Mostrando postagens com marcador Paz com Deus. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Paz com Deus. Mostrar todas as postagens

sábado, 23 de maio de 2020

A Cidade Ameaçada


“Dai-nos agora aqueles homens, filhos de Belial, que estão em Gibeá, para que os matemos e tiremos de Israel o mal. Porém os filhos de Benjamim não quiseram ouvir a voz de seus irmãos, filhos de Israel.” Jz 20;13

Toda nação congregada pedindo aos de Benjamim que lhes entregassem para a justiça uma quadrilha de estupradores que abusaram até à morte, da concubina de um levita que passava a noite na cidade.

Invés de extirparem exemplarmente tamanha maldade, preferiram se identificar com os malfeitores e fazer guerra contra as demais tribos dos seus irmãos. “O sábio teme, e desvia-se do mal, mas o tolo se encoleriza e dá-se por seguro.” Prov 14;16

Benjamim, embora tenha feito estragos na batalha foi praticamente destruído por essa insanidade de se identificar com a canalhice e defender o indefensável.

Quantos cristãos nos ofenderam durante a campanha política, vergonhosamente se identificando com ladrões e ofendendo a quem os rejeitava... há algo errado no cristianismo de alguns. Não se trata de pessoas com suas qualidades e defeitos, mas de representatividade, valores defendidos por esse ou aquele.

Um ditado veraz diz que ouro na mão do bandido também é ouro; por outro lado, também é vero que, patifaria cometida por alguém de meu sangue, partido, agremiação, também é patifaria.

Identificar-me com o mal a ponto de defendê-lo me torna tão ou mais culpado que aquele a quem defendo. Ele fez a coisa que fez, no calor do momento; tenho as consequências como advertência, e o tempo para pesar minha decisão; se ainda assim me coloco ao seu lado sou pior que o malfeitor.

Do “cidadão dos Céus” entre outras coisas se diz que, aos “seus olhos o réprobo é desprezado.” Não há menção de laços, sanguíneos ou não; apenas, de postura réproba que, no reino do Espírito está acima das coisas atinentes ao pó.

Situação semelhante tivemos numa cidade chamada Abel, onde Seba, um sedicioso fugitivo se abrigou perseguido pelo Exército de Davi, sob comando de Joabe. Invés da cidade inteira se aliar ao malfeitor, liderada por uma mulher sábia, entregou esse apenas e foi poupada. “A mulher, na sua sabedoria, foi a todo o povo, e cortaram a cabeça de Seba, filho de Bicri, e lançaram a Joabe; então este tocou a buzina, e se retiraram da cidade, cada um para sua tenda; Joabe voltou a Jerusalém, ao rei.” II Sam 20;22

Salomão em suas reflexões mencionou um homem sábio e pobre que livrara uma cidade; “Houve uma pequena cidade em que havia poucos homens; veio contra ela um grande rei, cercou-a e levantou contra ela grandes baluartes; encontrou-se nela um sábio pobre, que livrou aquela cidade pela sua sabedoria; ninguém se lembrava daquele pobre homem. Então disse eu: Melhor é a sabedoria que a força...” Ecl 9;14 a 16

Eliseu fizera algo assim, livrando Dotã, ferindo de cegueira aos exércitos que a ameaçavam. Então, temos pelo menos dois exemplos; um homem e uma mulher sábios a salvar cidades, pela sabedoria em consórcio com a justiça; diverso dos que, pela cegueira cúmplice puseram a perder a tribo de benjamim.

Embora esses atos nos soem heroicos, lidamos com coisas “maiores” que cidades, na perspectiva espiritual. “Melhor é o que tarda em irar-se que o poderoso; o que controla o seu espírito que aquele que toma uma cidade.” Prov 16;32

Cada alma administra sua “cidade” dentro da qual moram atitudes, hábitos, desejos, carências, dúvidas, resoluções, e claro! pecados.

É contra esses apenas a bronca dos “Exércitos do Rei”. Nossa escolha é dual e mera; podemos cortar suas cabeças pelo arrependimento e jogar pelo muro para reconciliar com o Rei; ou, como os insensatos de Benjamim, ir à guerra suicida em defesa do mal.

O Salvador ensina que, em caso iminente de derrota, melhor ouvir proposta de paz. “... estando o outro ainda longe, manda embaixadores, e pede condições de paz.” Luc 14;32
Dada a impossibilidade de vencermos ao Invencível, O Eterno já propusera a paz desde dias idos; “Quem poria sarças e espinheiros diante de mim na guerra? Eu iria contra eles e juntamente os queimaria. Que se apodere da minha força e faça paz comigo...” Is 27;4 e 5

As condições de paz foram cantadas no nascimento do Salvador; “Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens.” Luc 2;14

Tomar uma cidade é fácil! Políticos tomam-nas mentindo; depois subjugam decretando isso e aquilo ao sabor dos interesses escusos. Purificar-se desses interesses livrando-se de tais algozes, encomendando a alma à salvação de Deus, só para corajosos capazes do enfrentamento de si mesmos, tomando a cruz de Cristo.

Ele ensina: “Tomai sobre vós o Meu Jugo e aprendei de mim...”

sábado, 29 de setembro de 2018

Consequências espirituais

“Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.” Luc 15;10

Nem sempre sabemos avaliar devidamente a repercussão das nossas escolhas. Entender que uma opção aqui, algo aparentemente comum, tem desdobramentos nos Céus, perante O Eterno.

As virtuosas, isto é, que são segundo os padrões Divinos, além dos abençoados reflexos sobre seu agente têm ainda outro, didático, perante anjos, como ensina Paulo: “Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus.” Ef 3;10

Quer dizer que, convivendo em comunhão com O Santo os habitantes celestes desconhecem a Sabedoria Dele? Em parte, sim. Pois, a “loucura” de esvaziar-se, ficar ao alcance de assassinos como fez, só se justifica depois, pelos frutos produzidos, e, enfim, deixando patente seu valor.

“Nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, loucura para os gregos. Mas, para os que são chamados, tanto judeus, quanto, gregos, lhes pregamos a Cristo, poder e sabedoria de Deus. Porque a loucura de Deus é mais sábia e, a fraqueza, mais forte do que os homens.” I Cor 1;23 a 25

Nossa peregrinação terrena é uma extensa “reunião” de cujas falas e atos os “secretários celestes” tomam nota em suas atas; seja, em nosso benefício, seja contra nós. “Então aqueles que temeram ao Senhor falaram frequentemente um ao outro; o Senhor atentou e ouviu; um memorial foi escrito diante Dele, para os que temeram o Senhor; para os que se lembraram do Seu Nome.” Mal 3;16

Tanto podemos causar festa nos Céus, quando nos arrependemos do mal e nos rendemos a Cristo, O Salvador, quanto, perplexidade; pois, tendo já feito a escolha pelo Senhor em dias pretéritos, de repente, ao sabor de novos interesses trocarmos Fontes Eternas por futilidades efêmeras; “Espantai-vos disto, ó céus, horrorizai-vos! Ficai verdadeiramente desolados, diz o Senhor. Porque o meu povo fez duas maldades: me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas; cisternas rotas, que não retêm águas.” Jr 2;12 e 13

Não há meio termo; sempre que buscamos alternativas a Deus, por religiosos que pareçamos, ou, nos pretendamos, a rigor, O deixamos por “cisternas rotas.” A maravilhosa possibilidade de fazermos escolhas concorre com a espantosa necessidade de sermos consequentes, pois, as mesmas hão de frutificar “conforme sua espécie”.

Paulo adverte: “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará corrupção; mas, o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará vida eterna.” Gál 6;7 e 8

A carne é a vida natural movida por instintos, preferências humanas, a despeito da Palavra; os que vivem assim ainda não foram motivo de festa nos Céus; não ingressaram à vida espiritual para a qual se requer novo nascimento; “Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus.” Jo 3;5

Os renascidos são desafiados à cruz, onde devem mortificar as naturais inclinações; doravante, cambiar paulatinamente os pensares naturais pelos sobrenaturais; “... meus pensamentos não são os vossos; nem, vossos caminhos os meus, diz o Senhor. Porque assim como os Céus são mais altos do que a Terra, são os meus caminhos mais altos do que os vossos, e meus pensamentos mais altos do que os vossos.” Is 55;8 e 9

Assim, cada vez que desprezamos os Divinos preceitos e colocamos nossas pobres mentes acima da do Pai, trocamos valores eternos por pratos de lentilhas como fez Esaú. Insanidades assim causam estupefação nos céus, invés de festejos.

Deprimente ver e ouvir “cristãos” pontuando “seus direitos” onde, o mero pronunciar O Nome do Senhor já os lança na seara dos deveres; “O fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

Quando porfiamos com alguém para que alinhe-se a Deus estamos, no fundo, zelando por sua vida, ainda que, ele (a) não veja assim, ou, ignore as consequências; “Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena naquilo que aprova.” Rom 14;22

Simplificando: Feliz aquele que escolhe as coisas conforme os padrões celestes; tendo herdado vida eterna atua de modo a preservá-la.

Cada vez que digo sim, para Ele, Cristo, devo um troante, não! Às minhas próprias inclinações que destoam dos preceitos Dele.

Paz com Deus não deriva de frequentarmos uma igreja; Antes, recebermos O Senhor Justiça Nossa, e deixarmos de vez nossas injustiças, daí, “O efeito da justiça será paz; a operação da justiça, repouso; segurança para sempre.” Is 32;17

domingo, 12 de agosto de 2018

A Guerra Adormecida

“Tendo sido justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo;” Rom 5;1

Há uma diferença relevante entre ser justiçado, e justificado. Justiçar é dar a alguém o que é justo. Se, foi acusado inocente demonstrar essa inocência; se, culpado, aplicar a pena que a culpa requer. É uma ação decorrente do mérito, pois.

Justificar não deriva de merecimento, mas, de favor por parte de quem justifica. Perdoar, não é um ato estrito de justiça, no tocante ao devedor, mas, de justificação; contudo, Deus lê tal ato como de justiça; ensina a orarmos nesses termos: “Perdoa nossas dívidas assim como perdoamos nossos devedores”.

Então, fomos justificados pela fé, à medida que é por meio dela que recebemos de graça, a Justiça de Cristo. Feito isso, digo, dado o majestoso perdão recebido, somos desafiados a ser perdoadores também; essa justiça Deus requer de nós.

A justificação não nos quita com Deus e deixa-nos autônomos; antes, nos faz servos; aí, “de toda a Palavra de Deus comerás livremente; mas, dos ensinos hereges, que, tendem ao pecado, e das próprias inclinações carnais, deles te distanciarás para que não morras”. Uma paráfrase da instrução dada a Adão, agora, ao “Adão” renascido.

A justificação nos leva à paz com Deus, porque a transgressão ensejara a inimizade. O que, pra nós é favor, justificação, aos Olhos Divinos é Justiça, ainda que oblíqua; a de Cristo, imputada a nós. Pois, a paz num cenário de inimizade não brota fortuita; demanda um “acessório” indispensável; “O efeito da justiça será paz...” Is 32;17

Havia uma injustiça pendente, um desafio suicida que aceitara a sugestão maligna de que o Eterno seria mentiroso. Então, mesmo não tendo nenhuma injustiça a pagar, O Salvador, quando instou para que João O batizasse, disse ser necessário cumprir “toda” justiça; mirava na redenção da injustiça original que forjara a queda, não, algo Seu, propriamente.

Como, “... todas nossas justiças são como trapo da imundícia;...” Is 64;6 ou, nossos bens, infinitamente insuficientes, “Nenhum deles ( de nós ) de modo algum pode remir seu irmão, ou dar a Deus o resgate dele, pois, a redenção da sua alma é caríssima...” Sal 49;7 e 8 A Graça de Deus enviou O Salvador, “O Senhor Justiça Nossa”; Jr 23;6 Nele, “A misericórdia e a verdade se encontraram; justiça e paz se beijaram.” Sal 85;10

Isso nos faz eternos devedores; paz com Deus é por “Nosso Senhor Jesus Cristo”. Chamá-lo de Pai, ou, Senhor não é algo que obre no vazio também; antes, requer um proceder conforme; “O filho honra o pai, o servo ao seu senhor; se, Eu sou Pai, onde está minha honra? Se, Eu Sou Senhor, onde está Meu temor?...” Mal 1;6

O mesmo Salvador advertiu desse “Senhorio oco”, onde, muitos chegam com palavras, sem coração; “Por que me chamais, Senhor, Senhor, e não fazeis o que Eu digo?” Luc 6;46

A peregrinação terrena dos salvos infelizmente foi substituída por ardilosos ensinos que acoroçoam arrogância; muitos “cristãos” portam-se como se fossem “co-pilotos” do Salvador, “ordenando, determinando”, num misto de falta de reverência com falta de noção.

Ora, se Ele O Salvador, no momento de maior angústia orou; “seja feito como Tu queres”, quem somos nós para querer as coisas do nosso jeito?

A liberdade de crença que desfrutamos as facilidades para se mercadejar com O Evangelho, até, gerou uma leva de frouxos morais, gente sem têmpera que profana ao Sagrado e nem se dá conta.

Se, nas suas cegueiras carnais muitos se presumem “conquistando” isso ou, aquilo, a rigor, num escopo espiritual se poderia dizer mais ou menos como faraó; “Estais ociosos, é por falta de trabalho que ficais devaneando com cultuar ao Senhor.” Esse devaneiam com servir a Quem desconhecem; essa inércia espiritual será letal, quando, enfim, formos testados em outro nível na densidade da fé. “Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado.” Heb 12;4


A onda é ser “politicamente correto” e, muitos, a pretexto de evitar polêmicas, atritos, omitem-se onde deveriam temperar com sal. Amizade, paz com Deus, necessariamente nos coloca em choque com esse mundo e seus valores inversos.

Paz não é valor absoluto que deva ser buscado a todo custo ignorando incongruências como visa o inútil movimento ecumênico. Ela é indispensável com Deus, no mais, é só morte envernizada. É um derivado moral, espiritual, não uma conquista de aclimações políticas doentias.

Sem resolver a questão da impiedade, nada feito; a guerra hiberna, mas, à primavera dos interesses eclodirá. “Ah! se tivesses dado ouvidos aos meus mandamentos, então seria tua paz como um rio; tua justiça como as ondas do mar!... Mas, os ímpios não têm paz, diz o Senhor.” Is 48;18 e 22

sexta-feira, 11 de maio de 2018

Estás em paz com Deus?

“Em toda a angústia deles Ele (Deus) foi angustiado; o anjo da sua presença os salvou; pelo seu amor e sua compaixão, os remiu; os tomou e conduziu todos os dias da antiguidade. Mas, eles foram rebeldes, contristaram seu Espírito Santo; por isso se lhes tornou em inimigo; Ele mesmo pelejou contra eles.” Is 63;9 e 10

Dois aspectos interessantes: O Eterno, graciosamente se identificando com as necessidades do povo escolhido; e, esse, por sua rebeldia entristecendo ao Santo e ensejando a inimizade.

A relação afetiva com O Senhor, onde há, é sempre intensa; seja, nas provisões graciosas do Seu amor, seja, na oposição ferrenha que arde em Seu zelo, ao ser desprezado. Simplificando: Ou, somos amigos de Deus, ou, inimigos, não há meio termo.

Um pouco antes, mediante o mesmo profeta O Senhor dissera que, as aparentes restrições de Sua Força, eram, na verdade, traços da inimizade gerada pelas transgressões. “Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem, agravado Seu ouvido, para não poder ouvir. Mas, vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; vossos pecados encobrem o Seu rosto de vós, para que não vos ouça.” Cap 59;1 e 2

Por isso, o Evangelho é, antes de tudo, uma mensagem de reconciliação. A inimizade se estabelecera e estacionara; o amor Divino deu o primeiro passo; e que passo! “Eu vim para que tenham vida...”Jo 10;10 disse O Salvador.

A contrapartida esperada dos reconciliandos é que também eles, reconhecendo suas culpas, abdiquem da autonomia sugerida e caminhem em direção ao Salvador; tomem consigo Seu Jugo; “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para vossas almas.” Mat 11;28 e 29

Podemos inferir, sem forçar, pois, que a situação de inimizade com Deus traz cansaço psicológico aos seus agentes. Quantas doenças psicossomáticas, (que começam na alma e atingem ao corpo) tipo, estresse, pânico, depressão, podem ser oriundas de uma alma assim, cansada de navegar contra as ondas?

A Carta aos hebreus também sugere um descanso espiritual aos salvos; “Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus. Porque aquele que entrou no seu repouso, ele próprio repousou de suas obras, como Deus das suas.” Heb 4;9 e 10

Embora pareça contraditório, uma vez que Jesus nos desafia a tomarmos Seu Jugo, a conversão nos livra de um peso esmagador; as consequências letais do pecado, no fim, e, temporalmente, à medida que tolhem a leveza das almas que teriam paz, se, alinhadas ao querer Divino. “Porque o meu fardo é leve, e o meu jugo suave”. Mat 11;30

Em suma, a rebelião gera inimizade com Deus; entristece-O, no caso daqueles que tinham um compromisso firmado; e a pretensa autonomia de definirmos por nós mesmo as noções de bem e mal nos coloca compulsoriamente a serviço do mal, da carne, do mundo, e do príncipe do mundo; a liberdade prometida se mostrou escravidão.

Sob o Jugo de Cristo, a cruz, a amizade se restabelece mediante os Méritos Dele; a paz outra vez nos é legada trazendo junto a leveza do descanso espiritual.

Assim, qualquer Evangelho cujo foco não priorize a reconciliação Divino-humana, por bonito, instigante que pareça é uma fraude. Jesus Cristo, O Senhor, não é Mediador entre emprego e desemprego; entre miséria e posses; entre subalterno e chefe, nem, entre cônjuges em desalinho; Sua Bendita presença pode fazer diferença nas soluções de muitas coisas como essas, mas, Sua Mediação que custou Seu Sangue, é entre o homem pecador e O Deus Santíssimo; “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” I Tim 2;5

O Evangelho sadio não é um apelo para melhorar de vida; antes, um desafio à reconciliação, para, enfim, ter vida. “Tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o ministério da reconciliação; isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; pôs em nós a palavra da reconciliação. Somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos da parte de Cristo que reconcilieis com Deus.” II Cor 5;18 a 20

Fazendo isso, o Amor Divino se identificará com nossas necessidades e angústias; passará conosco pela água e pelo fogo; senão, estaremos por nossa conta, mercê do assassino príncipe do mundo, em inimizade com O Santo.

“Homens restringem a verdade. Eles a escondem, eles não querem entendê-la por causa de sua inimizade contra Deus e seus desejos de viver livre de Sua regra.” Paul Washer

segunda-feira, 5 de março de 2018

A reconciliação

“Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo.” Rom 5;1

Desde a queda a situação humana é de inimizade com Deus.

Aquele que fora criado “Imagem e Semelhança” para ser filho dileto escolhera um “profeta alternativo” que o induzira à desobediência. Desde então, a maldição permeia a Terra que fora abençoada e seu governo entregue ao homem. Sua rebeldia ensejou que delegasse a outrem, tal governo. “... sois servos daquele a quem obedeceis... Rom 6;16

O Salvador tratou a oposição como “Príncipe desse mundo” reconhecendo-o como governante eventual.

Escolhendo novo deus para obedecer, a raça humana herdou a inimizade que ele nutre pelo Todo Poderoso, fazendo-se, também, inimiga de Deus.

Olhando superficialmente para as razões da queda veremos apenas desobediência, o que, já não é de pouca relevância. Entretanto, as razões da desobediência implícitas na sugestão do Capiroto são muito mais graves ainda.
Sugeriu que O Santo seria Egoísta, não querendo que eles fossem “Como Deus”; mais, Mentiroso advertindo de um risco inexistente, no caso, a morte.

Ao dar o “Grito do Éden”, além de independência rebelde estava no pacote a acusação que Deus seria Egoísta e Mentiroso. Como se diz, “desobediência é para os fracos; os fortes desobedecem e profanam”.

Adotando os passos sugeridos pelo canhoto o homem herdou sua inimizada profana também.

A Glória de Deus, Seu Caráter Fiel, Santo e Íntegro fora maculada de forma insana, suicida. Por isso, quando do nascimento do Salvador que viria “desfazer as obras do diabo”, o canto angelical trouxe: “Glória a Deus nas alturas; paz na Terra; boa vontade para com os homens.”

Glória a Deus atina à restauração da Justiça, pois, Ele é Digno de Glória; paz na Terra refere-se a restauração da relação com o homem que fora desfeita; Boa vontade à fonte de tal iniciativa, a Graça e o Amor Divinos que patrocinavam tal passo.

Assim, a Boa Nova, O Evangelho é o anúncio a toda criatura que mediante o Sacrifício de Cristo, em submissão a Ele, O Eterno aceita a reconciliar-se conosco. Pois, se Adão foi desobediente à morte, legando-a a toda descendência, O “Segundo Adão” Cristo, fez diferente: “Esvaziou a si mesmo, tomando forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; achado na forma humana, humilhou-se, sendo obediente até a morte e morte de cruz.” Fp 2;7 e 8 O estrago do que desobedecera pra morte foi reparado pelo Senhor ao obedecer à morte.

Desse modo, qualquer “Evangelho” que desconsidere isso, tenda para outro rumo, seja, para envernizar sistemas mundanos como se, Vontade Divina, seja, encorajar as ímpias cobiças como se os bens materiais fossem o alvo, é anátema.

Pois, “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; pôs em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que reconcilieis com Deus.” II Cor 5;19 e 20

O aviso a Adão fora: “No dia em que pecares morrerás.” Falava da morte espiritual, que, fez aquele que tinha prazer na comunhão com Deus se esconder ao ouvir Sua Voz.

Na reconciliação mediante arrependimento a vida perdida é restaurada. Sem ela, por religiosos que sejamos a inimizade permanece. “...aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus... aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.” Jo 3;3 e 5

A desobediência “deu vida” à morte; a submissão ao Salvador recoloca os pingos nos is; “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem vida eterna; não entrará em condenação, mas, passou da morte para vida.” Jo 5;24

Passar da morte para a vida em Cristo; eis o Evangelho!! Não, passar de empregado a patrão; de pobre a rico, de solitário a afamiliado, nada disso. São coisas que podem acontecer ou não; não estão necessariamente no pacote. O alvo é buscar O Reino e Sua justiça, não, as demais coisas.

As alternativas são: Aos salvos, restauração paulatina do estado primeiro de Adão onde tinha prazer na comunhão; aos demais, a situação pós-queda, onde ouvir a voz de Deus causava medo. Por irônico que pareça não precisamos coragem estritamente; a não ser, coragem de corresponder ao Amor Divino. “No amor não há temor, antes, o perfeito amor lança fora o temor; porque o temor traz consigo a pena; o que teme não é perfeito em amor.” I Jo 4;18

A Paz com Deus nos coloca em inimizade com o mundo e seu príncipe; mas, herdeiros de segurança eterna, não precisamos temer os blefes de um derrotado.

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Reconciliação

“Mas, eles foram rebeldes, contristaram seu Espírito Santo; por isso se lhes tornou em inimigo, Ele mesmo pelejou contra eles.” Is 63;10

A ideia de termos inimizades, por inócuas que sejam, nunca é um pensamento agradável, embora, em algumas situações, pouco, ou, nada possamos fazer. Há casos, nos quais, mesmo que nada tenhamos feito de mal às pessoas, por inveja, ou, alguma outra razão insana, não gostam de nós, saem espalhando veneno a nosso respeito. “Orai pelos que vos perseguem e abençoai aos que vos maldizem”; a receita Bíblica, porque, pessoas assim, certamente, têm carência espirituais grandes.

Contudo, quando algo mais que isso pode ser feito, devemos fazê-lo. “Portanto, se trouxeres tua oferta ao altar, e te lembrares de que teu irmão tem algo contra ti, deixa diante do altar tua oferta, vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, depois, vem e apresenta-a. Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão.” Mat 5;23 a 25

Se, meu irmão tem algo contra mim, foi porque falhei com ele, nesse caso, reconciliação depende de mim. Quando depende dele, nada posso fazer, exceto, orar.

Não podemos chegar a Deus, saltando sobre o semelhante. “Aquele que odeia seu irmão está em trevas, anda em trevas, não sabe para onde deva ir; porque as trevas lhe cegaram os olhos.” I Jo 2;11 “Se alguém diz: Eu amo Deus, e odeia seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama seu irmão, ao qual viu, como pode amar Deus, a quem não viu? Dele temos este mandamento: que quem ama Deus, ame também seu irmão.” Cap 4;20 e 21

Entretanto, quando nossa inimizade é contra Deus, motivada por rebeldias, aí, temos um problema de outra dimensão. Eli, o sacerdote relapso, pusera a questão aos filhos: Pecavam, esses, nas coisas do próprio sacerdócio; invés de exercer com vigor sua autoridade, apenas ergumentou: “Não, filhos meus, porque não é boa a fama que ouço; fazeis transgredir o povo do Senhor. Pecando homem contra homem, os juízes julgarão; pecando, porém, o homem contra Deus, quem rogará por ele?” I Sam 2;24 e 25

O Eterno pôs a questão noutros termos, o de quem luta contra Ele. “Quem poria sarças, espinheiros diante de mim na guerra? Eu iria contra eles e juntamente os queimaria. Que se apodere da minha força, faça paz comigo; sim, que faça paz comigo.” Is 27;4 e 5

Fazer paz com Deus, eis a questão! Embora incautos vejam no Evangelho apenas um desafio a mudar de religião, uma “busca por clientes” estilo telemarketing, ( nalguns casos, infelizmente, é ) no fundo, é um apelo do amor de Deus, que pelo Seu Espírito fala em nós, apresentando aos inimigos eventuiais, uma mensagem de reconciliação. Inimigos? Isso não seria dramático demais? Não. É ser bíblico. “Adúlteros e adúlteras, não sabeis que amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” Tg 4;4

Assim, a medida que apresentamos de modo sadio a mensagem do Único Mediador, somos feitos agentes da reconciliação entre pecadores e O Santo. “Tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, nos deu o ministério da reconciliação; isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; pôs em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus.” II Cor 5;18 a 20

Claro que isso demanda que deixemos de vez, a rebeldia que, se, por um lado nos dá independência para agirmos como quisermos, por outro, nos distancia do Pai, como fez o filho pródigo em sua insana e egoísta saga. Achou que poderia se virar muito bem por conta; foi usado pelas cobiças alheias quando tinha o que dar; empobrecido, terminou comendo com porcos.

Quem não pode dizer de modo verdadeiro, como aquele? “Pai, pequei contra o céu, e perante ti”? Reconhecimento de culpas, eis, o primeiro passo para reconciliação com O Pai! “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas. o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia.” Prov 28;13

Feito isso, poderemos, dizer como Paulo: “Se o Senhor é por nós, quem será contra nós”. Quem, que tenha poder maior? Contudo, “soltos das patas” digo, por nossa conta, estamos em inimizade com Deus, a mercê de um que, mesmo fingindo gostar de nós é traidor, assassino. Rogo, pois, de parte de Deus, que vos reconcilieis com Ele, mediante a cruz de Cristo.

sábado, 15 de outubro de 2016

Nuances do Reino

“Porque o trono se firmará em benignidade, sobre ele no tabernáculo de Davi se assentará em verdade um que julgue, busque o juízo, e se apresse a fazer justiça.” Is 16;5

Certamente o profeta messiânico fala do Reino de Deus. Após defini-lo como firmado nas bases do bem, três palavras; julgue, juízo e justiça, dão mostras do bem maior, ante, O Rei Vindouro.

No encerramento da Revelação, O Senhor insta para que cada um deixe patentes suas escolhas: “Quem é injusto, faça injustiça ainda; quem está sujo, suje-se ainda; quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda.” Apoc 22;11 Paralelismo sinonímico que equaciona injustiça à sujeira, justiça, à santidade.

Quer dizer que é na base do dente por dente e olho por olho? Apenas justiça, e a misericórdia? É uma boa pergunta, pois, o salmista associara essa àquela no séquito dos valores Eternos. “A misericórdia e a verdade se encontraram; justiça e paz se beijaram.” Sal 85;10 Vemos, porém, que ambas aparecem com “acessórios”; A misericórdia, com a verdade, a justiça, com a paz.

Acontece que temos pouca afinidade, tanto com a verdade, quanto, com a justiça, quando, essas nos são desfavoráveis. Digo, tendemos a clamar por justiça quando nos sentimos no prejuízo. Igualmente, a verdade nos parece boa se, realça-nos em algum mérito, vantagem, senão, incomoda.

A Misericórdia em pessoa, Jesus Cristo veio. Porém, por trazer junto a verdade, foi rejeitado. “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque as suas obras eram más.” Jo 3;19 Assim, nada vale estarmos convencidos da Misericórdia, se, não estivermos, igualmente, convictos de nossos pecados. Por isso, labora O Bendito Espírito Santo; “Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo.” Jo 16;8

A misericórdia Divina é misericordiosa, não, amoral; Deus perdoa sempre quem reconhece falhas, se arrepende, confessa. Assim, até a Justiça Divina se satisfaz, imputando aos arrependidos, a Justiça de Cristo. Aos demais, resta o olho por olho, a punição proporcional à falha. Não se trata de uma grandeza superior, mas, de uma preferência do Amor Divino, dar primazia à misericórdia no trato com nossas faltas. “Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e, misericórdia triunfa do juízo.” Tg 2;13

Quando associa justiça à paz, não se refere aos relacionamentos interpessoais, sujeitos a diversidade de caracteres e motivações, antes, à paz com Deus, que usufruem, mesmo em tempos angustiosos, aqueles que, mediante a misericórdia, se fazem herdeiros de Cristo.

A paz é, em caso de conflito de interesses, um bem bilateral. Desde a queda, o homem se fez inimigo do Criador, uma guerra suicida, inda assim, guerra. Quando O Mediador veio para ser nosso Resgate os anjos cantaram: “...paz na Terra...”  Quando subiu a Jerusalém para consumar Sua Obra, O Espírito Santo pôs nos lábios de alguém: “Bendito o Rei que vem em nome do Senhor; paz no céu...” Luc 19;38

Desde então, os que pertencem a Cristo estão em paz com Deus, malgrado toda sorte de aflições eventuais. O Salvador ensinou que Sua Paz não era como a do mundo; Paulo disse que excede a todo entendimento.

Por ora, O Reino de Deus é mero enclave nesse mundo ímpio; mas, os súditos que renasceram pelo Sangue de Cristo e foram vivificados pelo Espírito Santo, usufruem em si, e entre si, os benignos efeitos da Misericórdia e da Justiça Divinas. “Até que se derrame sobre nós o espírito lá do alto; então o deserto se tornará em campo fértil, o campo fértil será reputado um bosque. O juízo habitará no deserto, a justiça morará no campo fértil. O efeito da justiça será paz, e a operação da justiça, repouso e segurança para sempre.” Is 32;15 a 17

Contudo, há um “Reino” paralelo, cuja ênfase recai sobre prosperidade, direitos, ignorando que, não há bênção maior, que estar reconciliado com Deus, Fonte de todo o bem. Se, até quando vai pelo caminho o tolo diz a todos quem é, como versou Salomão, até quando ora, o ímpio patenteia a sua sujeira. “O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável.” Prov 28;9


Vivemos tempos difíceis, onde, as pessoas, senhoras de si, invés de se afastarem do que O Santo veta, vetam o veto, digo, distorcem e pervertem A Palavra. 

Enquanto a ampulheta do tempo não se esvazia, os ímpios estão em “vantagem”, podem fazer que quiserem. Entretanto, quando isso acontecer, a misericórdia deixará de ser, um bem, disponível; Restará ao Eterno apenas a justiça. Não era bem o que Ele queria, contudo, é um bem, que quer. 

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Reconciliai-vos com Deus

“Ele ( Deus ) é sábio de coração, forte em poder; quem se endureceu contra ele, e teve paz?” Jó 9;4 Não significa, essa afirmação, que O Criador seja um tirano que sai castigando, oprimindo quem O rejeita. Antes, sendo a paz uma consequência, como todas as coisas dessa estirpe, deriva de outra fonte que chamamos, causa.

Isaías avança um pouco mais: “O juízo habitará no deserto, a justiça morará no campo fértil. O efeito da justiça será paz, a operação da justiça, repouso e segurança para sempre. Meu povo habitará em morada de paz, moradas bem seguras, lugares quietos de descanso.” Is 32; 16 a 18

A paz como consequência da justiça, que, no contexto, também é uma consequência, do Juízo. Esse “efeito dominó” se faz necessário desde que houve a transgressão que chamamos, pecado original. Daí, a humanidade passou a uma posição de endurecimento contra O Criador, a paz deixou de ser uma posse.

Presto alguém apresentaria exemplos de povos, nações que vivem em paz. Mas, estaria falando de convivência amistosa, calmaria externa, não, da paz, ora, em foco.

O Salvador, quando se aproximava da Sua Vitória, ao dar as últimas instruções preveniu os discípulos de perseguições, violências, incompreensões; todavia, disse que lhes deixava a paz, com uma ressalva: Era diferente da “paz” do mundo. “Deixo-vos a paz, minha paz vos dou; não dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.” Jo 14; 27 “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas, tende bom ânimo, eu venci o mundo.” Jo 16;33

Notório, pois, que nossa paz é em Cristo, o que, nos coloca como adversários dos valores do mundo. Muitos entendem mal a conversão e equacionam com ideias bizarras, tipo, “passá pra crente” “mudar de religião”, “miorá de vida” como prometem os pregadores da moda.

Contudo, a conversão não é outra coisa, senão, um filho rebelde, independente, arrogante, ser convencido pelo Bendito Mediador, a arrepender-se, reconciliar-se com seu Pai. “Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo;” Rom 5; 1

O juízo que nos tocava, a Graça de Deus fez incidir sobre Cristo. De nós, se requer tão somente, arrependimento e fé, para restabelecimento de nossa paz com Deus.

Embora os palavrões da moda sejam outros, “radicalismo” “intolerância” “homofobia”, “fundamentalismo”, “moralismo” etc. Ante O Santo, um só palavrão, tão em desuso, incomoda: Pecado. É de gravidade tal, que fomenta a inimizade, separa-nos impedindo respostas favoráveis de Deus, aos nossos pleitos, ouçamos: “A mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas, vossas iniquidades fazem separação entre vós e vosso Deus; vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça.” Is 59;1 e 2

Estando nós separados do Criador por causa de desacordo em nosso agir, voltarmos pleiteando reconciliação, mantendo a rebelião, natural a Divina rejeição.

Então, essa balela superficial, tipo: “Também sou filho de Deus” como licença para pecar, ou, “Deus é Pai não é padrasto” insinuando uma intimidade ausente, só pateteia a estultice de quem ainda recrudesce na inimizade.

Alguns judeus do Velho testamento que descansavam em tolices semelhantes o Eterno denunciou-os: “O filho honra o pai, o servo o seu senhor; se, sou pai, onde está a minha honra? Se, sou senhor, onde está o meu temor? diz o Senhor dos Exércitos a vós, ó sacerdotes, que desprezais o meu nome...” Mal 1; 6

Não nos enganemos, filiação espiritual tem a ver com Espírito, não com DNA. Demanda novo nascimento, conversão, e, poder espiritual, legado após a regeneração. “A todos que O receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus.” Jo 1;12

O mensageiro fiel, não traz mensagem pra melhorar de vida, prosperar, mudar de ideia; antes, de arrependimento, reconciliação, passar da morte, ( pecado ) para a vida. ( obediência )

Enquanto a inimizade não for resolvida, qualquer “boa obra” será inócua, pois, obra de um inimigo. Porém, a fé em Cristo, Mediador, nos permite chegarmos a Deus à sua sombra. “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; pôs em nós a palavra da reconciliação. Somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus.” I Cor 5;19 e 20

Enfim, duas opções opostas: Inimizade lutando contra Deus; ou, reconciliação, Paz. “...Quem poria sarças, espinheiros diante de mim na guerra? Eu iria contra eles e juntamente os queimaria. Que se apodere da minha força, faça paz comigo; sim, que faça paz comigo.” Is 27;4 e 5