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sábado, 2 de novembro de 2019

À ímpia imagem e semelhança

"Se voltares em paz, o Senhor não falou por mim..." II Cr 18;27

Micaías avisara da parte de Deus que o rei Acabe seria morto em combate. Ele preferira ouvir aos profetas de Baal que sempre prometiam facilidades e vitórias. Então mandou trancar o profeta do Senhor a pão e água enquanto partiam ao combate, do qual, voltaria em paz, disse.

Daí Micaías bradou as palavras acima; se tu voltares em paz, não foi O Senhor que falou por meu intermédio.

A Palavra seria fiadora de si mesma; seu cumprimento legitimava-a; enquanto, eventual falha a desqualificaria. Acabe descobriu da pior maneira, tarde demais, que o vaticínio era verdadeiro.

O cumprimento da profecia sempre foi o aferidor Divino. "Se disseres no teu coração: Como conhecerei a palavra que o Senhor não falou? Quando o profeta falar em nome do Senhor, e a palavra não se cumprir, nem suceder assim; esta é palavra que o Senhor não falou; com soberba falou aquele profeta; não tenhas temor dele." Deut 18;21 e 22

Esse aferidor no tocante à profecia estritamente.

Também poderia ocorrer de alguém fazer prodígios pretensamente espirituais; nesse caso, as consequências derivadas do dito sinal que seriam as aferidoras; "Quando profeta ou sonhador de sonhos se levantar no meio de ti, te der um sinal ou prodígio, e suceder o tal sinal ou prodígio, de que te houver falado, dizendo: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los; Não ouvirás as palavras daquele profeta ou sonhador de sonhos; porquanto o Senhor vosso Deus vos prova, para saber se amais O Senhor vosso Deus com todo vosso coração e toda a vossa alma." Deut 13;1 a 3

O milagre prometido aconteceria; contudo, a consequência seria afastar ao povo de Deus; tal permissão seria um teste de fidelidade; para deixar patente se as pessoas amavam a Deus, ou, a si mesmas apenas, na volúpia por prodígios a qualquer preço.

Como não lembrar tantos "cultos de testemunhos" onde, pretensos milagres são avalistas de Mamon; "depois que me tornei patrocinador... que sacrifiquei... fiz isso, aquilo, o $enhor me abençoou." Que triste ver a cegueira dos incautos manipulados por mercenários safados.

Que diferença da fidelidade aquela, os "profetas" atuais que prometem isso e aquilo em nome do Senhor; ao não se cumprir alegam que faltou fé; que a pessoa alvo, não recebeu a palavra.

Claro que as promessas Divinas no tocante a nós são condicionais; mas, Seus Decretos não. Quando ordena um profeta a anunciar que fará algo, normalmente faz; salvas raríssimas exceções, como a estupenda mudança coletiva de Nínive que O fez mudar Seus juízo, para não mudar Seu Caráter Santo e Misericordioso.

Não apenas profecias de eventos, como estamos acostumados, mas as que atinam às transformações operadas nas vidas dos que dão ouvidos aos Seus Ensinos; O Senhor também evoca a eficácia da Palavra como aferidora de origem; "Jesus lhes respondeu, e disse: Minha doutrina não é Minha, mas Daquele que me enviou. Se alguém quiser fazer a Vontade Dele, pela mesma doutrina conhecerá se é de Deus, ou se falo de Mim mesmo." Jo 7;16 e 17

Ainda há pouco deparei com um "Jesus" virtual que prometia curar minhas dores, resolver todos os meus problemas se eu aceitasse; bastaria escrever, aceito, sim, ou amém, sob a profanação e estaria resolvido. Sim; o simples forjar uma imagem de "Cristo" que não seja espiritual na imitação do Seu Caráter Santo, não passa de profana idolatria. Aquilo não é Cristo; é fruto duma imaginação doentia.

Que gente sem noção! Sem vergonha! Sem temor! Para começo de conversa Deus não é Deus de mortos.

O primeiro desafio lançado aos ímpios é qua ouçam Sua Voz, arrependam-se para o novo nascimento; tomem suas cruzes para aprender a andar segundo a Vontade de Deus, não mais, as inclinações próprias. "... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é vosso culto racional . Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita Vontade de Deus." Rom 12;1 e 2

Os ímpios críticos das Escrituras às quais afirmam ser mero compêndio humano são a antítese dos seus próprios argumentos; pois, ao plasmarem um "Deus" mendigo emocional, serviçal incondicional de pecadores mostram de modo mui didático como seria um Deus criado à imagem e semelhança dos mortos.

Infezmente, a sina de muitos será como a de Acabe; por optarem por facilidades invés da verdade, entenderão tarde demais que escolheram a morte. 

"Porque o erro dos simples os matará; o desvario dos insensatos os destruirá; mas quem me der ouvidos habitará em segurança; estará livre do temor do mal." Prov 1;32 e 33

domingo, 15 de outubro de 2017

A Palavra ou, os Gurus?

“Disse o rei de Israel a Jeosafá: Disfarçando-me entrarei na peleja; tu, porém, veste tuas roupas reais. Disfarçou-se, pois, o rei de Israel e entraram na peleja.” II Crôn 18;29

Acossado pelos profetas de Baal Acabe fora à peleja; mas, Jeosafá que temia ao Senhor solicitou que se ouvisse um profeta Dele; Micaías o desafeto fora chamado e vaticinara que o rei morreria na peleja. Foi ferido, preso, e seguiu o baile; foram adiante mesmo assim.

Porém, Acabe pensou usar o bom coração, ingênuo, até, do rei de Judá, a seu favor. Se, a profecia dizia que o rei seria morto no combate, ele iria vestido como soldado; Jeosafá envergaria vestes reais; se, um rei deveria ser morto, que fosse ele.

Quem tem intimidade com Deus jamais pretende enganá-lO; primeiro, porque sabe que é impossível; depois, por ter aprendido amar à justiça e aborrecer à iniquidade; assim, prefere assumir suas injustiças a cauterizar a saudável voz da consciência enganando-se.

Os ímpios desacostumados ao contato com a santidade sentem-se bons, mesmo, sob a capa da hipocrisia e da arrogância. Ontem deparei com uma frase atribuída a certo Rimpoche que dizia mais ou menos assim: “Se você precisa de religião para ser bom, você não é bom de fato; apenas um cão domesticado”.

Essa “bondade” que muitos aplaudem traz em si além de outras coisas uma blasfêmia: Faz de Cristo mentiroso, pois, Ele disse: “...Ninguém há bom senão um, que é Deus.” Mc 10;18

O Salvador dissera: “Por que me chamas bom?” Ao ensinar que apenas Deus é Bom O Senhor não estava dizendo que Ele não era; mas, ao perguntar: Por que me chamas assim? Significa: Reconheces que Sou Deus?

O Salmista inspirado andou pela mesma senda: “O Senhor olhou desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento; buscasse a Deus. Desviaram-se todos, juntamente se fizeram imundos: não há quem faça o bem, sequer, um.” Sal 14;2 e 3

Isaías ironizou as doentias pretensões de justiça dos ímpios: “Todos nós somos como o imundo, todas as nossas justiças como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha; as nossas iniquidades, como um vento, nos arrebatam.” Is 64;6

Paulo em seus escritos ecoou o mesmo: “Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus.” Rom 3;10 e 11

Incautos que medem a si mesmos por seus próprios parâmetros de bondade; abominam certos erros grosseiros, mas, são cheios de malícias, maledicências, desonestidades, sobre as quais, passam por alto, quando, em si; embora, as vejam de longe se estiverem em outro.

Esses presunçosos devaneiam que não têm pecados; mas, segundo A Palavra de Deus estamos todos mortos em delitos e pecados. Por isso, não estou esposando que precisamos religião; um morto nunca será bom nem ruim, para efeito do que conta é apenas um morto.

Portanto, “... aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.” Jo 3;3 O Senhor não é um adestrador de cães; É Pastor de Ovelhas, animais dóceis, que são facilmente conduzidos pelo Pastor. “Quando tira para fora as suas ovelhas, vai adiante delas, elas o seguem, porque conhecem a sua voz.” Jo 10;4

Muitos vivem a insana ambigüidade de Acabe; ele cercava-se de falsos profetas conforme suas predileções; mas, na hora do vamos ver, tentava evadir-se ao Juízo Divino, pois, no fundo o temia. Seu ardil não deu certo, morreu mesmo vestido de soldado; Deus não estava julgando vestes, mas, caráter.

Os de hoje também amontoam para si gurus conforme suas comichões; gente que formula bem; embala em celofane ou seda, “verdades” que não passam de rótulos bonitos em potes de veneno. Deus adverte que somos maus e carecemos regeneração mediante a cruz de Cristo; eles dizem que já somos bons, não precisamos ser “domesticados”. Óbvio que eles tendem a ser ouvidos, mais que os servos do Senhor.

Na hora do juízo todos os gurus serão apenas réus; nenhum foi posto por mediador senão, Cristo; “Porque há um só Deus; um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” I Tim 2;5 e O Mediador disse que o Juízo será segundo Sua Palavra, nada mais: “Quem me rejeitar e não receber minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia.” Jo 12;48
Uma vez mais, vestes não contarão para desviar a sentença. Nossa presunção é um frágil cristal que a primeira prova mais séria despedaça.

“Que Deus me dê sucessos bastantes para não perder o entusiasmo; e os fracassos necessários para não perder a humildade.” Ivo Nesralla

sábado, 7 de janeiro de 2017

Cruz; o "mal" das Boas Novas

“Disse o rei de Israel a Jeosafá: Disfarçando-me entrarei na peleja; tu, porém, veste tuas roupas reais. Disfarçou-se, pois, o rei de Israel, e entraram na peleja.” II Crôn 18;29

Dois reis; Jeosafá, rei de Judá, Acabe, rei de Israel. Esse, após ouvir o vaticínio do profeta Micaías, de que morreria, na batalha, disfarçou-se de soldado, e sugeriu que Jeosafá pelejasse em vestes reais, assim, pensou, se o rei deve morrer, morra Jeosafá, não eu.

Além de egoísta, pérfida, sua atitude, era digna de um mentecapto. Ora, se o profeta falara da parte de Deus, era justo a Ele, que imaginava ludibriar. Quem pensa que Deus posse ser “enganável”, reduz O Todo Poderoso, Onisciente, à sua própria estatura. De um assim, O Eterno falou: “Estas coisas tens feito, eu me calei; pensavas que era tal como tu, mas, te arguirei, as porei por ordem diante dos teus olhos.” Sal 50;21

Entretanto, centenas de profetas de Baal, nos quais confiava, aparentemente, tanto que eram mantidos pelo Estado, esses, digo, vaticinaram uma jornada vitoriosa, de modo que, parece, não teria nada a temer, de forma a que precisasse disfarçar-se. Por quê, o fez?


Sua rejeição ao profeta do Senhor, não derivava de ser, o tal, indigno de confiança, antes, sua mensagem não agradava. “...Ainda há um homem por quem podemos consultar ao Senhor; porém, eu o odeio, porque nunca profetiza de mim o que é bom, senão, sempre o mal; este é Micaías, filho de Inlá.” V;7

Ora, quando me achego ao Eterno em oração, ou, mediante outrem, Ele me fala, se, for uma exigência minha que, agrade minhas vontades, quem é O Senhor? Quem, o servo? Quando o Salvador propôs a autonegação como indispensável para se ir após Ele, não falava de suicídio; a cruz significa o sacrifício das minhas vontades em prol da Divina. Paulo definiu com precisão: “Sacrifício vivo”. “...apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo, agradável a Deus...” Rom 12;1 ou, “Já estou crucificado com Cristo; e vivo...” Gál 2;20

Se há uma geração de pregadores ensinando seus incautos ouvintes a “exigirem, decretarem, determinarem” o cumprimento das suas vontades, O Eterno é inocente; são profetas de Baal.

Uma coisa precisamos entender antes de mais nada: “Deus não é Deus de mortos.” Todos que vivem suas vidas alienados Dele, ao alvitre dos próprios desejos podem estar até, felizes, vivendo assim, contudo, estão espiritualmente mortos. O Eterno ama-os, e chama a si, mas, o faz inevitavelmente através da cruz. Como seria agradável a homem natural uma mensagem que propusesse sua morte? Certo que promete também que ressuscitará com Cristo e será capacitado a andar em “novidade de vida”.

Desse modo, como Micaías, ao profeta idôneo cumpre ser portador de notícias más, para a natureza caída, ainda que, por sua eficácia redentora, e, intenção Divina que a impulsiona, a dura mensagem é nomeada verdadeiramente, como, Evangelho, Boas Novas.

Quando a coisa causa rejeição, muitas vezes, violenta até, isso não revela nenhum lapso no Emissor, tampouco, no portador da mensagem; antes, o receptor se revela indigno dela. “o homem que confia no homem, faz da carne o seu braço, aparta o seu coração do Senhor... será como a tamargueira no deserto, não verá quando vem o bem...” Jr 17;5 e 6

Na verdade, no fundo, os ímpios sabem que Deus está certo, que Suas demandas são justas. Contudo, tanto quanto podem, mascaram a própria obstinação, tentam macular a imagem dos mensageiros Divinos, invés de aceitarem a correção em suas vidas deformadas.

Se Acabe não soubesse, ser verdadeira, a mensagem do profeta, não teria se disfarçado tentando fugir do juízo pela esperteza. Não contava com um detalhe: “Não há sabedoria, nem inteligência, nem conselho contra o Senhor.” Prov 21;30 Então, mesmo disfarçado, a mão de Deus o alcançou, e, morreu em sua obstinada rebeldia.

Do mesmo modo, muitos sabem, no âmago das consciências, que Deus está certo, e, é justo Seu pleito pela mudança de mentes e atitudes. Contudo, cercam-se de conselheiros vãos, como os profetas de Acabe, preferem um “cautério” psíquico, à dor da cruz, que, mortifica as vontades malsãs, e, mediante obediência possibilitada pelo Espírito Santo, Selo de Deus nos salvos, santifica os renascidos na conversão.

Cheia está a Terra de profetas para todos os gostos, e uma minoria, ao Gosto Divino. Esses não falam bem de pecadores, porém, apresentam o Sumo Bem, Jesus Cristo, graça que salva; se, o tal remédio é amargo, sua eficácia é inegável.

Tanto podemos nos disfarçar mudando as vestes, quanto, nos desnudar mediante arrependimento e confissão, para sermos revestidos de Cristo. As alternativas não envolvem modelito para uma festa, antes, são a diferença entre vida e morte; “escolhe, pois, a vida...”

domingo, 28 de setembro de 2014

O hábito e o monge



“Disse o rei de Israel a Jeosafá: Disfarçando-me eu, então entrarei na peleja; tu, porém, veste as tuas roupas reais. Disfarçou-se, pois, o rei de Israel e entraram na peleja.” II Cr 18; 29  “Tragam a veste real que o rei costuma vestir, como também o cavalo em que o rei costuma andar montado,  ponham a coroa real na sua cabeça.” Et 6; 8   

Nos textos em destaque temos dois casos de vestes trocadas. No primeiro, o rei Acabe disfarçado de plebeu; no segundo, o servo Mardoqueu com vestes, coroa e cavalo de Rei.

Assim como dizem que, o papel aceita tudo, também o corpo; digo, cada um pode se vestir como quiser. Entretanto, nos eventos em apreço a escolha dos “modelitos” derivava de circunstâncias a considerar.  

Acabe convidara Josafá, rei de Judá, para uma investida conjunta contra  Ramote de Gileade. O rei aceitou, mas, condicionou que Deus fosse consultado. Acabe apresentou uma malta de profetas de Baal que prometeu vitória fácil na peleja. 

Josafá, porém, pediu que se ouvisse um profeta do Senhor. Micaías  vaticinou a morte de Acabe e derrota no combate. Mesmo assim, o monarca seguiu em seu intento. 

Porém, resolveu empurrar a “batata quente” para Josafá. Sabendo que seria o alvo principal dos adversários decidiu vestir-se como mero soldado, tentando, via astúcia, evadir-se ao cumprimento da funesta previsão.

Assim, suas vestes simples nada tinham de humildade, antes, era indício de safadeza. Como não se pode ludibriar a Deus, o estratagema não adiantou; foi morto do mesmo modo. 

No caso de Mardoqueu, servo no reino de Assuero, ouvira falar de uma conspiração contra a vida do Rei e denunciara; investigaram, comprovaram a denúncia e justiçaram aos sediciosos sem recompensa alguma ao judeu por sua lealdade. 

Porém, quando a vida de todos os judeus estava ameaçada pelo príncipe Hamã, a rainha Ester e Mardoqueu jejuaram e oraram por livramento. Deus ouviu e enviou  insônia ao rei, que, como não tinha televisão para se distrair ordenou que se lessem as crônicas perante ele. 

Em dado momento se achou sobre a denúncia de Mardoqueu que lhe salvara a vida. Então lembrou que recompensa nenhuma lhe fora dado por isso. O próprio Hamã foi convidado a opinar como o rei deveria honrar a quem desejasse e sugeriu as vestes, coroa e cavalo do rei num tour pela cidade pensando em honra para si. Nesse caso, as vestes trocadas significavam honra, respeito. 

Esses incidentes, porém, são pontuais, circunstanciais. Normalmente andamos com as nossas roupas. 

Entretanto, quando a Bíblia fala em vestes, não raro, é uma metáfora para caráter, atitudes. Por exemplo: “Em todo o tempo sejam alvas as tuas roupas, nunca falte o óleo sobre a tua cabeça.” Ecl 9; 8 O contexto imediato fala de obras;  em apocalipse é expresso o sentido da metáfora; “E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos.” Apoc 19; 8 

Assim,  “O hábito faz o monge” deve ser interpretado como, as atitudes demonstram o caráter; ou, o fruto identifica a árvore, como ensinou O Salvador. 

O vício mais recorrente nas denúncias Dele era a hipocrisia, que, outra coisa não é, senão, desfilar com as vestes trocadas. Um caráter tortuoso, malsão, e  ostentação piedosa, santa. O Mestre ilustrou isso como um sepulcro; cal por fora, podridão por dentro. 

A conversão, além de outras tantas figuras usa essa: Lavar as vestes com sangue. “...Estes são os que vieram da grande tribulação, e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro.” Apoc 7; 14  

Esse branqueamento é o traje a rigor, sem o qual seremos “barrados no baile”. “E o rei, entrando para ver os convidados, viu ali um homem que não estava trajado com veste de núpcias. E disse-lhe: Amigo, como entraste aqui, não tendo veste nupcial? Ele emudeceu. Disse, então, o rei aos servos: Amarrai-o de pés e mãos, levai-o, e lançai-o nas trevas exteriores;” Mat 22; 11 a 13  

Assim, não valem nada as vestes de pretensa esperteza para evadir-se ao juízo Divino como intentou Acabe; antes, basta que tenhamos uma postura de lealdade ao Rei, como Mardoqueu, e a seu tempo Ele nos honrará com Suas vestes santas. 

Quando recebemos Seu Ser, e O deixamos nos conduzir, em parte já estamos em trajes nobres, ainda sobre a Terra. Porque todos quantos fostes batizados em Cristo, já vos revestistes de Cristo.” Gál 3; 27  

Diverso da moda que cambia a cada quinze dias, as vestes de Cristo nos mudam um pouco a cada dia; nos paramentam de justiça para vermos a face do Rei. “Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;” Mat 5; 8