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segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Violência Física e Moral

“Tomai também... a Espada do Espírito, que é a Palavra de Deus”. Ef 6;17

A Palavra como arma por si só identifica em quê consiste a batalha espiritual. Como num duelo justo se espera que os oponentes usem armas iguais, a palavra do inimigo, toda sorte de perversões, mentiras, é a arma que usa contra Deus, a Verdade.

Contudo, sendo quem é o Capiroto, não joga limpo segundo as regras; antes, quando a palavra não lhe basta, apela pra violência. Assim fez com Cristo; não o podendo vencer com as mesmas armas usou a força. Mesmo assim perdeu, mas, só percebeu depois.

Igualmente, os sistemas coletivistas, traço indelével da esquerda, seja, baseado no Estado, como o Fascismo; na raça, como o Nazismo; ou, nas classes, como o Socialismo/Comunismo, sempre mataram quem se lhes opôs quando tiveram meios para isso. Vide revolução na China, União Soviética, Romênia, Cuba, Venezuela, etc.

A diferença entre eles e o Estado Islâmico é que esse mata opositores de Alá; eles, opositores da ideologia. Seus reinos perfeitos têm “Reis” diferentes, mas, seus métodos de implantação são iguais.

Se, o sistema que propõem é tão superior assim, por que não basta o saudável gládio de ideias para que triunfe? Por que carecem sempre o acessório da violência para calar opositores?

No embate das ideias, carecer recurso extra equivale a assumir que sua batalha é inglória, impossível de ser vencida com armas justas. Quem apela para a violência onde deveria usar argumentos confessa não possuir argumentos.

O máximo que conseguem é o uso de antíteses; nosso sistema é justo porque o deles é injusto. Grande argumento!

Heráclito dizia o seguinte: “Quando dois sistemas filosóficos pelejarem, nenhum tem direito de dizer: ‘Meu postulado é verdadeiro, por isso, o seu é falso’; pois, o outro lado poderia dizer exatamente o mesmo, o que arrastaria a querela “ad infinitum;” O falso deve ser demonstrado como tal, em si mesmo, não n’outro”.

Parece-me uma regra áurea para debates, sejam de cunho político, filosófico ou espiritual. Assim, não é lícito dizer; O socialismo é bom porque o capitalismo é mau; nem, dizê-lo de forma inversa.

O “Socialismo” tupiniquim teve quatro mandatos seguidos para mostrar suas ideias e gestão; o que temos como consequência? Rombos bilionários em estatais, bancos públicos, fundos de pensão, Risco Brasil afastando investidores, desemprego como nunca, PIB estagnado... aí se apontamos essas coisas, fatos, não ideias, seus bravos debatedores acenam com as “Injustiças sociais” do capitalismo liberal?

Quais? Como vivem os pobres do Canadá, EUA, Alemanha, Japão, Reino Unido, Suécia, Noruega, Dinamarca... melhor que nossos, igual, ou pior. Alguém conhece sobre favelas nesses países?

Fatos falam por si só como argumentos imbatíveis sobre a superioridade do sistema liberal que beneficia iniciativas particulares, empreendedorismo... Aliás, nossos Próceres do socialismo viajam sempre a Paris, Nova York, Londres, Frankfurt... Devem estar infiltrados espiando os pontos fracos do sistema para derrubar, só pode ser isso, pois, são fiéis à ideologia.

Na verdade parecem ter percebido que sua luta está perdida na área econômica, aí, entram com as quatro patas na área moral, cultural. Sua “Arte” promove pedofilia, zoofilia, pornografia, tudo com a chancela de sua “Tropa de Elite” os ditos intelectuais que, em nome da arte e da liberdade de expressão defendem o obsceno, o abjeto, o moralmente deletério.

Gente de renome como, Chico Buarque, Caetano Veloso, Fernanda Montenegro defendem ao lixo que a esquerda promove.

O poder influenciador, manipulador até, de artistas e imprensa tornou-se poeira com o advento da mídia alternativa, as redes sociais; mas, a turma do Jurassic Park não se deu conta.

Arte talentosa conta, mas, muito menos que valores. O cara pode ser o gênio que for; se, na escala de valores for um lixo, junto vai sua arte também. Alguém comeria um prato de comida deliciosa se o visse sobre fezes? É nojenta a figura? É. Mas, é exatamente a imagem que me passam os que são talentosos e imorais; sem vergonhas, obscenos; danem-se seus talentos! Fedem.

É justo, meu pretenso conhecimento da Palavra de Deus, bem como minha função de Ministro do Evangelho que me impulsiona a combater veemente aos que se revelam falsos nisso. De igual modo, sendo expoentes em artes nobres não deveria isso ser um fator a despertá-los contra a falsa arte? A rigor não são artistas, são esquerdistas. Quem, pela ideologia insana sacrifica valores como família, verdade, moral, bons costumes, preservaria à lógica por quê?

Crianças devem ser ensinadas na senda dos deveres, pois, clamarão por direitos naturalmente, mesmo não tendo e sem ensino algum. “A educação tem raízes amargas, mas, seus frutos são doces”. (Aristóteles)

A perversão precoce, porém, pode ter raízes doces, mas, que tipo de frutos dará?

sábado, 15 de julho de 2017

Amor correspondido

“Responderam: Se este não fosse malfeitor, não te entregaríamos.” Jo 18;30

Pilatos quis saber das acusações contra o Prisioneiro Jesus. Como resposta recebeu uma assertiva que nada provava; o fato de que estava sendo entregue seria, por si só, comprovação de que era mau. Será?

Dependendo de quem acusa, às vezes é o contrário. Quando as pessoas tomam suas paixões, preferências, por valores absolutos, qualquer coisa que destoe vêem como um mal, não significando, necessariamente, que seja mesmo assim. Isaías o profeta aludira em seus dias já, à inversão de valores. “Ai dos que ao mal chamam bem, ao bem mal; fazem das trevas luz, da luz, trevas; fazem do amargo doce, do doce, amargo! Ai dos que são sábios aos seus próprios olhos, prudentes diante de si mesmos!” AP 5;20 e 21 Também ele dera a absolutização do relativo como a causa;”...sábios aos seus próprios olhos...” Noutras palavras, faziam das preferências doentias, leis.

É insana a perspectiva filosófica, se não me engano, de Nietzsche, que o homem seria a “medida de todas as coisas”. O Eterno reservou a Si o direito de definir valores, prescrevê-los, e por eles, julgar Suas criaturas.

Não serão as constituições terrenas, paixões doentias, tampouco, palavras de ordem de organizações humanas que definirão os termos do juízo; antes, a imutável e Bendita Palavra de Deus. “Quem me rejeitar, - disse O Senhor - não receber minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa, o há de julgar no último dia. Porque não tenho falado de mim mesmo; mas, o Pai, que me enviou, me deu mandamento sobre o que hei de dizer, o que hei de falar.” Jo 12;48 e 49

As leis, tanto Divinas, quanto, humanas deveriam ser os limites que ensejassem medo transpor; todavia, corruptos deitam e rolam ao arrepio das mesmas; quando são pegos alguns, invés da resignação de ter perdido por estarem errados, saem ousados julgando ao juiz; em visível abuso da liberdade de expressão, e flagrante desacato à autoridade; quem, no cumprimento do dever faz valer a Lei é tachado de covarde, parcial, mau caráter, etc. Estou falando de Sergio Moro, óbvio!

A coisa atinge descalabro tal, que réus potenciais, ou, atuais fazem as leis. Para o famigerado “Estado Islâmico”, por exemplo, a única lei que admitem é a chamada Sharia que tentam impor à força sobre as demais culturas com suas aberrações, barbarismos, idiossincrasias. Quem não for como eles, a despeito dos atos de terrorismo, assassinatos é um “infiel”; deve ser morto. Assim, segundo sua escala perversa, devem, as pessoas, optar entre ser vítimas, ou, assassinas; não há meio termo.

Na nossa política também temos nossos Xiitas, Talibãs, que desconhecem direitos da sociedade aos próprios valores, diversos dos grupos minoritários e tentam se impor na marra dada a “superioridade” da sua “visão” de mundo. Chamam ditaduras sanguinárias de democracia; se, alinhadas ideologicamente; atos legais de “golpe”, se, contra eles; criam mitos e seguindo o conselho do nazista Goebbels, que uma mentira muitas vezes repetida torna-se verdade” repetem seus mantras: “Lula foi o maior presidente da história”; “Tirou o Brasil do mapa da fome”; “criou o Fome zero”, isso, aquilo, etc. Uma dezena de “criações” que provariam quão bom é o sujeito, quanto teria feito pelo país.

Ora, administrar um orçamento na casa dos trilhões, num país continental e ter marqueteiros de plantão, também ladrões como Duda Mendonça e João Santana, pagos para darem nome pomposo a cada peido oficial, não passa de propagar mentiras, ou, deveres básicos como se, realizações de estadista.

Alguém ouviu falar do “Fome Zero” depois do lançamento do mesmo com pompa e circunstância? Não. Não saiu do ovo. Entretanto, tem incauto atribuindo ao presidiário futuro esse “grande feito” e muitos do mesmo calibre. Se, saiu da condição de pobre para de bilionário não importa; é “defensor dos pobres, combatente das elites”; francamente!

Enfim, se a Palavra de Deus será o escopo pelo qual todos serão julgados, as nossas palavras testificarão contra nós. “Mas, eu vos digo que de toda palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no juízo. Porque por tuas palavras serás justificado, por tuas palavras serás condenado.” Mat 12;36 e 37

Pilatos recebera O Acusado com garantia que era malfeitor; ouvindo-o concluiu: “Não acho nele crime algum”; mesmo assim, entregou-o era o julgamento no tribunal da mentira; a Verdade deveria morrer.

Assim, se por aqui se repete a mentira até se tornar “verdade”, lá a verdade dará sua sentença uma vez só, e a mentira retomará o devido lugar. Quem ama a verdade defende-a, mesmo que, eventualmente seja adversária; pois, quando precisar dela em sua defesa ela retribuirá fielmente a esse amor.

domingo, 26 de março de 2017

Nossa teórica salvação

“Porque em esperança fomos salvos. Ora, esperança que se vê não é esperança; porque o que alguém vê como esperará? Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência esperamos.” Rom 8;24 e 25

O fato de que nossa salvação, agora, é só em esperança, não significa que não seja real, tampouco, por ser invisível, se faz fictícia. Certo é que, as coisas não visíveis recebem testemunho de outras, palpáveis. “...suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto, seu eterno poder, quanto, sua divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas...” Rom 1;20

Desse modo, nossa fé invisível, e nossa esperança, igualmente abstrata, devem ser palpáveis no teatro das ações. “Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.” Mat 5;16

Tanto podemos testificar da fé, mediante modo vida, pelas coisas que fazemos, quanto, pelas que não fazemos. Todavia, em nosso contexto de liberdade plena, facilidades até, não somos testados no aspecto mais valioso. Se, estamos em terreno movediço, cercados de toda sorte de enganos, heresias, e, estamos, isso coloca à prova, no máximo, nosso discernimento, escolhas, nunca, a abnegação por Cristo, nossa coragem de sofrer por Ele.

Tudo o que devemos resistir, ora, deriva de ensinos errôneos, ora, dos apelos aos prazeres malsãos. Entretanto, noutro tempo, e, no presente, mas, noutro contexto cultural, pessoas valorosas abriram, e abrem mão de suas vidas por Cristo; ontem, ante outros perseguidores, hoje, nas mãos dos algozes do Estado Islâmico, sobretudo.

Os cristãos hebreus tinham começado bem, aberto mão de coisas pelo Senhor, mas, estavam desistindo, esmorecendo. Aí, se lhes disse: “Lembrai-vos, porém, dos dias passados, em que, depois de serdes iluminados, suportastes grande combate de aflições... com alegria permitistes o roubo dos vossos bens... Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa.” Heb 10;32, 34 e 36

Adiante, se lhes evocou o testemunho dos “Heróis da Fé”, cujas vidas deram, pelo que criam, para os despertar a uma realidade mais alta que mera submissão terrena dos salvos. “Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado.” Cap 12;4

Essa é nossa situação; dos cristãos que gozam liberdade de culto; as maiores “tribulações” que conhecemos são críticas, zombarias, escárnios de certas minorias que nos desprezam. Como seria, se, enfim, nosso sangue fosse requerido na arena da salvação? Será que essas fermentadas pesquisas que apontam vertiginoso crescimento de “evangélicos” seguiriam sinalizando tal upgrade?

Uma coisa é um soldado treinar durante duas décadas, com munição de artifício em combates imaginários. Outra, se ver, de repente, numa trincheira alvejada por inimigos, ao redor da qual, colegas caem feridos e morrem. Necessariamente atingirá outro nível de percepção das coisas, valores, em meio a uma realidade para a qual se presumia preparado, mas, a verá mais dolorosa do que supunha.

Se, de uma hora para outra, O Eterno permitir que sejamos perseguidos para a morte, então, veremos o que é maciço, e o que é oco. Em horas extremas, pouco importa se alguém é arminiano, ou, calvinista; se, pentecostal, ou, tradicional; se guarda sábado, ou não; se preza usos e costumes, ou, é liberal... Em momentos vitais, todas essas frescuras periféricas deixarão de opinar, restará apenas a luta pelo que interessa deveras, a vida. Nos momentos de extrema prova, caracteres vêm a lume, e, cada um mostrará, enfim, do que é feita sua alma. A tribulação vai separar touros e terneiros, mostrar quem tem butiás no bolso, como se diz, cá no sul.

Infelizmente, as facilidades geram dificuldades. Digo, nos tornam pueris, superficiais, incapazes de mensurar bem, o valor das coisas. Quando Moisés pleiteou a libertação de seu povo o Faraó lhes disse: “Estais ociosos, por isso devaneiam com liberdade”. Era uma grande injustiça com gente que trabalhava em regime de escravidão.

Contudo, ouvindo as orações de certos ministros festivos, que “Não aceitam” isso, ou aquilo, e resolvem “determinando” aquilo outro, temo que uma hora O Santo lhes diga, como o Faraó: Estais ociosos, as facilidades que lhes dei os tem feito presunçosos, profanos. Enviarei o vento das perseguições, para separar o joio do trigo.

Infelizmente, muitos grupos de “cristãos” portam-se como certos “movimentos sociais” boicotando, reivindicando, atazanando a paz alheia, como se, essas coisas, que são eficazes em domínios humanos, fossem também, no Reino de Deus.

O fato é que a perseguição virá em caráter global, no reino do Anticristo. Os que sentem-se valentões entre artifícios de festim, terão, enfim, palco para demonstrarem sua bravura. 

O presunçoso mede-se pela sombra ao sol da manhã; Deus enche de coragem, apenas, os que se esvaziam de si.

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Armistício suicida

“Filho do homem, profetiza contra os profetas de Israel; dize aos que só profetizam de seu coração: Ouvi a palavra do Senhor;” Ez 13;2

Um profeta falando aos “profetas”, Ezequiel. Desses, os profetas, espera-se que sejam canais, mediante os quais, Deus fale; entretanto, falava com eles usando outro, por quê? Porque endeusavam desejos de seus próprios corações, e apresentavam como vindo do Senhor.

Pra muitos, “filósofos,” as coisas só valem vindo do fundo do coração; para Deus, é diferente. “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá? Eu, o Senhor, esquadrinho o coração, provo os rins; para dar a cada um segundo seus caminhos, segundo o fruto das suas ações.” Jr 17;9 e 10

Notemos que, embora o Senhor recompense ações, faz, depois de esquadrinhar corações, para ver os motivos que as inspiraram. Muitos fazem a coisa certa por razões erradas, o que é abjeto ante Ele.

Contudo, os modernos fazem a coisa errada, pela razão errada. Apresentam suas inclinações lisonjeiras como Vontade de Deus, para parecerem o que não são. O “Evangelho” que grassa no universo virtual, e, em muitos púlpitos, invés de começar com uma cruz, coloca os mortos espirituais em tronos, “ordenando” com um assentimento básico, um amém, o que “Deus vai fazer”, só por que eles querem. Cambada sem noção!!

Invés da enfadonha “chave da vitória” que a maioria tem “tomado posse”, tá mais que na hora de colocarmos um pouco de sal nessa ambrosia.

Que tal “tomarmos posse”, compartilharmos alguns textos mais sóbrios? Algumas sugestões: “Deus é tão puro de olhos, que não pode contemplar o mal.”Hc 1;13; “...os limpos de coração verão a Deus.”; Mat 5;8 “Porque, quanto ao Senhor, seus olhos passam por toda a terra, para mostrar-se forte com aqueles, cujo coração é perfeito, para com ele...” II Crôn 16;9; ou, “O fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus; qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

Mas, textos assim não rendem “curtidas”, e, ao vivo, não colhem as tão desejadas “palmas pra Jesus”.

Desgraçadamente, as pessoas são ciosas de coisas efêmeras, e relapsas no que tange às eternas. Avise, um sintoma, ou, um médico, dos riscos de obesidade, diabetes, etc. e, presto, mudam hábitos, balanceiam alimentação, zelosas da saúde. Entretanto, advirta-se dos riscos de uma má alimentação espiritual, e logo seremos reputados chatos, donos da verdade.

Paulo, escrevendo a Timóteo, além de prescrever certa “medicina caseira” para seus males estomacais, colocou cuidados de corpo e alma, na devida perspectiva: “Mas rejeita as fábulas profanas e de velhas, exercita a ti mesmo em piedade; porque o exercício corporal para pouco aproveita, mas, piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir.” I Tim 4;7 e 8

A função de um profeta assemelha-se à de médico, não, de confeiteiro. Deve preparar para o juízo, invés de convidar ímpios para uma festa. Na linguagem bíblica, “estar na brecha”. Voltemos a Ezequiel: “Os teus profetas, ó Israel, são como raposas nos desertos. Não subistes às brechas, nem reparastes o muro para a casa de Israel, para estardes firmes na peleja no dia do Senhor.” Vs 4 e 5 “Busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro, estivesse na brecha perante mim por esta terra, para que eu não a destruísse; porém, a ninguém achei.” Ez 22;30

Status de profeta é honroso, seu labor, solitário, triste. Vejamos a biografia dos quatro, ditos, profetas maiores, Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel, e logo temeremos desfrutar sorte semelhante.

Imaginemos, como ilustração, que os Estados Unidos quisesse destruir o “Estado Islâmico”; mandasse à batalha, enorme aparato bélico, logística, estrategistas, soldados, que, lá chegando, decidissem ser “legais” com os inimigos, se divertir junto com eles, invés de dar-lhes combate. Como agiria o “Tio Sam” sabendo disso, quando requisitassem mais suprimentos??


Igualmente, O Eterno “abençoa” aos que traem Sua Palavra, recusam a comissão que lhes foi dada, preferem viver armistício espiritual com aqueles que fazem guerra contra Deus.

Podem decretar “vitória” “abertura de portas”, livramento, o diabo. Farão isso tudo sem Deus; quando Dele precisarem, não o terão. “Entretanto, porque eu clamei e recusastes;  estendi a minha mão e não houve quem desse atenção, antes, rejeitastes todo o meu conselho, não quisestes a minha repreensão, também de minha parte eu me rirei na vossa perdição, zombarei, em vindo o vosso temor... Porque o erro dos simples os matará, e o desvario dos insensatos os destruirá. Mas, o que me der ouvidos habitará em segurança, e estará livre do temor do mal.” Prov 1;24 a 26, e 32 e 33

domingo, 22 de março de 2015

As três luzes

“Disse Deus: Haja luz; e houve luz. Viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas.” Gen 1; 3 e 4 

Que luz e trevas são coisas excludentes é pacífico. Mesmo quem ignora tal separação, facilmente identifica com o mero testemunho do olhar. A luz em apreço é a natural; dia, noite; luzeiros... Entretanto, há outra mais excelsa; a luz espiritual. Tanto quanto aquela revela em sua incidência as coisas imanentes, naturais, essa, as transcendentes, espirituais. 

Na verdade, não seria forçar a barra cogitar de uma terceira luz, humana. Embora, iluminados pelo Espírito Santo os cristãos possam ver nuances da luz Divina,  sem Ele, via difusão do conhecimento, marcha do processo civilizatório, a humanidade consegue plasmar seu “iluminismo”. 

Contudo, deriva dessa “luz” mera convivência pacífica, tolerância na diversidade. Embora tal luz tenha sido bem vinda em exclusão à famigerada “idade das trevas”, seu produto é tênue em face ao que proporciona aos seus, a vera Luz espiritual. Essa forja sábios, segundo Deus; aquela, relativamente esclarecidos, civilizados; quiçá, astutos.

Paulo chega a propor um desafio aos “sábios” da Terra para que se levantem. “Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus, louca, a sabedoria deste mundo?” I Cor 1; 20 Adiante distingue a sabedoria perfeita, origem da vera luz de outra inferior;  “Todavia falamos sabedoria entre os perfeitos; não, a sabedoria deste mundo, nem dos príncipes deste mundo, que se aniquilam; mas, falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério; a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; e nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória.” Cap 2; 6 – 8 

Assim, embora seja boa a luz natural que permite a convivência com o diverso, empalidece, em face à  espiritual. Ausência daquela propicia barbáries como as que o Boko Haram e o Estado Islâmico têm praticado, por exemplo. Cruéis assassinatos dos que não rezam pela sua interpretação do Corão. 

Então, é possível alguém ser tolerante, cordato, educado, contudo, andar em trevas densas no prisma espiritual. Acontece que o império das paixões naturais não se liberta da “idade das trevas” senão, mediante a Cruz de Cristo. 

Como é de se esperar, tal “remédio amargo” não é ingerido de bom grado; antes, o homem natural tende a fugir, refém de um amor insano pelas práticas errôneas. “Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo; os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3; 17 a 20 

“Amaram mais as trevas que a luz...” vestígio inconfundível do livre arbítrio, de uma geração que, tão acostumada com as trevas, vê na luz uma ameaça, como os escravos do célebre Mito da Caverna, de Platão. 

A luz traz seu peso sim. Parafraseando Saint-Exupérry que disse: “Você é responsável pelo que cativa”, se pode dizer que somos responsáveis por reagirmos ao que vemos. Luz espiritual é mais que possibilidade de ver; antes, desafio a andar. “Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado.” I Jo 1; 7 

Enquanto a luz humana deriva de muitas fontes e até se contradiz nos gládios filosóficos, a Espiritual só é encontrável na Revelação. “Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho.” Sal 119; 105  

Outra diferença importante é que, enquanto a luz humana propicia tolerância, convívio pacífico, a espiritual enseja comunhão. Impregna em todos os seus signatários, partículas do “DNA” de Deus. Comporta diversidade de pregoeiros, métodos, mas, restrita à mesma fonte, como ensinou o mais sábio dos homens: “As palavras dos sábios são como aguilhões, como pregos, bem fixados pelos mestres das assembleias, que nos foram dadas pelo único Pastor.” Ecl 12; 11 

Em suma: Aquele que fez a separação primeira entre luz e trevas fará outra vez, ao se manifestarem os resultados de Obra Bendita de Cristo. Quem escolher a luz será reputado ovelha, estará à destra; os demais, bodes, do lado esquerdo. Se essa mensagem, mais não disser, que ela reitere o Dito inicial de Deus: “Haja luz!”

sábado, 10 de janeiro de 2015

Deus; liberdade de expressão e Charlie Hebdo



“Simeão os abençoou, e disse a Maria: Eis que este é posto para queda e elevação de muitos em Israel; para sinal que é contraditado; (E uma espada traspassará também a tua própria alma); para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.” Luc 2; 34 e 35  

Circula no You Tube um vídeo cujo alvo é o humor chamado, “O exterminador  do Passado”. Onde o herói viaja no tempo até os dias de Cristo e mata Judas antes que ele traia seu Mestre.  Embora seja apenas para rir, enseja refletir também. O que faríamos se, como Deus, conhecêssemos o futuro? 

O texto atribuído ao profeta Simeão apresenta a “contradição” a Jesus assumindo intensidade tal, que, uma espada transpassaria a alma de sua mãe, “para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.” Finaliza.

Não é forçar a barra, pois, concluir que Deus leva a liberdade de expressão às últimas consequências. Aliás, se alguém poderia dizer como Voltaire, “Não concordo com nada que dizes; mas, defenderei até à morte teu direito de dizeres o que pensas”;  esse, seria Jesus. 

A própria árvore proibida, aliás, outra coisa não era senão, um meio de propiciar liberdade de expressão, escolha. Se Deus é grave quanto às consequências, é vasto nas possibilidades; a nada força ninguém. Afinal, liberdade inconsequente, nem Ele possui; pois, ao dar plena liberdade ao ser humano, as consequências recaíram sobre Seu Filho Bendito.   

Embora seja tema sempre atual, sobretudo com os reiterados flertes ditatoriais do PT e sua tão sonhada pauta do “controle social da mídia” nome palatável que dá à censura  como vige na Venezuela, Cuba, China, Coreia do Norte, etc. a liberdade de expressão voltou à crista em face ao sangrento ataque sofrido pelo Jornal “Charlie Hebdo” na França; onde, dez jornalistas e dois policiais morreram.  A Al Qaeda do Iêmim teria assumido a paternidade da nojeira. 

O que mais espanta é que a maioria das vozes de protesto são tímidas; parece haver uma pressa coletiva de provar que o Islã é uma religião de paz. Ora, o Ocidente é majoritariamente “cristão” e com todos os defeitos do cristianismo professo, que requer o uso das aspas, não mata pessoas por discordar da fé, “chargear” a Jesus, ou um profeta qualquer. 

Se o Islã é mesmo da paz, que seus expoentes expliquem os atos da “Irmandade Muçulmana” no Egito; as barbáries do “Boko Haram” na Nigéria, as muitas decapitações de reféns pelo “Estado Islâmico na Síria, a recente chacina na França, etc.  

Que fé é essa que eles pregam que sonega o direito à dúvida, ou, à liberdade de divergir? Por que não interpretam entre as muitas “Suras” do Corão que isso ensinam, quais são metáforas e quais se deve tomar literalmente. Eu li o Corão, sei do quê falo.

Ah, mas não posso criticar, pois, corro risco de ser morto também; danem-se! Sei das barbáries que se fez na “Era das trevas” no mundo  ocidental blasfemando o Santo nome de Deus. Mas, a marcha civilizatória e a própria Bíblia, interpretada, não, manipulada, aos poucos colocou as coisas no lugar.   

Embora haja reiterados apelos para que se creia,  advertências quanto às consequências de se rejeitar ao bom caminho, todos são livres para recusar. Circulam em nosso meio filmes blasfemos como “A Última Tentação de Cristo”,  espetáculos como, “Jesus Cristo Super Star” e assemelhados, sem nenhuma violência contra seus idealizadores. Os pensamentos dos corações seguem se manifestando livremente.  

Ora, se o Eterno quisesse abafar todo o contraditório, tolher a liberdade na marra, bastaria ter criado o homem sem possibilidades, sem a árvore proibida; estaria programado um robô eternamente “obediente”. 

Não dou um passo, melhor, não digo uma palavra em defesa do Islã; seus defensores que o façam. Desgraçadamente o ódio parece atrair mais que o amor. Quantos ocidentais, Ingleses, americanos, e até brasileiros, deixam famílias para lutarem ao lado dos decapitadores do Estado Islâmico?

Se, em certos aspectos são os opostos que se atraem, nesse caso, são os semelhantes. Quem tem uma alma abostada, venera e segue a um líder igualmente abostado. E temos camarões de sobra para exportação. 

Urge que se acabe com esse cinismo covarde de tentar dourar  pílulas venenosas como se fossem de adoçante. Abre-se espaços amplos, para progressão do Islã em países cristãos, e eles seguem tratando assim, aos que discordam. Parecem ter braços diplomáticos para espalhar cinismo, e os práticos para fazer valer o que está escrito. 

Se já deprecio ao cubo a hipocrisia cristã, por que seria diferente com os tais? Aliás, voltando ao começo, se pudéssemos conhecer um pouco o futuro, digo, onde essa doentia condescendência nos vai levar, não viajaríamos no tempo; mas, talvez parássemos de viajar na maionese.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Ainda, sem medo do PT



“Ai dos que ao mal chamam bem, ao bem mal; que fazem das trevas luz, da luz trevas;  fazem do amargo doce,  do doce amargo!  Ai dos que são sábios aos seus próprios olhos, prudentes diante de si mesmos!” Is 5; 20 e 21

Interessante a última sentença: Sábios aos próprios olhos e prudentes diante de si mesmos. Primeiro fazem toda aquela inversão de valores, depois, sentem-se sábios por isso. 

Esse tipo de canalhas denunciados pelo profeta está em evidência, infelizmente.  Na minha cidade circularam carros de som durante a campanha eleitoral ameaçando com o fim do “Bolsa Família” do “Minha casa minha vida”, etc. caso a Dilma não vencesse; foram tão convincentes em suas ameaças contra os “defensores dos ricos” que encontrei muita gente incauta apavorada com o terrorismo psicológico do PT. 

Ontem, por ocasião da comemoração da vitória, os mesmos carros de som, cretinamente diziam: “O amor venceu o ódio”. Mas, quem semeou o ódio? A divisão do país entre pobres e ricos? O pretenso preconceito contra o nordeste que nunca houve? Quem atribuiu aos adversários um passado sujo que eles não têm? Quem ameaçou com a volta de “fantasmas do passado?” O PT, todos sabem. 

Então, o “amor venceu o ódio”? Vão ser canalhas assim na ponte que caiu. Satanizaram Eduardo Campos aniquilaram Marina Silva com a mesma prática; por fim, fizeram o mesmo com Aécio. Mas, após o “orgasmo” dos lobos a Presidente reeleita apareceu de branco conciliadora falando em diálogo? Foi ela que disse que fariam o diabo para ganhar as eleições; fizeram. Que o dito cujo não se disfarce. 

O Brasil decente e bem informado pensa diferente. Não estou dizendo que eleitores do PT são necessariamente indecentes; mas, a maioria é mal informada e vota crendo na mentira. 

Dizer que o eleitor do nordeste é assim, como fez FHC não é preconceito, antes, constatação. Basta ver a proporção de gente miserável que depende dos programas sociais para constatar que é verdade. 

E, a exceção de Minas Gerais, a vitória de Dilma se deu praticamente em estados de norte e nordeste por larga margem, de modo quê, quanto mais ignorante a população, mais facilmente “Petizável” mais maleável via mentira. 

Em Minas se Aécio deixou o governo com 92% de aprovação, não deve ter feito um mau governo, antes, excelente. Então, sua derrota talvez se explique pela constatação bíblica que “um profeta não é bem vindo em sua terra”. Ainda que Dilma também tenha suas raízes por lá.

Dizer que não estou frustrado com o resultado seria mentir, e odeio a mentira. Temo que de algum modo, tendo o Estado instrumentalizado pelo partido, consigam abafar todos os escândalos de corrupção que emergem da Petrobrás, BNDS, Banco do Brasil, Pronaf RS, Correios, enfim, onde o PT põe a mão, o roubo acontece. 

Não era um gládio do PSDB contra o PT, simplesmente. Antes, de duas visões de mundo.

Uma, do vale tudo, mentira, roubo, difamação, assassinato de reputação, da censura, do poder pelo poder, terrorismo, não só psicológico; Dilma falou em “dialogar” com os cortadores de cabeças do Estado Islâmico, etc; 

Outra, da decência, que mesmo criticando tenazmente erros adversários reconhece acertos, preza liberdade de expressão, transparência administrativa, instituições democráticas, ética, verdade... Essa visão  foi derrotada pela mentira. 

O PT que foi contra o Plano Real, recebeu após ele, a casa em ordem, inflação controlada, Lei de Responsabilidade fiscal, etc. mas, nunca reconheceu um mérito na administração dos adversários; sempre disse que recebera a tal “herança maldita”, crassa mentira!

Entretanto, se Aécio tivesse vencido, receberia um cenário de crescimento zero, inflação alta, insegurança jurídica, déficit tarifário no setor elétrico, etc. aí sim, vera herança maldita. Então, que Dilma vire-se com os monstros que alimentou.

O Brasil teve a chance de dar um passo rumo à decência e não fez. Preferiu seguir governado por corruptos. Caso se confirmem as denúncias de Youssef possivelmente Dilma perca o mandato via impeachment, mas, nada mudará; assumirá seu vice, Michel Temer, farinha do mesmo saco. 

Quanto a mim, sonho com um Governo que não se orgulhe de aumentar programas sociais, antes, de capacitar profissionalmente aos pobres; gerar empregos aos mesmos, para que, cada vez mais, menos pessoas dependam de assistencialismo; isso seria crescimento.

Não traria hegemonia, poder a um partido, antes, cidadania a uma parcela marginalizada da população. 

Infelizmente a derrocada moral entre governantes nos últimos tempos é também profecia Bíblica. “A terra pranteia e se murcha; o mundo enfraquece e se murcha; enfraquecem os mais altos do povo da terra.” Is 24; 4  

Em suma, não nego minha tristeza, frustração; sigo fiel ao que acredito, ainda sem nenhum medo do PT, apenas, com certa vergonha de ser brasileiro...

sábado, 27 de setembro de 2014

Dilma me envergonhou



“Quem enfraquece que eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza que eu me não abrase?” II Cor 11; 29  

Cotejando sua trajetória com a de certos “apóstolos” que desfilaram em Corinto na sua ausência, Paulo, expõe parte de sua biografia pós conversão, eivada de toda sorte de sofrimentos. 

Além de privações várias, castigos físicos, acrescentou algo, que, hoje, chamamos de “vergonha alheia.” “Quem se escandaliza que eu não me abrase”? Perguntou. Óbvio que, escândalos que o atingiam, necessariamente, eram vertidos no seio da igreja, reduto dos salvos. 

Outro dia, uma pessoa de minha relação tentando justificar ações de má fama usou um jargão comum. “Ninguém paga minhas contas.” Noutras palavras: Faço o que me aprouver; ninguém tem nada com isso. Essa “filosofia”, aliás, é cantada em prosa e verso. Há uma canção que me ocorre agora, cujo refrão é: “E se eu bebo, é problema meu.” 

Embora, grosso modo pareça muito libertária a postura, no fundo, é imbecil. Todo o verdadeiro servo de Deus sabe que, quando algo escandaloso tem origem na professa igreja, invariavelmente a coisa nos envergonha, por distante que tenha se dado.

Respondi objetando a aludida pessoa que, também eu não pago as contas de ninguém, contudo, se outrem praticar coisas escandalosas diante de meus olhos, provavelmente acabarei comentado com outros, e, eventualmente, usando como exemplo negativo quando couber. 

Outro dia nossa Presidente discursou na ONU; entre outras coisas que seriam muito mais para consumo interno que aquela tribuna, condenou o ataque aos terroristas do dito “Estado Islâmico” que degola  reféns e posta os vídeos na NET, além de fuzilamentos em massa, dos concidadãos dissidentes de sua “fé”. 

Disse que a ONU deveria dialogar com os tais. Experimente sugerir a um de seus Ministros para que vá lá começar o “diálogo”!  Ora, aquela gente só conhece o “argumento” da violência, infelizmente. 

Aliás, os que advogam que o Islamismo é uma religião de paz deveriam ler com atenção o Corão antes de sair afirmando isso. A prescrição de matar “infiéis” se acha em várias passagens, de modo que, os que isso fazem são os mais ortodoxos. 

Mas, voltando ao fio da meada, dado que ela é Presidente do Brasil, me envergonhei por causa do que disse, também, “em meu nome”. 

Se a abrangência social de uma postura, comportamento, não importa, é cada um por si, o próprio conceito de sociedade perde o sentido. 

Ciente que os atos têm incidência horizontal no teatro social, o Salvador nos exortou a agirmos de modo que esses reflexos sejam bons, edificantes. “Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos céus.” Mat 5; 15 e 16  

Assim, os direitos individuais em privado não são, necessariamente os mesmos em âmbito público. O que posso fazer sem pudor algum entre quatro paredes, por exemplo, se  fizer em aberto pode acarretar a prisão, sob acusação de atos obscenos. 

Então, projetar hábitos individuais sobre o tecido social pode ensejar rejeições, uma vez que o mosaico social é composto de uma gama diversa de indivíduos.  Desse modo, a massificação sempre tolherá uns e promoverá a outros de modo injusto. Pois, regras e convenções sociais pressupõem universalidade, coerência; individualidades têm seu âmbito de expressão mais restrito. 

Isso vale para opção sexual, modo de falar, vestir, crer,... cada contexto pressupõe um jeito de ser e agir.  Posso crer em Alá, como os islâmicos, mas, matar a quem não crê não é  exercício de minha fé; antes, meu suposto direito de punir a descrença alheia.

Igualmente, qualquer um pode ser homossexual se desejar; agora, exigir leis específicas que lhe garantem privilégios é impor ao todo uma superioridade que sua postura não possui.

Pois, se é pacífica a aceitação do modo de agir assim e ter mantidos seus direitos de cidadão; propriedade, vida, liberdade, ir e vir, etc. Também é que, tão ou mais representativa parcela da sociedade tem um modo diverso de ver a vida e o comportamento.

Nem religiosos podem impor sua fé aos gays, nem esses seu agir àqueles. Esse truque canalha de chamar divergência de intolerância não cola. 

Tolerância é coexistência pacífica; divergência é reflexo de mera crítica. Até Deus se expõe à crítica, quando, ordena que se fiscalize o cumprimento de Suas palavras. “Buscai no livro do Senhor, e lede; nenhuma destas coisas faltará...” Is 34; 16 

Em suma, se alguém pensa que pode fazer o que quiser publicamente por que ninguém “paga suas contas”, tal, nos força a pagar por sua falta de vergonha, envergonhando-nos.