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sábado, 23 de julho de 2016

O egoísmo sadio

“Eis que, como foi tua vida hoje de tanta estima aos meus olhos, assim seja a minha vida de muita estima aos olhos do Senhor, ele me livre de toda a tribulação.” I Sam 26;24

Davi, acabara de poupar a vida de Saul que o perseguia para matar, e disse tais palavras. Mesmo estando em suas mãos ferir ao rei, temeu e não fez; depois, alto e bom som desejou que, assim com tratara seu desafeto fosse tratado pelo Senhor.
Nada mais certo no que tange a orações atendidas, que orarmos segundo a Vontade de Deus. Mais tarde, o mesmo Senhor ensinaria que tal isonomia faz parte do agir Divino para conosco. “Perdoa nossas dívidas assim como perdoamos nossos devedores...” Ou, mesmo nas relações interpessoais; Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lhes também, porque esta é a lei e os profetas.” Mat 7;12

Desse modo, o agir idôneo, a coerência entre atos e palavras é mais que bom exemplo como defendem alguns. É indício de saúde espiritual, consciência silenciada pela mordaça da integridade. Jeito de ser que agrada a Deus, que, uma vez satisfeito com Seu filho, o abençoa.

Pois, se alguém diz as coisas certas, eventualmente, é como um paciente qualquer na medicina da vida que possui a devida receita, contudo, se age em dissenso com o que diz acreditar, assemelha-se a uma criança que recusa tomar o remédio dado seu sabor amargo, quiçá, sua dor, em caso de uma injeção, por exemplo. Seu “conforto” circunstancial acaba sendo avaliado mais importante que a saúde geral. Isso soa insano como se, um cego que vivesse de esmolas recusasse uma cura possível, preferindo sua sina, a ter que trabalhar pra ganhar a vida, uma vez recuperada a visão. Isso é loucura?? Pode ser. Entretanto, precisamos de figuras palpáveis para identificarmos verdades espirituais, como fez O Maior dos Mestres, usando parábolas e metáforas para ensinar.

Quando digo as coisas certas, meu alvo são os outros. Quando faço as coisas certas, mesmo que isso se reflita sobre os outros, me preocupo comigo, com os ditames da consciência, que demanda que eu seja, tal qual, ensino.

A purificação da consciência, aliás, é o “Upgrade” do Velho para o Novo testamento. A “purificação” do sacerdócio Levítico era externa, cerimonial, e uma vez cumpridos os ritos sacrificais pelo pecador, retornava à sua rotina “purificado” mesmo que, seu coração persistisse em sua obstinação egoísta. O Bendito Sangue de Jesus Cristo pretende fazer melhor: Porque, se o sangue dos touros e bodes, a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica, quanto à purificação da carne, quanto mais, o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?” Heb 9;13 e 14

Quem conhece a história da queda da humanidade sabe que o problema era sempre externo, no outro. Para Eva fora a serpente, para Adão, fora Eva que o induzira. Assim, o culto hipócrita faz seu “mise em scène” tendo como alvo o outro, que assiste tal encenação. Por essa razão, aliás, O Salvador altercou com os religiosos da época que, mesmo zelosos das aparências, foram comparados a sepulcros caiados, cheios de podridão por dentro.

O home íntegro traz certo “egoísmo” acusatório de modo a procurar pelas falhas primeiro em si, antes de qualquer vislumbre do outro. O clássico remover sua trave primeiro, antes de ver o cisco alheio. Entretanto, um que ensine a Palavra, mesmo que tenha também, eventuais falhas, não é necessariamente um hipócrita, desde que, aplique contra si mesmo, as exortações que apregoa alhures.

Muitos ímpios refratários a Deus e Sua correção rejeitam ensinos porque os mestres não são perfeitos, ignorando que, tais, derivam de Cristo, e Ele é perfeito, sim. Temos um tesouro em vasos de barro, como disse Paulo, e os que padecem a miopia da carnal preferência, veem o vaso apenas, sem identificar o conteúdo valioso. Assim a isonomia aquela, onde Deus nos trata como tratamos aos homens, O fará ver apenas defeitos, malgrado, eventuais virtudes. Por isso, disse: “Ao que tem, mais se lhe dará, e terá abundância; ao que não tem, ( fé obediência ) até o que tem, ser-lhe-á tirado”.

Quem quer lavar-se com água suja, pois, encontrará em abundância. Digo, justificar seus erros ancorado nos alheios; contudo, ante Deus, apenas Água da Vida, Jesus Cristo, como Ele mesmo disse: “...Se eu te não lavar, não tens parte comigo.” Jo 13;8

Ele não lava mais, pessoalmente aos Seus, antes, O Faz mediante Sua Palavra. Para a santificar, ( a igreja ) purificando-a com a lavagem da água, pela palavra” Ef 5;26