Mostrando postagens com marcador Convenções sociais. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Convenções sociais. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

A Sociedade e a "Cura Gay"

“A justiça é a vingança do homem em sociedade, como a vingança é a justiça do homem em estado selvagem.” Epicuro

A sociedade deveria ser algo natural, dado que somos gregários, inclinados à interação. No entanto, nem sempre a coisa flui assim, pois, muitos têm dificuldade em entender onde fica a fronteira entre o particular e o social.

Ela se faz a partir de convenções cujo implemento demanda a existência de instituições; o bom funcionamento dessas é que garante a vigência daquelas. Noutras palavras: As leis, os pactos sociais devem ser respeitados, se é que respeitamos a nós mesmos, como sociedade.

Cada indivíduo, uma partícula do tecido social, daí, que, suas coisas são particulares. São inalienáveis a consciência, as escolhas, preferências, desde que, não firam às convenções sociais estabelecidas. Assim, somos livres relativamente, dentro de parâmetros comuns estabelecidos.

Se, gosto do Grêmio, da cor verde, de música clássica, de flores, filosofia, Jesus Cristo, etc. Isso são minhas preferências; não tenho direito de querer que a sociedade toda seja como eu; pois, se, ela é Una na questão das convenções é diversa na miscelânea dos gostos.

Sendo uma sociedade democrática, os valores da maioria preponderam nas convenções, ainda que, o direito das minorias também deva ser contemplado. Entretanto, desde a ascensão da esquerda ao poder, nosso país tem sido vítima de uma ditadura de minorias que tenta impor no grito suas inclinações sobre o todo.

Refiro-me, por ora, aos homossexuais. Escolheram assim, vivam como lhes apraz e desfrutem da sociedade organizada com seus direitos e deveres como todos os cidadãos.

O problema começa não quando alguém faz essa opção de vida; mas, quando tenta impor isso aos que veem a vida por outro prisma. Para efeito de discurso tecem loas à diversidade; mas, na prática, ai de quem deles discordar; se torna vítima de toda sorte de achincalhes, ofensas, como fizeram a pouco com símbolos cristãos na famigerada exposição do Santander.

Nos tempos de Haddad no Ministério da Educação tentaram impor o “kit gay” nos colégios, como se, suas inclinações particulares devessem ser promovidas por todos.

Agora professoras levavam excursões de crianças àquele lixo e depois de contemplarem tão vistosa “arte” eram levadas a um ambiente onde eram vendadas e estimuladas a se tocarem nas partes íntimas para “desmistificarem a distinção de gêneros” ou, sei lá qual argumento a sujeira usava.

Filhos de pais heterossexuais, que pagam a escola para transmitir-lhes conhecimento, não para perverter a educação e os valores recebidos em casa. Então os promotores da coisa não se satisfazem em ser gays são gayzistas. Assim, saltam de uma opção particular que lhes é direito, para uma imposição social de sua escolha ao arrepio das leis e do conhecimento dos pais.

Agora os gayzistas estão furiosos porque certo magistrado vetou uma restrição que proibia aos psicólogos de aconselharam pacientes gays que desejassem. Rapidamente os fatos foram distorcidos por uma imprensa fajuta, militante invés de informante como deveria, e noticiaram em manchetes garrafais: “JUIZ APROVA A CURA GAY. Canalhas!!

Primeiro, o psicólogo não é terapeuta; a psicologia cura o quê? No máximo analisa comportamentos, indícios e orienta ações aos que se aconselham por lá, mas, não tem pretensão de curar nada. Vetar que eventual paciente desconfortável com sua sexualidade receba aconselhamento é tolher-lhe um direito, não, protegê-lo.

Para o cristianismo também, o homossexualismo não é uma doença; é um erro. Todos os erros, adultério, mentira, avareza, violência, roubo, etc. não são curados por alguma terapia espiritual; antes, são vencidos gradativamente à medida que alguém se converte e passa a rever suas escolhas e pensamentos, à luz da Palavra de Deus. Discordar dos gays, pois, não é nenhum tipo de violência, antes, liberdade de expressão, tão badalada ela quando interessa-lhes.

Mais; se acreditamos que quem desafina dos preceitos Divinos vai à perdição Eterna como a Bíblia diz, advertir disso é uma corajosa forma de amor, invés de, “Homofobia” como tanto vociferam.

De qualquer forma, cristianismo também é uma opção de cada um; não forçamos ninguém a sê-lo, tampouco fazemos exposições ridicularizando ao diferente; antes, expomos a Palavra de Deus, que a todos iguala.

Pobre país! Imensos problemas estruturais, roubalheira, lapsos grandiosos na prestação de serviços públicos, e parece que as coisas relevantes nele são esses mimimis sem sentido de gente que, por insatisfeita em suas inquietações internas tenta inocular em todos, seus incômodos, invés de lidar com eles em si mesmos.

Se a coisa é irreversível, por que tanta fúria? Basta deixar o barco andar. Essa gente é tão intolerante que, se trocassem numericamente de lugar com os cristãos, o homossexualismo seria obrigatório e proibido falar em Deus. Querem um direito que não lhes cabe, e jamais o terão.

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Coragem de saber-se fraco

“Eis que chegou um dos principais da sinagoga, por nome Jairo, e, vendo-o, prostrou-se aos seus pés, e rogava-lhe muito, dizendo: Minha filha está moribunda; rogo-te que venhas, lhe imponhas as mãos, para que sare, e viva.” Mc 5;22 e 23

A rejeição ao Salvador era ácida nos meios religiosos de então. Corriam risco de ser expulsos das sinagogas os de posição que confessassem crer Nele. Segui-lo era coisa para a gentalha, não para os de elevada posição. Entretanto, no texto acima, temos um dos principais, prostrado diante de Jesus. O que o fez romper barreiras das convenções sociais e se aproximar assim, de alguém, oficialmente, “persona non grata?”

O texto mostra que Jairo se humilhava suplicando graça, em favor de uma filha moribunda. Um bem maior, a vida estava em jogo, e isso bastou para que ele mandasse às favas a opinião da torcida, e fosse à luta pelos seus anseios mais caros.

Não que a vida em sociedade seja danosa, ruim, mas, quando invade as plagas de nossas consciências, deixa de ser convívio de indivíduos para ser abolição dos mesmos, aos ditames das conveniências comuns, massificação.

Isso vige como nunca com as lupas xeretas e sempre ciosas do “politicamente correto” tentando impor ao ímpar, o “establishment” social, em detrimento das convicções individuais de cada.

A maioria se deixa persuadir pelas pressões temendo as pechas de radical, fundamentalista, fanático, etc. Acontece que a massa, tanto no prisma intelectual, quanto, moral, espiritual, nunca foi grande coisa. “A multidão é ignorante”, diziam os gregos. Todavia, os berrantes tocam para que sigamos a ignorância, invés de deixarmos viçar a beleza ímpar que Deus implantou em cada um de nós.

Somos psiquicamente drogados e nem percebemos o que está em jogo; nossas vidas. O Chamamento do Salvador é à ruptura, mesmo expondo-se à pecha de “soldadinho-do-passo-certo” por não marchar no ritmo da galera. Disse O Senhor: “Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição; muitos são os que entram por ela; porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, poucos há que a encontrem.” Mat 7;13 e 14

Bastou para Jairo, a questão ser de vida ou, morte, para que rompesse com os ditames de uma sociedade religiosa e hipócrita, como, então. Mas, só pode ver a gravidade do que estava em jogo, porque sua filha estava morrendo. Senão, O Príncipe da Vida passaria, e ele olharia de longe, apenas.

Na verdade, salva alguma variação em atenção ao tempo, bem se aplica a cada um de nós, a mensagem que Isaías, o profeta entregou ao rei Ezequias, certa vez; disse: “...Assim diz o Senhor: Põe em ordem a tua casa, porque morrerás. Is 38;1

Esse tempo que nos resta após termos certo conhecimento dos caminhos de Deus, é para que bem ordenemos nossas casas; nossas vidas, pois, a morte nos espera logo ali, onde, individualmente, não, em massa, seremos julgados. Nossas escolhas contarão, não, o aplauso da turma. “...cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.” Rom 14;12

Há casos, como o de enfermidades graves, em que a morte inda vem lenta dando certo tempo para arrependimento; outros tantos, em que vidas são ceifadas de repente, onde, as escolhas feitas não podem ser mais mudadas. Por isso, o apelo do Amor de Deus sempre nos é apresentado como urgente, um desafio presente, não, uma possibilidade futura, diz: “Enquanto se diz, hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais vossos corações...” Heb 3;15

Às vezes as pessoas mascaram sua obstinação de ceticismo, ignorância, quando, no fundo, é apenas opção pelo comodismo. Jairo não se prostraria ante Jesus rogando pela vida da filha, se, não soubesse que O Senhor poderia curá-la; se sabia, por que não iria após O Salvador mesmo sem essa urgência? Porque seria bem mais cômodo não se indispor com seus confrades de hipocrisia.

Assimilemos uma coisa, pois: Salvação e comodismo são excludentes. Quem ousa negar a si mesmo e tomar sua cruz, terá oposição dos familiares, da sociedade, e ódio do inimigo. Entretanto, terá um “Contraponto” Majestoso; a assessoria Bendita do Espírito Santo de Deus, que o fará passar vitorioso a tudo isso, se, tão somente obedecer à Voz Dele.

Se, é vero que Deus amou o mundo ao dar Seu Filho, também o é, que salvará uma minoria apenas; não por Sua Vontade, mas, por nossas inclinações serem mais para o pecado que para a justiça. 

A coragem de Jairo para romper com os seus derivou do medo de perder a filha; que a nossa derive do amor próprio, do temor de alienar-se eternamente, da Fonte da Vida, Jesus Cristo.