Mostrando postagens com marcador Memorial de Deus. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Memorial de Deus. Mostrar todas as postagens

sábado, 3 de fevereiro de 2018

O Pão; os chocolates

“Desejei muito comer convosco esta páscoa, antes que padeça... Tomando o pão, havendo dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim.” Luc 22;15 e 19

Sabemos que o “cardápio” da Páscoa era basicamente um cordeiro assado, e, ervas amargas. As demais coisas eram assessórios. Não há um texto sequer que permita inferir que aquela, a última Páscoa, tenha sido celebrada diferente.

O ritual tinha duplo sentido: um memorial ao livramento Divino do povo hebreu, então, escravo dos egípcios, e, um tipo profético apontando para O Cordeiro de Deus, cuja vinda obraria livramento maior.

Tanto que, apesar da presença dos elementos aqueles, o simbólico cordeiro, e, as eloquentes ervas amargas, foi para dois elementos novos que O Salvador apontou. Pão e vinho.

Sendo o cordeiro imolado uma figura do Salvador, não deveria ter Ele, tomado o mesmo, fracionado e dito: “Isto é o meu corpo que é partido por vós”? Sim, se pretendesse com ele um elo maior que, mero tipo; contudo, não era o caso. Aquele, como vimos, serviu como ritual para libertação terrena do povo escolhido; O Ministério do Messias tem uma abrangência infinitamente maior. “Disse-lhes Jesus: Na verdade, na verdade vos digo: Moisés não vos deu o pão do céu; mas, meu Pai vos dá o verdadeiro Pão do Céu. Porque o Pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo.” Jo 6;32 e 33

Se, o cordeiro pascal fora símbolo de libertação temporal e estrita, dos judeus, agora, O Pão dos Céus desce para dar vida ao mundo. Deixa de ser mero cuidado nacional com o povo eleito; passa a um chamado universal pra todos os povos.

Assim, a páscoa, malgrado seu simbolismo vital para os hebreus, nenhum sentido tem para nós, sequer, existe deveras. Somos filhos de uma Aliança Nova, figurada por elementos novos, pão e vinho, tipos do Corpo e do Sangue dados em nosso lugar. Não é de estranhar, pois, que a “páscoa” celebrada por aí seja um vazio, encher-se chocolate; e seus símbolos sejam ovo e coelho.

O símbolo escolhido para os Seus pelo próprio Salvador foi a ovelha, dado que, Ele é O Bom Pastor. “Em verdade, em verdade vos digo que eu sou a porta das ovelhas. Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores; mas, as ovelhas não os ouviram. Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á; entrará, sairá e achará pastagens.” Jo 10;7 a 9

Sem essa que o ovo é símbolo da vida, muitos goram, ou, acabam fritos; nem que o coelho é o primeiro animal a sair da toca pós inverno. Tudo espúrio, extra-bíblico, pagão.

O ritual esperado pelo Senhor como memorial ao Seu Feito foi por Ele mesmo prescrito, não pelos contos da carochinha de alhures. “Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; tendo dado graças partiu e disse: Tomai, comei; isto é meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim.” I Cor 11;23 a 25

Isso, do ponto-de-vista dos símbolos, pois, dos convertidos se espera muito mais que meros rituais. Paulo desafia aos batizados em Cristo ao novo proceder; “...fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim, andemos também em novidade de vida.” Rom 6;4 Escrevendo aos Coríntios disse que a novidade esperada se verificaria em todos os aspectos de nossas vidas, pois, “se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5;17

Entretanto, o elo com o mundo de muitos ditos cristãos é tão robusto que acham careta um escrito como esse, malgrado, bíblico; “legal” a “Páscoa”, mesmo que ímpia, espúria, pagã.

Se, as ervas amargas da Antiga Aliança tipificavam agruras do cativeiro dos hebreus, a doçura embriagante dos chocolates tipifica o quê? Cristo advertiu aos Seus: “No mundo tereis aflições” amarguras. O que é doce como chocolate é pecar, porém, é mortal. Portanto, no prisma espiritual a dita guloseima não vale nada.

A imbecilização massificante leva tudo de roldão; porém, os cristãos são membros do Corpo de Cristo, não porções fermentadas da massa do mundo. Quem, por comodismo, conveniência se recusa a andar na contramão, mesmo se dizendo no caminho estreito, a única coisa estreita que domina é a própria visão.