“Não seguirás a multidão para fazeres o mal; numa demanda não falarás, tomando parte com a maioria para torcer o direito. Nem, ao pobre favorecerás, na sua demanda.” Êx 23;2 e 3
Nem sempre usamos os remédios que receitamos, uma vez que é fácil, até, falarmos com certa sabedoria; difícil é praticar. Mesmo A Palavra de Deus, mui suave aos lábios, digerida, muda um tanto, seu sabor. “Fui ao anjo, dizendo-lhe: Dá-me o livrinho. Ele disse-me: Toma-o, come-o; ele fará amargo teu ventre, mas, na tua boca será doce como mel.” Apoc 10;9
Crianças psíquicas que somos, nem precisamos de regras explícitas para plasmarmos nossas redes virtuais de doçuras, de cantos de ninar, bajulações mútuas, pois, tendo em nós o infante paladar, presto identificamos, o alheio.
Nos dois versos iniciais temos nuances do Paladar Divino; a maioria não está necessariamente certa, tampouco, ser pobre é credencial moral numa disputa. Contudo, em nosso sistema governamental, sobretudo, a maioria está sempre “certa” ela diz quem vai mandar, seja analfabeto, ou, letrado, corrupto, ou probo; quem ela escolher está ungido, “a voz do povo é a vos de Deus”.
Muitos, aliás, logram apoios majoritários colocando-se como defensores incondicionais dos pobres, como se isso fosse um mérito em si, ou, pobreza, credencial. Há casos distintos, mesmo aí.
Desse modo, patenteamos que discordamos cabalmente dos valores diletos do Criador. Ele, invés da primazia do seu favor carrear aos desvalidos materiais, atenta, antes, a valores espirituais, morais, que abraçamos, malgrado nossa envergadura. “Tu amas a justiça e odeias a impiedade; por isso Deus, teu Deus, te ungiu com óleo de alegria mais do que a teus companheiros.” Sal 45;7 Essa partícula do hino alude à unção especial do Messias, por amar os valores do Céu.
Assim, quando Ele começou suas bem aventuranças pelos “pobres de espírito” basta que leiamos com atenção para vermos que nada tem com a condição social, antes, espiritual. Um pobre de espírito é alguém que reconhece carências, precisamente, nessa área.
Temos o exemplo do eunuco Etíope, homem rico, que lia Isaías o profeta, sem entender. Filipe, conduzido a ele pelo Espírito Santo perguntou: “Entendes o que lês? ... Como poderei entender, se alguém não me ensinar? Rogou a Filipe que subisse e com ele se assentasse.” Atos 8;30 e 31
Não fosse pobre de espírito teria dispensado ajuda de um andarilho eventual, afinal, era um Ministro cheio da grana, de que mais teria necessidade. É, muitas pessoas fecham-se para Deus com as chaves do ouro que Ele mesmo Deu; os pobres de espírito reconhecem que, as riquezas, posto trazerem certo conforto eventual, nada obram nas veredas espirituais.
Óbvio que a vera conversão não é uma coisa fácil, pois, nossa formação secular laborou sempre num vácuo espiritual, nos fazendo ter como normais, coisas que são erradas, abjetas, abomináveis, até, ante O Senhor. A natureza caída, que a Bíblia chama, carne, faz mais que rejeitar os valores celestes, opõe-se em inimizade. “Porque a inclinação da carne é morte; mas, a inclinação do Espírito, vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois, não é sujeita à Sua Lei, nem, em verdade, pode ser.” Rom 8;6 e 7
Se, a carne não pode viver segundo os altos padrões celestes, restou A Deus regenerar espiritualmente, aos que lhe dessem ouvidos. “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, o que é nascido do Espírito, espírito.”Jo 3;5 e 6
Erram grosseiramente, pois, os que equacionam conversão com mera adesão ritual, mudança de religião, “passa pá crente”...
A conversão provida Por Jesus Cristo, transporta das trevas para a luz, da morte para a vida. Só então, invés de recrudescermos em nosso desacordo com O Santo, repensamos. Ele disse: “Andarão dois juntos se não estiverem de acordo?” Am 3;3 Óbvio que não.
Para andarmos com Deus carecemos mudar, antes, de mentalidade, depois, atitudes. Não podemos agir sem pensar, então, “Deixe o ímpio o seu caminho, o homem maligno os seus pensamentos, se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque, meus pensamentos não são os vossos, nem vossos caminhos os meus, diz o Senhor.” Is 55;7 e 8
O centro de nossa personalidade, intelecto, emoções, vontades, nosso coração; daí, saem fresquinhas nossas ações para o teatro da vida. “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.” Prov 4;23
O novo coração prometido mediante Ezequiel, vem por uma “cirurgia” espiritual, “anestesiados” pelo Espírito Santo, sob o bisturi da Palavra de Deus.
Um espaço para exposição de ideias basicamente sobre a fé cristã, tendo os acontecimentos atuais como pano de fundo. A Bíblia, o padrão; interpretação honesta, o meio; pessoas, o fim.
Mostrando postagens com marcador Eunuco etíope. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Eunuco etíope. Mostrar todas as postagens
sexta-feira, 21 de outubro de 2016
segunda-feira, 19 de janeiro de 2015
Amadureça suas escolhas
“É
necessário, que, dos homens que conviveram conosco todo o tempo em que o Senhor
Jesus entrou e saiu dentre nós, começando desde o batismo de João até ao dia em
que de entre nós foi recebido em cima, um deles se faça conosco testemunha da ressurreição.”
Atos 1; 21 e 22
Embora o fim fosse a Obra de Deus, eu diria que foi uma escolha
humana. “Dos homens que conviveram conosco todo o tempo em que o Senhor Jesus
entrou e saiu dentre nós..” O lapso deixado por Judas deveria ser preenchido
por alguém com credenciais para ser testemunha. Apresentaram dois, José e Matias,
a sorte caiu sobre o último. A Bíblia não veta que façamos escolhas, apenas,
exorta que sejamos consequentes.
Adiante, nova escolha, dessa vez, em plena
atuação do Espírito Santo; diáconos. Essa, um consórcio Divino humano; a
plenitude do Espírito como credencial e ausência de óbices humanos; “homens de
boa reputação”. “Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa
reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos
sobre este importante negócio.” Cap 6; 3 Se, a escolha ainda era humana e a
credencial Divina, parece pacífica a conclusão que se tratou de uma parceria. Claro
que, fazermos escolhas associados com o Santo requer uma comunhão mui estreita.
Estevão, embora separado para mero servidor revelou-se um excelente
evangelista, pleno de conhecimento e ousadia, o quê, lhe custou a vida, aos pés
do zeloso Saulo.
Por falar nele, chegamos a uma escolha “Irracional” que homem
algum faria. O inimigo declarado, violento contra a Obra de Deus, era a “pedra”
sorteada da vez. Claro que, antes, Deus teve dar uns “tratos à bola”
derrubando-o do cavalo, privando-o da visão por três dias, para que, no escuro
natural a luz espiritual encontrasse caminho.
Tanto era sem nexo que, quando
Ananias foi incumbido de orar por Saulo, recusou, temendo o que significara até
então. Nesse instante, Jesus assumiu a paternidade da “incoerência”; “Disse-lhe,
porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o
meu nome diante dos gentios, dos reis e dos filhos de Israel. Eu lhe mostrarei
quanto deve padecer pelo meu nome.” Cap 9; 15 e 16
Claro que, nesse ínterim
temos as escolhas de Cornélio, do Eunuco etíope, para a salvação; dois que se
inclinavam em seus corações a Deus, mas, faltava um empurrãozinho. Contudo, as
escolhas pré alistadas têm em comum que, seu prisma era ministerial; não
atinavam à conversão, ainda que se deu com Paulo.
Por fim, aqueles que escolheram a si
mesmos sem as devidas credenciais. Saíram edificando sobre trabalho alheio,
propondo coisas superadas como necessárias à salvação. Seu estrago foi tal que,
deu azo a um concílio apostólico para devida correção.
Os preceitos resultantes
da reunião, além dos necessários reparos, deixaram claro que os tais não foram
escolhidos para o ministério. “Porquanto ouvimos que alguns que saíram dentre
nós vos perturbaram com palavras, transtornaram as vossas almas, dizendo que
deveis circuncidar-vos e guardar a lei, não lhes tendo nós dado mandamento;”
Cap 15; 24
Tanto pode Deus ver um ministro
idôneo onde parece haver um inimigo, como em Paulo, quanto, podem fazer a obra
do inimigo os bem intencionados, mas, sem noção, que metem os pés pelas patas,
ao desejarem algo elevado, sem o devido preparo.
A escolha ministerial é
louvada como excelente; contudo, demanda alguns predicados quê, se não possuímos, devemos tratar de consegui-los,
antes de por a mão no arado. “se alguém
deseja o episcopado, excelente obra deseja. Convém, pois, que o bispo
seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto,
hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não espancador, não
cobiçoso de torpe ganância ...” I Tim 3; 1 a 3
Nosso direito de escolha é
sagrado; mesmo ante o aparente óbvio, como um cego que o buscou, Jesus
perguntou o quê ele queria.
Escolhas inconsequentes afetam toda vida. Quantas mulheres escolheram pela casca;
casaram com um “gato” que hoje deixa faltar “Wiskas”? Quando Samuel cogitou um
rei entre os “sarados” filhos de Jessé, Deus o advertiu: “o Senhor não vê como
vê o homem; o homem vê o que está diante dos olhos, porém, o Senhor olha para o
coração.” I Sam 16; 7
Quando o loquaz Pedro reiterou seu amor a Cristo, O
Senhor advertiu sobre o preço da escolha: “...quando eras mais moço, cingias a ti mesmo, andavas por onde querias;
mas, quando fores velho, estenderás as
tuas mãos, outro te cingirá, te levará
para onde não queiras.” Jo 21; 18
“Uma pessoa imatura pensa que
todas as suas escolhas geram ganhos. Uma pessoa madura sabe que todas as
escolhas tem perdas.” Augusto Cury
Assinar:
Postagens (Atom)