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quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

As prostitutas de Brasília

Por isso foram retiradas as chuvas, não houve chuva serôdia; mas, tu tens a fronte de prostituta, não queres ter vergonha.” Jr 3; 3

A privação do povo de Israel das chuvas na devida estação deveria ser entendida como sinal da contrariedade de Deus; a investigação dos motivos fatalmente culminaria na admissão da culpa, contrição, vergonha. Contudo,- disse o profeta – eles tinham fronte de prostituta, incapazes de sentir vergonha.

O que nos torna capazes disso? Não é o, não atingir, determinada meta, estritamente, antes, a certeza que atingi-la é nosso dever. Precisamos estar impregnados, mediante costumes, valores, de determinado modo de agir, que, nos seja espontâneo, natural. Qualquer estágio aquém enseja certo pejo, sentimento de culpa, por termos menosprezado coisas que mereceriam melhor apreço.

A prostituta foi tomada como exemplo de sem vergonha, porque, as demandas de sua “profissão” não combinam com a postura socialmente estabelecida, no que tange à figura da mulher. De tanto praticar certos atos, a coisa se lhe torna corriqueira, normal.

Se, esse apreço vale no prisma das ações, não é diferente nos valores que as motivam. Um homem de bom princípios, se, apanhado num momento de fraqueza defendendo coisas que não se coadunam à sua linha de caráter geral, seu primeiro sentimento, uma vez flagrado, será a vergonha. Digamos que, inadvertidamente contou uma mentira, circunstancialmente conveniente; descoberto, corará a face, pedirá perdão, assumirá seu erro.

Um mentiroso contumaz, porém, digo, que faz da mentira seu modo de vida, estará livre de todos esses incômodos psicológicos provenientes de eventual flagra. Com a maior naturalidade contará outra mentira para se “justificar” quando não, atacará a honra de quem o flagrou, usando calúnias, mentiras, que, mais que atentarem contra fatos o fazem contra a moral, a probidade de alguém.

Se alguém está pensando no PT, leu meus pensamentos. Eles têm o poder como meta, discursos e fisiologismo corrupto como meio, a mentira como advogada de defesa. Podemos elencar uma centena de mentiras gerada por eles, coisa bem fácil, aliás, invés de gerar vergonha, “mea culpa”, contrição, com a galhardia de um príncipe inglês em desfile oficial, contarão novas patranhas para se justificarem, ou, atribuirão nossa diatribe a pretensos laços com partidos de oposição, “direita” “elites” “burguesia” e outros demônios menores que povoam seu inferno ideológico.

A coisa é de tal monta que, chega a dar preguiça. Basta pegar uma frase qualquer que um deles disser, e, estará lá, seu bebê favorito, umbigo cortado, amarrado, e devidamente amamentado, a mentira.

Pessoas de destaque, como Luís Fernando Veríssimo, Chico Buarque, Gilberto Gil, Frei Beto, etc. também, quando deixam os afazeres e se ocupam de defender o “socialismo” da riqueza alheia, descomprometem-se com decoro, verdade, e naturalmente mostram a bunda ao colocarem as cabeças no “devido” nível, ao rés do chão.

A favorita da vez, além do “golpe”, claro, é fazer parecer que o impeachment é um desejo do Eduardo Cunha, que, estando em cagados lençóis, não tem moral nenhuma. A verdade é que recusara mais de trinta pedidos antes, pois, havia um acordo mútuo de sobrevivência onde defenderia Dilma e seria defendido pelos Petistas no Conselho de Ética.

Como os três deputados canhotos, de repente, tiveram uma crise ética e “traíram” Lula, ( meu cavalo sabe que ele fingiu defender Dilma porque ela sabe demais, mas quer que caia para sobrevivência do PT e sua sonhada candidatura; assim, manipula-a, bem como, os imbecis úteis do PT; ele e a cúpula traem toda a gama de filiados ) então, o Cunha se viu abandonado e abandonou o trato feito; pelas razões tortas fez a coisa certa, simples assim.

Porém, a cereja na torta dos mentirosos profissionais saiu dos lábios da “presidenta”; Ela disse que querem derrubar seu governo porque implantou o maior programa habitacional da história. Cáspita!

Queremos sua saída por causa do maior estelionato eleitoral da história; por causa das “pedaladas” que gestaram o maior rombo de todos os tempos, por causa do dinheiro de origem corrupta em sua campanha, etc. Quando esses canalhas terão o menor compromisso com a verdade?

A efetivação do impedimento demanda a aprovação de dois terços dos congressistas, e lá é o foro devido para se defender ou acusar conforme a motivação de cada um. Provem, pois, mediante defesa consistente que o pedido não faz sentido, e certamente terão votos suficientes para se manterem no poder; senão, assumam as consequências de sua malversação, incompetência, corrupção.

Essa gente é demasiado obscena, mas, falta-lhes noção do quê, seja isso; cobrar-lhes decência, coerência, lógica, verdade, seria como demandar pudor em campo de nudismo. Estão todos pelados e riem de nossa acusação, embora, achariam certo se nos despíssemos também. Como tanta gente adormeceu por tanto tempo??

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

A tragédia de Aylan e a lógica de Tarso

A imagem da criança síria de nome Aylan morta numa praia turca por ocasião da crise migratória que partes da África e Oriente Médio sofrem, impactou o mundo. 

Medidas mais condescendentes por parte de líderes europeus começam a ser anunciadas em face à mesma. Não dá para negar que é uma cena triste, comovente, estarrecedora.

Entretanto, se, serviu para evocar sentimentos de misericórdia em relação aos refugiados, tem dado azo à manifestações de hipócritas oportunistas que são de causar vero asco, nojo, mesmo, no popular. 

Deparei com um vasto texto assinado por Tarso Genro, acusando ao “colonialismo europeu” como o grande culpado por essa tragédia. Outro dia ironizei num poema que intelectual de esquerda é lógico e possível como um esquadro redondo; ou seja, impossível. 

Intelectual pressupõe alguém que lança mão da inteligência, do pensamento filosófico para interpretar a vida. Entretanto, tais, usam oportunidades pontuais, como essa, para pintarem mais forte sua vermelha bandeira ideológica com sangue de inocentes. 

Ora, o famigerado Programa Nacional de Direitos Humanos que o PT do seu Tarso tentou implantar no país e não conseguiu ainda, prevê a descriminação do aborto. Assim, milhares de crianças mais tenras e indefesas que o infeliz Aylan seriam assassinadas todos os anos com o beneplácito do Estado. 

Alguém ironizou dizendo: “uma morte é uma tragédia; milhares de mortes, apenas um número, uma estatística.” Essa parece ser a lógica do “intelectual” Tarso. Aliás, está na moda agora, um tal de “dane-se a lógica”, ou coisa assim, onde alguém posta no Faceboock a foto de um corpo humano com cabeça de animal.  Poderíamos inverter, colocando a cabeça do “Pensador” num corpo de jumento, sem querer ofender o bichinho, claro. 

Os que fogem da Síria, como a família de Aylan, o fazem em face às guerras fomentadas pelo Estado Islâmico, os cortadores de cabeças, que explodem monumentos milenares e sacrificam em série gente que não comunga de sua visão religiosa.  

Entretanto, em seu discurso na ONU, ano passado, a presidente Dilma disse que não se deve usar a força contra ao tais; antes, “dialogar”.  A mente esquerdopata tem sua lógica muito peculiar. É inimigo dos Estados Unidos, então, é nosso amigo. Assim, apoiam ditaduras como a de Cuba, Venezuela, narcotraficantes como Evo Morales, etc. 

Onde o comunismo passou derramou veros rios de sangue; a história mostra o que se fez na União Soviética e todo leste europeu. Agora esses puritanos estão escandalizados com a morte de uma criança? Vergonha na cara, decência, não? 

Nós mesmo começamos a sentir na pele os efeitos da gastança irresponsável e populista desses bravos libertários. Sartori herdou dele próprio, um Estado falido, incapaz até de pagar o funcionalismo que dirá investir. Deve ser culpa dos europeus também. 

A País está à beira da bancarrota e Dilma em sua “autocrítica” diz que “é possível que tenham sido cometidos erros”, mas, a cantilena segue dizendo que a verdadeira culpada é a crise internacional. Ora, o Pixulecão não dissera no alto de sua sapiência que o Tsunami internacional, para nós era só uma marolinha? Mais um intelectual de esquerda, acho. 

Mas, presto apareceria alguém mostrando-me injustiças “de direita” para provar que estou errado. Porra!! Intelectual não é de direita nem de esquerda, é do intelecto. Analisa os fatos sem uma inclinação “à priori”. Se um crime for cometido nos Estados Unidos é tão crime que se fosse cometido em Cuba e vice-versa, simples assim. 

Quem fracionou o mundo em dois meios, esquerda ou direita? Pra mim, existe uma dualidade sim, mas, “dialoga” com outras falas; Verdade, ou, mentira; fato, ou, boato; justo, ou, injusto. Essa coisa bipolar, doentia, de que “os nossos” estão certos, sempre, e “eles” errados não provém da inteligência, antes, da doentia paixão ideológica. 

Gente que admirei, como Chico Buarque e Luís Fernando Veríssimo, perderem meu respeito, justo por isso. Malgrado seus inegáveis talentos no que fazem, defendem o indefensável no prisma político... mentes privilegiadas para a arte, de repente se tornam comuns, ordinárias, dado esse lapso.

Agora vem Tarso dando moral de cuecas? O que o PT faz com a grana da Petrobrás, e outras estatais mostra bem como esses “socialistas” promovem a “inclusão social”. Incluem em obscuras contas nos paraísos fiscais o dinheiro que custou o suor de toda uma nação. Se isso não é colonialismo, exploração safada é o quê? 

Estaria ele indignado com a morte de um inocente? Para cima de mim, não! Não passa de um oportunista barato e safado, querendo tirar proveito ideológico de uma tragédia.

Claro que a dor alheia me comove, sobretudo, vitimando inocentes; mas, a hipocrisia me irrita mais; deprimente ver o maltrapilho moral desfilar no carnaval da justiça disfarçado com a alegoria da virtude...