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domingo, 24 de janeiro de 2016

Fé é coisa de covardes?

“Porque os egípcios são homens, não, Deus; seus cavalos, carne, não espírito; quando o Senhor estender sua mão, tanto tropeçará o auxiliador, quanto o ajudado; todos juntamente serão consumidos.” Is 31;3

O contexto é de um povo que estava endividado com Deus; invés de se corrigir, ameaçado por inimigos, buscava apoio no exército do Egito. Ora, justo Israel, cujo nascimento como nação se dera no Êxodo daquele país, sem poderio militar algum, apenas a intervenção milagrosa de Deus, agora, invés de buscar socorro no Senhor, buscaria no Egito?

Tinham feito algo semelhante, quando o Eterno “demorou” para devolver Moisés, fizeram como deus, um dos tantos ídolos que viram ser cultuados na terra dos Faraós. Todavia, as consequências da blasfêmia não lhes era desconhecida; como voltariam a repetir o erro que tantas vidas custou?

Comunhão com Deus que O constrange a lutar de nosso lado demanda renúncia, obediência; apoio de outros, mera troca de favores; tendemos ao caminho mais fácil, não obstante, possa ser danoso no fim.

Pra maioria, as coisas imanentes são reais, as transcendentes, meras abstrações; coisa de gente débil que fantasia em sua fraqueza um socorro imaginário. A fé é esconderijo de fracos, desculpa de covardes.

Contudo, é exatamente o contrário. O texto de Isaías lança luz sobre a superioridade das coisas espirituais, ante as físicas, diz: “Porque os egípcios são homens, não, Deus; seus cavalos, carne, não espírito;” Afinal, se o vigor espiritual foi forte o bastante para dobrar os exércitos de Faraó, que prova mais careceria para ser reputado superior?

A paz com Deus que colocaria os poderes espirituais ao nosso lado demanda tomar a cruz, isso é coisa para valentes. Covardes fogem como o diabo, da cruz.

Deparei com um texto onde diz que, conhecimento bíblico vale mais que curso superior; e, um motejo com a imagem de um pastor famoso entre cédulas, dizendo: “É verdade”.

Conhecimento de Deus não nos enriquece monetariamente; mas, o conhecimento bíblico pode ser malversado assim. Certamente, quem postou a ideia tencionava ilustrar a superioridade das coisas espirituais às materiais. Quem distorceu isso quer lavar-se com lama, ao pegar um mau exemplo e tentar fazer má, uma carreira que é santa.

A Bíblia não apresenta o conhecimento como posse, antes, compromisso. Devo obedecer o que sei, como credencial inicial para seguir aprendendo, até conhecer à Verdade, para, enfim, ser livre. “Jesus dizia aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; conhecereis a verdade, a verdade vos libertará.” Jo 8; 31 e 32

Há conhecimento atual, e factual. Digo, o que norteia ações, atua; o que apenas acresce informação é o factual, existe, embora, faça hipócritas, invés do atual, que faz servos.

Tiago alude ao que aprende e não pratica, como o que olha-se no espelho incidentalmente, sem nenhuma providência ante os desarranjos que vê. “Se alguém é ouvinte da palavra, não, cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural; contempla a si mesmo, e vai-se, logo esquece de como era.” Tg 1; 23 e 24

Então, nada vale um que rejeita a fé, justificar-se apontando outro que a malversa; hipócritas e céticos, malgrado aparentes contradições, caminham juntos; digo, chegarão ao mesmo destino por caminhos diversos, pois, têm em comum, a rejeição aos preceitos de Deus.

As guerras que Deus permitia contra Israel eram já Seus juízos pela desobediência; aí, invés de arrependimento, os corações endurecidos tomavam “providências” pecaminosas; “Ai dos filhos rebeldes, diz o Senhor, que tomam conselho, mas não de mim; que se cobrem, com uma cobertura, mas não do Meu Espírito, para acrescentarem pecado sobre pecado; que descem ao Egito, sem pedirem o meu conselho; para se fortificarem com a força de Faraó, para confiarem na sombra do Egito.” Is 30; 1 e 2

Ações precipitadas sem o conselho de Deus; será que fazemos melhor que isso, ou, em nossas angústias só acrescentamos pecado a pecado?

Finalmente, um exemplo de nosso meio: O ex presidente Lula, malgrado ser semi-analfabeto não teve problemas sérios com isso, pois, venceu duas eleições; Agora, que assomam indícios de grandes roubos, lapso de valores, a maioria o despreza, mesmo, os que votaram nele. Se, pode ser sem estudo, desde que, não seja sem caráter, e essa faceta tem uma derivação espiritual, todos sabem bem, o que vale mais.

Quem deposita esperança no dinheiro em face às angústias da alma, no fundo, se evade à solução em Deus, e “desce ao Egito.” Dinheiro é invenção humana; a vida, dom de Deus.

“Porque a sabedoria serve de defesa, como de defesa serve o dinheiro; mas, a excelência do conhecimento é que a sabedoria dá vida ao seu possuidor.” Ecl 7;12