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segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Idolatria "Evangélica"

"Dar-vos-ei pastores segundo Meu coração, os quais vos apascentarão com ciência e inteligência. Sucederá que, quando vos multiplicardes e frutificardes na terra, naqueles dias, diz o Senhor, nunca mais se dirá: Arca da Aliança do Senhor, nem lhes virá ao coração; nem dela se lembrarão, não a visitarão; nem se fará outra.” Jr 3;15 e 16

Em tempos de rebeldia, mediante Jeremias O Senhor acenou com um tempo porvir no qual, pastores íntegros guiariam ao rebanho; isso se daria à Luz de uma Nova Aliança; seria superada e esquecida a Arca da Aliança, e vetou que se fizesse outra.

A Epístola aos Hebreus escrita após o cumprimento disso explica a transição e mudança: “De tanto melhor Aliança Jesus foi feito fiador...” que “pode salvar perfeitamente os que por Ele chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.” Cap 7;22 e 25

Na antiga Aliança a Arca ficava atrás dum véu, no “Santo dos Santos;” O Cordeiro de Deus ao morrer dando Sua Vida para estabelecer o Novo Testamento, por ocasião de Sua morte o véu do templo se rasgou de alto a baixo.

O Sacerdócio de Cristo, não demanda mais sacrifícios de animais, tampouco restringe o acesso a alguns poucos escolhidos; antes, Nele qualquer um tem acesso ao Trono da Graça. “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que Ele nos consagrou, pelo véu, isto é; sua carne.” Cap 10;19 e 20

Se Deus disse que não se faria outra Arca, porque algumas dezenas de igrejas pelo país exibem cada uma, uma cópia segundo a imaginação dum artífice qualquer? Os pastores que o Próprio Deus afirma que seriam segundo o Seu Coração trabalhariam com ciência e inteligência.

Nenhuma pessoa dotada desses atributos agiria como idólatra estando ciente de quanto O Eterno abomina à idolatria.

Desde quando que esses simulacros têm algum poder? Nem mesmo Aquela, a Única que O Senhor mandou fazer tinha poder. A Presença de Deus que fazia a diferença.

Quando os filhos de Eli, Hofni e Finéias após muitas baixas numa batalha resolveram levar a Arca ao front para que Deus pelejasse por eles, O Senhor permitiu total derrota e a morte dos profanos; e a Arca foi tomada pelos Filisteus.

Uma coisa que os pastores com ciência e inteligência hão de saber é que, vivendo de forma agradável a Deus, as pessoas não precisam de fetiches para ser abençoadas; nem “Sal de Jericó, Rosa Ungida, Azeite de Israel, porta disso, daquilo;” nem esse lamentável ídolo “gospel;” esse caixote que incautos pensam ter alguma virtude mas, não passa de um ídolo, tão detestável aos olhos Divinos como os demais que Ele odeia.

Ele disse pra não se fazer outra Arca; todos que fazem agem em rebelião. Samuel disse a Saul, da parte do Senhor, que rebelião é como pecado de feitiçaria.

Desgraçadamente vivemos com o nome de igreja, que deveria ser “coluna e baluarte da verdade;” mas, atuamos com mentalidade de empresas, onde o que conta mesmo é quantidade. Em busca disso se faz toda sorte de “macumba gospel”, se prega mensagens ufanistas onde deveria apenas verter a Água pura, ou, o “Leite racional, não falsificado;” com figurou Pedro.

Deus não é democrata. Não está buscando votos, tampouco se comove com números; de dinheiro ou pessoas.

Nos dias de uma apostasia coletiva, onde não tinha ninguém pelejando pela pureza e verdade, O Eterno disse que pouparia a todos se achasse um só, mas estava em falta; “Busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro, estivesse na brecha perante mim por esta terra, para que Eu não a destruísse; porém a ninguém achei. Por isso derramei sobre eles minha indignação; com o fogo do meu furor os consumi...” Ez 22;30 e 31

Um que Deus aceite pode livrar a uma cidade por sua intercessão; porém, nem todos os fetiches do mundo bastam para fazer O Santo suster Seu Juízo quando Ele se ira. Na verdade essas coisas acentuam a Ira Daquele que disse que busca adoradores que O adorem em “Espírito e verdade” não com os amuletos da mentira.

Ele mesmo ensina: “Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo coração,” não com todos os badulaques. Ele quer ser conhecido e amado, não, usado, manipulado.

O Conhecimento do Santo é melhor que a força, as riquezas e sabedoria natural, pois, dá vida. “A vida eterna é esta: que te conheçam...” Jo 17;3

“... Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas, mas o que se gloriar glorie-se nisto: em me entender e conhecer...” Jr 9;23 e 24

domingo, 5 de março de 2017

Pais e filhos

“Aquele que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução, nem, são desobedientes.” Tt 1;6

Paulo aconselhando Tito sobre a escolha de ministros para as igrejas de Creta, buscando as qualidades do pai refletidas na criação dos filhos. Muito embora, cada ser humano seja um indivíduo arbitrário, único, por certo, qualidades, ou, defeitos dos pais se refletem na formação dos filhos.

O ensino, inegavelmente tem seu valor, porém, nada mais penetrante, mais eloquente, que o exemplo. Ninguém mais influenciável, permeável ao exemplo, que os filhos, dada a proximidade, o convívio. Assim, salvo, raras exceções, os caracteres dos filhos são reflexos dos pais.

Encenação, hipocrisia, podem até enganar ostentando teatralmente virtudes ausentes, em se tratando de pessoas de convívio esporádico, eventual; porém, numa relação full time, como, entre pais e filhos não é possível encenar.

O exemplo é um didata paralelo, um estímulo extra para motivar às boas escolhas, mas, por si só, não basta. Aí, entra a correção, a disciplina. Essa, contudo, perde eficácia desprovida do acessório do exemplo. Ou seja: Não pode um pai disciplinar um filho por cometer determinado erro que, ele também comete; desse modo, seu exemplo desautoriza a pretensa disciplina.

Não há registro que o sacerdote Eli fosse profano no exercício de sua ocupação; contudo, seus filhos eram, no tocante às coisas consagradas. Ele se fez relapso na disciplina, apenas repreendendo tenuemente, quando, deveria ter exercido sua autoridade de Pai. Mediante um profeta O Senhor disse que ele honrava a seus filhos, mais que a Si. “Por que pisastes o meu sacrifício e minha oferta de alimentos, que ordenei na minha morada, e honras a teus filhos mais do que a mim, para vos engordardes do principal de todas as ofertas do meu povo de Israel?” I Sam 2;29

Essa grave negligência paterna custou seu sacerdócio, e a vida de seus dois filhos, Hofni e Finéias. As promessas de bênçãos no tocante a nós são condicionais, dependem de nossa permanência no propósito Divino, senão, já era. “Portanto, diz o Senhor Deus de Israel: Na verdade tinha falado eu que a tua casa e a casa de teu pai andariam diante de mim perpetuamente; porém, agora diz o Senhor: Longe de mim tal coisa, porque aos que me honram honrarei, porém, os que me desprezam serão desprezados.” V 30

Os maus filhos não apenas denunciaram ao mau pai, eles fizeram mais: Puseram a perder o sacerdócio dele, as próprias vidas, e motivaram O Eterno a revogar uma promessa para toda a linhagem, por ter sido, O Santo, desonrado.

Desse modo, todo pai que, sabedor que Deus deseja ensino, disciplina, se omite para não “fazer mal” aos pequenos, no fundo, honra-os mais que a Deus.

Ora, a correção, a disciplina nunca é agradável no seu plantio, antes, fere uns e outros; mas, sempre é alegre o resultado de sua colheita. “Na verdade, toda a correção, no presente, não parece ser de gozo, senão, de tristeza, mas, depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela.” Heb 12;11

Isso é tão sério que, a Bíblia usa uma linguagem dura para definir os avessos à disciplina: “Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há que o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, não, filhos.” Heb 12;7 e 8

Em nossos dias, O Estado, esse gigante corrupto e imoral, arvora-se onde não lhe cabe, querendo ingerir na relação de pais e filhos. Mediante agentes amorais, quiçá, imorais, cria mecanismos que visam tolher a salutar correção paterna, como, a famigerada “Lei da Palmada” onde, um pai pode ser preso se der uma palmada num filho rebelde. Ora, a Constituição, parâmetro das ações do Estado diz que é livre a opção religiosa de cada um; na minha, a Bíblia, diz que, um pai que ama, corrige, até com vara, se necessário. Portanto, uma lei inconstitucional, contraditória, que, não preciso cumprir.

Que o Estado lave-se de sua muita sujeira e corrupção, antes de pretender nos ensinar valores que desconhece. Criação de filhos, transmissão de princípios, valores, é tarefa dos pais, intransferível. E, como vimos no princípio, filhos dissolutos desqualificavam aos pais para o ministério espiritual.

Infelizmente, a maioria dos pais de nosso tempo não tem moral para cobrar postura decente dos seus filhos, pois, falta o tempero do exemplo. Aí, posam de modernos, liberais, para mascarar a própria vergonha de terem falhado no processo de formarem filhos corretos.

Como as sementes das plantas lá do Gênesis, estamos fadados a reproduzir, “Conforme a espécie.” Quem não gosta do som do eco, deve mudar o grito.