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sábado, 9 de dezembro de 2017

Deus está com fome

“De manhã (Jesus) voltando para a cidade, teve fome.” Mat 21;18

O Senhor tinha dupla natureza; por esvaziamento da Sua Glória, fez-se semelhante a nós; contudo, “Antes que Abraão existisse, Eu Sou” disse; também É Deus; sem O Qual, “nada do que foi feito se fez.”

Assim, em sua forma humana sofreu as mesmas necessidades e tentações que nós. Seu corpo, como o nosso, de tempo em tempo sentia fome. Porém, em seu aspecto Divino tinha fome de quê? Ou, noutras palavras, Deus tem fome de quê?

Quando Ele fala: “Tive fome e me deste de comer...” atina a Sua identificação com os desvalidos, não, Sua fome estritamente.

Os nossos manjares, parece que não lhes interessam nenhum pouco; “Se eu tivesse fome, não te diria, pois, meu é o mundo e toda sua plenitude. Comerei carne de touros? ou beberei sangue de bodes?” Sal 50;12 e 13 A resposta óbvia é não.

Quando os discípulos foram à cidade em busca de suprimento para as demandas do corpo, na volta flagram ao Mestre se alimentando na dimensão espiritual; “...seus discípulos lhe rogaram, dizendo: Rabi, come. Ele, porém, lhes disse: Uma comida tenho para comer, que vós não conheceis... Trouxe-lhe, porventura, alguém algo de comer? Jesus disse-lhes: Minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, realizar sua obra.” Jo 4;31 a 34

No mesmo contexto em que disse não comer carne de touros ou, sangue de bodes, O Eterno falou: “Oferece a Deus sacrifício de louvor, paga ao Altíssimo os teus votos. Invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás.” Sal 50;14 e 15

Todavia, isso pode ser entendido de maneira superficial, como se, meros votos, ofertas, alguns louvores da boca pra fora bastassem para alegrar Aquele que sonda os corações e conhece o oculto. Antes de aceitar nossas oferendas precisa aceitar nossas pessoas, como diz adiante: “Aquele que oferece sacrifício de louvor me glorificará; e àquele que bem ordena seu caminho eu mostrarei a salvação de Deus.” V 23

Qual seria o critério aceitável diante Dele para bem ordenarmos nossos caminhos? Essa pergunta já foi feita e respondida; “Com que purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme tua palavra. Com todo o meu coração te busquei; não me deixes desviar dos teus mandamentos. Escondi tua palavra no meu coração, para não pecar contra ti.” Sal 119;9 a 11

Afinal, a Glória que O Santo busca não é a expressão verbal, “Glória a Deus” como devaneiam alguns; antes, a expressão do Seu Ser, em nosso agir; para espanto e iluminação daqueles que ainda não O conhecem; “Não se acende a candeia e coloca debaixo do alqueire, mas, no velador; dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai, que está nos céus.” Mat 5;15 e 16

Jesus chamou os Seus a “ser” testemunhas Dele, não, a apenas ter um testemunho para contar. Isso demanda uma transformação tal que nossa antiga maneira de viver desaparece, pois, “...se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5;17

Se, a fé vem pelo ouvir, o testemunho veraz é ainda mais eloquente; salta aos olhos; “...muitos verão, temerão e confiarão no Senhor.” Sal 40;3

Então, agradaremos a Deus, na dimensão espiritual, na exata medida que sentirmos em nós, a fome e a sede que Ele Sente; “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;” Mat 5;6

O mundo vive sua síndrome de Nicodemos; O Senhor falou em “nascer de novo” ele cogitou entrar de volta no ventre materno, levou ao pé da letra. Assim, Jesus veio com A Luz do Mundo; Capacitou o entendimento espiritual da essência das coisas; Sua Doutrina; porém, o mundo dá as costas a isso, colocando um fantoche em Seu Lugar para que O Senhor seja esquecido. Faz diuturnamente sua homenagem às trevas nas má obras que abraça e reveste esplendorosamente às fachadas e praças de luzes que espiritualmente servem para distrair, invés de iluminar.

O hipócrita “feliz natal” é banal, sem Cristo; o sujeito manda um cartão assim para sua amante; os corruptos igualmente o fazem, para suas vítimas; os devassos o desejam aos colegas de devassidão; somos maus o ano todo, mas, nesse tempo anexamos à maldade costumeira o verniz religioso na pretensão de lavar almas encardidas de pecados, (o que demanda o Sangue Santo e arrependimento) dando migalhas.

Certamente essa excitação hipócrita aumenta a fome de Deus: “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas, justiça, paz, e alegria no Espírito Santo.” Rom 14;17