Mostrando postagens com marcador Não vai ter golpe. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Não vai ter golpe. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 31 de março de 2016

O Plano "C" do PT

“É um erro popular muito comum acreditar que aqueles que fazem mais barulho a lamentarem-se a favor do público, sejam os mais preocupados com o seu bem estar. Edmund Burke

A gritaria e a realidade não têm muito comum. Os barulhentos atuais são os petistas e defensores. Com identidade assumida, camuflados de verde, como Marina Silva,  disfarçados de democrata-trabalhistas, como Ciro gomes, ultra canhotos, PSTU, PCdoB PSOL, etc.
Todos esses atualmente são “defensores da democracia” nome palatável que dão às conveniências particulares.

A longo de sua trajetória o PT exibiu verdadeiro pavor da realidade. Quando ainda eram oposição, seu viés totalitário assustava a maior parte dos eleitores, o espertalhão Duda Mendonça, desamou espíritos criando o “Lulinha paz e amor”.

O Fantasma assustador, o Jason de sexta-feira 13 converteu-se num inofensivo Gasparzinho, a casa mal assombrada virou atração turística.

A nova realidade passou a ser o poder. Porém, mesmo essa precisava certa maquiagem para disfarçar as rugas totalitárias de quem não convive bem com contraditório, oposição. Então, para a plateia usavam os belos cosméticos dos programas sociais, Bolsa Família, Prouni, Pronatec, Fome zero, etc. enquanto por trás das cortinas, urdiam o que, mais tarde ficou conhecido como mensalão, um atentado à democracia em dois tempos. No primeiro usando a influência da máquina para carrear grandes somas ao partido; no segundo, comprando uma “base de apoio” tão expressiva que aprovaram o que quiseram abafando oposição.

Claro que os Deputados e Senadores que se venderam têm seus “méritos” também! Mas, o partido que assomou jurando moralizar a joça, se tornara patrocinador da imoralidade.

O disfarce agradou tanto, que mesmo a coisa vindo a público, bastou o maquiador mor jurar que nada sabia, contar com a cumplicidade omissa do PSDB que não se opôs como deveria, para a coisa arrefecer; lograram novo mandato.

No segundo período houve escândalos como o envolvendo Antônio Palocci, CPI da Petrobrás e dos Correios abafadas, mas, o apelo dos programas sociais, mesmo fictícios como o Fome Zero que ninguém viu, era tal, que a bruxa malvada ainda posava de Branca de Neve.
Assim, durou oito anos a maquiagem da realidade, graças a terem herdado a casa em ordem, que chamavam “herança maldita”; inflação sob controle, Lei de Responsabilidade Fiscal, um cenário internacional extremamente favorável.

Porém, no terceiro mandato as olheiras começaram aparecer mais nítidas na face da República; Nos primeiros dois anos, a “Crise Internacional” A Tsunami externa que para nós seria uma “marolinha” segundo Don Luleone, se encarregou de ser bode expiatório.

Quando os efeitos das opções econômicas desastradas começaram a frutificar, usaram a “contabilidade criativa”, as “Pedaladas fiscais” para nos vender que a areia movediça ainda era terra firme.

Num cenário de total insolvência econômica, chegava nova disputa eleitoral. Como Aécio, o adversário estava relativamente informado, denunciou parte do que vira, maquiar era pouco.
João Santana, o feiticeiro alquimista capaz de transformar bosta em ouro, recebeu vera fortuna, pra ensinar a perverter a realidade. 

Assim, todas as coisas que sabiam ser medidas necessárias, inevitáveis, Dilma jurou que não tomaria, “nem que a vaca tussa”; antes, acusou que tais medidas impopulares, como aumento de impostos, combustíveis, energia elétrica, seriam parte do programa de Aécio, o retrocesso, o bruxo que traria “fantasmas do passado”.

Há controvérsias se as urnas falaram, ou foi ventriloquismo, mas, os protestos, pedido de auditoria foram abafados pela gritaria que estariam querendo terceiro turno. Assim, reeleita a “presidenta”, os fantasmas que viriam pelo feitiço de Aécio, vieram pelo seu.

Menos de um ano após o início do mandato, escândalos se sucedem como o estouro da Represa de Mariana, de modo, que maquiar não dá, é muita lama; perverter também é difícil, a sujeira ganhou o oceano, restou o plano C: Negação da realidade.

O sítio não é do Lula, o Triplex, tampouco. Delcídio agiu por conta, o PT não se responsabiliza; Petrolão é obra de Sergio Moro, da imprensa golpista que pretende entregar a Petrobrás para os Americanos. Impeachment, mesmo sobejamente caracterizado o crime de responsabilidade, é golpe. 

E essa última etapa da negação da realidade é coletiva. Alugam ao preço que podem pagar, gente desocupada e transportam os militantes domesticados para eventos e locais estratégicos, para o mantra coletivo: “Não vai ter golpe”.

Resumindo, tanto quando maquiou, quanto, quando perverteu, e agora, negando à realidade, os fundamentos do PT sempre se firmaram na mentira.


Contudo, justiça há de ser feita, e essa habilidade obstinada de negar a realidade ainda será muito útil a eles, aos que forem “hospedados” na Papuda, digo. Diverso dos outros presos sem a mesma habilidade, se organizarão e proclamarão: “Isso é um resort, isso é um resort”! Se a realidade os quiser obedecer, por mim, tudo bem.

quarta-feira, 30 de março de 2016

O Roubo e os Robôs

O que é uma divergência política? Uma visão diferente sobre determinado tema, ideologia, viés partidário. O dissenso é próprio da democracia, salutar, pois, é, justo, mediante ele que podemos cotejar visões diferentes, buscando, senão o ideal, pelo menos, o possível na arte de legislar, governar, no interesse comum.

Por exemplo, uns acham vital a existência de um partido centrado nas questões ecológicas; eu, que não sou adepto do pluripartidarismo acho desnecessário. Qualquer partido, no governo, pode e deve cuidar dos recursos naturais, e meio ambiente; porém, pode fazê-lo via Ministério da Agricultura, com departamento específico. Não significa, isso, que estou certo e os opostos errados; estou dando um exemplo de divergência política, apenas.

Com a ascendência do PT ao cenário político, as divergências foram reduzidas a duas somente. “Nós” e “Eles”; “Governos populares,” e a “Elite branca, direitista”. Pois bem, mesmo achando essa redução cretina, obscurantista, por, ser derivada das paixões, não dos fatos, ainda assim, digo,  nesse contexto há divergências políticas legítimas.

Nenhum lado tem que estar, necessariamente certo, e o outro, errado. A esquerda adota a visão do Estado Paternal, interventor na economia, onde, distribuir renda é uma ideia fixa, mesmo descuidando dos meios estruturantes para gerar renda; e nas questões morais, é permissiva ao cubo, incentivando casamento gay, aborto, descriminação das drogas, resistência à redução da maioridade Penal, etc.

A direita advoga o Estado enxuto, mero mediador, regulador do cenário econômico, uma espécie de “Darwinismo” socioeconômico, onde os mais aptos sobrevivem, e os fracos são eliminados. Aqui falo de empreendedores, não pessoas físicas, e assim, quem não for competente para bem gerir seu negócio, quebrar, que saia de cena e dê lugar a outro. Não conte com favorecimentos oficiais, medidas provisórias casuísticas com a desculpa esfarrapada de preservar empregos. Faliu? Sai da frente, a fila anda. No prisma moral, são conservadores, alinhados a uma visão cristã. A bem da verdade não temos um partido de direita, forte, representativo dessa visão, no Brasil.

A coisa tem se polarizado entre PT e PSDB, um, teoricamente de esquerda, outro, de centro esquerda. Por que digo que o PT é teoricamente de esquerda? Porque discursando aos militantes amestrados é o defensor dos fracos, dos pobres, o grande inclusor social, inimigo da burguesia, das elites. Porém, na prática, amigão de banqueiros, empreiteiras, e via BNDS fez a fortuna de muitos empresários amigos; ainda, copula com coronéis da velha política como Maluf, Collor, Sarney, Renan...

Notem que começo a deixar o apreço da divergência política para pisar na lama fétida da hipocrisia. Para não passar em branco, pois, reconheço como legítima a visão dos que são de esquerda, embora, particularmente prefiro a economia de mercado, o Estado enxuto, não interventor, moralmente conservador.

Dito isso, volto à hipocrisia. Durante umas duas décadas, os canhotos repetiram sua cantilena, acendendo um fogo mui especial que consegue produzir calor sem nenhuma luz. Atiçar paixões invés de politizar, esclarecer pessoas. Mesmo o material didático é eivado de torções ideológicas à esquerda, para que, o ensino forme militantes cooptados, invés de homens livres aptos a pensarem por si.

Impressionante, mas, debater com um desses, apelando para o raciocínio lógico, a coerência entre discursos e atos, ou, pior, o próprio texto constitucional, resulta inútil. É como se usássemos nossa fala, e déssemos a eles a deixa para devida réplica; a dita surge como se ligássemos um robô incapaz de violar a própria programação. Dirá a mesma coisa sempre; seu HD contém os programas dos seus mestres, e não pode sair fora disso.

Gigantesca corrupção assoma todos os dias. Denunciar isso é obra da “Elite Branca Golpista” que não suporta o sucesso do “Bolsa Família” do “Minha Casa Minha Vida”, e fazer bens aos pobres incomoda à elite dominante, “impeachment é golpe” e blá blá blá...

Agem como, indignar-se ante o roubo, a corrupção, equivalesse a discordar de sua política. Corrupção deve ser a dita, pois. Ora, estão no quarto mandato, sinal que a maioria concorda com eles; nunca tiveram problemas para governar. Uma oposição frágil, dócil, e fizeram o que quiseram, sem protestos sociais, greves gerais, nada.

Agora, o caminhão de fatos novos é a corrupção desenfreada, o estelionato eleitoral da última campanha, e indignar-se contra isso seria o esperado até mesmo, pelos que votaram neles, pois, esses foram os traídos. Nós que votamos contra não tínhamos ilusões, quanto ao PT.

Mas, o que quero dizer, para finalizar, é que estou estarrecido por encontrar tantas pessoas que eu supunha inteligentes, donas dos próprios neurônios, fazendo esse jogo sujo, rasteiro, de atacar a um juiz probo, para defender um larápio que traiu uma nação.


O bom senso existia; mas estava escondido, por medo do senso comum.” (Alessandro Manzoni)

terça-feira, 29 de março de 2016

Soco em Câmera Lenta

Seria ridículo se não fosse muito sério o que ocorre no Brasil. Um estranho “mantra” vem sendo proferido desde que se protocolou o pedido de impeachment, da Presidente Dilma. “Não vai ter golpe!”

É como se tratasse de uma campanha política. De um lado o partido dos “golpistas”; de outro, os “democratas”. Duas coisas são necessárias à caracterização de um golpe. Primeiro: Uma ruptura do texto constitucional; usando a força militar, ou, algum conchavo espúrio, onde, alguém ilegítimo passa a deter o poder.

Segundo: Golpe, por sua natureza acontece de supetão. Não se dá soco em câmera lenta. A gente adormece sob um Governo, e de modo intempestivo, inesperado, acorda sob outro, essa é uma faceta necessária.

Três ou quatro ex-ministros do STF já deram entrevistas para dizer o óbvio: Impeachment é um recurso constitucional; e, uns quatro ou cinco do atual Tribunal fizeram o mesmo. Entretanto, a cantilena continua.

Os “democratas” evocam a legitimidade do mandato de Dilma como algo sendo ameaçado pelos “golpistas”. Ela foi eleita, - afirmam –  é preciso saber respeitar o resultado das urnas. Hitler, Mussolini, Hugo Chaves, Fidel Castro, também foram.

Uma coisa convenientemente ignorada é que a legitimidade se dá em dois tempos: A investidura, legítima mediante a eleição democrática. E a manutenção da legitimidade mediante a probidade durante o mandato. Qualquer afronta constitucional no exercício, torna o mandatário sujeito a ver anulada a legitimidade primeira, pelo concurso do ilícito cometido. Para esses casos, o instrumento do impedimento é previsto na constituição.

O foro devido para se avaliar se houve crime de responsabilidade ou não, é o plenário do Congresso. Lá, essa gritaria do “não vai ter golpe”, não faz sentido. Que cada Deputado, Senador, faça uso da tribuna e defenda seu ponto de vista. Depois, vote segundo sua consciência; ou, mesmo a falta dela.

Ora, essa algazarra tem como alvo a militância, atiçar os ânimos e provocar desordem social. Qual o alvo em mira? O bem do país?

O primeiro pedido foi apresentado por três juristas notáveis, que só teriam a perder se mostrassem falta de saber no ofício que lhes é próprio. Ontem, a OAB acresceu mais três motivos em novo pedido. Estariam, centenas de advogados, equivocados sob o cumprimento das leis? Os mesmos petistas que aplaudiram a Ordem quando a petição foi contra Collor, agora, hostilizaram aos proponentes, pois, contra eles, é golpe.

Ninguém precisa ser cientista político, sociólogo, jurista, para saber que o que os “democratas” querem salvar é sua própria pele, as mamatas tantas, que têm usufruído mediante crassa corrupção.

Ontem deparei com um vídeo de Elvino Bohn Gass, onde dizia que os “golpistas” ameaçavam ao Bolsa Família, aumentos de salários, Minha Casa Minha Vida, e pasmem, a “boa política”. A obscenidade moral é tal, que fica impossível adjetivar sem apelar a palavrões.

Quando no passado se dizia que certos coronéis políticos tinham interesse em manter o povo ignorante para se perpetuarem no poder soava meio utópico; mas, vendo agora o que se pode fazer usando insipiência em favor de canalhas, faz sentido.

Não é de estranhar, pois, que Aloísio Mercadante, Ministro da Educação da “Pátria Educadora” invés de se ocupar de métodos para melhor difusão do conhecimento, tenha dado as costas à sua pasta e, tentado comprar o silêncio de Delcídio Amaral. Educativa iniciativa, sem dúvidas!

O Impeachment não é a solução de tudo, apenas, um paliativo que pode recuperar um pouco a confiança, pois, desde que apanhado em ações inconstitucionais, esse Governo, de outra coisa não se ocupa, senão, salvar-se; o país que se dane!

Não acho Temer grande coisa, tampouco, o venal PMDB um partido capaz de moralizar a casa estando também muito comprometido em corrupção. A sociedade brasileira, tão alienada, afeita a novelas, realitys, carnaval e futebol, está tendo que aprender política a chicotadas. Mas, pode ser que esse aprendizado compulsório enseje melhores escolhas daqui pra frente e certa oxigenação nesse ambiente tão poluído.

Talvez a coisa não seja restrita ao Congresso, mantendo-se a sociedade em relativa paz, em caso de confirmação do Impeachment; os vermelhinhos atiçados por seus líderes inescrupulosos, poderão causar muitos males; sangue inocente inda pode correr, graças a essa visão “democrata” de que as leis, e a Constituição são boas apenas quando os favorecem, ou, quando punem seus adversários.


Mesmo que consigam votos bastantes para barrar ao impedimento, governarão como? Com um Congresso amplamente contrário e 80% da sociedade os querendo ver longe? Não percebem, ou, recusam a perceber que o dano já está feito. 

A sociedade está esclarecida o suficiente para não tolerar mais, discursos fajutos que acusam juízes, e defendem bandidos. O PT teve sua chance, quatro mandatos para mostrar a que veio. Mostrou. Game over.

sábado, 5 de dezembro de 2015

Sobre o Impeachment

Tenho deparado com as mais diversas apreciações sobre a abertura do processo de Impeachment contra a Presidente Dilma.

De um lado, a euforia dos que sonham com um país mais transparente, sem corrupção, com instituições fortes, democracia de fato, não mera casca de palavras, cujo miolo esconde o totalitarismo de um Estado aparelhado e feito propriedade de um segmento minoritário, da sociedade.

De outro, os defensores do Governo com sua cantilena: É Golpe! Não vai ter golpe! Terceiro turno! Dilma fica! Uns dizendo que não há fundamentação jurídica para o pedido; outros, como numa nota atribuída à CNBB dizendo que isso ameaça nossos fundamentos democráticos, e que deveríamos, antes, promover uma união nacional em defesa do País.

Bem, como eu sou do primeiro grupo, o dos que desejam a justiça, ou, o que pensam ser justo, avaliarei cada uma das “defesas” alistadas com a maior honestidade possível.

Golpe, sabemos, não é, pois, já foi usado em 92 contra Collor, com protagonismo de Lula e do PT e nossa democracia só se fortaleceu, afinal, o instrumento do Impeachment está previsto na constituição.

“Não vai ter golpe” é um brado imbecil, pelos motivos postos, bem como, quando há um, não é precedido de campanha publicitária criando expectativas a seu respeito; antes, como é necessário em tal caso, ocorre intempestivo, de chofre, surpreendente. Como num assalto, quando a vítima percebe, já era.

“Terceiro turno”? Parece que a oposição não sabe perder, faz qualquer tipo de jogo sujo pelo poder; essa é a consequência necessária de tal acusação. Entretanto, eles estão no poder há quatro eleições, todas decididas em segundo turno, de modo que esse “terceiro” seria o nono, já; como a oposição demorou tanto a perceber? Infelizmente, nossa oposição é infinitamente mais fraca, condescendente, do que o Brasil carece.

Contudo, resta uma leitura ainda; se ela for mesmo destituída do poder, dependendo do motivo, assumirá seu vice, Michel Temer, seu aliado, não, da oposição; qual o sentido, aí? Eu disse, dependendo do motivo, pois, se confirmadas as acusações de delatores que dinheiro roubado da Petrobrás foi usado na campanha da Dilma, sua vitória será caracterizada ilegítima, assim, seu vice também será deposto e haverá novo pleito.

Isso, não significa entregar o poder a ninguém, antes, devolver o direito de escolha ao povo que se sentiu traído pela campanha enganosa do PT.

“Dilma fica”! Ora, bradar isso é um direito inalienável dos que a defendem, tanto quanto é, dos opostos, dizerem, Fora Dilma!

Os que dizem que não há fundamentação jurídica para o pedido esquecem de considerar as implicações. Tal, foi redigido por juristas de renome como Miguel Reale Júnior, Hélio Bicudo, e Janaína Paschoal; desse modo, esses juristas devem ser apenas uns incompetentes.

Contudo, foi aberto o processo apenas, ninguém foi cassado, e, está sobre a mesa o amplo direito de defesa. Demonstrem, pois, de modo cabal que o pedido não é justo, e fatalmente o Congresso recusará cassá-la.

Por fim, a patética nota que concita à união nacional em prol do país, blá blá blá, que me causa asco. É da índole do PT a divisão, o fomento da discórdia, do “nós” contra “eles”, dos “populares” contra as “elites”, até sulistas contra nordestinos incitaram calhordamente no último pleito, e agora quereriam união?

O próprio PMDB que sempre os apoiou queixava-se que o PT não tem aliados, antes, tem servos. Ademais, não queremos salvar o país com o PT; queremos salvá-lo do PT; queremos o Brasil de volta, eles o roubaram.

Por fim, um apreço a uma desfaçatez mais; a de tentar fazer parecer que se trata de um pleito entre Eduardo Cunha e Dilma. Não é.

Quem quer o Impeachment é o povo que saiu às ruas clamando por ele. Cunha reteve mais de três dezenas de pedidos, tentando salvar a pele em negociatas escusas.

Se fez a coisa certa por razões erradas isso atenta apenas contra seu caráter, mas, a coisa certa segue sendo o que é. Já disse, a se comprovarem as denúncias que foram veiculadas quero muito mais que o impeachment, quero a extinção do PT, e a devolução de tudo que foi roubado da nação.

Não sou ingênuo a ponto de presumir que a mera deposição de Dilma repõe as coisas no lugar, mas, tirar a chave do cofre das mãos erradas é já um começo.

Se me dessem passe livre num avião cujo piloto não soubesse pilotar direito, eu recusaria o presente; qualquer pessoa sensata faria o mesmo. Entregar o país para analfabetos, incompetentes, e, pior, sem caráter, parece uma coisa comum, tão normal.

Basta dessa “glamurização da ignorância” como disse Lima Duarte. Que pilote um que sabe; além de perícia, tenha ficha limpa.