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domingo, 7 de maio de 2017

Mestres da Ignorância

“Os cachorros só ladram a quem não conhecem.”
Heráclito

Acho engraçado quando ouço, ou, leio, pessoas que vivem ao sabor do próprio umbigo, recitando textos bíblicos e dizendo como as coisas Divinas são. A impressão que me passam é que estão a receitar um remédio que jamais tomaram, ou, como os cães de Heráclito, estão latindo a um desconhecido.

Oscar Wilde tinha uma ironia genial sobre a crítica vazia, dizia: “Nunca leio um livro que vou criticar, pois, temo ser influenciado.”

Desse calibre, muitos críticos da Palavra de Deus; jamais a leram, se o fizeram, não praticaram; entretanto, arvoram-se em juízes.

Como sei que não leram, ou, se leram não praticaram? Não estarei eu, agora, latindo ao desconhecido? Não. Bebi o remédio, conheço a eficácia e efeitos colaterais; aliás, O Salvador desafiou Seus ouvintes nesses termos: “...Minha doutrina não é minha, mas, daquele que me enviou. Se alguém quiser fazer a vontade dele, pela mesma doutrina conhecerá se é de Deus, ou, se falo de mim mesmo.” Jo 7;16 e 17

Qualquer que ousar fazer a Vontade Divina, conhecerá O Caráter Santo, Excelso, do Eterno; jamais atribuirá a Ele, imperfeição alguma, sequer, erros, lapsos, em Sua Palavra.

Não que crítica, em si, seja ruim; antes, chamamos crítica, à reles rejeição, infâmia, maledicência. Crítica é bem superior a isso. Segundo entendidos, a palavra deriva do grego Kritikos, e significa, “capacidade para fazer julgamentos”, do verbo krinei, “separar, decidir, julgar”.

Normalmente se associa à reprovação, quando se diz que algo ou alguém, foi criticado. Além disso, costuma-se fazer distinção entre crítica construtiva e destrutiva; mas, isso merece apreço crítico também. Destrutiva é a inveja.

Crítica, nada mais é que uma análise criteriosa, com conhecimento de causa, sem predicados de ser construtiva, destrutiva; apenas, sapiente.

Quando se diz que determinado filme foi um sucesso de crítica, não significa que foi muito rejeitado, antes, que foi aprovado por quem entende do assunto.

A maioria das pessoas associa mera opinião com crítica; havia um quadro no Programa Silvio Santos, onde pessoas eram vendadas, apalpavam determinados animais, e tinham que dizer quais eram; às vezes apalpavam um lagarto e diziam que era uma cobra, ou, vice-versa. Assim, a opinião também apalpa no escuro, traz suas cobras e lagartos onde deveria haver luz.

Segundo o Senhor, o obstáculo à luz espiritual não é intelectivo, antes, volitivo. N’outras palavras: Não falta inteligência, falta vontade livre, uma vez que a dos pecadores está presa ao deleite das más obras, disse: “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;19 e 20

Filósofos, como Heráclito, eram homens de inteligências aguçadas, que, invés de latir para o desconhecido, analisavam as coisas que viam; partindo delas formavam seus conceitos. Não dispunham, como nós, de Revelação, contudo, muitas coisas às quais chegaram são fantásticas, pela semelhança a conceitos Bíblicos ulteriores.

Aliás, foi falando a duas correntes deles, Estóicos e Epicureus, no Areópago, que Paulo usou a figura do que apalpa no escuro, no caso, para encontrar Deus; e cogitou que isso fosse, em parte, possível. “De um só sangue fez toda geração dos homens, para habitar sobre toda face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e limites da sua habitação; para que buscassem ao Senhor, se, porventura, tateando, o pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós;” Atos 17;26 e 27

Alguns imbecis construíram certo biombo: “Política, futebol e religião não se discute”; mas, só recorrem a ele, quando sentem-se em vias de perder uma discussão. Jesus é muito mais que uma religião, É Uma Pessoa, É Deus!! Não se importa em ser criticado, isto é, analisado com critério, tampouco, que ponham à prova Sua Doutrina, como vimos, desde que, no final triunfe a Luz, o conhecimento da Verdade.

Mesmo entre os crentes, a correção e a exortação, só fazem sentido, se, oriundas daqueles que obedecem deveras, à Palavra; dos que bebem as mesmas doses que receitam. Paulo o disse, assim: “Estando prontos para vingar toda a desobediência, quando for cumprida vossa obediência.” II Cor 10;6

Enfim, quem pretende ensinar o que não sabe, não passa de um hipócrita mascarado, querendo para si o bônus de cristão, sem o ônus da cruz. E mais grave que apalpar nas coisas espirituais pela ignorância da revelação, é estar cego para a própria falsidade, ansiando mais o aplauso humano que a aprovação Divina.

Um pouco de silêncio contrito e honesto será muito mais producente que agredir ao desconhecido.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Desmascarando Deus

“Fiz coisas boas que me deram prejuízo; e coisas más, que me deram lucro.” (Graciliano Ramos)

Como versa a citação supra, o bem e o vantajoso, não têm, necessariamente, relação.
Dos temas contraditórios, nada se equivale à existência  de Deus. Pelo menos um Deus pessoal, que vise disciplinar a vida, segundo Sua vontade. 

Quanto a um “Deus” genérico, oco, não incomoda. Na verdade, serve de bengala. Contudo, se, evocado segundo Sua Palavra gera reações violentas, apaixonadas. Como se um ente maligno (seria Ele?) ferisse  mentes, dando azo a refutações desinteligentes, desconexas.

Uns, advogam que os crentes devem se atualizar, deixando postulados medievais; outros, afirmam que a Bíblia foi “atualizada” muitas vezes, de modo que já não guarda a Palavra original de Deus, que seria mais antiga. Há ainda os que não toleram ouvir a simples citação de textos bíblicos e nos acusam de intolerantes. Conceitos emitidos por Deus  são redefinidos como preconceitos. Pessoas desconhecidas, em razão de crerem de modo diverso são tachadas de hipócritas.  Se, apenas suas opiniões são conhecidas e não seus atos, a pecha não seria preconceituosa?

Enfim, a existência de Deus,  a ser confirmada, parece fazer mais mal que bem. Assim, acredito válida a tentativa de extirpar isso. Como se trata de mal universal deve ser cuidadosamente investigado; se possível, erradicado.

Vamos tentar, segundo  duas possibilidades: a) Deus não existe, trata-se de mito; b) Existe, mas, não é tudo isso.

Sabemos que o homem, malgrado sua veia criativa, não é um criador “ex-nihilo” ou seja: a partir do nada, antes,  manipulador do existente, daí  que “nada se cria, tudo se transforma.” Isso se dá, mesmo no campo das ideias, na tentativa de explicar e entender o transcendente. 

Qualquer homem, à luz de uma análise honesta, descobrir-se-á imperfeito. Natural que  mitos gregos, romanos, nórdicos etc. sejam deuses eivados de imperfeições; à imagem  de quem os criou, o homem. Aliás, foi por questionar a validade de tais “deuses” que Sócrates, o filósofo, encontrou a morte em Atenas.

Se, as projeções  humanas não podem exceder aos valores que o homem encontra em si, de onde teria surgido a ideia da perfeição? (Perdoem-me se faço o papel de advogado de Deus, mas, precisamos nos precaver.) Prosseguindo, com quê “matéria-prima” o homem elaborou um conceito tão nocivo à raça, bem como o mito de Jesus  que,  seria a fraqueza e loucura de Deus; contudo, resultou mais forte e sábio que todos os homens? Parece que um gênio maligno persegue a humanidade  lançando em rosto sua imperfeição  fazendo desejar o impossível.

Temos ateus por aí; é certo. Mas, alguém combateria o que não existe? Escrevem por convicção ou incerteza? No primeiro caso, porque não descansam, invés, de um engajamento tão difícil? Quererão  libertar multidões que estariam presas ao engano? Por quê? A ideia de amar ao próximo não seria um conceito de Deus? Ou, estariam  tentando cooptar mentes, fugir da solidão, para juntos  se aquecerem como os pinguins no rigor antártico? Talvez, se usarmos a ideia do mito, nossos adversários nos coloquem em muitas saias justas, como vimos.

Restaria a alternativa de que Deus exista, mas, não esteja com essa bola toda. Afinal, só porque teria criado esse universozinho teria direito de governar o mundo? Será que Ele sabe com quem está falando? Como esse falar deriva sempre daquele livro antiquado, basta lançá-lo em descrédito; a empáfia de Deus cessará. 

Contudo, não podemos usar a “técnica” de Oscar Wilde que disse: “Nunca leio um livro que vou criticar; temo ser influenciado.”

Precisamos de alguém que  leia e pratique os preceitos, uma vez que o Livro ensina que a virtude não consiste  em palavras. Sendo  um mal global, de promessas eternas, precisamos  uma experiência razoável; certa consistência ante o tempo; um ano, dois... Feito isso e comprovado  que as promessas  não se cumprem, denunciaremos a fraude; envergonharemos Deus e seus mensageiros. Imaginem que um, chamado MCcandlish Philips ousou dizer: “Você não põe o verdadeiro evangelho fora de combate com três ou quatro perguntas desajeitadas; suas ilusões vão ruir, destacando mais claramente a verdade.” O próprio Jesus  teria feito o desafio nos seguintes termos: “A minha doutrina não é minha, mas, daquele que me enviou; se alguém quiser fazer a vontade Dele, pela mesma doutrina conhecerá se é de Deus, ou, falo de mim mesmo.”  João.7; 16 e 17

Missão maior que minhas forças. É que pratiquei imperfeitamente; mesmo assim, encontrei paz, segurança, esperança, salvação, domínio próprio; mais;  sou tomado por um desejo muito forte que outras pessoas recebam o que recebi; invisto meus dons, para convencer alguns que Deus Vale à pena.


Então, solicito, “urbe et orbe”, auxílio de alguém melhor que eu; fracassei vergonhosamente; não sirvo para o papel...