo, como devemos proceder. “...apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas, transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

Contudo, caso sejamos aprovados nalgum teste, isso não encerra o assunto, como se o inimigo dissesse: Esse é servo de Deus, vou deixá-lo em paz. Antes, quanto mais perto de Deus estamos, mais esforça-se em sutilezas, ardis, para achar alguma brecha. Como suas tentações ocorrem o tempo todo através desse ímpio sistema que ele domina, a meditação, o aprendizado, e prática da Palavra de Deus deve ser contínua; uma espécie de “tentação” do bem como contraponto, aos muitos apelos do maligno. Alguém disse: “A verdade deve ser repetida em palavras todos os dias, porque o mal repete-se em ações.”

O salmo primeiro segue caminho semelhante: Adverte contra o conselho dos ímpios, o caminho dos pecadores a roda dos escarnecedores, depois, acresce: “Antes, tem seu prazer na lei do Senhor; na sua lei medita dia e noite.” V 2

Entretanto, além dos testes diários para preservação da vida espiritual, a graduação que O Eterno tem em mente é mui excelsa. Os ensinadores foram dados mesmo sendo os próprios, ainda aprendizes, estando mui aquém do alvo. “Ele mesmo deu uns para apóstolos, outros para profetas, outros, evangelistas, outros, pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo.” Ef 4;11 a 13

Assim, se alguém já atingiu essa estatura pode parar de aprender; onde está o abençoado?

Desgraçadamente, o labor de grande parte da “igreja” atual não está nem aí para vida eterna; seu alvo é que os ímpios prosperem nessa vida, invés de renunciarem à impiedade pelo conhecimento do Santo, para adentrarem àquela.

Quem mira no alvo errado, mesmo acertando “na mosca” seu disparo acaba inútil. Noutras palavras: “Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?” Mat 16;26

Se, mirarmos a salvação, o conhecimento espiritual e a prática do que conhecemos acaba inevitável. “A vida eterna é esta: que conheçam a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” Jo 17;3

Shakespeare colocou nos lábios de uma personagem: “Há muito mais entre o Céu e a Terra do que supõe nossa vã filosofia”. Pois, poderíamos dizer que há infinitamente mais do sabe e vive o mais sábio dos santos, ao alcance dos que desejam de fato, conhecer a Deus. O preceito é: “Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor...” Os 6;3

Assim, as “mesmas coisas” de Pedro, ou, outro qualquer, se revestem de novidades sempre, uma vez que, O Espírito Santo que habita nos salvos forja uma compreensão progressiva; não raro, aquilo que pensávamos saber já, de repente, sem mais nem menos se nos abre muito mais amplo e precioso que supúnhamos. As mesmas coisas se tornam novas.

Enfim, o conhecimento é arma poderosa, pois, não estamos numa faculdade, antes, num campo de batalha. O mundo é um deserto moral, espiritual; nele somos desafiados a lutar pela sobrevivência. Nesse cenário, vindo a sede o soldado bebe sempre do mesmo cantil; cada vez que o faz, preserva suas condições básicas de vida.

O risco não é que bebamos sempre do mesmo; mas, que alguém traga-nos “água” diferente; “Ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado seja anátema.” Gál 1;8

sábado, 7 de janeiro de 2017

Cruz; o "mal" das Boas Novas

“Disse o rei de Israel a Jeosafá: Disfarçando-me entrarei na peleja; tu, porém, veste tuas roupas reais. Disfarçou-se, pois, o rei de Israel, e entraram na peleja.” II Crôn 18;29

Dois reis; Jeosafá, rei de Judá, Acabe, rei de Israel. Esse, após ouvir o vaticínio do profeta Micaías, de que morreria, na batalha, disfarçou-se de soldado, e sugeriu que Jeosafá pelejasse em vestes reais, assim, pensou, se o rei deve morrer, morra Jeosafá, não eu.

Além de egoísta, pérfida, sua atitude, era digna de um mentecapto. Ora, se o profeta falara da parte de Deus, era justo a Ele, que imaginava ludibriar. Quem pensa que Deus posse ser “enganável”, reduz O Todo Poderoso, Onisciente, à sua própria estatura. De um assim, O Eterno falou: “Estas coisas tens feito, eu me calei; pensavas que era tal como tu, mas, te arguirei, as porei por ordem diante dos teus olhos.” Sal 50;21

Entretanto, centenas de profetas de Baal, nos quais confiava, aparentemente, tanto que eram mantidos pelo Estado, esses, digo, vaticinaram uma jornada vitoriosa, de modo que, parece, não teria nada a temer, de forma a que precisasse disfarçar-se. Por quê, o fez?


Sua rejeição ao profeta do Senhor, não derivava de ser, o tal, indigno de confiança, antes, sua mensagem não agradava. “...Ainda há um homem por quem podemos consultar ao Senhor; porém, eu o odeio, porque nunca profetiza de mim o que é bom, senão, sempre o mal; este é Micaías, filho de Inlá.” V;7

Ora, quando me achego ao Eterno em oração, ou, mediante outrem, Ele me fala, se, for uma exigência minha que, agrade minhas vontades, quem é O Senhor? Quem, o servo? Quando o Salvador propôs a autonegação como indispensável para se ir após Ele, não falava de suicídio; a cruz significa o sacrifício das minhas vontades em prol da Divina. Paulo definiu com precisão: “Sacrifício vivo”. “...apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo, agradável a Deus...” Rom 12;1 ou, “Já estou crucificado com Cristo; e vivo...” Gál 2;20

Se há uma geração de pregadores ensinando seus incautos ouvintes a “exigirem, decretarem, determinarem” o cumprimento das suas vontades, O Eterno é inocente; são profetas de Baal.

Uma coisa precisamos entender antes de mais nada: “Deus não é Deus de mortos.” Todos que vivem suas vidas alienados Dele, ao alvitre dos próprios desejos podem estar até, felizes, vivendo assim, contudo, estão espiritualmente mortos. O Eterno ama-os, e chama a si, mas, o faz inevitavelmente através da cruz. Como seria agradável a homem natural uma mensagem que propusesse sua morte? Certo que promete também que ressuscitará com Cristo e será capacitado a andar em “novidade de vida”.

Desse modo, como Micaías, ao profeta idôneo cumpre ser portador de notícias más, para a natureza caída, ainda que, por sua eficácia redentora, e, intenção Divina que a impulsiona, a dura mensagem é nomeada verdadeiramente, como, Evangelho, Boas Novas.

Quando a coisa causa rejeição, muitas vezes, violenta até, isso não revela nenhum lapso no Emissor, tampouco, no portador da mensagem; antes, o receptor se revela indigno dela. “o homem que confia no homem, faz da carne o seu braço, aparta o seu coração do Senhor... será como a tamargueira no deserto, não verá quando vem o bem...” Jr 17;5 e 6

Na verdade, no fundo, os ímpios sabem que Deus está certo, que Suas demandas são justas. Contudo, tanto quanto podem, mascaram a própria obstinação, tentam macular a imagem dos mensageiros Divinos, invés de aceitarem a correção em suas vidas deformadas.

Se Acabe não soubesse, ser verdadeira, a mensagem do profeta, não teria se disfarçado tentando fugir do juízo pela esperteza. Não contava com um detalhe: “Não há sabedoria, nem inteligência, nem conselho contra o Senhor.” Prov 21;30 Então, mesmo disfarçado, a mão de Deus o alcançou, e, morreu em sua obstinada rebeldia.

Do mesmo modo, muitos sabem, no âmago das consciências, que Deus está certo, e, é justo Seu pleito pela mudança de mentes e atitudes. Contudo, cercam-se de conselheiros vãos, como os profetas de Acabe, preferem um “cautério” psíquico, à dor da cruz, que, mortifica as vontades malsãs, e, mediante obediência possibilitada pelo Espírito Santo, Selo de Deus nos salvos, santifica os renascidos na conversão.

Cheia está a Terra de profetas para todos os gostos, e uma minoria, ao Gosto Divino. Esses não falam bem de pecadores, porém, apresentam o Sumo Bem, Jesus Cristo, graça que salva; se, o tal remédio é amargo, sua eficácia é inegável.

Tanto podemos nos disfarçar mudando as vestes, quanto, nos desnudar mediante arrependimento e confissão, para sermos revestidos de Cristo. As alternativas não envolvem modelito para uma festa, antes, são a diferença entre vida e morte; “escolhe, pois, a vida...”

quinta-feira, 26 de março de 2015

Que dureza!

“Assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: Ajuntai os vossos holocaustos aos vossos sacrifícios e comei carne. Porque nunca falei a vossos pais, no dia em que os tirei da terra do Egito, nem lhes ordenei coisa alguma acerca de holocaustos ou sacrifícios. Mas, isto, lhes ordenei, dizendo: Dai ouvidos à minha voz,  eu serei o vosso Deus,  vós sereis o meu povo;  andai em todo o caminho que eu vos mandar, para que vos vá bem.” Jr 7; 21 a 23 

Eis uma coisa muito mal entendida pelo povo, quando da vigência do Velho Testamento. Uma triste necessidade humana como sinal externo de arrependimento foi tratada como sendo uma espécie de culto, algo cujo fito seria agradar a Deus. Nada poderia estar mais distante da verdade. 

Mediante Davi o Espírito Santo foi preciso: “Porque meu é todo animal da selva,  o gado sobre milhares de montanhas. Conheço todas as aves dos montes;  minhas são todas as feras do campo. Se eu tivesse fome, não to diria, pois meu é o mundo e toda a sua plenitude. Comerei eu carne de touros? ou beberei sangue de bodes?” Sal 50; 10 a 13 

Então, os sacrifícios ofertados com pompa e circunstância, nada tinham de agradáveis a Deus; “ ajuntai os vossos holocaustos aos vossos sacrifícios e comei carne...”  Tal “culto” era mera forma rasteira de satisfazer anseios naturais. O anelo Divino era mais alto: “Daí ouvidos à minha voz. Andai em todo o caminho que Eu vos mandar...” 

Assim, os sacrifícios que amenizavam os descaminhos dos israelitas passaram a ser o centro de seu culto, em sua parca visão. 

Na verdade, a função sacerdotal era antes, profilática, que saneadora. Deveria ser um ensinador dos caminhos santos, invés de mero “açougueiro” a serviço de pecadores. “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento; da sua boca devem os homens buscar a lei porque ele é o mensageiro do Senhor dos Exércitos.” Mal 2; 7 Assim, o povo daria ouvidos à voz de Deus, ouvindo ao sacerdote. 

Embora o Sacerdócio Eterno de Cristo, ensejado pelo Novo Testamento em Seu Sangue elimine a repetição de sacrifícios, a doença de querer apenas o perdão que conserta, não, o ensino que previne segue a mesma. 

Pior, certos cretinos encorajam a “sacrificar” para ser abençoado, como demonstração de fé. Aquilo que era uma triste necessidade no Velho Testamento é vertido na “essência” do Novo, como se, o Deus que rejeitara aquelas coisas, agora, as estivesse requerendo. 

A mensagem é diferente: “Nesses sacrifícios, porém, cada ano se faz comemoração dos pecados, porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire os pecados... Então disse: Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade. Tira o primeiro para estabelecer o segundo.” Heb 10; 3, 4 e 9

Não se trata de uma adição, antes, mudança.

Mas, dirão, sabemos que somos justificados pelo sacrifício de Jesus; apenas estamos demonstrando nossa fé para sermos abençoados. Ora, a “fé” que quer algo em troca, assemelha-se à “fezinha” que os apostadores fazem quando jogam em loterias diversas. 

Fé em Jesus demanda compromisso, identificação. “Se me amais, guardai os meus mandamentos.” Jo 14; 15 Uma vez mais: “Daí ouvidos à minha voz.” 

O Sacrifício que Deus aceita é apenas o De Cristo; quanto a nós, a identificação com Ele requer certa renúncia também; mas, não se trata de oferecer coisas para negociar, antes, uma vida para ser transformada segundo Ele. “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.” Rom 12; 1 

Se, a razão, o entendimento são chamados à arena, então, se espera de nós que não deturpemos as coisas. Não basta alguém se dizer sacerdote de Deus, para que, automaticamente, tudo o que ensinar mereça crédito. Antes, além do testemunho coerente deve ter afinidade escriturística tal, que possa dizer com verdade como disse Paulo: “Por que eu recebi do Senhor o que também vos ensinei.” 

Vivemos dias difíceis; todos têm algo a dizer, poucos sabem ouvir. Contrariar eventual erro equivale a ofender; temos o direito de “curtir”; jamais ensinar. 

Pior; vemos um festival de baboseiras sem base bíblica desfilando com status de profecias, enquanto, a Voz de Deus, Sua Palavra é ignorada. 

O preceito do “Sacrifício vivo” nos faz agradáveis a Deus, embora, nem sempre compreendido pelos homens. Os falsos profetas, entretanto, oferecem facilidades mentirosas com as quais agradam ao homem, enquanto são odiados por Deus. 

Ainda que, os mesmos melindrosos “filosofem”: melhor prevenir que remediar, ouse alguém evocar a prevenção segundo Deus; presto será rejeitado, pois, a dureza de muitos corações segue irremediável...

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Almas perdidas



“Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me; porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á. Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?” Mat 16; 24 a 26 

O Mestre colocou como perdedor da alma, em Seu exemplo, um que “ganhou o mundo inteiro”. Todavia, essa antítese extrema tem como fim ressaltar o valor da alma, não ensinar que os que muito ganham necessariamente a perdem; ou, que os paupérrimos serão salvos em recompensa às privações sofridas. 

Na verdade, o cerne do que foi ensinado aqui é que o “preço” da salvação é perder a vida natural, renunciá-la; se não, mesmo que essa, a natural, prospere a ponto de ganhar o mundo, no fim, tudo será inútil. 

Falando no fim, aliás, não é lá, necessariamente que podemos perder a alma. Tanto quanto a vida eterna é uma bênção que podemos desfrutar desde já, como disse Paulo a Timóteo; “Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado...” I Tim 6; 12 Também o infortúnio de se perder a alma pode ocorrer desde já. 

Escrevendo à Igreja de Sardes na Ásia o Senhor denunciou a perda da alma de alguém que sequer identificava tal perda, antes, descansava na presunção de ser salvo. “...Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto.” Apoc 3; 1 Daí, concluir que se perdeu a alma em plena igreja não é forçar o texto, antes, interpretá-lo.

Quando o sofrimento daqueles que nos cercam não nos comove mais, apenas parece engraçado, quiçá, indiferente, isso é sintoma muito robusto que perdemos nossa alma. Se nos tornamos sectários, fanáticos achando que a virtude é nossa aliada e o vício é “qualidade” dos que eventualmente discordam de nós, também temos um sintoma coletivo em sua manifestação do mesmo sentimento do exemplo anterior, indiferença, egoísmo, males que tomam almas mortas. 

A coisa é bem mais profunda que a visão simplista de alguns, tipo: Está na igreja, então, tem a alma salva; está fora? Necessariamente é um perdido. 

Mesmo as coisas certas feitas mecanicamente, sem coração, amor, alma, não passam de obras mortas, frutos de almas igualmente mortas. Paulo foi muito didático sobre isso: “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, não tivesse amor seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia,  conhecesse todos os mistérios, toda a ciência; ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, ainda que entregasse meu corpo para ser queimado; não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.” I Cor 13; 1 a 3 

Se, todos esses predicados espirituais se tornam inócuos sem amor, parece lícito inferir que o primeiro indício de salvação da alma é a manifestação desse sentimento. Não se entenda com isso, porém, que advogo certas posições ocas como se bastasse a definição natural e sentimentalóide do que seja amor. 

O amor ensinado na Palavra é disciplinado responsável, obediente. “Se me amais, guardai os meus mandamentos.” Jo 14; 15 Assim, uma alma salva importa-se com o semelhante e com Deus. Qualquer que supuser possível trilhar pela senda da salvação divorciado disso, nem se aproximou de “perder sua vida” que o Salvador colocou como essencial. 

Por fim, o Senhor questionou sobre o que daria o homem pelo resgate da alma. Basta que vejamos alguém de posses sofrendo uma enfermidade grave para constatar que não existem barreiras, distâncias, valores, que impeçam o tal, de fazer tudo pela preservação da vida; e O Senhor falava da Eterna. 

Essa metáfora de perder a vida para ganhá-la, na verdade, quer dizer abdicar da autonomia, submeter-se ao Senhor para herdar a vida eterna. Quem se acostumou a fazer o que quis, de repente passar a ser dependente é um grande sacrifício; essa é a ideia. “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.” Rom 12; 1 

Assim, nossa alma não é ameaçada por satanás, mundo,  pessoas, estritamente; antes, pelo próprio hábito de agir autônomos em rota de colisão com a finitude do nosso tempo.

Podemos perder nossas almas já, e só identificarmos quando for tarde demais. Lá daríamos tudo; mas, então, tudo e nada serão sinônimos.