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segunda-feira, 19 de setembro de 2016

O lado corajoso da força

“Então subornaram uns homens, para que dissessem: Ouvimos-lhe proferir palavras blasfemas contra Moisés, contra Deus. Excitaram o povo, os anciãos, escribas; e, investindo contra ele, o arrebataram e levaram ao conselho.” Atos 6;11 e 12

Estevão era o alvo dessas “providências” todas. Calúnias de gentalha venal, mentiras travestidas de zelo religioso, para causar tumulto e levar o servo de Deus a julgamento. Mas, o que ele fizera que incomodava tanto aos agitadores? “Estêvão, cheio de fé, de poder, fazia prodígios, grandes sinais entre o povo.” V 8

Desde a queda, o ego, esse bastardo assassino que tomou toda humanidade, sempre emulou à competição, às disputas, inveja, de modo que, até mesmo os discípulos de Cristo em dado momento queriam saber quem era o maior. Então, alguém irrelevante, de repente começar a fazer prodígios, sinais, cheio de poder, era demais para os que, ainda preservavam sua insignificância.

A única coisa decente nos invejosos é a autocrítica. Nunca se levantam contra outrem que invejam assumindo a razão; antes, inventam outros motivos mais “palatáveis”, pois, até esses enfermos morais, no fundo, reconhecem sua doença, ainda que, jamais admitam. A Estevão, atribuíram blasfêmias, não se levantavam contra ele por serem maus, antes, zelosos da virtude; assim, tentavam parecer, pelo menos.

Já considerei noutro texto que deve ser mui trabalhoso ser hipócrita, pois, é como um ator interpretando uma personagem, que, deve encenar o tempo todo, sob pena de cair a máscara. Ser íntegro, além da saúde espiritual e física, que enseja, dá muito menos trabalho. Tal sujeito, o hipócrita, deve ser “honesto” quando, só, com seus botões, mas, à aproximação de alguém, é como se ouvisse o clássico, “Luzes, câmeras, ação!”

Pensando melhor, deve ser bem mais difícil ser honesto, senão, a maioria seria. Nessa senda, não poucas vezes, temos que enfrentar a nós mesmos, um “adversário” terrível, segundo Salomão: “Melhor é o que tarda em irar-se do que o poderoso, o que controla o seu ânimo do que aquele que toma uma cidade.” Prov 16;32 Se, é melhor o que domina a si mesmo, que outrem que toma uma cidade, esse tal “si mesmo”, é duro na queda.

Por isso, pois, cristianismo, contrário dos motejos imbecis de uns e outros que nos acusam de covardes, de nos “escondermos atrás da Bíblia”, é coisa pra valente, que não opta por enfrentamentos fáceis, antes, aceita o primeiro desafio do Salvador: “Se alguém quer vir após mim, negue a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.” Luc 9;23

Que fácil é seguir a manada gritando, impropérios, calúnias, até! Agora, seguir à justiça, não raro, nos faz réus, condição muito menos administrável que a barulhenta empreitada de juiz dos alheios motivos.

Há um chiste que circula nas redes sociais que parece, ora, oportuno, diz: “Quando quiseres falar mal de mim, me chame; sei cada coisa a meu respeito!” Embora o alvo seja certa ironia bem humorada, não deixa de ser verdadeiro. Todos sabemos coisas muito ruins sobre nós, e justamente para fugir delas, preferimos apontar as de terceiros, ou, usarmos nossa máscara mágica que “embeleza” um tiquinho.

Os “covardes” de Cristo sabem da seriedade do que está em jogo; Paulo ensinou: “Porque, se nós julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados.” I Cor 11;31

O Sacrifício do Salvador no Monte Santo foi para rasgar máscaras mesmo, como Isaías dissera: “Destruirá neste monte a face da cobertura, com que todos os povos andam cobertos, o véu com que todas as nações se cobrem.” Is 25;7

Que adianta usarmos máscaras no teatro humano, se o “Oscar” espiritual será dado pela “Academia” Divina? Ou, que vale fazer tipo ante humanos se estamos nus diante de Deus? “Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, mais penetrante do que espada alguma de dois gumes; penetra até à divisão da alma e do espírito, juntas e medulas; é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. Não há criatura alguma encoberta diante dele; antes, todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele, com quem temos de tratar.” Heb 4;12 e 13

Então, é mais fácil sim, para um convertido, enfrentar a si mesmo, ser honesto, que atingir temerariamente a terceiros. Por quê? Porque depois de Cristo, nasceu de novo. “Assim, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5;17 Se, mudou tudo, também, o conceito de beleza. “Dai ao Senhor a glória devida ao seu nome, adorai-o na beleza da santidade.” Salm 29;2


Essa, não enseja competição, antes, acentua, onde existe comunhão. O “si mesmo” ficou na cruz. O regenerado herdou sem merecer, a inocência de Cristo. “Que Ele cresça, e eu diminua”.