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sábado, 30 de janeiro de 2016

A Matrix e o Divino Sistema

“Como pendentes de ouro e gargantilhas de ouro fino, assim é o sábio repreensor para o ouvido atento. Como frio da neve no tempo da sega, assim é o mensageiro fiel para com os que o enviam; refresca a alma dos seus senhores.” Prov 25; 12 e 13

Primeiro temos a implicação de um sábio que repreende ante seu alvo, depois, ante quem o comissiona. Ao primeiro se faz precioso como joia de ouro; ao Segundo, traz refrigério. Não é forçar a barra concluir que, o “sábio” é um que teme a Deus, seu conselho visa trazer outros ao mesmo caminho; e, tal feito, alegra O Eterno.

Sabemos que as privações da vida são a forja Divina visando a têmpera de nossas almas; noutras palavras, as decepções, desenganos, os nãos, da estrada nos ensinam a caminhar. “Tribulação produz paciência, perseverança...” Na abordagem de Pedro.

Contudo, vivemos um tempo onde importa mais ser “legal” que verdadeiro; “curtir” determinada mensagem, mesmo discordando, sob pena de até, perder um “amigo”. Nosso feeling está sistematizado, programado apenas para coisas “positivas”.

Aliás, o próprio sistema me informa tudo o que “preciso” saber. Um clic, e “sei” quem é meu melhor amigo, quem tá a fim de mim, quem me acha um charme, qual o tamanho do meu...QI, como é minha personalidade, qual música me descreve; até, quem fui numa vida passada. ( ah, só pra constar, fui Leonardo Da Vinci ) possivelmente, muitos “descobrirão” que foram “eu” também.

A coisa é programada para ser positiva, assim, nenhum descobrirá que foi o Corcunda de Notredame, Jezabel, Judas, ou, um escravo qualquer, sempre terá sido uma personalidade. Se, for levado na galhofa, na brincadeira é inofensivo, mas, temo que muitos estejam já sistematizados, viciados em drogas psicológicas, dependentes da “Matrix”.

Pois, além do dano de furtar ações reais que poderiam gerar experiências proveitosas, a dependência virtual filtra a noção da seriedade das coisas espirituais também. Com frequência circulam posts imbecis onde somos exortados a escolher entre “Jesus” e o diabo; aliás, somos coagidos à “boa” escolha uma vez que, mero ignorar significa fazer a má. Nem imagino quantas vezes “escolhi” o diabo.

O quê, quero dizer, enfim? Que ter uma visão pueril superficial, da realidade, já é danoso; porém, ter a mesma, de Cristo, pode ser fatal.

Somos chamados todos os dias, na arena real, a escolher entre o Senhor e o inimigo, isso, quando as tentações nos assaltam. Como reagimos é o único “clic” que interessa, deveras. Ademais, encaixar sentimentos vários no mesmo molde pode atrofiar alguns membros, ou, amputar outros. Nem tudo o que vemos se encaixa num “curtir”. Tem coisas que geram tristeza, vergonha, comiseração, nojo, ira; qual a relação dessas coisas com o desejado “curtir”?

Às vezes se vê indiretas tipo: “Por quê me aceitou como amigo e não conversa comigo?” Ora, tenho pouco mais de duas centenas no Face, e converso com meia dúzia apenas; nossa “relação” é a interação com o que o outro publica, não que esteja fechado, qualquer um pode chamar, deixo o bate-papo on; mas, há pouco tempo, possibilidade; imagina quem possui números muito maiores que eu. Acho indelicado rejeitar um convite, raramente o faço, mas, não me importa o número de amigos, só, a qualidade; dos meus, uns 70% conheço pessoalmente, de modo que são mais que virtuais.

Ademais, voltando ao começo, meu alvo é repreender segundo Deus, Sua Palavra, o que afasta muitos, cujas motivações são outras. Embora os amigos verdadeiros devam sempre falar a verdade, ainda que soe antipáticos, meu medo maior seria perder a amizade de Deus, por malversar o que Ele disse. O desejo é ser mensageiro fiel, do tipo que refrigera à alma de Seu Senhor.

Afinal, a Palavra de Deus é um “sistema” milenar, programado para que nele eu descubra Deus, Seu Ser, Gostos, Vontade; também consta lá quem sou, de onde vim, as duas possibilidades de, pra onde vou; o quê, fazer, como fazer, para que O Santo “curta” meu modo de vida. Não é um sistema fácil de entrar; a senha é duríssima, tomar uma cruz e carregar, mas, as preciosidades inefáveis do “programa” compensam.

Paulo descreveu assim: “...as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada.” Rom 8; 18

Desse modo, meu anseio não é que meus textos sejam “curtidos”, antes, que incomodem um pouco, ensejem reflexões; mesmo que não signifiquem pingentes de ouro, como seria a fala de um sábio, pelo menos, desloquem um pouco os leitores do mundo virtual; os leve a considerar a realidade. Pois, nesse caso, ignorar à Palavra de Deus equivale, sim, a escolher o inimigo. Façamos a boa escolha!