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domingo, 13 de outubro de 2019

A Luz da dúvida


“O governador lhes disse que não comessem das coisas sagradas, até que se apresentasse o sacerdote com Urim e Tumim.” Ne 7;65

As coisas consagradas eram exclusivas aos sacerdotes; como os filhos de Barzilai que postulavam ser de família sacerdotal não podiam comprovar isso foram deixados em espera até que alguém apto consultasse ao Senhor sobre o pleito deles.

Nos dias de Moisés alguns estavam “imundos” para a celebração da Páscoa, mesmo assim tencionavam participar; falaram com Moisés que não ousou autorizar. “Esperai, eu ouvirei o que o Senhor ordenará. Então falou o Senhor a Moisés: Fala aos filhos de Israel: Quando alguém entre vós, ou entre vossas gerações, for imundo por tocar corpo morto, ou achar-se em jornada distante, contudo, ainda celebrará a páscoa ao Senhor. No mês segundo, no dia catorze à tarde, a celebrarão; com pães ázimos e ervas amargas a comerão.” Num 9;8 a 11

Em ambas as situações o mesmo princípio: Se, não tem convicção de participar das coisas sagradas espere; consulte ao Senhor.

Na lei humana vigora uma máxima do direito romano: “In dúbio, pró reo;”, Simplificando: Em caso de dúvida sobre a culpa considere-se o réu inocente. Nas coisas santas o princípio se inverte; em dúvida considere-se culpado; mantenha-se afastado, espere.

Os dois casos soam lógicos; entre participar temerariamente de um ritual sagrado que me poderia trazer condenação, e me abster por temor a Deus, essa postura parece mais adequada; pois, quem conhece as intenções do coração, mais facilmente absolveria a um que O temeu, que a outrem que teve as coisas santas por ordinárias, comuns.

Em se tratando de julgamentos humanos, em caso de dúvida, qualquer juiz sensato preferiria correr risco de absolver um culpado que, condenar um inocente.

Depois da Vitória de Cristo, o Novo nascimento dos que creem e consequente habitação do Espírito Santo nos renascidos, a consciência, antes morta, fala de modo bem audível no íntimo dos cristãos.

Cada um é feito apto para julgar a si mesmo segundo os ditames da própria consciência no Senhor. Antes de participar das coisas sagradas, um auto-exame honesto nos cabe, sob pena de sermos profanos; “Portanto, qualquer que comer este pão, ou beber o cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo; assim coma deste pão e beba deste cálice.” I Cor 11;27 e 28

Como vimos, a simples dúvida paralisaria a ação até segunda ordem, em nosso exame interior deve valer o mesmo princípio; “Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não condena a si mesmo naquilo que aprova. Mas, aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque não come por fé; tudo o que não é de fé é pecado.” Rom 14;22 e 23

Isaías vaticinou o ministério do Espírito; “Teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes nem para direita nem para esquerda.” Is 30;21

Jeremias mencionou a nova aliança no interior onde, cada um poderia conhecer a Deus; “Esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei minha lei no seu interior; a escreverei no seu coração; Eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. E não ensinará mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhecei ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor; porque lhes perdoarei sua maldade e nunca mais me lembrarei dos seus pecados.” Jr 31;33 e 34

Todavia, o Espírito Santo em nós é luz, não, coação; digo; somos instruídos acerca do lícito e do pecaminoso, mas não somos forçados a nada; não é uma “possessão benigna” que nos força a sermos santos; antes, uma habitação bendita, que nos desafia e capacita a sermos, mas sempre com nossa anuência, obediência.

Caso decidamos desobedecer, inicialmente, entristecemos ao Espírito; persistindo, pouco a pouco silenciamos Sua Voz em nós, a dita cauterização da consciência; se descermos até a esse infeliz estágio de rebeldia temos tudo para não termos mais nada nos domínios espirituais.

“Conservando a fé, e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando, fizeram naufrágio na fé.” I Tim 1;19


Quando marinheiros navegam no escuro desviam-se dos perigos observando aos faróis; caso tenhamos que andar no escuro também, sempre haverá uma direção segura, para os que temem a Deus; “Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a voz do seu servo? Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no nome do Senhor; firme-se sobre o seu Deus.” Is 50;10

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

"In dubio pro reo"

Essa máxima do direito romano significa que, em caso de dúvida o julgador deve decidir a favor do acusado, pois, o princípio da liberdade é superior ao direito punitivo do Estado.

Muitos culpados acabam inocentados por falta de provas em atenção a isso; o que torna quase impossível um inocente ser condenado, salvo, em circunstâncias mui especiais; um conjunto probatório imperfeito; exercício de defesa mal executado, coisa rara, impensável, até.

O crime, por sua própria natureza esgueira-se alheio às regras socialmente convencionadas, de modo que desejar como provas, documentação timbrada de ilícitos não é a função da justiça. Ouve testemunhas, investiga indícios, constata evidências, circunstâncias; em cima disso forma sua convicção.

Dizemos desde sempre que o pior cego é o que se recusa a ver. Pois bem, certas pessoas, da esquerda, sobretudo, têm uma dificuldade histórica para lidar com os fatos.

Parecem crer na máxima do ministro do propaganda nazista, Joseph Goebbels, que “uma mentira repetida muitas vezes torna-se verdade”. Coisa que carece de comprovação, pois, essa própria ideia foi exaustivamente difusa desde que saiu de seus lábios, e ainda me parece crassa mentira, grotesco erro.

Mas, voltando aos esquerdistas, os fatos, a tirania, o testemunho dos que sofrem, têm feito o mundo todo ver que Cuba e Venezuela são duas ditaduras opressoras, no entanto, para eles, e só para eles, são dois regimes “democráticos” exemplares.

Sua “Comissão da Verdade” requentou os já conhecidos atos do Regime Militar, uns, justos, outros não, mas, omitiu perto de 150 mortes praticadas pelos sediciosos de esquerda em atos de terrorismo. Eis a sua “Verdade”!

Dilma escondeu enquanto pode um rombo estratosférico nas contas públicas com gastos infinitamente acima do permitido pela Lei de Responsabilidade fiscal; julgada por isso sofreu um “Golpe”. Eis a sua justiça!

Tiveram quatro mandatos majoritários seguidos, com Congresso venal que nunca lhes fez oposição de fato; fizeram e aconteceram como lhes aprouve. O Governo que temos ainda é resíduo deles, mas, posam de oposição; os imensos rombos nas contas públicas, no BNDS, Fundos de Pensão, Petrobrás; resultado de seus 14 anos de “trabalho.”

Olham pra isso de fora, como se nada tivessem a ver; ainda ousam apresentar Lula como a solução para “O Brasil voltar a sorrir”. Desse modo, eles são a causa do desequilíbrio econômico, roubalheira, desemprego, do “upgrade” no Risco Brasil e a solução ao mesmo tempo. Eis a sua lógica!

Agora que Lula foi preliminarmente condenado com sobejo corpo de provas por juristas isentos, tentam politizar o julgamento em 2ª instância, pressionando com mantras como: “Eleição sem Lula é Fraude”. É? Tivemos duas recentes sem ele; a Dilma ganhou, portanto devem estar reconhecendo que as urnas eletrônicas foram responsáveis pela “unção” da estocadora de vento... (?)

Sem essa de ser julgado nas urnas; eleitores são ignorantes manipulados por marqueteiros, e isso atina apenas a ações políticas, não a questões criminais que pertencem aos tribunais.

Não entendo, honestamente, o cérebro de um esquerdista, admitindo que o tenha. Votei em FHC, foi até bom seu governo, mas, depois que passou a dar declarações alinhadas aos corruptos, defender descriminação das drogas perdeu meu respeito; meu voto, caso se candidate de novo; votei em Aécio, se revelou um corrupto igual à maioria; idem, já era.

Parece que é isso que espera de uma mente saudável. Comete erros equívocos dado que, imperfeita, mas, quando pode ver se redime, muda. Um esquerdista da gema jamais faz isso.

Parece que, ser de esquerda é uma qualidade tão sublime que coloca acima da Lei, do bem, e do mal.
Seus ladrões nem são ladrões; são “Guerreiros do povo Brasileiro”; seus ditadores assassinos são apenas “democratas libertários” combatentes do imperialismo.

Seus próceres que afrontam leis não são julgados, são “golpeados”; bandidos cabeças, não são bandidos, são “perseguidos políticos”; defendê-los não equivale a ser cúmplice de ladrões, antes é “defender a democracia”...

E pensar que alguns são denominados “intelectuais de esquerda”... não consigo ver como atua o intelecto com tais afrontas à razão, à lógica, à coerência, à ética, aos fatos, à história...

A “moral” do “Rouba, mas, faz” é coisa de canalhas; e a ideia de governar para os pobres é falácia para mentecaptos. Um governo competente cuida dos pobres, sem vilipendiar que lhes gera emprego, os ricos; e pobres vagabundos, os que burlam ao ”Bolsa Família” sem necessitar, e os que vivem parasitando como o MST tem que ser exemplarmente punidos, não, incentivados.

Se, são mesmo democratas como dizem, deixem vir a saudável alternância de poder. Tiveram quatro mandatos, já sabemos o que podem. Nós queremos e merecemos muito mais, embora, demoraremos uma década com um governo probo, bem saudável, para voltarmos onde já estávamos quando o PT assumiu em 2002.