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domingo, 26 de abril de 2020

O Rebanho e o Zoológico


“Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não os ouviram.” Jo 10;8

A Bíblia menciona pelo menos dois “Messias” que vieram antes e tiveram alguns seguidores, até; “Porque antes destes dias levantou-se Teudas, dizendo ser alguém; a este se ajuntou o número de uns quatrocentos homens; foi morto e todos os que lhe deram ouvidos foram dispersos, reduzidos a nada. Depois deste levantou-se Judas, o galileu, nos dias do alistamento; levou muito povo após si; mas também este pereceu e todos os que lhe deram ouvidos foram dispersos.” Atos 5;36 e 37

Nos dias do alistamento foi quando Jesus nasceu; quiçá, informado do incidente dos sábios, algum aventureiro tenha pensado aproveitar-se do clima e se fazer líder de uma revolta; deu em nada.

Se, as ovelhas não seguiram aos ladrões e salteadores pretéritos, quem os seguira?

Pessoas que se identificavam com os tais. Afinal, não era a identificação que ligava “O Bom Pastor” às Suas ovelhas? “Quando tira para fora Suas ovelhas, vai adiante delas; as ovelhas o seguem, porque conhecem Sua voz. Mas, de modo nenhum seguirão o estranho, antes fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos.” Jo 10;4 e 5

É natural alguém seguir a outrem, com o qual se identifica. Sócrates, o filósofo dizia que, quando aplaudimos alguém o fazemos por identificação, por esse alguém representar nossos anseios de beleza, talento, virtude... no fundo, aplaudimos nós mesmos. Acaso não vaiamos aquilo do qual discordamos?

Pois, mesmos cabritos com presunções ovinas também seguem mercenários com pretensões pastorais; “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” II Tim 4;3 e 4

Como o chamado do Messias começa com o “negue a si mesmo”, nosso “aplauso” necessariamente será Dele, se, de fato somos ovelhas Suas. Nossa forma de pensar, sentir, desejar a vida, já não conta; antes, Sua mente deve ser a nossa; segui-lo não é caminhar estritamente, mas agir conforme Ele agiria estando em nosso lugar.

Não que alguém já fosse ovelha, e finalmente achasse um pastor pra seguir; antes, um predador foi deixado na cruz, convencido pela Palavra da Vida; uma ovelha gestada mediante novo nascimento, a qual, pelo Espírito consegue identificar-se com a Voz do Pastor.

O desafio do convertido que conserva a antiga natureza rapace é crucificá-la a cada a dia, mediante renúncia, não agindo conforme seus reclames, mas conforme a Voz do Pastor. Assim, se o predador deseja carne, a ovelha renascida é gerada do Espírito; seguir segundo Ele é sua dieta normal; “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. Porque a Lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.” Rom 8;1 e 2

Duas leis; uma para julgar o mundo, outra para justificar os salvos. Aquela com dez mandamentos escritos; essa com uma síntese de dois, amar a Deus e ao próximo, coisas possíveis ouvindo a Voz do Pastor.

Por isso a transformação deve ser radical; novidade de valores, atitudes, de vida. “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5;17
Se, somente andando em espírito não haverá condenação, como seríamos salvos seguindo a outrem que não fosse O Bom Pastor? Como disse Pedro: “Para quem iremos nós se só Tu Tens as Palavras de Vida Eterna”, ou, Ele: “Eu Sou O Caminho, A Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai, senão por Mim”.

Portanto, mensagens de “tolerância e inclusão” tão em voga, o dito ecumenismo que considera válidas todas as crenças, a despeito dos ensinos, invés de “Um rebanho e Um Pastor” como tenciona O Eterno, se faz uma arca de Noé, um amontoado de todos os bichos, onde deveria existir ovelhas apenas.

Ainda que o Amor Divino seja universal, não morreu para salvar sistemas políticos, nem a sociedade; mesmo que Sua eficácia e propósito atinjam o mundo todo, morreu para salvar pecadores arrependidos, coisa que se verifica caso a caso, segundo a resposta de cada um. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha vida eterna.” Jo 3;16

A Voz do Pastor é única; nos separa das demais; “... não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes tem seu prazer na Lei do Senhor...” Sal 1;1 e 2

sábado, 27 de julho de 2019

O Depósito e o Motim

“Pobreza e afronta virão ao que rejeita a instrução, mas o que guarda a repreensão será honrado.” Pov 13;18

Apesar dos que advogam a predestinação dos salvos e perdidos, A Palavra insiste em fazer-nos livres, arbitrários, consequentes. “O que rejeita... o que guarda...” são definições de escolhas; não de sinas às quais estejamos fadados.

A própria pregação é um desafio à boa escolha, coisa que sequer teria sentido se, tudo não passasse de um jogo de cartas marcadas. “... as más conversações corrompem os bons costumes.” I Cor 15;33

Tendemos a guardar com zelo coisas que nos são caras e descuidarmos até, das mais ordinárias. Então, quem guarda a repreensão sabe que ela é derivada do Amor Divino, portanto, valiosa; “Porque o Senhor corrige ao que ama; açoita a qualquer que recebe por filho. Se, suportais a correção, Deus vos trata como filhos...” Heb 12;6 e 7

Quando apresentamos repreensões oriundas da Palavra a quem teme a Deus, geralmente, o tal arrepende-se e visa corrigir-se. Porém, as mesmas coisas ditas a outrem que rejeita a instrução encontram a muralha da má vontade pichada com defesas pífias, tipo: “Não julgueis” “você também peca”, “quem és tu para atirar pedras” etc. A forma pode variar; o teor sempre é a rejeição da correção que, mesmo vindo por meio de nós não se origina em nós; é da Palavra.

Quando apresentamos à mesma não estamos julgando, porém, deixando patente o Juízo Divino que se aplica a todos igualmente; o que nos inclui.

Desgraçadamente, a maioria do que atualmente se chama igreja tem se ocupado mais em gerar distração, entretenimento, que pregar a sã doutrina que cambia das trevas para a luz, da morte para a vida.

Dias que foram antevistos por Paulo; “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de evangelista, cumpre teu ministério.” II Tim 4;3 a 5

Tratávamos de uma antítese entre os que guardam e os que rejeitam a correção; deparamos com um terceiro tipo. Os que rejeitam a Deus de forma cínica, escorregadia, fingindo servi-lo. Escolhem o que querem ouvir, fugindo do que Ele quer que ouçam. Certamente, os que rejeitam abertamente são mais honestos que esses que se enganam com a própria hipocrisia como se, buscar facilidades equivalesse a buscar Deus.

Esses cegos traidores de si mesmos fazem a fortuna e a fama dos falsos profetas tão em voga, infelizmente.

A sobriedade espiritual tem custo, traz aflições. Mas, o conselho foi: “Sofre as aflições, faze a obra; cumpre teu ministério.”

Cheia está a Terra de patrulheiros do politicamente correto caçando “crimes” de homofobia, machismo, racismo, radicalismo e o escambau; mas, um obreiro idôneo, cheio do Espírito e da Palavra tem em si a “Patrulha da Consciência” que o leva a lançar mão apenas do “bom depósito” preocupado em servir a Deus, mais que, agradar aos homens. “Do despenseiro - disse Paulo – requer-se que se ache fiel.” I Cor 4;2

Como nos dias de José no Egito, mediante ele Deus ensinou que se fizesse depósitos de mantimento nos dias fartos para quando viessem os escassos; assim deveria ocorrer conosco enquanto usufruímos liberdade de crença, de culto; ainda há bons pregadores servindo do Pão do Céu. Quando o estio da perseguição vier, e virá, teremos em nós, se guardarmos, o “mantimento” necessário para a preservação da vida recebida em Cristo.

Desse modo, mais que guardar a repreensão no sentido de emendar nossos caminhos devemos guardar a instrução como reserva de vida no meio de tanta morte que nos circunda.

Na China, e países islâmicos a perseguição já atua. Breve a coisa será global. A destruição das famílias e dos valores cristãos, agenda “esquerdista” da ONU caminha a passos largos. Embora aos olhos desavisados seja apenas uma agenda política, trata-se do motim do salmo segundo; a instauração do império maligno na Terra.

Todavia, “Aquele que habita nos céus se rirá; o Senhor zombará deles.” Sal 2;4

Sim é risível, ridículo a criatura ousar contra o Criador; entretanto, muitos o fazem. Ele pergunta: “... Quem poria sarças e espinheiros diante de mim na guerra? Eu iria contra eles e juntamente os queimaria.” Is 27;4
Ele, não deseja guerrear conosco, antes, mandou Cristo para propor paz; “... se apodere da minha força; faça paz comigo...” v 5

Seu amor buscou todos; “O Senhor desnudou Seu santo braço perante os olhos de todas as nações; todos os confins da terra verão a salvação do nosso Deus.” Is 52;10 Poucos correspondem; “Quem deu crédito...” Is 53;1

quarta-feira, 16 de maio de 2018

Morrendo na praia

"O prudente procede com conhecimento, mas, o insensato espraia sua loucura.” Prov 13;16

O prudente oposto ao insensato; os predicados de ambos, também; àquele, conhecimento; a esse, loucura.

Uma característica amalgamada à prudência é o recato, pois, sendo a “ciência do santo”, muitas vezes o faz ciente de que certos pleitos não valem à pena; prefere silenciar a entrar num litígio inglório. Entretanto, o insensato “espraia sua loucura.” Isto é; espalha-a de modo amplo como a vastidão da praia.

Prudência é uma virtude sapiente, não, moral; digo, deve tributos mais à experiência que aos valores. Assim, mesmo tendo razão, eventualmente, mas, sabendo os inconvenientes de uma disputa e os pífios resultados possíveis, o prudente prefere ignorar afrontas e ficar em paz.

No aspecto da doutrina cristã, porém, quando uma heresia é posta em relevo, só um pusilânime optaria pelo silêncio, quando, seu zelo de Deus deveria ser um impulso ao combate.

No Velho Testamento, onde, o contexto era de inserção do povo na Terra Prometida muitas guerras foram necessárias e, quem se omitisse em um combate era amaldiçoado; “Maldito aquele que fizer a obra do Senhor fraudulosamente; maldito aquele que retém sua espada do sangue.” Jr 48;10

Então, embora seja prudente não atirarmos pérolas aos porcos, omissão quando deveríamos falar não é prudência, antes, covardia. Com pretexto de tolerância, inclusão, paz, muitas cobras e lagartos têm sido lançados entre os cristãos, que, para “não polemizar” permitem um mosaico de ensinos e posturas espúrias, onde deveria viger apenas a Palavra de Deus.

Um truque diabólico é fundir tolerância com aquiescência, como se fossem a mesma coisa. Tolerar é coexistir em paz, isso é fácil; mesmo discordando coexistimos com qualquer credo; aquiescer seria concordar, aí depende. Se, no Pacto Antigo maldito era quem evitasse a luta, no Novo, é quem falsifica a doutrina: “Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema.” Gál 1;9

Circula um texto atribuído ao Frei Beto, onde ele equaciona a preconceito dizer que são erros os sacrifícios de macumba oferecidos nas encruzilhadas. Deus sendo amor aceitaria qualquer um que expresse do seu jeito sua fé. Para quem se dispôs a discursar em defesa de um condenado com uma faixa advogando o aborto adiante, não consigo imaginar que autoridade ele tem.

Para início de conversa a Palavra de Deus não é nenhum um pouco inclusiva, doutrinariamente. Se, a mensagem é para todos; “pregai o Evangelho a toda a criatura”, a forma de entrada é única, terminante, radical; “Ninguém vem a Pai senão, por mim”.

Quanto a oferendas para orixás, ou, velas para imagens a Palavra é categórica: “Portanto meus amados fugi da idolatria. Falo como a entendidos; julgai vós mesmos o que digo. Porventura o cálice de bênção, que abençoamos, não é comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é porventura comunhão do corpo de Cristo? Porque nós, sendo muitos, somos um só pão, um só corpo, porque todos participamos do mesmo pão. Vede a Israel segundo a carne; os que comem os sacrifícios não são porventura participantes do altar? Mas, que digo? Que o ídolo é alguma coisa? Ou que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Antes digo que as coisas que os gentios sacrificam, sacrificam aos demônios, não a Deus. E não quero que sejais participantes com demônios. Não podeis beber o cálice do Senhor e o dos demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da dos demônios.” I Cor 10;14 a 21

O Senhor chamou aos hipócritas, sepulcros caiados, assassinos, todos pelo nome. Quem disse que amor condescende com mentira, hipocrisia, ou, sacrifica a verdade? Se, estou prestes a pisar no poço de areia movediça e outrem que sabe e vê não me avisa para me salvar é um filho da mãe, não, alguém que ama.

Há enorme diferença entre ser incluído na Igreja, e ingressar no Reino de Deus. Se a coisa toda se resume à Terra apenas, quem precisa de Igreja? Agora, se há um juízo com recompensas além, quem autorizou-nos a adulterar os termos Divinos?

Não são pendores “politicamente corretos” nem comichões por aplausos humanos que encontraremos lá; antes, “... a palavra que tenho pregado; essa o há de julgar...” Jo 12;48

Em suma, uma banana pro cantado em prosa e verso, ecumenismo; outra aos falsificadores da Palavra que espraiam sua loucura ante ouvidos incautos; o servo prudente é remédio amargo, uma vez que se mantém fiel à Palavra, todavia, é medicinal.

Os “inclusivos” não passam de encantadores de serpentes; suas flautas não tocarão lá; é lugar de ovelhas; a essas basta a voz do Bom Pastor.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Os bêbados e a Arca de Noé

“Espancaram-me e não me doeu; bateram-me e nem senti; quando despertarei? aí então beberei outra vez.” Prov 23;35

O ébrio com sentidos entorpecidos estragando a função profilática da dor; a de servir como sinal de alerta para evitar dores futuras, quiçá, maiores.

De bom grado evitaríamos essa indigesta, se, pudéssemos; graças às nossas dores pretéritas que nos mostraram quanto ela é ruim.

No auge da Sua dor, O Salvador pregado na cruz recusou o vinagre oferecido que, poderia entorpecer um pouco, aliviando a sensação dolorosa. Isaías O descrevera como “Homem de Dores”; assim foi até o fim.

Definhamos dia a dia nisso que deveria ser nossa qualidade mais notória; a disposição para sofrer por amor a Cristo. “Porque é coisa agradável, que alguém, por causa da consciência para com Deus, sofra agravos, padecendo injustamente.” I Ped 2;19

Somos a “evolução” de uma Igreja que começou enfrentando martírios, apedrejamento, crucificação, leões, sem negar a fé; no entanto, a mera rejeição pelo mundo, o lapso de aplausos e bajulações, para muitos, já soa como uma pesada cruz. O que será que eles beberam?

Beberam de “doutrinas” escolhidas a dedo pelas suas próprias cobiças, invés da saneadora Doutrina de Cristo; Paulo advertiu que assim seria: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas, tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições...” II Tim 4;3 a 5

A ideia do apóstolo ao seu discípulo Timóteo é: Não seja o caso de, por estarem todos bêbados, você se embriagar também; ”tu, sê sóbrio...”

Vivemos a massificação imbecilizante e pujante nos meios de comunicação, a TV, sobretudo, empurra seu lixo goela abaixo de gente incapaz de o não digerir; ai nos vendem a devassa “mulher do ano” a insossa “música do ano” e demais estrumes do tipo, como se, suas comichões adoecidas tivessem que ser nossas também; ou, se, o chorume que escoa de seus monturos nos fosse aquilatado como água mineral; que gente sem noção!

Carecemos muito da sobriedade espiritual, não só para manutenção de nossas almas salvas, como, da produtividade de nossos ministérios. “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto salvarás tanto a ti mesmo como aos que te ouvem.” I Tim 4;16

Esse cuidado implicava também a manutenção da digna postura, mesmo que, fossem necessários sofrimentos. “Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo... Se sofrermos, também com ele reinaremos; se o negarmos, também nos negará;” Cap 2;3 e 12 dissera ainda, Paulo.

O drama dos mensageiros probos do Senhor é lidar com uma geração de drogados espirituais, que de tanto consumirem facilidades falsas acenadas pelos mercenários da praça não conseguem mais atingir a devida contrição ao ouvirem uma mensagem sadia que aponta para a cruz como Único meio, e arrependimento como indispensável se, alguém pretende ser de Cristo. “feriram-me, mas, não doeu...” como o ébrio.

Esses pastores de si mesmos precisam números, não importa se, de bodes, ovelhas, ou, qualquer monstrengo que for. Seus “rebanhos” lembram a Arca de Noé, têm espaço para todos os tipos de animais. Digo, não importa quais sejam as paixões, os desejos de cada um, venha que Deus vai te dar isso, “realizar seus sonhos em Nome de Jesus.”

Alguns safados lançam mão da saga de José, como se, ele tivesse sonhado alto e Deus realizado. Ora, o infeliz sequer cogitava o sentido daquilo; Deus o fez soberanamente. Mas, somos desafiados a sonhar coisas grandes que O Pai as fará. Como desintoxicar tais viciados, com a pura Água da Vida” depois de tantos goles de “pura” assim?

Somos instados ao, “negue a si mesmo” “deixe os seus pensamentos e se converta”, “transformai-vos pela renovação da vossa mente”, onde entram no projeto os meus sonhos, por bem intencionados que possam ser?

Ironicamente no dia de Pentecostes, quando do derramar do Espírito Santo sobre a Igreja, os apóstolos e discípulos pareceram bêbados aos que estavam de fora; hoje, o gospelismo sem noção e o acariciar as mesmas comichões dos ímpios faz esses “crentes” parecerem “legais” aos ímpios. Afinal, conseguem alargar tanto à porta que qualquer um pode entrar.

Ninguém gosta de sofrer, de modo que, evadir-se à dor é nossa inclinação natural; entretanto, se for pra escapar de uma privação eventual em troca de outra eterna, a perdição, invés de fugir da dor, o ébrio acaba indo ao encontro. Tais fugitivos parecem espertos em princípio, mas, é no fim que se revela o sentido do caminho. “Há um caminho que ao homem parece direito, mas, no fim, são caminhos de morte”.

sexta-feira, 1 de abril de 2016

O Desvio Mortal

Porque virá tempo que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências; desviarão ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas, tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de evangelista, cumpre teu ministério.” II Tim 4;3 a 5

Aconselhando ao Jovem Timóteo, Paulo vaticinou dias iguaizinhos aos de hoje; tempos em que a verdade assustaria; as pessoas correriam ao encontro de quem as agradasse. Imaginemos, como ilustração, uma casa pegando fogo; dentro dela, um morador alheio, escolhendo entre sua coleção de CDs, qual música quer ouvir. Sua vida correndo risco iminente, ele preocupado com prazer.

Igualmente a esse louco nos comportamos, quando, priorizamos nossas conveniências, paixões, fugindo à Verdade. A Verdade não tem como alvo nossa satisfação, antes, salvação. Apenas, deseja salvação, quem sente-se em perigo, ameaçado; só pode identificar o risco quem mantém certa lucidez; o torpor espiritual nos faz descuidados, temerários, como um ébrio atravessando uma avenida movimentada.

Aliás, Paulo, por inferência chamou aos do desvio, de ébrios, quando exortou Timóteo a fazer diferente: “Mas, tu, sê sóbrio...”

Convém meditarmos nisso: Por que alguém toma um desvio? Geralmente, por duas razões: a) A estrada principal está interrompida; b) Acredita que será melhor o caminho, mais rápido, pela rota alternativa.

A Estrada Principal, (do Príncipe) é inequívoca: “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão, por mim.” Jo 14;6

Não consta que essa senda esteja bloqueada em si mesma, ainda que, falsos pregadores podem tolher a caminhada, de quem segue suas dissoluções.

Pois, os fujões da verdade denunciados não o fariam, por eventual interrupção do caminho, antes, por verem mais aprazíveis os atalhos. “Tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências;”

A salvação não é invasiva em seu método, uma vez que nosso livre arbítrio é intocável para Deus. Entretanto, é muito incisiva no mérito, chega a ser violenta, uma vez que seus alvos são instados à cruz. Onde entra a preponderância de minhas preferências, meus gostos, se, para ser salvo sou desafiado a negar a mim mesmo?

Já em seus dias, Paulo denunciou uns que queriam ser salvos “da” cruz, não, “na” cruz. Porque muitos, há, dos quais muitas vezes vos disse, agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo;” Fp 3;18

Ante à dor de renunciar às naturais inclinações que chamamos cruz, se for possível evitarmos isso e chegarmos ao mesmo lugar, acaba compreensível a opção por um caminho mais fácil.

Contudo, a Epístola aos Hebreus, introduz apresentando parte da Esplêndida Majestade de Cristo, tão superior aos anjos que deve ser por eles adorado; lembra, que, mesmo as palavras dadas por anjos tiveram cumprimento cabal, então propõe a questão em apreço, se existe possibilidade lateral de salvação: Porque, se a palavra falada pelos anjos permaneceu firme, toda a transgressão e desobediência recebeu a justa retribuição, como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram?” Heb 2;2 e 3

Não esqueçamos que a pergunta é: Como escaparemos da perdição; pois, da verdade, o texto em apreço mostra que se pode escapar, tão somente selecionando “doutores” que nos sejam diletos.

Aos pregadores da Verdade, pois, compete situar seus ouvintes do risco de perdição iminente; que a vida terrena é uma Divina concessão de tempo e espaço onde devemos urgentemente reconciliarmos com Deus. Não é um salão de festas como devaneiam os ímpios de costas para Deus.

A grande tragédia da hipocrisia é que seu agente acaba traindo a si mesmo. Quer o belo status de cristão, por isso cultua; mas, ao escolher mestres segundo seu carnal paladar, caminha voluntário para a morte, qual boi na fila do matadouro.

Enfim, para não deixar em suspenso, a mesma carta aos Hebreus que propõe a questão de como escapar sem Cristo, depois de desenvolver amplamente o assunto da salvação, responde o que perguntara: “Vede que não rejeiteis ao que fala; porque, se não escaparam aqueles que rejeitaram o que na terra os advertia, muito menos nós, se nos desviarmos daquele que é dos céus;” Heb 12;25

Começamos advertindo a não se desviar da Verdade; concluímos com não se desviar “daquele que é dos Céus”, Cristo, que dá no mesmo: Ele É a Verdade!


É certo que a Verdade ameaça, à medida que, nos desnuda; mas, aos que a ela se submetem, reveste de Cristo. Na hora do incêndio pouco importa a música; vida é prioridade. Jesus convida para festa, mas, na Eternidade. O ingresso lá demanda o preço aqui; esse, é tomar a cruz.