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quinta-feira, 17 de outubro de 2019

A Eficácia de Satanás


“Esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, sinais e prodígios de mentira, com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem.” II Tess 2;9 e 10


O contexto refere-se ao surgimento do Anticristo; que virá “segundo a eficácia de Satanás.” Então, necessária se faz a pergunta: Em quê, o dito cujo é eficaz?

O Salvador ensinou: 
“... Ele foi homicida desde o princípio, não se firmou na verdade, porque não há verdade nele... é mentiroso, pai da mentira.” Jo 8;44 “O ladrão não vem senão roubar, matar, e destruir...” Jo 10;10

Nesses dois tomos vemos seu método, mentira; e seu alvo; roubar, matar e destruir.

Quando o ímpio deseja demais algo que contraria a Deus, seja no propósito, seja no tempo; muitas vezes O Eterno farta-o desses desejos como juízo pela insubmissão; Nos dias de Moisés os obstinados idólatras beberam o “ouro” do seu pecado; “Tomou o bezerro que tinham feito, e queimou-o no fogo, moendo-o até que se tornou pó; espargiu sobre as águas, e deu-o a beber aos filhos de Israel.” Ex 32;20

Os que murmuraram por carne durante a peregrinação chamando o Maná de “pão vil” também receberam uma “fartura” ao ponto de empanturrarem-se antes de muitos sofrerem a praga da Ira Divina. Ver núm 11

Hoje, a rejeição à Verdade assume proporções desconcertantes; desse modo, o surgimento do ímpio mor será o “prêmio” dos que se opõem à Palavra. “Por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniquidade.” Vs 11 e 12


A fartura de enganos na vinda do Pai da Mentira é já julgamento aos que desprezaram a Verdade.

Vivemos em guerra constante onde somos bombardeados diuturnamente por mentiras; tanto para barrar o curso da Verdade, quanto, estabelecer a mentira.

Escrevendo aos cristãos efésios Paulo realçou o valor da verdade, justiça, fé, salvação, Evangelho da Paz e da Palavra de Deus, como sendo a armadura de um soldado em combate; ainda que o inimigo use uma “infantaria” de carne e sangue, (ensinou) nossa luta é contra o comando; “principados e potestades nas regiões celestiais;”

Noutra parte detalhou as munições em uso contra nós; “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos, e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus; levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10;4 e 5

Assim, qualquer coisa que laborar contra o conhecimento de Deus não passa de munição do inimigo contra a qual devemos usar o “escudo da fé”.

Nunca se falou tanto contra a mentira, as “fake news”, como se, nossa geração fosse mesmo adepta da verdade. O que anseiam é dizer quais mentiras podem ser contadas e por quem; uma corja de mentirosos fingindo zelar pela verdade.

Bastou um homem honesto, finalmente, subir ao poder para que a revolta gerada pelas suas posições sóbrias e patrióticas deixasse patente que sempre fomos governados por bandidos; também a imprensa em ampla maioria ficou nua deixando ver que nunca nos informou; apenas manipulou segundo os interesses de quem lhe corrompia.

Irônico ou profético, o fato é que o Presidente eleito evocou muitas vezes um texto bíblico: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” Ninguém é liberto pelo conhecer simplesmente, como tendo uma informação; o verso anterior contextualiza: “Se vós permanecerdes na Minha Palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos...” desse modo, conhecer nos domínios espirituais demanda praticar.

A mentira por sua natureza não é tão exigente, criteriosa assim. Como disse Aristóteles, “O homem pode ser mau de muitas maneiras, mas só há uma de ser bom.” A virtude.

Como somos maus, pecadores, urge que nos submetamos ao Senhorio de Cristo, para recebermos seu perdão; então, Sua Virtude nos será imputada.

A mentira assessora-se do agradável; como um pescador que oculta o anzol com um petisco; a morte vestida de pão.

A verdade não tem de que se envergonhar; como o casal edênico pode andar nua sem pudor. Desse modo, perante incautos o mentiroso leva vantagem, uma vez que propõe o “bom” o prazer, enquanto o veraz, que mira o bem, mesmo ao custo de eventuais renúncias, soa como desmancha-prazeres.

A mentira precisa parecer verdade para ser aceita; a verdade prefere nudez, a usar vestes alheias.

A eficácia de Satã fala de união, tolerância, inclusão, liberdade, diversidade; feito o estrago, teremos totalitarismo, opressão, morte.

Deus nos propõe uma cruz como aliança; assusta; mas, vencida a timidez, a vida eterna nos espera ao lado do Santo.

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

O Trabalho de Deus

“Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem se percebeu, ou, se viu um Deus além de ti que trabalha para aquele que nele espera.” Is 64;4

Malgrado, Ele seja Senhor, a revelação de Isaías dá o que pensar... Deus trabalha para aquele que Nele espera. Um tanto assustador, irônico, O Senhor trabalhando para o servo. Cheias estão as Escrituras de exemplos assim. Deus trabalhou; abriu caminho no mar, alimentou no deserto, pelejou pelos servos Seus.

Na verdade, tenciona relação mais estreita que Senhor e servo; quando instado a ensinar orar Jesus disse aos discípulos que deveriam orar: “Pai Nosso...” Mediante Cristo recebemos adoção de filhos; passamos a um relacionamento de família espiritual com O Senhor. Quanto à provisão, pois, “...não devem os filhos entesourar para os pais, mas, os pais para os filhos.” II Cor 12;14

Assim, Ele diz: “... buscai primeiro o reino de Deus, e sua justiça; todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta cada dia o seu mal.” Mat 6;33 e 34

Contudo, Ele nos dá bens requerendo cooperação, trabalho. Que pai há que não deseje identificar traços seus nos filhos? Assim, se Ele trabalha, nos abençoa a medida que trabalhamos também. Muitos sonham com milagre das provisões sobrenaturais e desprezam a beleza do milagre do relacionamento, apesar de sermos tão falhos, indignos.

Ora, fez chover Maná no deserto porque era absolutamente impossível retirar alimento de uma terra como aquela; entretanto, inseridos em Canaã, a benção não era mais necessária, era hora do trabalho. “Estando, pois, os filhos de Israel acampados em Gilgal, celebraram a páscoa no dia catorze do mês, à tarde, nas campinas de Jericó. No outro dia depois da páscoa comeram do fruto da terra, pães ázimos e espigas tostadas. Cessou o maná no dia seguinte, depois que comeram do fruto da terra, os filhos de Israel não tiveram mais maná; porém, no mesmo ano comeram dos frutos de Canaã.” Js 5;10 a 12

Alguns incautos vociferam: “Somos filhos de Rei, merecemos o bom e o melhor”; após observações como essa, “determinam, decretam” o que desejam para si, ou, para incautos que se sujeitam às maldições de suas orações.

Como assim? Nem toda oração carreia bênção. Gente presunçosa, sem noção que desonra O Eterno atrai maldição. “Agora, ó sacerdotes, este mandamento é para vós. Se, não ouvirdes e não propuserdes, no coração, dar honra ao meu nome, diz o Senhor dos Exércitos, enviarei a maldição contra vós, amaldiçoarei vossas bênçãos; já as tenho amaldiçoado, porque não aplicais a isso o coração.” Mal 2;1 e 2

Quer a relação seja de Filho, quer, servo, ambas demandam reverência, humildade; “...O filho honra o pai, e o servo o seu senhor; se Sou Pai, onde está minha honra? Se Sou Senhor, onde está meu temor? diz o Senhor dos Exércitos...” Cap 1;6

Que os salvos são filhos de Rei é verdadeiro; na mesma oração que mandou chamarmos ao Senhor de Pai, disse: “Venha Teu Reino...” Ele é Rei dos Reis. Contudo, disse mais: “Meu reino não é desse mundo.” Assim sendo, estamos no “exterior” somos embaixadores num reino adverso; não usufruímos cá a plenitude do Reino.

Se, Deus trabalha por aquele que Nele espera, duas coisas apenas se requer dos beneficiários do Labor do Santo: Uma: que estejam Nele; outra: que esperem. Alguns pensam que estar Nele é sinônimo de estar na igreja, mesmo que, alimentando os mesmos anseios insanos e pecaminosos de antes, não! Paulo foi categórico: “Assim, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5;17
Portanto, se inda são as “coisas velhas” o motor de minha busca e o combustível das minhas orações, tenho fortes razões para duvidar que eu esteja mesmo, “Nele.”

Depois, esperar com fé não é traçar um limite de tempo, ou, circunstâncias, até aqui; como a mulher de Jó; se, achar que a coisa foi longe demais, “amaldiçoa Deus e morre”; antes, como disse o mesmo Jô um tanto depois: “Ainda que me mate, Nele esperarei”; Sendo Ele Deus, Senhor, Criador, a vida está em Suas mãos; bem pode ressuscitar mortos.

Desse modo, se para a doida da esposa, a dor extrema justificaria uma blasfêmia suicida, para o fiel Jó, nem mesmo as garras da morte poderiam estrangular sua fé.

Em suma, a fé não faz acontecer; antes, espera confiante Naquele que tudo Pode; inclusive, saber a melhor hora de mudar nosso pranto em alegria. A mesma fé que sabe que a alegria vem de manhã confia que é o Eterno que determina o tamanho da noite.

sábado, 8 de abril de 2017

As pedras, ou, os pães

“Porque Jesus mesmo testificou que um profeta não tem honra na sua própria pátria.” Jo 4;44

Cá no sul usa-se certo ditado que parece contrariar a afirmação supra: “Touro em terreno alheio, é vaca”. Pode ser machista, politicamente desajustado, mas, a ideia é que, fora dos nossos domínios, não apitamos nada, antes, nos submetemos aos ditames de quem manda.

Entretanto, tratando-se de profeta, parece que o tal, manda mais, em terreno alheio, por quê? Precisamos investigar; buscar indícios.

A natureza do ministério profético supõe, que o ministro falará de coisas ocultas que ele viu em intimidade com Deus; isso o reveste de certo mistério, como se, sua própria vida devesse ter um quê, de oculta também. O fato de ter Sua Juventude e infância conhecida, era uma “falha” em Jesus, para que cressem que falava da parte de Deus. Diziam: “Não é este o filho do carpinteiro? não se chama sua mãe Maria, seus irmãos Tiago, José, Simão, e Judas? Não estão entre nós todas suas irmãs? De onde lhe veio, pois, tudo isto? Escandalizavam-se nele. Jesus, porém, lhes disse: Não há profeta sem honra, a não ser na sua pátria e na sua casa.” Mat 13;55 a 57

Durante minha infância espiritual assisti e participei muito dessa doença, da qual, diziam padecer os atenienses: “Pois todos os atenienses e estrangeiros residentes, de nenhuma outra coisa se ocupavam, senão, dizer e ouvir alguma novidade” Atos 17;21 Tínhamos bons mestres da Palavra em nossa casa, mas, queria ver a igreja lotar, era anunciar que determinado ilustre desconhecido de oliveira estaria pregando numa “Grande Campanha” evangelística.

Na maioria dos casos tratava-se de paraquedistas vendedores de bugigangas, cujos ensinos, qualquer neófito com algum discernimento, poderia contestar, mas, a coisa “bombava”.

Temos fome por novidades, mesmo que, nocivas; certo fastio do Pão do céu, como tiveram os judeus do Êxodo, no deserto.

O fato de que, O Salvador não foi bem vindo, entre os Seus, não O desqualificou um milímetro, antes, propiciou que outros, que inicialmente eram estranhos, passassem a pertencer à família da fé. “Veio para os seus, os seus não o receberam; mas, a todos que o receberam, deu o poder de serem feitos filhos de Deus.” Jo 1;12

Não que seja um erro desejarmos coisas novas; contudo, podemos errar quando buscamos em fontes duvidosas. Doutrinariamente devemos contar com certa “monotonia” nos ensinos da salvação: “Saídos os judeus da sinagoga, os gentios rogaram que no sábado seguinte lhes fossem ditas as mesmas coisas.” Atos 13;42 “Enviamos, portanto, Judas e Silas, os quais por palavra vos anunciarão também as mesmas coisas.” Atos 15;27 “Por isso não deixarei de exortar-vos sempre acerca destas coisas, ainda que bem as saibais...” II Ped 1;12 etc. Não há novidade.

Contudo, as vidas que se deixam transformar pela Palavra, experimentam novidades todos os dias, no processo paulatino de santificação; “Fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim, andemos nós também em novidade de vida.” Rom 6;4

Isso progride mediante obediência, limpa-nos, do “fermento velho”; em dado momento, nos vemos totalmente transformados; “Assim, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram, e tudo se fez novo”. II Cor 5;17

Ainda que, um profeta sadio seja portador de boas novas, de certo modo, rebusca-se das velhas, que foram dadas há muito, e pelo Espírito Santo, apresenta-as renovadas, cheias de vida, como, de fato, são. “Ele disse-lhes: Por isso, todo escriba instruído acerca do reino dos céus é semelhante a um pai de família, que tira do seu tesouro coisas novas e velhas.” Mat 13;52 Falou dos Escribas, mas, como aqueles, o profeta escreve, só que, não em papiros, pergaminhos, antes, corações.

Infelizmente, a maioria dos que correm por novidades são meros fugitivos do que já sabem, como as reiteradas orações de Balaão, desejando que O Eterno mudasse de ideia. Deus não me dará algo novo, se, me mostro omisso diante do que sei ser, Vontade Dele. Exceto, nova exortação quanto a isso mesmo.

No deserto, a rejeição ao Maná, e os murmúrios por outro alimento, culminou com a Ira de Deus, excesso de carne em juízo contra os murmuradores. Para os atuais, novidadeiros, aos quais, a beleza da verdade não basta, algo semelhante tem vindo: “Esse cuja vinda é segundo eficácia de Satanás, com todo poder, sinais e prodígios de mentira, com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam amor da verdade para se salvarem.” II Tess 2;9 e 10

Ante o tentador, Jesus negou-se a transformar pedras em pães; aos pecadores, deu-se, como Pão vivo dos Céus. Mas, muitos preferem ainda, as pedras.

sábado, 29 de outubro de 2016

Pelados com a mão no bolso

“No outro dia depois da páscoa, nesse mesmo dia, comeram, do fruto da terra, pães ázimos e espigas tostadas. E cessou o maná no dia seguinte, depois que comeram do fruto da terra, os filhos de Israel não tiveram mais maná; porém, no mesmo ano comeram dos frutos da terra de Canaã.” Jos 5;11 e 12

Deparei com um jornal promocional de uma dessas igrejas empresas da moda, jogado na área de minha casa. Dei uma olhada superficial nas mensagens e “testemunhos” e fiquei maravilhado com o que “Deus está fazendo” depois que o líder deles aprendeu, e passou a ensinar “como tomar posse da bênção”. São curas e mais curas, casamentos reconstruídos, libertação dos vícios, enriquecimento, empregados virando patrões, etc.

O utópico Eldorado, a cidade do ouro, devaneio de antigos conquistadores, parece ter sido encontrado por tais crentes. Chego a pensar, se, esse seu marketing agressivo logra adesões, ou, enseja frustrações de “normais” como eu, que vivem aos trancos e barrancos, com saúde e doença, lucros e prejuízos, vitórias e derrotas pontuais, erros e acertos...

Sim, ao ler tão grandiosas conquistas que alardeiam, descubro-me mui aquém de sua estatura, e resulta necessária a conclusão que, se, ter fé é isso, não sirvo para o papel.

Uma coisa que me ocorreu foi pensar como seria a Bíblia, se, invés de inspirada pelo Espírito Santo, como é, fosse por esse espírito utilitarista-profano, com suas superficialidades vis, seu seletismo ufanista, parcial.

Por certo, Noé não teria se embriagado, Abraão e Sara não teriam duvidado, Jacó não teria trapaceado Esaú, nem, Labão, Moisés não teria se irritado, ferido a Rocha, Davi teria casado com uma viúva, não, adulterado, quiçá, a culpa pela queda seria exclusivamente do inimigo...

Esses párias espirituais, sem noção, quanto mais pretendem mostrar a “Grandeza de Deus”, mais desnudam sua pequenez mesquinha, sua idolatria egoísta, testemunho inequívoco, que não passaram pela cruz.

Para desespero de ateus e ateístas, que gostariam muito de tachar À Palavra de Deus como mero compêndio humano, as falhas dos heróis bíblicos estão lá, graves, verazes, sem máscaras. Mesmo as angústias do Salvador em Seu esvaziamento, registradas: “Pai, se possível, passa de mim este cálice; todavia, não se faça minha vontade, mas, a tua.” Luc 22;42

A ação sobrenatural de Deus se dá diante de necessidades, como, fazer cair o Maná no deserto sem o qual, a nação de Israel pereceria. Mas, como vemos nos versos acima, quando o povo entrou na terra prometida cessou, era hora de trabalhar.

Há duas razões, pelo menos, para olharmos desconfiados para ensinos assim: Primeira; a prosperidade material não é, necessariamente, Vontade de Deus para seus filhos, muitos fiéis morrem pobres. Segunda; Deus faz sol e chuva descerem sobre todos, justos e injustos, as coisas atinentes à preservação da vida natural não requerem fé, de modo que, as mesmas não patrocinam testemunho nenhum.

Ademais, dos convertidos se espera uma mudança cabal, de alvos, mente, valores, vida; “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5;17 Então, se alguém se diz convertido, e pretende legitimar isso pela conquista “gospel” das velhas coisas, aquilo que pretende como afirmação da fé, é justo, a negação.

O novo nascimento é espiritual, a mudança necessária é interior, a qual, quando genuína, não muda circunstâncias adversas em favoráveis, antes, a reação humana, a elas, como ensinou Paulo: “...aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, sei também ter abundância; de toda maneira, em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, quanto a ter fome; tanto a ter abundância, quanto, padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.” Fp 4;11 a 13

O jornaleco que deveria acender dois cifrões em minhas retinas, me fez sentir como Paulo no Areópago. Andando triste entre os testemunhos mortos de uma religiosidade idólatra, sem vida, e eventual menção ao Deus verdadeiro anexa à confissão de ignorância; “Ao Deus Desconhecido...

Justo entre os gregos, fonte da mitologia, deuses imortais, Paulo apresentou Deus “natural, mortal”, “loucura para os gregos, escândalo para os judeus, mas, para os salvos, Sabedoria de Deus, pois, a loucura de Deus é mais sábia que os homens.”

O serviço humilde ensinado pelo Salvador que lavou os pés dos discípulos sequer se aproxima dessa doutrina perita em formar zangões espirituais, como se, os “ímpios” devessem correr atrás com seus meios, e esses, “santos”, prosperassem mediante mandingas, palavras arrogantes cuja obscenidade não salta aos olhos porque a cegueira adjacente é o traje a rigor nesse campo de nudismo espiritual.

Adão e Eva estavam nus e não se envergonhavam por falta de motivo; esses, por falta de vergonha.

sábado, 26 de dezembro de 2015

Santificação, o nome dos bois

“O mar estava posto sobre doze bois; três que olhavam para o norte, três para o ocidente, três para o sul e três para o oriente; o mar estava posto sobre eles; suas partes posteriores estavam todas para o lado de dentro... era para que os sacerdotes se lavassem nele.” II Cron 4; 4 e 6 Um dos utensílios do Templo de Salomão, o “mar”, na verdade uma grande banheira esculpida sobre doze bois.

Muitas coisas daquela época, além de sua utilidade imediata, traziam mensagens futuras. Para a teologia, são os “Tipos Proféticos”, ou, as “sombras dos bens futuros”, como alegorizado em Hebreus. Assim, o Cordeiro da Páscoa era um Tipo de Cristo; a água da rocha, Tipo de Sua Palavra; o maná, idem, símbolo do Pão do Céu; etc.

O aludido mar, sobre doze bois apontava profeticamente para algo, também? Ora, o próprio Salvador comparou Sua Palavra como “uma fonte que salta pra vida eterna”; “Água da Vida”; ou, um lavatório, quando disse: “Vós já estais limpos pela Palavra que vos tenho pregado.” Esse, aliás, é o “nascer da água e do Espírito” dito pelo Senhor. Da Palavra e do Espírito. Nada a ver com batismo que é mero testemunho público, a salvação se dá na conversão.

Paulo ensina: “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e renovação do Espírito Santo”. Tt 3; 5 “Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra.” Ef 5; 26

Vemos então, o concurso do Espírito e da Palavra, como agentes purificadores. Sendo a água, a Doutrina de Cristo, Seu corpo espiritual, a Igreja, todos os que O servem em Espírito e verdade formam o “Mar” que contém a água. Os doze bois que sustentam isso, óbvio, os doze apóstolos, iniciadores da obra e difusores da Doutrina. Se, Judas extraviou-se dada sua escolha, Matias foi posto em seu lugar, o “pedestal” foi refeito.

O fato de que cada grupo de três animais olhava numa direção tipifica o propósito universal, “toda criatura”. Todavia, aspecto mais relevante desse Tipo era que os sacerdotes deveriam se lavar antes de ministrarem. Isso não aponta para outra coisa, senão, para a necessária santificação dos que pretendem exercer o Ministério. 

Paulo foi didático: “Todo aquele que luta de tudo se abstém; eles fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível. Assim corro, não como a coisa incerta; combato, não como batendo no ar. Antes, subjugo meu corpo, o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado.” I Cor 9; 25 a 27

Três coisas são necessárias pra se lavar; primeira: Identificar a sujeira; segunda; querer; terceira, dispor dos meios. A Palavra mostra o pecado, insta ao arrependimento, e purifica com a Água da Vida, o perdão de Cristo.

Tiago alude a uns que, vendo-se sujos, recusam a se lavar; “E sede cumpridores da palavra, não, somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra, não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural; porque contempla a si mesmo, vai-se, logo se esquece de como era.” Tg 1; 22 a 24

Pedro, por sua vez, a outros que, tendo se lavado uma vez, sentiram saudade da antiga sujeira e voltaram; “Deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao próprio vômito, a porca lavada, ao espojadouro de lama.” II Ped, 2; 22

O Senhor, quando lavou os pés dos discípulos, disse que deveriam, eles, lavar uns aos outros. Claro que, num sentido espiritual de corrigir, advertir, exortar, afinal, estavam em pé de igualdade; se, alguém quisesse ser o maior, deveria se fazer menor ainda.

Todavia, o Papa Francisco disse que todas as religiões são boas, mesmo os ateus “temem a Deus” quando fazem o bem. Assim, estão todos limpos, pra quê água ainda? Se é mesmo sucessor de Pedro, como pretende, deveria atentar ao que o Senhor falou àquele: “Se eu não te lavar, não tens parte comigo”.

O Senhor nunca pretendeu vistas grossas ante a sujeira, antes, que cada um, aprofunde suas escolhas, sejam virtuosas, sejam, viciosas; “Quem é injusto, faça injustiça ainda; quem está sujo, suje-se ainda; quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda.” Apoc 22; 11

Sem santificação ninguém verá a Deus. Ele define o que é santo. Podemos até “decretar” que escórias e prata são a mesma coisa, mas, O Eterno tem métodos próprios de refino. “As palavras do Senhor são palavras puras, como prata refinada em fornalha de barro, purificada sete vezes.” Sal 12; 6