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domingo, 22 de abril de 2018

Ouro de Tolo

“Não te fatigues para enriqueceres; não apliques nisso a tua sabedoria. Porventura fixarás os teus olhos naquilo que não é nada? porque certamente criará asas e voará ao céu como águia.” Prov 23;4 e 5

Dois pontos de vista antagônicos; a um, certas coisas, bens, parece ser riqueza; a outro soa como, nada. Infelizmente, muitos desavisados fazem má leitura dos meios acabam aquilatando-os como se fossem o fim.

Em suas horas de ginástica filosófica a imensa maioria diz preferir o ser, ao ter; entretanto, na hora da verdade, das escolhas escudadas pelos valores, as posses, os bens, enfim, o interesse imediato prevalece sobre os valores, antes, elogiados.

Certo é que os bens, circunstancialmente trazem conforto, e, até podem figurar nossa estrela no “Hall da fama” dos, erroneamente presumidos ricos. Entretanto, uma preciosidade de vigência eterna, como a vida, não pode ser apreciada à luz de um momento, como é nossa duração terrena, dada para que busquemos e reconciliemos com O Criador.

Sobre nossa relação com os bens efêmeros O Salvador ensinou: “Buscai primeiro O Reino de Deus e Sua Justiça; as demais coisas ( necessárias ) vos serão acrescentadas.” Mat 6;33

Quanto à riqueza perene, verdadeira, a Sabedoria dissera: “Aceitai a minha correção, não, a prata; o conhecimento, mais do que o ouro fino escolhido. Porque melhor é a sabedoria do que os rubis; tudo o que mais se deseja não se pode comparar com ela... Melhor é o meu fruto do que o ouro, do que o ouro refinado, os meus ganhos mais do que a prata escolhida. Faço andar pelo caminho da justiça, no meio das veredas do juízo. Para que faça herdar bens permanentes aos que me amam e eu encha os seus tesouros.” Prov 8;10 e 11, e 19 a 21

Mineradores inexperientes se alegram sem nada diante do que parece precioso, mas, a uma análise especialista, se revela vulgar; de igual modo, incautos superestimam o poder de compra do dinheiro; quando carecem riquezas que lhe escapa do alcance descobrem tardiamente quão pobres são.

O progredir, prosperar é a nossa inclinação natural; contudo, como diz o ditado, não se pode vestir um santo e desnudar outro. Ou seja: Prosperar num aspecto e se fazer miserável em outro.

É belo o crescer de alguém, quando, fruto do trabalho honesto. Nenhum tijolo de sua casa tem nada a dizer contra sua honra. Porém, quando o mesmo deriva de falcatruas, malversações, corrupção, roubo, etc. aquele amontoado reluzente que, o tal, presume ser riqueza é apenas um rol de testemunhas que patenteará sua miséria no Eterno Tribunal.

A Bíblia jamais disse que o dinheiro é um mal; apenas, que “O amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males.” Vemos que o problema não está nas coisas, mas, na valoração que o homem faz delas. O Amor é o mais belo dos sentimentos, base de toda a Lei de Deus. Entretanto, deve ser direcionado, primeiro, ao Senhor, depois, ao semelhante.

O amor pelas posses, pelo comodismo é um subproduto do excesso de amor próprio; é como se, uma faculdade que nos foi legada de berço, a capacidade de amar, errasse o rumo, o alvo.

Às vezes, inda nessa vida, a verdadeira riqueza consegue um tiquinho de nossa atenção; “Houve uma pequena cidade em que havia poucos homens, e veio contra ela um grande rei, e a cercou e levantou contra ela grandes baluartes; e encontrou-se nela um sábio pobre, que livrou aquela cidade pela sua sabedoria; ninguém se lembrava daquele pobre homem. Então disse eu: Melhor é a sabedoria do que a força...” Ecl 9;14 a 16

Aqui temos a prevalência da Sabedoria sobre o poder bélico, porém, sobre o dinheiro também prevalece; “Porque a sabedoria serve de defesa, como de defesa serve o dinheiro; mas, a excelência do conhecimento é que a sabedoria dá vida ao seu possuidor.” Ecl 7;12

Ocorre-me uma frase de Drummond: “Muitos pensam que os cofres dos bancos escondem riquezas; tem apenas dinheiro lá.”

Por fim, se do ponto de vista meramente filosófico, o amor ao dinheiro é já enfermiço, o que dizer das “Igrejas” que, de posse de todas as diretrizes da Sabedoria, A Palavra de Deus, usam a mesma para promover a enfermidade onde deveriam estimular à saúde? Ou, da outra que, por simpatia ao comunismo, invés de pregar a reconciliação do homem com Deus mediante O Evangelho, ensina o esbulho das alheias posses, como se, o Reino de Deus fosse estabelecido inda aqui, e por meios injustos?

São os cegos guiando a outros cegos; o excesso de bagagem impedirá o embarque de muitos, pois, ocuparam-se prioritariamente disso, quando, deveriam ter se ocupado, sobretudo, de “comprar” a passagem.

sexta-feira, 2 de março de 2018

Com quem andas?

“O que anda com os sábios ficará sábio, mas, o companheiro dos tolos será destruído.” Prov 13;20

Dois tipos de companhia para a estrada da vida; sábios e tolos. Duas consequências atreladas às escolhas possíveis; sabedoria, ou, destruição.

Embora “sábios” seja plural a verdadeira sabedoria não é vulgar; que se ache por aí em qualquer esquina; sua antítese sim é bem numerosa; os tolos. As coisas ordinárias são mais encontráveis que as preciosas; normalmente é por sua incidência rara, que, seu valor se torna mais relevante. Como versa certo dito; vidro brilha ao sol; diamantes, em cofres.

Quando se referiu ao caminho dos salvos, O Senhor também colocou como mais difícil a sua saga, que a dos demais; “Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, espaçoso o caminho que conduz à perdição; muitos são os que entram por ela; porque estreita é a porta, apertado o caminho que leva à vida, poucos há que a encontrem.” Mat 7;13 e 14

Por sermos gregários tendemos preferir a companhia de vários, à de um só. Não que isso seja um erro em si; mas, é proverbial a supremacia da qualidade sobre a quantidade. Como, além de gregários somos influenciáveis acabamos haurindo características daqueles com os quais andamos.

A sabedoria é muito mais prática que um deleite intelectual de quem a possui; na verdade é uma ferramenta de trabalho pesado, como disse quem mais militou nela, Salomão; “Porque na muita sabedoria há muito enfado; o que aumenta em conhecimento aumenta em dor.” Ecl 1;18

Por isso seu produto é apresentado como algo pragmático, eficaz para preservação da vida, sobretudo; “A doutrina do sábio é uma fonte de vida para desviar dos laços da morte.” Prov 13;14

A Palavra de Deus faz necessária distinção entre a Sabedoria segundo Deus, e, desse mundo, que, em última análise não passa de mera astúcia. “Falamos sabedoria entre os perfeitos; não, a sabedoria deste mundo, nem dos príncipes deste mundo que se aniquilam; mas, falamos Sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; a qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória.” I Cor 2;6 a 8

Requer submeter-se ao Senhor, invés de lhe fazer violência; não é aprendida em bancos universitários, livros filosóficos, nem destila dos conselhos de um guru qualquer; antes, é Dom de Deus. “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; o conhecimento do Santo é entendimento.” Prov 9;10 “Pois o Senhor é quem dá sabedoria; de sua boca procedem conhecimento e discernimento.” Prov 2;6

Infelizmente, a maioria dos ensinos universitários tem produzido ateus; sendo a Doutrina do Senhor, tal qual é, fonte de vida, os “sábios” do mundo preferem o espaçoso e fácil caminho da destruição. O sujeito pode ser brilhante em Física, Química, Matemática, ou, outro campo afim, e, ainda assim ser um tolo nas questões espirituais.

Saber muito do que vale pouco facilmente é suplantado por outrem que sabe um pouco, do que vale muito; noutras palavras, um analfabeto que teme ao Senhor acerta com a vereda da vida, enquanto, um PHD ateu, malgrado todo verniz de seu cabedal termina na perdição.

Claro que a sabedoria demanda o exercício de quem a usufrui; não é uma tese de doutorado, antes, um modo de vida. “Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom trato, suas obras, em mansidão de sabedoria.” Tg 3;13

Enfim, será nossa escala de valores que aprendemos desde cedo que nos instigará. Seja, a escolher a companhia dos sábios, seja, dos tolos. Tendemos a optar pelas coisas mais fáceis; entretanto, para obtermos bens preciosos precisamos esforço.

Os de espírito aventureiro fazem trilhas, rapel, escalada, caminhos difíceis, tendo a excitação, a adrenalina como prêmio; pois, a sabedoria também nos desafia em suas íngremes e acidentadas veredas, tendo a salvação como alvo; a eternidade como bônus.

Quem lograr sucesso “cravará a bandeira” no topo da escalada; O Santo Monte de Deus. “Porque o Senhor dá a sabedoria; da sua boca é que vem o conhecimento e entendimento. Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade, para que guardem as veredas do juízo. Ele preservará o caminho dos seus santos.” Prov 2;6 a 8

De qualquer forma, não basta andarmos com os sábios; boas companhias por si só não nos moldam, se, nossa índole for perversa; Judas teve a Melhor possível, nem por isso, se tornou sábio.

Para fruirmos as qualidades de quem convivemos carecemos admirá-las primeiro; seja nossa, pois, a oração de Moisés: “Ensina-nos a contar nossos dias, de tal maneira, que alcancemos corações sábios.” Sal 90;12

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Caráter em falta

“O homem sábio é forte; o homem de conhecimento consolida a força.” Prov 24;5

Interessante apreço da força que, uma vez tida sob os auspícios da sabedoria, carece ser consolidada em consórcio com o conhecimento.

Uma coisa pode ser forte sem ser sólida. Por exemplo: O concreto usado na construção civil recém feito; sua constituição é forte capaz de sustentar enorme peso com a devida armação e cura; porém, assim novo é tal, que pode ser furado com as mãos. Sua força carece ser consolidada pela ação do tempo; o propósito há de ser alcançado mediante o conhecimento que projetou algo, e, forjou as ferragens e formas para determinado fim. Eis, uma força consolidada com auxílio do conhecimento. Senão resultará em mera pedra sem propósito, estorvo.

Se nosso apreço mirar no caráter humano, a consolidação de um que reputamos forte no prisma dos valores, constância, lealdade, não é necessariamente a ação do tempo que o testa, mas, as adversidades e até, as facilidades se encarregam de mostrar a “matéria prima” de cada um.

O concurso do tempo geralmente é necessário não pelo tempo em si, mas, para expor o caráter às circunstâncias que, não estão presentes “full time”; daí se diz que, para conhecer deveras, alguém, devemos comer um Kilo de sal juntos. Como o “gado” humano não come sal puro, isso demora um bocado.

Então, quando se diz, como vulgarmente, que a ocasião faz o ladrão, de duas uma: Ou a culpa é da ocasião que se assanhou e seduziu um bom caráter que estava quieto, ou, o sujeito era já mau caráter, e, falta de oportunidades para o testar fazia parecer que era algo diverso.

A Bíblia aquilata ao ser à partir de princípios, dizendo que o fiel no pouco há de ser também no muito. Como Deus pode ver corações, jamais terá por fiel um hipócrita, inda que nós, o possamos ter.

Sim, muitos posam de pessoas honrosas, ilibadas, em contextos de parcas oportunidades; avaliando como melhor uma reputação de homem decente que os frutos possíveis com a indecência; passam por homens de caráter até deparar com uma oportunidade que avaliem melhor que a honra; então seu vero ser assoma, como as unhas do gato que escondidas faziam macio seu toque. A ocasião não o faz; tira sua máscara.

Platão dizia mais ou menos o seguinte: “Quando alguém for tido por justo, honrado, lhe caberão por isso reconhecimentos, encômios, aplausos; nós ficaremos sem saber se é justo por amor à justiça, ou, aos muitos aplausos e louvores que recebe. Convém, pois, tirar-lhe tudo, expondo-o a um ambiente hostil sem o mínimo conforto, ou, favor; se ainda assim seguir sendo justo, por certo, esse, o é, por amor à justiça."

A ideia é que o caráter não se dobra às circunstâncias, quer agradáveis, quer adversas. Atestando a integridade de João Batista Jesus disse: “O que fostes ver? Uma cana agitada pelo vento?” Assim são os hipócritas, e a imensa maioria dos políticos; Inclinam-se sempre ao vento dominante; são o que sua plateia for.

“Como dente quebrado e pé desconjuntado é a confiança no desleal, no tempo da angústia” Prov 25;19 É; onde esperamos caráter, firmeza, probidade, eis um lapso! Muitas vezes a culpa é nossa, pois, esperamos de uma pessoa muito mais que ela é; tendo bom caráter costumamos balizar expectativas pelo que somos não pelo que as pessoas são; invariavelmente nos decepcionamos. “O caráter é como uma árvore e a reputação como sua sombra. A sombra é o que nós pensamos dela; a árvore é a coisa real.” Abraham Lincoln

Aos signos de nossa escrita chamamos caracteres; o plural de caráter. Cada tecla traz sobre si sua identidade; o que ele grafará quando premida; com escreveríamos se os resultados fossem variáveis? Assim deveríamos ser. Aquilo que a aparência promete deveria resultar sempre na escrita dos nossos atos, malgrado, a ocasião.

Marquês de Maricá dizia: “Deve-se julgar da opinião e caráter dos povos pelo dos seus eleitos e prediletos.” Estando ele certo, e acredito que está, essa corja que todos os dias testa nossa paciência com notícias sobre corrupção e deslizes de toda sorte é nossa cara; a cara da nação.

Nossos votos foram as sementes, agora que as árvores cresceram estamos furiosos com os frutos. Pior, tem gente que se alegra quando desafetos partidários são flagrados e ignora aos seus.

Mesmo depois de sofrer os venenos da corrupção ainda estão em paz com certos corruptos e irados com outros. 

Falta de informação, ignorância são males menores; mas, falta de caráter, justifica certa frase que achei meio ácida a princípio e começo a repensar, dizia: “Quanto mais conheço os humanos, mais gosto do meu cachorro.”

sexta-feira, 28 de julho de 2017

Vida; o melhor dos "Melhores"

“Melhor é a mágoa que o riso, porque com a tristeza do rosto se faz melhor o coração.” Ecl 7;3

Ao principiarmos nossa investigação sobre o melhor, precisamos considerar dois aspectos. Ora, resulta em face das sensações, ora, das consequências. O melhor no aspecto sensorial tem a ver com seu aspecto aprazível, agradável, o gozo que produz. O melhor visando o produto relaciona-se com o resultado a que leva; malgrado, o caminho nem sempre seja aprazível.

Por exemplo: Imaginemos uma criança enferma cuja medicação necessária é uma injeção. Se, alguém lhe perguntasse o que preferiria, uma barra de chocolate, ou, uma injeção, óbvio que seu melhor, sua escolha seria doce, não, dolorida. Contudo, na meta da restauração da saúde, o melhor seria o remédio. Assim, distinguimos o melhor segundo a sensação do outro, segundo as consequências.

Óbvio que é desse último que fala Salomão, pois, a mágoa, o choro não são sensações agradáveis, coisas que buscamos; entretanto, - ensina - isso “faz melhor o coração.” Desse modo, a opção pela coisa certa, malgrado, as sensações envolvidas acaba sendo o fator que adjetiva aos próprios agentes da busca. “O coração dos sábios está na casa do luto, mas, o dos tolos na casa da alegria.” V 4

Isso posto resulta necessária a conclusão que, não devemos aquilatar o valor de um caminho pelo caminho em si; antes, pelo objetivo ao qual leva. 

Falando da salvação que veio trazer, O Salvador apresentou Seu caminho como pior; o mais difícil. Porém, esse conduz à vida, enquanto o alternativo, à perdição. “Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, espaçoso o caminho que conduz à perdição; muitos são os que entram por ela; porque estreita é a porta, apertado o caminho que leva à vida, poucos há que a encontrem.” Mat 7;13 e 14
Um filósofo disse: “Para dominar as multidões basta conhecer as paixões humanas, certo talento e uma boa dose de mentira.” Infelizmente ele estava certo.

Uma das paixões humanas mais latentes é o comodismo, o menor esforço, quiçá, nenhum, para conseguir saciar seus desejos desorientados. Pra constatar isso não precisamos de um tratado filosófico, uma análise antropológica profunda e tal; basta olhar nas filas lotéricas, sobretudo, em tempos de prêmios acumulados para ver o crepitar vívido do fogo dessa paixão.

Então, pregadores resolveram dizer à nossa criança do exemplo, que descobriram um chocolate medicinal; que além de servir sua doçura ainda cura o mal que assola a infeliz. Não precisa do medicamento doloroso; pode resgatar sua vida e o prazer ao mesmo tempo. Claro que essa “posologia” é a “boa dose de mentira” prescrita; mas, a “criança” não se importa, uma vez que gosta do “remédio”.

Traduzindo; refiro-me aos pregadores que acenam com salvação sem conversão; perdão sem arrependimento; cristianismo sem Cristo; prosperidade sem frutos, Evangelho sem Cruz. Pujantes estão as filas lotéricas, digo, as “igrejas” onde essas formas doces de assassinato são ministradas.

Watchman Nee disse com acerto que muitos fazem de seus ministérios um meio de ensinar viver melhor, pessoas que necessitam com urgência aprender a morrer melhor. Invés de encorajar a busca pelo fomento das paixões doentias deveriam desafiá-los a negarem-nas, na cruz.

As borboletas, cumprido seu tempo para voar exibem a beleza das asas, não o casulo, esse fica para trás. Mas, as pessoas de visão embaçada pelas paixões materiais gastam suas vidas para ficarem ricas; as que conseguem deixam tudo ao partir; chegam perante O Eterno na mais miserável indigência; descobrem tardiamente a essência do “ouro de tolo”.

Entretanto, as diretrizes para o que tem valor estão ao alcance de todos; “Aceitai minha correção, não a prata; e o conhecimento, mais do que o ouro fino escolhido. Porque melhor é a sabedoria do que os rubis; tudo o que mais se deseja não se pode comparar com ela. Eu amo aos que me amam; os que cedo me buscarem, me acharão. Riquezas e honra estão comigo; assim como bens duráveis e justiça.” Prov 8;10, 11, 17 e 18

O mesmo Salomão disse mais: “Porque a sabedoria serve de defesa, como de defesa serve o dinheiro; mas, a excelência do conhecimento é que sabedoria dá vida ao seu possuidor.” Ecl 7;12

Assim como o conserto do telhado se faz em dias de tempo bom, o homem prudente não deveria precisar de um velório, um ambiente triste para meditar nos objetivos da vida; Poderia fazer sem dor.

Contudo, se o fizer mesmo num evento assim, poderá, como fez O Senhor na Cruz, da morte tirar vida. “...quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna; não entrará em condenação, mas, passou da morte para a vida.” Jo 5;24

terça-feira, 11 de julho de 2017

As pobres riquezas

“Não te fatigues para enriqueceres; não apliques nisso tua sabedoria. Porventura fixarás os olhos naquilo que não é nada?...” Prov 23;4 e 5

É comum ouvirmos o “desprezo” à matéria em frases tipo: “Dinheiro não traz felicidade;” “Da vida nada se leva”; “Vão-se os anéis, ficam os dedos”; etc. De modo que parece que a humanidade sabe reconhecer os verdadeiros valores. Contudo, na prática a teoria é outra, com diria Joelmir Beting.

Certa ambição é sadia; a que nos instiga ao trabalho, empreendedorismo, visando melhorarmos nossas condições de vida. O texto bíblico diz: “Não te fatigues para enriqueceres...” Adiante avalia: “... fixarás teus olhos naquilo que não é nada”. Lógico que temos diante de nós um conflito de valores. Aquilo que, para uns parece riqueza, para outro, foi aquilatado como nada. Temos uma hipérbole, um exagero de linguagem cujo fito é enfatizar algo, não, ser entendida ao pé da letra.

Óbvio que bens materiais têm seu valor! Compram o pão, vestes, habitação; toda sorte de conforto que a boa vida demanda. Entretanto, ao escopo de uma avaliação espiritual, essas coisas não são fins, antes, meios de viver; não, as verdadeiras riquezas; aquelas que têm durabilidade após a peregrinação terrena. “Não ajunteis tesouros na terra, onde traça e ferrugem tudo consomem, onde ladrões minam e roubam; mas, ajuntai tesouros no céu, onde nem traça nem ferrugem consomem; onde ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver vosso tesouro aí estará também vosso coração.” Mat 6;19 a 21

Salomão que escreveu a sentença primeira foi extremamente rico, falou do que conheceu; e, sua avaliação do que ficaria após sua morte foi ácida: “Vaidade de vaidades; tudo é vaidade.” Disse. Antes, avaliara a vastidão da cobiça; “Quem amar o dinheiro jamais dele se fartará; quem amar abundância nunca se fartará da renda; também isto é vaidade.” Ecl 5;10

Depois cotejara o dinheiro com a sabedoria: “Tão boa é a sabedoria como a herança, dela tiram proveito os que vêem o sol. Porque serve de defesa, como de defesa serve o dinheiro; mas, a excelência do conhecimento é que a sabedoria dá vida ao seu possuidor.” Ecl 7;11 e 12

De passagem contou a história de um pobre rico: “Houve uma pequena cidade em que havia poucos homens; veio contra ela um grande rei, a cercou, levantou contra ela grandes baluartes; encontrou-se nela um sábio pobre, que livrou aquela cidade pela sua sabedoria; ninguém se lembrava daquele pobre homem. Então disse eu: Melhor é a sabedoria do que a força, ainda que a sabedoria do pobre foi desprezada, e suas palavras não foram ouvidas.” Cap 9;14 a 16 Isso combina com o feito posterior do profeta Eliseu que livrou a cidade de Dotã cegando seus algozes pelo Poder de Deus e os levando presos a Samaria.

Estranha doença essa nossa de conhecermos em teoria os excelsos valores, e nos empenharmos, na prática, apenas pelos efêmeros, circunstanciais, menores. Aceitação humana, mais que, Divina, instiga insensatos a parecer o que não são; enquanto, seus passos apressados labutam na maratona do ter.

Paulo foi categórico, deixou por terra a “Teologia da Prosperidade: “...homens corruptos de entendimento, privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho; aparta-te dos tais. Mas, é grande ganho a piedade com contentamento. Porque nada trouxemos para este mundo, e, nada podemos levar dele. Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso, contentes. Mas, os que querem ser ricos caem em tentação, em laço, muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é raiz de toda a espécie de males; nessa cobiça alguns se desviaram da fé; traspassaram a si mesmos com muitas dores. Mas, tu ó homem de Deus foge destas coisas...” I Tim 6;5 a 11

Aí alguém me pergunta: Pode um cristão jogar loterias? É pecado? Não diria que é pecado, antes, que é doença, cegueira, amor deslocado dos alvos sadios, voltado para o dinheiro. E pensar que multidões freqüentam “igrejas” porque os pilantras que lá ministram lhes acenam com riquezas terrenas...

Não é errado desejar riquezas, pois; é estúpido confundir bijuterias com jóias preciosas. Ouçamos o discurso da Sabedoria: “Aceitai a minha correção, não a prata; o conhecimento, mais do que o ouro fino escolhido... Riqueza e honra estão comigo; assim como bens duráveis e justiça. Melhor é meu fruto do que o ouro, do que o ouro refinado, e meus ganhos mais do que a prata escolhida. Faço andar pelo caminho da justiça, no meio das veredas do juízo. Para que faça herdar bens permanentes aos que me amam, e eu encha os seus tesouros.” Prov 8;10, e 18 a 21

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

O Preço de ver

“Porque na muita sabedoria há enfado; o que aumenta em conhecimento, aumenta em trabalho.” Ecl 1;18

Salomão, de certa forma deplorando à sabedoria, da qual, dissera ser, vaidade, aflição de espírito. A própria, ensina que, não causa-nos aflição, ver as coisas nos devidos lugares, antes, seu oposto. Vaidade pressupõe um esforço, uma empresa que não terá resultados úteis, quiçá, os terá pífios, insignificantes, em face ao esforço demandado.

Ver as coisas fora do lugar o afligia, diante da perspectiva de que se não poderia mudar isso. “Aquilo que é torto não se pode endireitar; aquilo que falta não se pode calcular.” “Atenta para a obra de Deus; quem poderá endireitar o que ele fez torto?” Ecl 1;15 e 7;13

Teria Deus, feito algo imperfeito de modo que a sabedoria humana pudesse identificar? De quais imperfeições estaria falando? Jó perguntara: “Quem do imundo tirará o puro? Ninguém.” Dissera. Jó cap 14;4

Porém, Salomão viu uma depuração possível; “Tira da prata as escórias, e sairá vaso para o fundidor;” Prov 25;4 Assim, o que Deus “fizera torto” seria uma mescla de virtude com vício, de boas com más inclinações, figuradas como prata entre escórias.

O que Deus “fez de mal” foi dar absoluta liberdade às Suas criaturas, e mesmo sendo contra Sua Vontade o advento do pecado no mundo, foi Seu desejo amoroso, deixar ao homem a possibilidade de pecar, para que, eventual obediência fosse voluntária, não, automática. Da livre vontade humana, “encorajada” o concurso das escórias, que inquietavam o sábio.

No fundo, todos temos sabedoria que possibilita vermos as coisas como são; entretanto, quando más, conosco abrigadas, são dolorosas; tendemos a desviar o foco para onde dói menos, quiçá, dá certo prazer. “Temos olhos de lince para erros alheios, de toupeiras para os nossos”, como disse Erasmo de Roterdã.

Assim, identificar as escórias demanda a graça de Deus, como fizera ao dar sabedoria a Salomão. A nós, mediante o “Novo nascimento” permite que vejamos a “trave no nosso olho” antes, do cisco no alheio. Mais; permite suportarmos à Palavra de Cristo, coisa que se revela impossível, a quem não é capacitado pelo Espírito Santo. “Mas quem suportará o dia da sua vinda? Quem subsistirá, quando ele aparecer? Porque ele será como o fogo do ourives, como sabão dos lavandeiros. Assentar-se-á como fundidor, purificador de prata; purificará os filhos de Levi, refinará como ouro e como prata; então, ao Senhor trarão oferta em justiça.” Mal 3;2 e 3

A mesma moléstia, antes referida, de ver melhor os erros alhures, que em nós, leva certos “teólogos” a relativizarem A Palavra, alterarem o que O Altíssimo disse, para não adequarem suas vidas, ao Preceito Eterno. Isaías os viu: “A terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado os estatutos, quebrado a aliança eterna. Por isso, a maldição consome a terra...” Is 24;5 e 6

Paulo apóstolo sofreu quando viu em si mesmo a mescla de prata com escórias, desabafou: “Sabemos que a lei é espiritual; mas, eu sou carnal, vendido sob o pecado. O que faço não aprovo; o que quero, não faço, mas, o que aborreço, faço. Se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas, o pecado que habita em mim. Porque sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; com efeito, querer está em mim, mas, não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas, o mal que não quero. Ora, se eu faço o que não quero, já não faço eu, mas, o pecado que habita em mim. Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo.” Rom 7;14 a 21

Tal “ciência” nos dá trabalho, pois, quem consegue ver essas escórias todas deve lutar contra elas em si mesmo; no aspecto ministerial, ser, à medida do possível, agente iluminador, para que outros vejam melhor também. 

Contudo, se nos dias de Salomão não havia perspectiva de se poder endireitar o que Deus “fez torto”, Paulo vislumbrou Uma Luz, no túnel sombrio da revelação: “Dou graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. Assim, que, eu mesmo, com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas, com a carne à lei do pecado.” Rom 7;25


A natureza espiritual regenerada por Cristo, permite andar segundo o Espírito, que endireita o que a carne pecaminosa entorta. “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas, segundo o Espírito.” Rom 8;1 O que fora aflição de espírito, Deus converteu em vida no Espírito.

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Os Jovens Reis Velhos

“Melhor é a criança pobre e sábia, do que o rei velho e insensato, que não se deixa mais admoestar.” Ecl 4;13

Se considerarmos apenas os adjetivos; melhor o sábio que o insensato, a coisa resultará por demais, óbvia. Porém, analisando no prisma dos substantivos, diria que o caldo entorna um pouco; melhor a criança que o rei?

Sim, mas uma criança sábia. Contudo, pode uma criança ser sábia estritamente falando? Em termos de conteúdo, por razões naturais, claro que o rei, mesmo insensato, sabe muito mais que ela.

A conclusão necessária aqui é que o pensador está cotejando dois princípios, não, conteúdos. Se, considera insensato o que não se deixa admoestar, age como dono da verdade, pelo caminho inverso, verá sabedoria no seu oposto; na criança de alma dócil ao aprendizado, disciplinada, atenta a eventual correção, essa postura, é sua sabedoria.

No rei insensato vislumbra obra acabada com pouco esmero, de proveito duvidoso; na criança, vasto leque, potencial imenso, ainda sem uso; o teatro da vida todo ao dispor, onde pode ser treinada para interpretar um script virtuoso.

Embora o escopo original atente a personagens reais, seus predicados tipificam virtudes ou, vícios, que habitam em todos nós. Qualquer um, independentemente da idade, pode ser “rei velho”, ou, “criança sábia”.

O Salvador desafiou Seus ouvintes a destronarem o dito soberano, dando lugar ao infante, caso quisessem entrar no Reino dos Céus. “Em verdade vos digo que, se não vos converterdes, não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos céus. Portanto, aquele que se tornar humilde como este menino, esse é o maior no reino dos céus.”

Diria, sem forçar a barra, que O Salvador foi crucificado entre um rei velho e uma criança, avaliando o comportamento dos dois ladrões que morreram ao Seu lado. O “rei” continuava ordenando: “Se és mesmo filho de Deus, desce da cruz, salva a ti e a nós.”  O “menino” advogou a inocência do Senhor, suplicou Seu favor em Seu Reino. Se fez menino e entrou; o “rei” ficou de fora.

A humildade de meninos nos fará aceitarmos a correção de quem tem autoridade sobre nós, e ensejará o desejo de aprendermos com quem for apto a ensinar.

Entretanto, as asas velozes da tecnologia trazem o conhecimento; os mais novos que não precisam descartar a nenhum aprendizado inútil, obsoleto, levam imensa vantagem, ante os de mais idade, na “pilotagem” desses aparatos. Essa “vantagem” acaba se voltando conta eles; pois, tendemos a respeitar quem sabe mais, e erroneamente equacionam conhecimento com sabedoria. As facilidades tecnológicas e virtuais podem fazer “reis velhos” de tenra idade.

Aprendem a dominar a tecnologia antes de dominar a si mesmo, estando o espaço virtual eivado dos piores vícios adultos, torna-os acessíveis às crianças, e, desgraçadamente, pode ser mortal.

Isso acaba numa espécie de conversão do avesso. Ela, quando se dá, traz nova vida espiritual, insta os renascidos ao crescimento segundo Deus: “Deixando, pois, toda a malícia, todo o engano, fingimentos, invejas, todas as murmurações, desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo;” I Ped 2;1 e 2

Os “convertidos” da NET sentem-se adultos precoces detentores do saber, capazes de “filosofar” coisas profundas usando o método “Control C Control V” mas, ineptos para dois parágrafos sem dez erros, incapazes, ante a necessidade do raciocínio lógico. As redações nos vestibulares denunciam isso. Como fazer esses “reis velhos” se tornarem crianças sábias?

Se os pais ousarem tolher acesso precoce a tais parafernálias, serão odiados pelos filhos, pois, todos seus amiguinhos têm. E, o carvão viraria diamante antes, que o treinado no exercício do vício optasse voluntariamente pela virtude. Jeremias sentencia: “Porventura pode o etíope mudar sua pele, ou, o leopardo suas manchas? Então, podereis vós fazer o bem, sendo ensinados a fazer o mal.” Jr 13;23

Sem dúvida vivemos a pior geração de todos os tempos, no aspecto moral, espiritual, o bom e velho caráter. Vemos igrejas de mercenários cada vez mais prósperas, e, escândalos políticos sucedendo-se em velocidade espantosa.

Paulo anteviu: “Nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas, negando a eficácia dela.” II Tim 3;1 a 5


Os tempos propícios para abraçar a salvação passaram; Deus busca ainda uns rabiscos, adultos, jovens, que consigam, nesse amontoado de reis insensatos, se portarem como crianças sábias. A Palavra ainda vale: “Deixai vir a mim os pequeninos; deles, é o Reino dos Céus.”

quinta-feira, 31 de março de 2016

Os Verdadeiros Valores

“As muitas águas não podem apagar este amor, nem os rios afogá-lo; ainda que alguém desse todos os bens de sua casa pelo amor, certamente desprezariam.” Cant 8;7

A superioridade dos bens abstratos, psicológicos e espirituais, sobre os materiais é ensino recorrente. Se, acima temos o amor entre humanos em apreço, noutras partes temos o valor da vida sobrepujando riquezas; “Aqueles que confiam na sua fazenda, se gloriam na multidão das suas riquezas, nenhum deles de modo algum pode remir seu irmão, dar a Deus o resgate dele. A redenção da sua alma é caríssima, seus recursos esgotariam antes.” Sal 49; a 8

Noutra parte, não só o amor e vida, mas, a própria Sabedoria sobrepuja riquezas materiais, e o faz, à medida que logra alcançar o que nenhum bem mais, consegue, a própria vida. “Porque a sabedoria serve de defesa, como de defesa serve o dinheiro; mas, a excelência do conhecimento é que a sabedoria dá vida ao seu possuidor.” Ecl
7;12
Mesmo para fins bélicos, os Poderes Espirituais, desconhecem adversidade, ante exércitos poderosos. “Porque os egípcios são homens, não Deus; seus cavalos, carne, não, espírito; quando o Senhor estender sua mão, tanto tropeçará o auxiliador, quanto, cairá o ajudado, todos juntamente serão consumidos.”Is 31;3

Até a sabedoria popular aquilata a vida como valor supremo, quando, ante enormes perdas temporais, essa é preservada, filosofa: “Vão-se os anéis, ficam os dedos”.

Circula na Internet, um vídeo de “Pepe” Mujica, que vou citar livremente, preservando a essência, mas, parafraseando. “Ou você é feliz com pouco – disse – ou, não será com nada. Criamos uma sociedade de consumo, onde nos gastamos em busca de coisas supérfluas. Quando você compra algo, não paga por isso com dinheiro; mas, com o tempo de vida que usas para ganhar esse dinheiro. Dinheiro se ganha, vida não; vida se gasta.”

Entretanto, toda essa introdução visando demostrar a superioridade desses valores soará à maioria, como “chover no molhado”; repisar o que qualquer um sabe. Acontece que a verdadeira sabedoria não é meramente conceitual, é prática. Não é estritamente o que sei, que mostra meu saber; antes, como atuo em face ao que sei. Se conheço o valor de um diamante, ainda assim, uso numa funda, a ação prática só realça minha estupidez. O conhecimento não se converte em sabedoria.

Uma vez um pastor amigo me perguntou, durante um almoço, qual a diferença entre conhecimento e sabedoria. Me vi numa saia justa, dada a tarefa inusitada. Respondi o que me ocorreu na hora, mais para me desincumbir, que, estar certo da resposta. Disse: “Um homem de conhecimento sabe que ficarão de fora do Reino dos Céus, os mentirosos; um sábio, não mente.” Depois, pensando melhor, concluí que não poderia melhorar a resposta, que eu fora inspirado ao encontro dela.

O Senhor desafiou Seus ouvintes a transformarem seu saber em bênçãos, mediante a prática. Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois, se as fizerdes.” Jo 13;17

Tiago, por sua vez, desafiou ao mesmo, com outras palavras:Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom trato as suas obras em mansidão de sabedoria.” Tg 3;13

Depois advertiu que se pode ser “sábio” segundo o diabo, alimentando sentimentos impuros; “Mas, se tendes amarga inveja, sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas, é terrena, animal, diabólica.” Vs 14 e 15

Então, nós sabemos o necessário para fazermos boas escolhas. Contudo, quem disse que as informações são suficientes para moldarem as ações de uma alma cuja vontade é refém de vícios? Por exemplo: Um fumante lê no maço de cigarros: “Fumar provoca câncer de pulmão.” De posse dessa preciosa informação, troca alguns reais pela satisfação de seu desejo.

Desse modo, não é forçar a argumentação, concluir que as pessoas precisam de libertação, mais, que informação; embora, essas duas estejam amalgamadas, se, temos por informação, o que, ao Olhos Divinos é a Verdade. “Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” Jo 8;31 e 32

O conhecimento da Verdade secundaria à prática dos ensinos; “se vós permanecerdes nas minhas palavras...”


Em suma, pouco, ou nada vale, sabermos onde estão os verdadeiros valores, se, nossa vontade algemada aos falsos, segue como que traindo a si mesma. Às vezes somos ousados para enfrentarmos o mundo, e fugimos de nós mesmos. É que esse enfrentamento se dá na cruz. “Se alguém quer vir após mim, negue a si mesmo, tome sua cruz e siga-me” Luc 9;23 A cruz tem suas dores, mas, as riquezas que encerra, compensam; vida eterna.