“Quando Efraim falava, tremia-se; foi exaltado em Israel;
mas ele se fez culpado em Baal, e morreu.” Os 13;1 Sem me ater estritamente à
saga de Efraim, o qual, quando falava ensejava temor, mas, foi da exaltação à
morte, ao se fazer culpado ante Deus, quero ver esse aspecto, em nossas vidas,
pois, o Deus de então É o Mesmo hoje, e, certamente mantém os mesmos valores.
Se, fora a
culpa pela idolatria que enfraquecera ao, antes, exaltado Efraim, então, no
começo andara em retidão, certa inocência, perante O Senhor.
A autoridade
espiritual de um ministro aumenta, diretamente proporcional a sua obediência ao
que o comissiona. Muitos acreditam que ser for feito “em nome de Jesus” uma
oração, “determinação”, “decreto”, tal, estará turbinado pelo Poder de Deus.
Ora, em Nome
de Jesus equivale a dizer: Em submissão a Ele, de acordo com Seus ensinos, Seu
Senhorio, Sua Vontade. A Palavra de Deus é veículo que trafega sempre
carregado; digo, está umbilicalmente ligada aos fatos, não, meras ideias,
encenações, como tanto fazem os barulhentos comboios das palavras vazias.
Desse modo,
tomar O Santo Nome nos lábios, requer algo mais que capacidade de articular
certos fonemas; Paulo ensina: “Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo
este selo: O Senhor conhece os que são seus; qualquer que profere o nome de
Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19
Já, mediante
o salmista, Deus depreciara ao que menciona Sua Palavra descompromissado com
ela, dissera: “Mas ao ímpio diz Deus: Que fazes tu em recitar os meus
estatutos, e em tomar a minha aliança na tua boca? Visto que odeias a correção, e lanças as minhas
palavras para detrás de ti?” Sal 50;16 e 17
E, nos
provérbios temos uma verdade mais, rejeitando mesmo a oração de quem não anda
em equidade: “O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração
será abominável.” Prov 28;9
Assim, o
“poder” de um ministro do Evangelho nada mais é, que um aferidor espiritual de
sua comunhão com O Pai, de onde emana todo o Poder. Um desses é convincente,
inquietante, desafiador quando fala, pois, fala segundo Deus; e O Eterno quando
fala, faz estremecer. Diferente de uns e outros da praça que buscam mascarar o
lapso de comunhão com acréscimo de decibéis, e certa teatralidade ensaiada.
Alguns
espalhafatosos descompromissados com O Salvador usarão seu espalhafato como
argumento, por ocasião do juízo, contudo, esse será segundo o caráter, não, a
arte de enganar. “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos
céus, mas, aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me
dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu
nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E
então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que
praticais a iniquidade.” Ma 7;21 a 23
Se, o
praticar a iniquidade nos dias pretéritos era, sobretudo, o culto a Baal, em
nosso tempo, o expoente maior da iniquidade religiosa é o culto ao dinheiro. A Parábola do Semeador alude às sementes que
caíram entre espinhos, figura equacionada ao cuidado com as coisas do mundo e a
sedução das riquezas.
Porém, tais
ministros não parecem mortos, vistos com uma lupa natural, afinal, ostentam
portentosos impérios na Terra, malgrado mencionem O Reino Dos céus. Foi, aliás,
a uma igreja que dizia: “Rico sou, e de nada tenho falta” que o Senhor
aconselhou que melhorasse a visão. “Aconselho-te que... unjas os teus olhos com
colírio, para que vejas.” Apoc 3;18
De Efraim
está dito que, depois de ter falado com poder, se fez culpado e morreu; o que
Paulo, noutro contexto chamou de começar no Espírito, e tencionar acabar na
carne. Gente que alegremente aceitou o convite para O Céu, e desistiu quando
emulado por caminhos mais fáceis.
A jornada dos
salvos é uma graça para valentes, em meio à qual, os covardes são descartados,
como fez Gideão mandado por Deus. E Os valentes do Altíssimo não são os que
fazem mais barulho, ou, os templos mais belos, antes, os que aparecem menos,
por dar lugar a quem de direito, Jesus Cristo.
Os covardes
de então foram para casa enquanto os valentes nas mãos de Deus, pelejavam por eles.
Os de hoje cobrem-se de verniz religioso pois, de tão covardes, nem assumir
suas fragilidades ousam. Quando pregam, ninguém estremece, são agradáveis,
jocosos, fúteis. Ministros de Deus, nesse cenário putrefato necessariamente serão,
desmancha-prazeres, mas, Deus fala mediante eles, e quem lhes der ouvidos,
achará o caminho.
A “piada” à
qual o Céu ri, não tem graça ao homem natural; mas, traz vida eterna.