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segunda-feira, 2 de julho de 2018

Lisonjas ou, disciplina?

“Não retires a disciplina da criança; se, a fustigares com vara, nem por isso morrerá. Tu... livrarás sua alma do inferno.” Prov 23 13 e 14

A Salvação como “efeito colateral” da disciplina.

Invés da famigerada “Lei da Palmada” onde, o Estado, que, protege ladrões tenciona trazer para si, uma responsabilidade que é dos pais.

Educar crianças no bom caminho, no do Senhor, não é tarefa estatal, pois, quando se trata de assuntos espirituais, morais, o Estado apressa-se em dizer que é laico, mas, quando lhe interessa perversão de valores aí, se imiscui no que lhe não pertence.

Infelizmente, em nossos dias a disciplina é mais perceptível por sua ausência, que, por eventuais ações. Mesmo os adultos se mostram espinhosos, avessos, como se, encerrasse mera intromissão, quando, um que trilha pela senda do erro, cujo final será sua perda, é advertido a mudar.

Logo nos mandam cuidar de nossas vidas, ou, pagar suas contas, etc. Pior é que muitos desses intocáveis se dizem cristãos, filhos de Deus. Porém, a Palavra de Deus diz que os que recusam a disciplina são filhos da outra; “Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há que o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então, bastardos, não, filhos.” Heb 12;7 e 8

A disciplina não é uma coisa boa pela sensação que produz, mas, pelo resultado. Traz um sentir bem adverso, até. “Na verdade, toda correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão, de tristeza, mas, depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela.” Heb 12;11

Então, mesmo, gerando uma tristeza pontual ela enseja alegrias futuras, sentimento de justiça, quando, o que foi nela exercitado entender os motivos. “Melhor é a mágoa do que o riso, porque com a tristeza do rosto se faz melhor o coração.” Ecl 7;3

Muitos sentimentalóides confundem frouxidão moral com amor; não bato em meu filho porque o amo. Ora, se ele for obediente e não fizer por merecer, óbvio, que não! Contudo, é o amor responsável, maduro, que, em tempo corrige e castiga, se, necessário; mesmo que, o ato de disciplinar não lhe seja agradável; nem para Deus, é. “O Senhor não rejeitará para sempre. Pois, ainda que entristeça alguém, usará de compaixão, segundo a grandeza das suas misericórdias. Porque não aflige nem entristece de bom grado aos filhos dos homens.” Lam 3;31 a 33

A correção do Senhor vista por seu paciente só será devidamente apreciada em tempo posterior, quando, seu fim for alcançado; “Antes de ser afligido andava errado; mas, agora tenho guardado tua palavra. Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos.” Sal 119;67 e 71

E guardar a Sua Palavra não é satisfazer eventuais caprichos Divinos, antes, ser livre da perdição que espreita aos rebeldes. Por isso O Senhor reitera: “Eu repreendo e castigo a todos que amo...” Apoc 3;19 Quem ama não quer perder; sabendo onde terminam os caminhos rebeldes, O Eterno corrige, para que, como o Pródigo arrependido, voltemos para casa.

A disciplina é cheia de justiça, pois, não atua num vácuo punindo alguém sem que ele saiba o motivo. A Bíblia diz que “Deus não toma em conta os tempos da ignorância...” Assim, não me cobra erros de quando eu ignorava Sua Vontade; mas, depois que conheci, se, recuso atuar conforme, aí já não lapso de saber, mas, rebeldia mesmo.

Muitos dos que são resilientes à correção escudam-se em certa desonestidade intelectual, como se, a disciplina fosse ideia humana, iniciativa voluntária do instrumento que Deus usa.

Ora, os ensinadores da Palavra são meras ferramentas de Deus; a disciplina que ensinamos a outrem, igualmente se aplica a nós, quando damos maus passos também.

Então, essa casamata mal educada onde muitos se escondem; tipo: “Só me corrijas quando tua vida for perfeita” não deriva de um apelo por coerência, mas, é só a máscara de um rebelde querendo fazer parecer intromissão humana, quilo que é Divino preceito.

“Liberte-me de minha ignorância; serás meu maior benfeitor” dizia Sócrates; essa postura não é mais encontrável numa geração arrogante, presunçosa e ignorante da própria ignorância; sobretudo, nas coisas de Deus.

Não podemos ensinar nada; uma correção qualquer, mesmo em termos educados e corremos risco de ser excluídos; algumas vezes já fui. O negócio que “bomba” é elogiar, bajular, curtir. Mas, como a disciplina mesmo sisuda é pacote feio que embala a vida, as lisonjas fáceis são apenas potes de veneno com rótulo de mel.

“Já vi jovens com a vida perdida serem salvos por correção e disciplina rigorosa. Mas, o que mais vi, foram jovens bons se perderem por exagerados elogios.” Bruce Lee

sábado, 3 de março de 2018

A "opressão" do amor

“Toda multidão da terra dos gadarenos ao redor lhe rogou que se retirasse; porque estavam possuídos de grande temor. Entrando Ele no barco, voltou.” Luc 8;37

Narrativa fria; pediram que O Salvador se retirasse, Ele entrou no barco e voltou. Libertara um possesso por uma legião, que, habitava entre sepulcros e vivia nu; o encontraram vestido, liberto, lúcido e pediram que Jesus fosse embora. Como seria o texto se narrasse o que O Senhor sentiu?

Por um lado o amor é tão valioso que todos os bens empalidecem diante dele, “... ainda que alguém desse todos os bens de sua casa pelo amor, certamente, desprezariam.” Cant 8;7 Por outro, tão altruísta que, mesmo amando permite não ser correspondido.

O Senhor precisara exercer Sua Autoridade para manifestar Seu amor por aquele oprimido; o povo presente pareceu ver apenas essa e temeu invés de tanger seus motivos; viram só O Senhor onde poderiam ver O Salvador.

Vivemos uma vitimização tal, em nossos dias, que o exercício da autoridade é visto como uma espécie de opressão, não uma necessidade; quiçá, um gesto de amor. Criaram a “Lei da Palmada” para que um pai não “oprima” seu filho; A Palavra de Deus preceitua diferente: “O que não faz uso da vara odeia seu filho, mas, quem ama, desde cedo castiga.” Prov 13;24

Na contramão da Palavra, pois, que ensina o uso da profilaxia psicológica que se revelará salutar no seu tempo, a sociedade moderna tem mero sentimentalismo, excessivamente permissivo, como uma forma de amor; na verdade, frouxidão moral dos pais, a quem assiste o dever de preparar os filhos para a vida em todos seus aspectos, não, apenas, prover meios enquanto, relapsos, deixam apodrecer os fins.

Alguns chamam professores de educadores; não. São difusores do conhecimento; educação é missão dos pais.

Escandalizamos-nos com certos relatos durante o cerco de Jerusalém pelos Babilônios; os estragos da fome foram tais, que, mero instinto de sobrevivência patrocinava atrocidades que dá asco pensar; “Até os chacais abaixam o peito, dão de mamar aos seus filhos; mas, a filha do meu povo tornou-se cruel como os avestruzes no deserto... “As mãos das mulheres compassivas cozeram seus próprios filhos; serviram-lhes de alimento na destruição da filha do meu povo.” Lam 4;3 e 10

Entretanto, muitos que se escandalizam com textos assim, não se importam com a “arte moderna” estimulando à pedofilia; imposição da ideologia de gênero pervertendo infantes como se a idade tenra das fantasias fosse tempo de se ocuparem do sexo; quantas mães “descoladas” sabendo da putaria que é o carnaval enfeitam e levam pela mão seus pequenos para ir acostumando-os desde já ao antro que encontrarão no futuro. Do seu jeito também sacrificam seus filhos aos deuses da prostituição; sua crueldade é envernizada de modernismo, quiçá, amor.

Sim, crueldade! Sabendo que no fim do túnel espreita a morte; permitir, pior, encorajar a entrada é uma indiferença assassina.

A das mães de então, foi aquilatada com essa palavra e assemelhada à dos avestruzes do deserto. Mas, como age tal ave? “Deixa os seus ovos na terra, os aquenta no pó; esquece de que algum pé os pode pisar, ou, que os animais do campo os podem calcar. Endurece-se para com seus filhos, como se não fossem seus; debalde é seu trabalho, mas, está sem temor, porque Deus a privou de sabedoria; não lhe deu entendimento.” Jó 39;14 a 17

Ela fica sem culpa uma vez que privada de entendimento; entretanto, a nós, racionais, o preceito é distinto; “Educa a criança no caminho em que deve andar; até quando envelhecer não se desviará dele.” Prov 22;6

“Educação” no vício torna a opção pelo mal natural como as manchas do leopardo, ou, a negritude dos etíopes: “Porventura pode o etíope mudar sua pele, ou, o leopardo suas manchas? Então podereis fazer o bem, sendo ensinados a fazer o mal.” Jr 13;23

Se, a manifestação do Amor de Deus requer junto Sua autoridade, de igual modo, os pais que presumem amar aos seus filhos, não confundam isso com permissividade, ausência de disciplina; pois, com O Santo não é assim, e o é por amor. “Porque o Senhor corrige ao que ama, açoita a qualquer que recebe por filho.” Heb 12;6

Ou aceitamos isso que Sua Palavra nos ensina, ou, seremos mais do mesmo, como aqueles ingratos que foram abençoados com o Cuidado Amoroso do Salvador e pediram que Ele se retirasse.

Entristecido Ele vai; mas, quando numa emergência o pedido se inverter, aí quem terá sua invertida será a ingratidão; “Então clamarão a mim, mas, não responderei; de madrugada me buscarão, porém, não me acharão. Porquanto odiaram o conhecimento; não preferiram o temor do Senhor.” Prov 1;28 e 29

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Marxismo Cultural x Fé

“Que os mortos hão de ressuscitar também o mostrou Moisés junto da sarça, quando chamou ao Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e Jacó. Ora, Deus não é Deus de mortos, mas, de vivos; porque para ele vivem todos.” Luc 20;37 e 38

Os oponentes de Jesus tiveram que reconhecer que era um argumento imbatível; pleno de lógica. Se, muito após Abraão Isaque e Jacó terem morrido, O Eterno apresentou-se como sendo O Deus deles, de duas uma: Ou, era Deus de mortos, ou, havia mesmo ressurreição e aqueles estavam vivos. Desse modo, curvaram-se à força do argumento. “Respondendo alguns dos escribas, disseram: Mestre, disseste bem.” V 39

Bons tempos aqueles em que a honestidade intelectual fazia concessões aos oponentes em nome de um bem maior que o triunfo no debate, a busca pela verdade. Para filósofos, mormente, Aristóteles, mas, desde os dias de Sócrates, um argumento seria válido se não fosse contraditório, fizesse sentido, tivesse lógica.

Logos é uma expressão grega que significa palavra, verbo, sentido. Assim, quando certa afirmação soa sem sentido, sem logos, diz-se que não tem lógica, sendo, portanto, indigna de um pleito filosófico.

Nessa raia, pois, a filosofia grega e a moral cristã andam de mãos dadas.

Acontece que, em nossos dias, a Lógica já não é tão lógica assim. Para esquerdistas propagadores de “Revolução Gramsciana”, o marxismo cultural, essas coisas, Deus, família, verdade, lógica, são valores burgueses, ferramentas de dominação de um “sistema opressor” e devem ser combatidas. Enquanto essa superestrutura não for minada e o povo imbecilizado por completo, jamais será manipulado o suficiente para fazer a sonhada revolução.

Em nossa ingenuidade honesta de pensar que trilho e trem têm algo em comum, digo, de tentarmos argumentar com um deles com nossa lógica aristotélica, sempre nos damos mal. Para eles, o trem pode ser anfíbio, andar pelos campos, voar...

Sua propaganda os faz defensores dos pobres, progressistas, oponentes dos ricos, etc. Na prática, aliam-se a banqueiros, empreiteiras, empresários; a única coisa que combatem deveras, são os valores da ética e da moral cristãs. Seu papel é destruir, rebatizado de desconstruir.

Ora, se colocam como defensores dos homossexuais, ok; depois, tecem louvores a Che Guevara que os fuzilava. Aí, a gente que é refém da lógica pensa: Afinal, são a favor ou contra os gays? Depois, criam a “Lei da Palmada” para proteger crianças da “violência dos pais”, então tá. Em seguida, promovem exposições de “Arte” pornográfica para infantes, onde até, apalparem genitálias adultas as crianças são ensinadas; nosso senso lógico dá outro nó; eles querem proteger ou, perverter às crianças?

Mais; são contra a redução da maioridade penal, um assassino de 17 anos ainda é mal formado psicologicamente para responder por seus atos; em seguida defendem que uma criança de doze, ou menos, pode decidir sozinha sobre eventual cirurgia de mudança de sexo; de novo, nossa lógica embaralha: como uma criança de doze está madura e um jovem de dezessete está “verde”?

Acontece que, do ponto de vista deles estão sendo muito lógicos. Eles estão em guerra contra nossos valores e os querem destruir; destruição não demanda regras. Por exemplo, se quero matar uma cobra, tanto faz se uso um facão, um porrete, uma pedra, um osso... qualquer coisa serve desde que mate. Assim, como não acreditam em valores como, verdade, Deus, Família, coerência, lógica, etc. qualquer tipo de argumento serve, por contraditório que seja.

Se, faz mal para nós cristãos, então é bom para “La revolución”.

Aliás tem muita gente que se diz esquerdista e cristão ao mesmo tempo, sem perceber que está no meio de coisas excludentes. Ou, é mau cristão e não peleja deveras pelo que diz acreditar, ou, mau esquerdista fazendo essas “concessões burguesas” de, verdade e fé.

Gente sincera que olha a coisa apenas em seu quintal; conhece pessoas de esquerda em quem vota e defende-as; mas, nem percebe que num escopo maior está em jogo algo que se levado a efeito como pretendem, se voltará contra ela.

Esquerda não é uma opção política, é uma escolha moral; não aceita o jogo democrático, o poder deve ser, necessariamente, deles. Para eles pouco importa que a população venezuelana esteja sendo assassinada, passando fome; quem manda lá é um “companheiro”, portanto, “está certo”.

Não estou dizendo que todos os esquerdistas são desonestos; mas, muitos são mal informados sobre os alvos de seus líderes.

Nem advogo que todos os auto-proclamados cristãos o sejam de fato; mas, quem deseja ser um, deveras, comece acordando para o discernimento de estar sendo atacado, e defenda-se com as armas da justiça e da verdade; pare de ser indolente como se estivesse morto, pois, como vimos acima, Deus não é Deus de mortos.

domingo, 17 de setembro de 2017

A Necessidade da dor

“Espancaram-me e não doeu; bateram-me e nem senti; quando despertarei? aí então beberei outra vez.” Prov 23;35

O ébrio “anestesiado” e, ao que parece disposto a continuar assim. O vulgo zomba: “Evite a ressaca, mantenha-se bêbado”. Pois, essa era a “filosofia” do nosso pinguço em apreço.

Não pretendo me deter sobre o vício do álcool e suas consequências, antes, tecer considerações sobre a dor. Tanto pode ser física, quanto, emocional; em ambas as faces, tem seu efeito benéfico, medicinal, uma espécie de profilaxia contra dores maiores.

“Melhor é ir à casa onde há luto do que ir ao banquete, porque naquela está o fim de todos os homens; os vivos o aplicam ao seu coração. Melhor é a mágoa que o riso, porque, com a tristeza do rosto se faz melhor o coração.” Ecl 7;2 e 3

Num ambiente assim as pessoas consideram a brevidade da vida, além de se colocarem empáticas com a dor alheia; desse modo, melhoram seus corações, se fazem mais sábias; crescem intelectual e emocionalmente.

Quanto à dor física seu “remédio” foi receitado até para crianças, dados os benefícios futuros; “O que não faz uso da vara odeia seu filho, mas, quem ama, desde cedo castiga.” Prov 13;24

Os Preceitos Divinos não trazem nenhuma “Lei da Palmada” onde é proibido aos pais disciplinarem seus filhos como melhor lhes parecer; a criação dos filhos sob disciplina não era assunto do Estado, mas, dever estrito deles. “Educa a criança no caminho em que deve andar; até quando envelhecer não se desviará dele.” Prov 22;6

Não deveriam os infantes serem treinados para ser homossexuais, ou coisas mais pervertidas como está na moda, antes, convinha a disciplina na senda do dever. Senão, o mau caminho seria inevitável, como disse mediante Jeremias: “Porventura pode o etíope mudar sua pele, ou o leopardo suas manchas? Então, podereis vós fazer o bem, sendo ensinados a fazer o mal.” Jr 13;23

Assim, fazer leis mais tolerantes com toda sorte de vícios e más inclinações até pode saciar pleitos de uma sociedade ímpia; porém, desgraçadamente, ao fugir da dor da disciplina pontual, acaba mergulhando na dor maior da maldição global, sem falar na perdição eterna desses fugitivos. “Na verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado os estatutos, e quebrado a aliança eterna. Por isso a maldição consome a terra...” Is 24;5 e 6

Desse modo, só um completo analfabeto bíblico equacionaria a Bondade de Deus com ausência de dores em nossa caminhada, como se, por nos amar O Eterno nos levasse à eternidade voejando num tapete mágico e observado lindos vergéis para fazer mais agradável o voo.

O Senhor Inocente se fez “homem de dores”, e advertiu aos Seus, contra perseguições, calúnias, violências, morte até; coisas que devemos sofrer, se, necessárias; confiantes que a recompensa será dada no além. Aqui somos estrangeiros; o mundo nos odeia.

O Senhor não promete nos livrar de situações dolorosas, antes, passar conosco por elas, para que venhamos haurir o que elas têm de útil para nossa têmpera espiritual; “Quando passares pelas águas estarei contigo, quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti.” Is 43;2

Sófocles escreveu na Tragédia, Édipo Rei, a sina de um homem cujos oráculos predisseram que mataria ao seu próprio pai; assustado com o vaticínio tentou fugir para bem longe evitando o cumprimento de tão nefasta previsão; porém, em sua fuga desentendeu-se com um ancião estranho e o matou. Mais tarde veio saber que aquele era ele seu pai; assim, ao tentar fugir do destino foi-lhe ao encontro.

Pois, mesma a Bíblia não sendo similar ao fatalismo grego, apresentando nossa saga como fruto de nossas escolhas, não dos deuses; mesmo assim, há certo símile entre os “ébrios” que fogem à dor da disciplina na embriaguez dos pecados; ao fazer isso, invés de fugir acabam indo em busca.

Pedro ensinou o que devemos esperar: “Porque é coisa agradável, que alguém, por causa da consciência para com Deus, sofra agravos, padecendo injustamente... Porque para isto sois chamados; pois, também Cristo padeceu por nós, deixando o exemplo, para que sigais suas pisadas.” I Ped 2;19 e 21

“Recebi dos judeus cinco quarentenas de açoites menos um. Três vezes fui açoitado com varas, uma fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo;” II Cor 11;24 e 25 Testemunhou Paulo; todavia, cotejando isso com a grandeza da salvação chamou de “leve e momentânea tribulação.”

A sociedade aconselha: “Se beber, não dirija”; Se Deus quer te dirigir em sendas estreitas, não beba.

“Podes fugir dos outros, mas, não de ti mesmo.” Sêneca

domingo, 5 de março de 2017

Pais e filhos

“Aquele que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução, nem, são desobedientes.” Tt 1;6

Paulo aconselhando Tito sobre a escolha de ministros para as igrejas de Creta, buscando as qualidades do pai refletidas na criação dos filhos. Muito embora, cada ser humano seja um indivíduo arbitrário, único, por certo, qualidades, ou, defeitos dos pais se refletem na formação dos filhos.

O ensino, inegavelmente tem seu valor, porém, nada mais penetrante, mais eloquente, que o exemplo. Ninguém mais influenciável, permeável ao exemplo, que os filhos, dada a proximidade, o convívio. Assim, salvo, raras exceções, os caracteres dos filhos são reflexos dos pais.

Encenação, hipocrisia, podem até enganar ostentando teatralmente virtudes ausentes, em se tratando de pessoas de convívio esporádico, eventual; porém, numa relação full time, como, entre pais e filhos não é possível encenar.

O exemplo é um didata paralelo, um estímulo extra para motivar às boas escolhas, mas, por si só, não basta. Aí, entra a correção, a disciplina. Essa, contudo, perde eficácia desprovida do acessório do exemplo. Ou seja: Não pode um pai disciplinar um filho por cometer determinado erro que, ele também comete; desse modo, seu exemplo desautoriza a pretensa disciplina.

Não há registro que o sacerdote Eli fosse profano no exercício de sua ocupação; contudo, seus filhos eram, no tocante às coisas consagradas. Ele se fez relapso na disciplina, apenas repreendendo tenuemente, quando, deveria ter exercido sua autoridade de Pai. Mediante um profeta O Senhor disse que ele honrava a seus filhos, mais que a Si. “Por que pisastes o meu sacrifício e minha oferta de alimentos, que ordenei na minha morada, e honras a teus filhos mais do que a mim, para vos engordardes do principal de todas as ofertas do meu povo de Israel?” I Sam 2;29

Essa grave negligência paterna custou seu sacerdócio, e a vida de seus dois filhos, Hofni e Finéias. As promessas de bênçãos no tocante a nós são condicionais, dependem de nossa permanência no propósito Divino, senão, já era. “Portanto, diz o Senhor Deus de Israel: Na verdade tinha falado eu que a tua casa e a casa de teu pai andariam diante de mim perpetuamente; porém, agora diz o Senhor: Longe de mim tal coisa, porque aos que me honram honrarei, porém, os que me desprezam serão desprezados.” V 30

Os maus filhos não apenas denunciaram ao mau pai, eles fizeram mais: Puseram a perder o sacerdócio dele, as próprias vidas, e motivaram O Eterno a revogar uma promessa para toda a linhagem, por ter sido, O Santo, desonrado.

Desse modo, todo pai que, sabedor que Deus deseja ensino, disciplina, se omite para não “fazer mal” aos pequenos, no fundo, honra-os mais que a Deus.

Ora, a correção, a disciplina nunca é agradável no seu plantio, antes, fere uns e outros; mas, sempre é alegre o resultado de sua colheita. “Na verdade, toda a correção, no presente, não parece ser de gozo, senão, de tristeza, mas, depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela.” Heb 12;11

Isso é tão sério que, a Bíblia usa uma linguagem dura para definir os avessos à disciplina: “Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há que o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, não, filhos.” Heb 12;7 e 8

Em nossos dias, O Estado, esse gigante corrupto e imoral, arvora-se onde não lhe cabe, querendo ingerir na relação de pais e filhos. Mediante agentes amorais, quiçá, imorais, cria mecanismos que visam tolher a salutar correção paterna, como, a famigerada “Lei da Palmada” onde, um pai pode ser preso se der uma palmada num filho rebelde. Ora, a Constituição, parâmetro das ações do Estado diz que é livre a opção religiosa de cada um; na minha, a Bíblia, diz que, um pai que ama, corrige, até com vara, se necessário. Portanto, uma lei inconstitucional, contraditória, que, não preciso cumprir.

Que o Estado lave-se de sua muita sujeira e corrupção, antes de pretender nos ensinar valores que desconhece. Criação de filhos, transmissão de princípios, valores, é tarefa dos pais, intransferível. E, como vimos no princípio, filhos dissolutos desqualificavam aos pais para o ministério espiritual.

Infelizmente, a maioria dos pais de nosso tempo não tem moral para cobrar postura decente dos seus filhos, pois, falta o tempero do exemplo. Aí, posam de modernos, liberais, para mascarar a própria vergonha de terem falhado no processo de formarem filhos corretos.

Como as sementes das plantas lá do Gênesis, estamos fadados a reproduzir, “Conforme a espécie.” Quem não gosta do som do eco, deve mudar o grito.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

"Lei da Palmada", espiritual

“Não retires a disciplina da criança; pois, se a fustigares com vara, nem por isso morrerá. Tu a fustigarás e livrarás sua alma do inferno.” Prov 23;13 e 14

Para Deus esse protecionismo excessivo, estilo “Lei da Palmada”, onde os pais são proibidos de corrigirem como lhes apraz aos seus filhos, não vinga. Antes, ordena a disciplina, para que, o bem maior, a vida, seja preservado. 

As leis humanas são, muitas vezes, casuísticas, genéricas, nivelando coisas que não estão, absolutamente, em nível. Por exemplo, um pai ou mãe totalmente desnaturados que cometem barbáries contra filhos indefesos, existe isso, infelizmente, invés de dar azo a que se puna devidamente aos tais, seus tristes exemplos são usados para criar essas leis que vetam qualquer sorte de punição física, mesmo de pais centrados que, só o fazem quando absolutamente necessário, e inda assim, sem exageros.

Então, o pai cioso, disciplinador, é nivelado ao desequilibrado, bestial. Esse carece a tutela do Estado, aquele, não. Antes de mais nada cabe considerar que, o Estado é produto da sociedade, que, por sua vez, o é, das famílias. Ele deriva das famílias, não, as famílias do Estado.

A disciplina nunca é bem vista, pois, essa desmancha prazeres se opõe às inclinações naturais, e, aqueles que sentem-se deuses não toleram muito bem a oposição. “Porque a inclinação da carne é morte; mas, a inclinação do Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, não é sujeita à Sua Lei, nem, em verdade, pode ser.” Rom 8;6 e 7

Sendo a inclinação natural à morte, toda disciplina que visa livrar disso, é um gesto de amor, uma imposição pela preservação da vida. Quem é filho de Deus, uma ínfima minoria, infelizmente, sabe, que, Ele disciplina. “Porque o Senhor corrige o que ama, açoita a qualquer que recebe por filho... tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais, ao Pai dos espíritos, para vivermos?” Heb 12;6 e 9

Sabe, quem passou pela disciplina, que, mesmo Deus Sendo Espírito, muitas vezes toca no físico, quando anela nos corrigir. Sempre nos chama ao Seu Conselho; se, isso não bastar para moldar nossa caminhada, apela ao “cabresto”. “Instruir-te-ei, ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com meus olhos. Não sejais como o cavalo, nem a mula, que não têm entendimento, cuja boca precisa de cabresto e freio para que não se cheguem a ti.” Sal 32;8 e 9

A Cruz de Cristo, no fundo, é auto disciplina que nos aplicamos, ajudados pelo Espírito Santo, para que, nossa má inclinação não prevaleça. Ela, devidamente vivida é chamada de “andar em espírito”, única forma, aliás, de escaparmos da condenação. “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas, segundo o Espírito. Porque a lei do Espírito de vida em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.” Rom 8;1 e 2

O homem prudente, pois, disciplina-se, para não precisar ser disciplinado. “Porque, se nós julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados.” I Cor 11;31 Um pouco antes, Paulo dissera como a coisa se dava com ele: “Todo aquele que luta de tudo se abstém; eles fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível. Pois, eu assim corro, não como a coisa incerta; combato, não, como batendo no ar. Antes, subjugo o meu corpo, o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado.” Cap 9;25 a 27

Nesses tempos difíceis, onde as pessoas querem ser agradadas invés de corrigidas, mensageiros que ainda forem fiéis à Palavra de Deus como ela é, tendem a ter cada vez menos ouvintes. E, os que julgam o sucesso pelo volume invés da qualidade, a amontoarem-se sob esses “doutores” que se fazem animadores de mortos, invés de mensageiros da ressurreição. “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas, tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério.” II Tim 4;3 a 5

Paulo propõe sobriedade como antídoto aos tais, o que, implicitamente os põe como embriagados. E, como corrigir a um bêbado? “Como o espinho que entra na mão do bêbado, assim é o provérbio na boca dos tolos.” Prov 26;9


Resulta inútil a disciplina aos tolos, por isso, Salomão propõe que se mire outros alvos. “Não repreendas o escarnecedor, para que não te odeie; repreende o sábio, e ele te amará.” Prov 9;8

domingo, 26 de outubro de 2014

Jesus e a febre



A sogra de Simão estava deitada com febre; logo lhe falaram dela. Então, chegando-se a ela, tomou-a pela mão, levantou-a; e imediatamente a febre a deixou e servia-os.” Mc 1; 30 e 31 

Segundo a medicina, febre não é doença em si, antes,  uma resposta imunológica própria do organismo contra algum mal; noutras palavras, alguma rejeição, infecção, etc. está ocorrendo, o organismo reage e como efeito da reação, temos alteração térmica conhecida como febre. 

Assim, quando O Senhor curou da febre, na verdade curou de outro mal qualquer que a acometia; removida a causa, sumiu a consequência; a febre.   

Ocorre-me um texto que versava sobre um menino que estava com vermes. O diagnóstico do doutor foi: “Ele não está assim porque come terra; antes, come terra porque está assim.”  Para a mãe, uma pessoa simples, a consequência era a causa. 

Na nossa sociedade, muitas vezes, esse erro de avaliação ocorre. Quando uma pessoa sucumbe a um vício qualquer, todos os males que comete à partir daí são atribuídos à prática; em suma, o vício é a causa do mal. Será? Qual foi a causa que  fez abraçar ao vício? 

A epístola aos Hebreus ensina que o Feito de Cristo livrou-nos do medo da morte. E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; e livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão.” Hb 2; 14 e 15 

A primeira vez que o medo aparece teme à morte. A advertência que Deus fizera a Adão fora que, no dia em que comesse da árvore proibida, morreria. Então, quando O Criador o procurou, Adão estava escondido e com medo.

Esse temor o afastou de Deus e submeteu a outro “Senhor”, como ensina Paulo: Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?” Rom 6; 16

Assim, toda sorte de descaminhos, vícios, drogas, bebidas, prostituição, mentira, adultérios, invejas, maledicências, etc. não passam de febres humanas, cuja causa oculta chama-se, pecado. 

Salomão em suas reflexões apresenta ao pecador como fugitivo de seus medos, inseguranças; enquanto o justo sente-se seguro. Os ímpios fogem sem que haja ninguém a persegui-los; mas os justos são ousados como um leão... O homem carregado do sangue de qualquer pessoa fugirá até à cova; ninguém o detenha.” Prov 28; 1 e 17 Esse “fugir até à cova” com culpa de sangue na consciência foi precisamente o que fez Judas após sua traição ao Mestre. 

Embora seja atribuída inocência às crianças até a fase em que estão de posse de entendimento, todas nascem com “febre” após a queda de Adão. “A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da correção a afugentará dela.” Prov 2; 15 

A Palavra de Deus, pois, não advoga nenhuma “Lei da Palmada” para preservação da febre, antes, que se remova mediante disciplina e ensino. A vara e a repreensão dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma envergonha  sua mãe. Instrui ao menino no caminho em que deve andar; até quando envelhecer não se desviará dele.” Prov 29; 15 e 22; 6 

Voltando à sogra de Pedro, o relato diz que, Jesus tomou-a pela mão, levantou-a, e a febre a deixou e servia-os. Sim, mesmo sendo Deus, Jesus não agiu de longe, antes, nos tomou pela mão, fez-se como um de nós, embora, sem febre. “Eu vim, para que tenhais vida...”

Levantou-nos; pois, se o erro de Adão é definido como queda, a Vitória de Cristo reergue quem O recebe e Obedece. “...quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna; não entrará em condenação, mas, passou da morte para a vida.” Jo 5; 24 

Aceitando Sua mão nossa febre nos deixa, porque, Sua Bendita Mão transpassada por cravos o foi, justo para remoção das causas da doença, o pecado. 

Claro que, conhecendo ao Senhor depois de pegar em Sua mão, servi-lO é a ordem natural das coisas; quem seria salvo de tão grande mal, feitor de todos os nossos medos e não seria agradecido ao Salvador? 

Não existe inércia espiritual, ou, progredimos Nele, ou, voltaremos à febre. “Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo... forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro... um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao espojadouro de lama.” II Ped 2; 20 e 22