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sábado, 14 de setembro de 2019

Os dias maus

"se te mostrares fraco no dia da angústia, é que tua força é pequena.” Prov 24;10

“Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.” Ef 6;13


Ora, dia da angústia; outra, dia mau. Que dias são esses? Embora o vulgo fale mal das segundas-feiras, o supersticioso das sextas treze, não existe um dia mau, pelo dia, estritamente. Todos os dias são iguais.

Nossas circunstâncias e vicissitudes é que definem como está nossa vida, do ponto-de-vista dos obstáculos a enfrentar, ou, dos bens a usufruir. Momentos em que estamos mais fragilizados, espiritual, emocional, ou fisicamente, esses forjam a matéria-prima do dia mau.

Se, morro abaixo até bêbado anda depressa, na hora da angústia até os fortes fraquejam.

Diferente de nós, que, apesar de maus, pecadores, temos escrúpulos éticos tipo, respeitar à dor de um adversário enlutado, não agredir um ébrio, um deficiente, equalizar disputas esportivas separando por gêneros, classificando pelo peso, como no boxe, etc. Para o inimigo não existem essas “frescuras”. Quanto mais vulneráveis estivermos mais ferozmente atacará. Daí, invés de algum alento, consolo em nosso dia mau, deveremos esperar por combates e nos prepararmos para resistir.

Vimos na saga de Jó; não satisfeito de ter tirado seus filhos e seus bens, ainda tocou na saúde dele; de lambuja usou os lábios da esposa imprudente e de amigos molestos para turbinar ainda mais a dor do infeliz.

No Caso do Salvador esperou pacientemente Ele jejuar por quarenta dias, para só então desfiá-lo a converter pedras em pães. Conheci um irmão que dizia: Não pense que o inimigo é um pobre diabo; ele é um bom diabo. Isto é; bom no que faz, em ser mau.

Ora, a frieza calculada de serpente, outra, avidez rapace de predador.

Às vezes em pleno dia mau o Senhor nos deixa “sozinhos;” isto é, mesmo estando por perto não interfere para nos temperar e testar à fé; “Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a voz do seu servo? Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor, firme-se sobre o seu Deus.” Is 50;10

Eis outra faceta do dia mau! Eivado de trevas, sem nenhuma luz.

Claro que o dia mau em apreço é uma “prerrogativa” dos fiéis, dos que temem ao Senhor. Os alheios a Ele, nos domínios da maldade, seus dias maus não passam de consequências dos seus descaminhos, invés de provas à fé.

Dores que Ele julga necessárias, O Senhor permite; embora, esteja conosco em meia a elas. “Quando passares pelas águas estarei contigo; quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem chama arderá em ti.” Is 43;2

Alguns pregadores modernos desafiam pessoas que estão num dia mau, desemprego, solidão, enfermidade, miséria, a fazer uma mandinga, qualquer, um “sacrifício” para transformarem aquilo em bênção.

Embora se digam pregadores da prosperidade são apenas, uma releitura do tentador chegando a um fragilizado e desafiando-a transformar pedras em pães; na ética do capeta: Está fraco? Termine de matar. Como soldados em campo de batalha finalizavam feridos à bala com estocadas de baionetas. Assim são as línguas desses mercenários; baionetas do capeta.

A fé não é uma veste colorida para ser exibida em dias de tempo bom; antes, um revestimento que “blinda” ao fiel pra que assim permaneça a despeito das lutas que enfrentar.

“Sei estar abatido, também ter abundância; em toda a maneira, em todas as coisas estou instruído, tanto ter fartura, quanto, fome; tanto ter abundância, quanto, padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.” Fp 4;12 e 13

O fiel também adoece, perde emprego, entes queridos, sofre privações; mais que os infiéis padece fome e sede de justiça.

Se, observarmos a “Armadura de Deus” com a qual deveremos enfrentar nosso dia mau, a maioria são armas de defesa; calçado, couraça, escudo, capacete. Por fim, a Espada que serve a ambos os fins; defesa e ataque.

O que alenta-nos é que mesmo permitindo dores eventuais o socorro Divino é certo em tempo oportuno. “Pois, ainda que entristeça alguém, usará de compaixão, segundo a grandeza das suas misericórdias. Porque não aflige nem entristece de bom grado aos filhos dos homens.” Lam 3;32 e 33

Quando, a tempestade do dia mau assola, de “lambuja” o tentador vai fazer parecer, as nuvens, mais carregadas; o vento mais letal; porém, uma fé sadia experimentada no relacionamento com Deus verá um arco iris em formação invés de motivos para descrer.

“Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós será revelada.” Rom 8;18

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Paciência; duro combate

“Lembrai-vos, porém, dos dias passados, em que, depois de serdes iluminados, suportastes grande combate de aflições.” Heb 10;32

Essa evocação trazendo de volta dias duros não se dava por que fosse bom recordá-los, estritamente; antes, porque os cristãos hebreus estavam esmorecendo, desanimando, e o autor queria lembrá-los de que já tinham lutado contra adversidades bem maiores.

Muitas vezes o mesmo se dá conosco; passamos galhardamente por temporais, e fraquejamos em momentos brandos de espera; pois, devaneamos que as coisas devam acontecer no nosso tempo, ou, do nosso modo.

Então, o desafio à paciência, essa virtude mais difícil de ter que a própria coragem. “Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa.” V 36

Mas, voltando ao começo, chama atenção o ponto de partida para as lutas; “depois de serdes iluminados...” O inimigo não tem nenhum problema com, eventuais, boas obras, doses cavalares de religião; mas, treme suas anteninhas, se, divisa em nosso andar, lampejos da Luz Divina.

Sendo príncipe das trevas, qualquer feixe de entendimento espiritual lhe soa como ameaça; como certos políticos preferem o povo ignorante para dominá-lo. Então, ocupa-se na difusão do “bem” que possui; escuridão. “Se ainda nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é imagem de Deus.” II Cor 4;3 e 4

Se, escuridão espiritual é o entendimento obtuso, óbvio que a luz é o entender vívido, perspicaz, esclarecido. Porém, isso vai muito além de uma propriedade intelectual; antes, se faz raiz do ser, patrocínio do agir.

Tal vereda foi chamada por João de “andar na Luz”; assim, e só assim, a eficácia de Cristo em nós se verifica; “Esta é a mensagem que dele ouvimos, e anunciamos: que Deus é luz, não há nele trevas nenhumas. Se dissermos que temos comunhão com Ele e andarmos em trevas, mentimos, não praticamos a verdade. Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1;5 a 7

Tem consequências horizontais, comunhão fraterna; e, verticais; purificação. E, além disso, quando agimos na luz, servimos de testemunho, quiçá, estímulo a outros que contemplam nossos passos; o mero reconhecerem nossa boa conduta já se torna glória ao Nosso Pai. “Não se acende a candeia e coloca debaixo do alqueire, mas, no velador; dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai, que está nos céus.” Mat 5;15 e 16

Então, passamos a ter oposição ferrenha do inimigo não quando entendemos à Palavra, mas, quando começamos a viver por ela. Ele propôs verter pedras em pães; O Salvador deixou em lugar secundário o alimento do ventre, e priorizou o cumprimento da Palavra.

O capeta segue a mesma tática mediante seus mercenários atuais, com desdobramentos vários; propondo usar a Bíblia buscando dinheiro. Os servos de Deus idôneos são conduzidos pelo Espírito Santo; Esse realça O Feito de Cristo atinando à regeneração, à transformação; o passar das trevas para a luz. O Senhor disse a Paulo que ele fora escolhido, “Para lhes abrires os olhos, e das trevas os converteres à luz; do poder de Satanás a Deus...” Atos 26;18

A verdadeira mensagem não enseja alento ao pecador, antes, ilumina por dentro seu esconderijo e o desafia a deixá-lo. Como traz certo desconforto eventual, quem ilumina tende a ser rejeitado, sobretudo, por quem ama mais sua perdida condição que as promessas de perdão e vida eterna acenadas pelo Salvador.

Cegados pelo inimigo preferem enfrentar ao Senhor do Universo, que a si mesmos.

Assim, seguem no escuro, escravos do diabo e presumidos senhores de si, alienados da vida, condenados. “Quem crê nele não é condenado; mas, quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas, quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;18 a 21

Enfim, bênção não é calmaria, ausência de lutas; antes, luta diária pela preservação espiritual, mantendo acesa a luz da vida. Ora, coragem; outra, paciência; mas, sempre com as armas da justiça.

segunda-feira, 15 de maio de 2017

O pão, A Palavra

“Eu te conheci no deserto, na terra muito seca. Depois eles se fartaram em proporção do seu pasto; estando fartos, ensoberbeceu-se seu coração, por isso, esqueceram de mim.” Os 13;5 e 6

Não obstante, vermos as coisas mudarem várias vezes, tendemos a ser circunstanciais; isto é: Influenciados pelas coisas que nos cercam, mais, que pelas convicções internas. Acima temos O Senhor lembrando Sua fidelidade a Israel, em pleno deserto, onde Ele proveu água e pão. Porém, entrando na Terra da Promessa, encontraram fartura; fartos esqueceram de Deus.

Quantas vezes, algo assim acontece conosco. Se, estamos em momentos de privações materiais, de saúde, emocionais, etc. somos fervorosos em buscar ao Senhor, orar; mas, saciadas essas carências, tendemos ao comodismo indiferente, a infidelidade.

No fundo, se buscamos Deus quando nossas necessidades são mais intensas, não é a Ele, estritamente, que buscamos, antes, Nele, a satisfação egoísta de nossas próprias vontades. Inda que eventualmente, por Sua Graça, O Eterno supra, petições de infiéis, Seu Galardão, Sua bênção se reservam aos que buscam a Ele, não, ao que Ele dá. “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e, é galardoador dos que o buscam” Heb 11;6

Embora sejam palpáveis, visíveis, tanto, as fartas, quanto, de privações, circunstâncias são, como o nome sugere, coisas que nos circundam, estão ao redor de nós; Deus, de quem O ama, está dentro. Se dependesse apenas do que o cercava, o primeiro casal não teria pecado, pois, estava num jardim de delícias, fartura, mas, o inimigo achou uma brecha interna, negligência para com a Palavra de Deus; nesse lapso, a semente do orgulho lançada, deu azo ao surgimento do ego, um deus caído que separou a humanidade do Criador.

Orações que querem coisas, não, relacionamento, inda são traços do ego no comando, donde vem o termo, egoísta. Se, Deus faz concessões nesses casos, isso deriva de Sua graça geral, Seu amor pelo mundo que faz sol e chuva descerem sobre justos e injustos. Porém, anseia mais que isso; deseja regenerar filhos espirituais mediante Jesus Cristo; não, meramente, alimentar, criaturas.

Esses, que recebem a ventura de voltar ao relacionamento com Ele, são testados no deserto, nas privações, para, não cometerem o mesmo erro de nossos antepassados, menosprezar à Palavra da Vida. “Te humilhou, te deixou ter fome, te sustentou com o maná, que tu não conheceste, nem teus pais o conheceram; para te dar a entender que o homem não viverá só de pão, mas, de tudo o que sai da boca do Senhor viverá o homem.” Deut 8;3

Se, vivemos mediante A Palavra, coisas devem ocupar lugar secundário, enquanto, a Justiça do Reino deve ser prioridade, segundo ensinou O Salvador. "Buscai primeiro o reino de Deus, e sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si. Basta a cada dia seu mal.” Mat 6;33 e 34

Aliás, Ele, Jesus Cristo, “O Segundo Adão”, não esteve num paraíso como aquele, antes, lutou contra o inimigo e venceu, em pleno deserto; onde, após jejum prolongado, foi tentado a verter pedras em pães. Justo aquele trecho da Palavra foi Sua arma de defesa: “Nem só de pão viverá o homem, mas, de toda a palavra que procede da boca de Deus.”

Claro que é lícito pedirmos coisas que nos faltam; porém, seja nossa prioridade o relacionamento sadio com O Pai, pois, logrado isso, Ele, que É Fiel, com Sua Sabedoria e Bondade, cuidará de nós. Ele ensina que quem é fiel no pouco, o será igualmente, no muito. Então, carência ou fartura são coisas circunstanciais; fidelidade é ponto, o valor que deve nortear nossos passos; estejamos, com muito, ou, pouco.

A vida abundante que O Senhor prometeu tem sido convenientemente pervertida por mercenários para que o texto pareça dizer vida farta. Abundância de vida num cenário de morte espiritual, como o que O Senhor encontrou, atina à conversão, nascimento de muitas vidas; e à eternidade legada aos renascidos, abundância de dias.

Fartura e privação de bens não têm peso espiritual, em alguns casos, como vimos, carência serve para ensinar a dependermos da Palavra.

Para O Senhor, multiplicar o pão é mui fácil; contudo, a vida depende de nossa participação; espiritualmente não existe o ingrato: “Não pedi para nascer”. Precisamos desejar isso, nos arrependermos de ter errado o alvo, para que sejamos, enfim, regenerados por Cristo.

Com Deus, mesmo o deserto se faz habitável; Ele verte água da rocha, faz cair o pão do céu; sem Ele, até um faustoso jardim, é lugar de queda, do triunfo da serpente traidora.