Mostrando postagens com marcador Querubim cobridor. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Querubim cobridor. Mostrar todas as postagens

domingo, 15 de dezembro de 2019

Fracos Professores


“Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus” Ef 3;19

Isso dá o que pensar; ser a igreja, tão frágil e imperfeita, um instrumento para ensinar potestades celestes sobre a Sabedoria de Deus??

O Reino dos Céus é hierarquizado, como deve ser toda organização que preza pela autoridade e bom funcionamento. Assim, principados e potestades são dignidades de grande vulto em termos de autoridade, embora, o texto não deixe claro se, as ditas autoridades que aprenderiam observando a igreja são anjos fiéis, ou, caídos.

Sim, mesmo entre os demônios as hierarquias originais permanecem como ensina o apóstolo mais adiante falando de nossa peleja; “Porque não temos que lutar contra carne e sangue; mas, contra os principados e potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” Cap 6;12

Embora, nos anjos fiéis possa ter ficado resquícios de dúvidas, quando a oposição fez seu “comício libertário” prometendo-lhes mais vantagens sob novo governo; (Pela multidão das tuas iniquidades, pela injustiça do teu comércio profanaste os teus santuários... Ez 28;18) não obstante isso, digo, como o temor do Senhor é o princípio da sabedoria e eles se mantiveram nele é mais lógico concluir que quem aprende sobre a Sabedoria Divina observando a igreja sejam as potestades caídas.

Ora, se eles vivendo num paraíso perfeito, em plenitude de felicidade e bonança não resistiram ao “canto da sereia” do “Querubim Cobridor” deve-lhes ser humilhante assistir a tantos mártires que preferem deixar suas cabeças ser cortadas a negarem sua fé; isso, vivendo num mundo mau, de privações, restrições.

A cada bravo desses que diz um sonoro não! A Satã e um digno Sim! ao Eterno, além de um ato de justiça, concomitante há uma aula de fidelidade, honra, lealdade, valor que, as ditas potestades, tardiamente aprendem.

Quando o mesmo Paulo ensina que “Deus escolheu as coisas fracas para confundir às fortes” seu escopo inicial é puramente humano; O Santo não escolheu homens doutos, sábios, nem ricos; mas, pegou aos “que não são”; isso, porém, guindado ao nível das tais potestades faz ainda mais diáfana a lição sobre quão obtusos foram ante à sedução, e quão precioso é O Eterno que de coisas fracas faz joias, como o tempo faz diamantes de carvão.

Quando falo de igreja como embaixada do Reino dos Céus, contudo, refiro-me à genuína que será aprovada na vinda do Senhor; os fiéis entre todas as denominações.

Porque, infelizmente, muito do que se diz igreja por aí, olhando para sua atuação as potestades das trevas aprendem a ser piores do que são, pois os homens profanos conseguem a proeza de superar os demônios em maldade.

Judas alertou; “... estes, semelhantemente adormecidos, contaminam sua carne, e rejeitam a dominação; vituperam as dignidades. Mas, o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo, e disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar juízo de maldição contra ele; mas disse: O Senhor te repreenda. Estes, porém, dizem mal do que não sabem; naquilo que naturalmente conhecem, como animais irracionais se corrompem.” Vs 8 a 10 A peleja de dois grandes com certo respeito, malgrado, os lados diametralmente opostos.

Outros superam-nos, engajadamente negando a existência de Deus. Gastam tempo e esforços para escrever tratados ateus para a negação do óbvio; os demônios não são ateus; “Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demônios creem, e estremecem.” Tg 2;19

Mas, diria alguém: Eles viram a Deus. Nós também, tanto quanto possível; o suficiente para crermos; “Porque Suas coisas invisíveis, (de Deus) desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto Sua divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles (os ateus) fiquem inescusáveis;” Rom 1;20

Spurgeon disse que, se, após contemplar os céus, os astros em suas órbitas precisas, suas grandezas e as demais riquezas da criação, ainda assim, alguém se declara ateu, juntamente se declara imbecil e mentiroso. O salmista fez apreço semelhante, aliás: “Disse o néscio no seu coração: Não há Deus...” Sal 14;1


Contudo, lutar contra potestades não é exorcismo; disseminam cegueira onde dominam; nosso labor, dos que creem é desfazer os conselhos da mentira pela verdade; “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos, e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus; levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10;4 e 5


Se, conhecimento de Deus, agora, até eles aprendem observando os fiéis, uma coisa podemos que eles não podem; alinhar nosso entendimento à obediência de Cristo. Nele; só Nele pisaremos serpentes e escorpiões...

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Violência; perto do fim

“...o homem violento terá fim; a destruição é desfeita; os opressores são consumidos sobre a terra. Porque o trono se firmará em benignidade; sobre ele no tabernáculo de Davi se assentará em verdade um que julgue, busque o juízo; se apresse a fazer justiça.” Is 16;4 e 5

Segundo o Gênesis o Dilúvio foi porque a humanidade se enchera de violência. Isaías estava vaticinando o fim da mesma atrelada a certo Trono vindouro, onde se assentaria Um que se apressaria em fazer justiça. Óbvio que se trata de Jesus Cristo.

Contudo, como a violência teria fim, se, foram justo, homens violentos que assassinaram ao Rei sem motivo? O supra-sumo da violência, o máximo que pode conseguir é matar sua vítima; inda que, possa fazer isso com certos requintes. Tendo O Rei vencido a morte, quais alvos lhe restaram?

Ainda atua usando a cegueira doentia dos que apaixonadamente domina; entretanto, sua eficácia foi desacreditada de modo cabal, no espectro das coisas que permanecem. Somos instados a sofrê-la pacientemente, se, necessário; cientes que nossos algozes terão a justa ceifa do seu plantio. “Se alguém leva em cativeiro, em cativeiro irá; se matar à espada, necessário é que à espada seja morto. Aqui está a paciência e fé dos santos.” Apoc 13;10

O antídoto proposto para ela foi a justiça, que, no devido tempo vai erradicá-la de uma vez por todas. Assim, mesmo o juízo sendo violento como foi o dilúvio, será apenas o reflexo das ações contra os agentes.

Contudo, violência não se restringe à imposição física; seu potencial é multifacetado. Mercadejar com promessas falsas é uma forma de violência como fez satanás; “Na multiplicação do teu comércio encheram o teu interior de violência, e pecaste; por isso te lancei profanado do monte de Deus; te fiz perecer, ó querubim cobridor, do meio das pedras afogueadas.” Ez 28;16

No modo de falar dos perversos há violência “Bênçãos há sobre a cabeça do justo, mas, violência cobre a boca dos perversos.” Prov 10;6 Falsos profetas que faziam parecer distante o juízo eram patrocinadores dela; “Ó vós que afastais o dia mau, e fazeis chegar o assento da violência.” Am 6;3 Qualquer tipo de violação; heresias são violências contra a sã doutrina.

Na verdade, os filósofos consideravam até as paixões carnais violentas. “A velhice é um estado de repouso e de liberdade no que respeita aos sentidos. Quando a violência das paixões se relaxa e o seu ardor arrefece, ficamos libertos de uma multidão de furiosos tiranos.” Platão

Contudo, se aos semeadores de violências o juízo necessariamente será violento, aos que querem ser submissos ao Rei Manso e Humilde, é suficiente a inefável, injusta violência sofrida por Ele na cruz; a nós é proposta uma “crucificação” espiritual, onde a mortificação das más inclinações capacitada pelo Espírito Santo é a violência que basta; nossa cruz. “...Esta é a palavra do Senhor a Zorobabel, dizendo: Não por força nem por violência, mas, sim pelo meu Espírito, diz O Senhor dos Exércitos.” Zac 4;6

Como foi então, no contexto da reconstrução do templo é depois do advento o Rei, nas vidas dos que recebem a salvação. “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, da vontade da carne, nem, do homem, mas, de Deus.” Jo 1;12 e 13

Não significa, contudo, que não venhamos a sofrer violências; se não são necessárias para efeito de salvação, são permitidas pelo fato do mundo ainda jazer no maligno, e os agentes desse terem permissão para agir como desejam.

O Reino pacífico do Messias inda é parcial; a violência cobre a Terra. Quando for pleno não ouviremos mais sobre isso. “Nunca mais se ouvirá de violência na tua terra, desolação nem destruição nos teus termos; mas, aos teus muros chamarás Salvação, às tuas portas, Louvor.” Is 60;18

Assim, pretensões políticas dos que querem anexar sistemas corruptos e violentos à Doutrina de Cristo são órfãs de filiação Bíblica. Outro dia deparei com um vídeo de um padreco canalha, comunista, dizendo que Abraão foi um “sem terra” querendo dar base Bíblica aos violadores do MST. O Senhor mandou socorrer aos pobres, cada um partindo seus próprios bens, não, tomando mediante violência os alheios para isso.

Abraão se deixou conduzir por Deus e Sua Palavra; comprou um lugar para sepultar a esposa falecida, mesmo tendo lhe sido ofertado de graça. Portanto, é pai da fé, não, do comunismo.

Ditoso dia onde a violência, até mesmo verbal, estará sepultada!

“Eu sou contra a violência porque parece fazer bem, mas, o bem só é temporário; o mal que faz é que é permanente.” Mahatma Ghandi

domingo, 18 de junho de 2017

Grandezas pequenas

“Todos os presidentes do reino, capitães, príncipes, conselheiros, governadores, concordaram em promulgar um edito real estabelecendo que, qualquer que, por espaço de trinta dias, fizer uma petição a qualquer deus, ou, qualquer homem, não a ti, ó rei, seja lançado na cova dos leões.” Dn 6;7

Os potenciais assassinos oblíquos de Daniel; digo; que pretendiam matá-lo sem sujar as mãos foram ao rei Dario com essa mimosa honraria que o fazia Deus Supremo, inda que, apenas por trinta dias. Incauto, ele assinou o famigerado edito. Isso lhe causou uma noite de profunda angústia quando viu que o leal Daniel fora lançado aos leões por causa daquilo.

Deixando a saga de Daniel quero meditar um pouco sobre o lugar das coisas. Spurgeon disse: “Uma coisa boa não é boa fora do seu lugar.” Foi justo, por almejar algo superior ao seu excelso lugar, que o “Querubim ungido” caiu de seu jardim de “Pedras afogueadas”, se tornou Satanás.

Do rei de Tiro temos: “teu coração se elevou e disseste: Eu sou Deus, sobre a cadeira de Deus me assento no meio dos mares; não passas de homem, ainda que estimas teu coração como se fosses Deus...” Ez 28;2

Dario era rei do Império Persa, algo grandioso; mas, infinitamente maior é a distinção entre essa grandeza e O Eterno; Senhor do Universo. Como ousou assinar um edito insano assim? Vaidade de vaidades, diria Salomão.

Aliás, ele disse mais: “A estultícia está posta em grandes alturas, mas, os ricos estão assentados em lugar baixo. Vi servos a cavalo, e príncipes andando sobre a terra como servos.” Ecl 10;6 e 7 Essa inversão “pra baixo” ( onde os grandes eram diminuídos, não, as nulidades exaltadas) que considerou um erro do Governador, embora pudesse trazer prejuízo na administração terrena, seria menos danosa que a outra que eleva aos lugares de comando gente que não vale nada. Nosso país é perito nisso.

Todavia, nas coisas espirituais a grandeza é mesmo para baixo. Como árvore carregada de frutos tende a abaixar seus pesados galhos, os maiores na dimensão do espírito são humildes; não ostentam nenhuma pretensão de grandeza, antes, esvaziam-se por Cristo para servir. Ele mesmo ensinou: “Os reis dos gentios dominam sobre eles, os que têm autoridade sobre eles são chamados benfeitores. Mas, não sereis assim; antes o maior entre vós seja como o menor; quem governa como quem serve.” Luc 22;25 e 26

Disse que Seus servos tivessem a si mesmos em pequena estima, deixando a outrem a oportunidade de colocá-los no devido lugar. “Quando fores convidado vai, assenta-te no derradeiro lugar; para que, quando vier quem te convidou, diga: Amigo, sobe mais para cima. Então terás honra diante dos que estiverem contigo à mesa.” Luc 14;10 Honra não é algo que devamos buscar; mas, eventualmente, nos busca. Como diz uma frase do Talmude: “A grandeza foge de quem a persegue, e persegue a quem foge dela.”

Contudo, muitos líderes espirituais padecem duas febres que combinam mais com ímpios que com fiéis; desejo por renome e autoritarismo. O primeiro ensejou uma geração de “Apóstolos” do ar condicionado, “desbravadores” de nichos comerciais, invés de abnegados por amor.

O segundo tem forjado “pastores” dominadores que vetam ao rebanho que visitem outras congregações, legalistas, ignorantes do conselho de Pedro, no tocante a eles. “Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas, voluntariamente; nem torpe ganância, mas, de ânimo pronto.” I Ped 5;2

Se, cremos que “fará justiça o Juiz de toda Terra”, por que, agiríamos como o pródigo, nos apressaríamos ao deleite de posses que deveriam antes, ser conservadas, acrescidas, invés de, desperdiçadas? Aquele não almejou grandezas; se apequenou por prazeres. Esses têm prazer nas vaidades que acarinham, sem perceber, que, como Esaú trocam algo de valor inestimável por porção efêmera.

Um fruto, por delicioso que seja não se come verde. Igualmente, recompensas pela liça espiritual, invés de lugar têm um tempo oportuno; esse chegará após nossa peregrinação por aqui. Assim se cumpre: “O justo viverá da fé”; por crer que no devido tempo a “coroa da justiça” lhe será dada não se incomoda por ser reputado plebeu errante, nesse império de mentiras, injustiças e calúnias, malgrado, seja, Embaixador do Céu.

Sua fé permite sofrer, pois, “Vê” o que escapa aos olhos. “A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam; a prova das coisas que se não vêem. Pela fé ( Moisés ) deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível.” Heb 11;1 e 27

O sol da manhã no trópico Produz sombras enormes; mas, ao meio dia, o tamanho real dos corpos as esconde sobre eles.