Mostrando postagens com marcador Babilônia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Babilônia. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

A Prioridade Supérflua

“... além disso, deste louvores aos deuses de prata, ouro, bronze, ferro, madeira e pedra; que, não veem, não ouvem, nem sabem; mas, a Deus, em cuja mão está a tua vida, de quem são todos os teus caminhos, a ele não glorificaste.” Dn 5;23

Daniel entregando dura sentença ao rei babilônio Belsazar e explicando os Divinos Motivos. Primeiro ignorara um juízo pretérito que fizera seu orgulhoso pai, Nabucodonosor, pastar como animais do campo; depois, profanara os vasos santos do Templo de Deus; além disso, como diz o texto em realce, dera louvores a uma série de criações humanas, imagens, ignorando ao Deus Vivo.

O erro dele ainda é o mesmo de muitos, que, recusam aprender a Vontade Divina expressa em Sua Palavra.

Equacionam erradamente, ativismo religioso com relacionamento espiritual. Prestam culto a uma série de bibelôs sem vida; se, em algum momento são confrontados pela Palavra do Deus Vivo, se melindram, ofendem, presto levam o pleito para a arena das religiões, como se, fosse esse o mérito; seguem resilientes no seu modo de ver, malgrado, afrontem de forma direta às ordenanças do Criador.

A coisa sempre é distorcida pelo mestre da cegueira, o deus desse século, de modo que, nunca somos devidamente entendidos quando tentamos ajudar eventual errado de espírito. Nossa intenção, em Deus, é ajudá-lo a ver melhor para que repense atitudes trocando os pensamentos naturais pelos Divinos, para que não se perca, antes, seja salvo.

A ignorância é prejudicial, deletéria, em muitos aspectos da vida; contudo, no prisma espiritual é assassina; “Meu povo foi destruído porque lhe faltou conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que esqueceste da lei do teu Deus, também me esquecerei dos teus filhos.” Os 4;6 Isso a um sacerdócio corrupto que desprezava à Lei de Deus; atingiria todos, sob tal liderança.

Um líder espiritual probo deve ser versado na Palavra de Deus, não em macetes psicológicos, biografia de “santos”, filosofias humanas, sofismas e o escambau; “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento; da sua boca devem os homens buscar a lei porque ele é o mensageiro do Senhor dos Exércitos.” Mal 2;7

A autonomia humana em questões espirituais foi a promessa que ensejou a queda, feita pelo inimigo, claro. “Vós sereis como Deus... sabereis o bem e o mal.”
A conversão começa exatamente aí; na reversão da obra de Satanás para que sejamos regenerados. “... Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo.” I Jo 3;8

Se, Ele desfez no tocante a Deus, desde que bradou: “Está consumado”, no que tange a cada um de nós requer uma resposta pessoal, particular de cada um; no sentido da rejeição à sugestão maligna, e completa submissão a Deus nos Seus Termos. “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o ímpio seu caminho, o homem maligno seus pensamentos, e se converta ao Senhor que se compadecerá dele; torne para nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque meus pensamentos não são os vossos, nem os vossos caminhos os meus, diz o Senhor. Porque assim como os céus são mais altos que a terra são os meus caminhos mais altos que os vossos, e, meus pensamentos mais altos do que os vossos.” Is 55;6 a 9

Num sentido amplo, todos os caminhos humanos são de Deus; “Eu sei, ó Senhor, que não é do homem o seu caminho; nem do homem que caminha dirigir os seus passos.” Jr 10;23

Entretanto, dos Seus filhos Deus espera submissão voluntária, abdicação da autonomia para que Ele seja Seu Deus, e no devido tempo faça justiça aos Seus; “Entrega teu caminho ao Senhor; confia nele; Ele tudo fará. Ele fará sobressair tua justiça como a luz, e, teu juízo como o meio-dia.” Sal 37;5 e 6

Pois, ao rei Belsazar que o desprezara, ignorara e profanara; o juízo entregue por Daniel foi de morte. O ativismo religioso de múltiplas imagens cultuadas nada valeu ao soberano que desprezara ao Deus Vivo.

Geralmente as pessoas têm tempo e disposição para as coisas das quais gostam; identificam-se. Ficam dias numa fila acampadas por um ingresso para o carnaval, ou, um show internacional qualquer. Mas, falta-lhes tempo para um culto ao Senhor, por exemplo.

Desgraçadamente elas priorizam o supérfluo, inútil, banal, e desprezam o que é vital. Podemos parafrasear a Daniel e teremos um retrato dos ímpios atuais: “Tivestes tempo para futebol, BBBs, novelas, filmes, bailes, carnaval, academia, caminhadas, visitas, viagens turísticas, etc. Mas, para Deus, em cujas mãos estão as vossas vidas, nenhum segundo restou. Agora que a saga termina, de onde virá socorro para vós?"

sábado, 15 de agosto de 2015

sem máscaras ou, sem noção

Poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua e ali desperdiçou os seus bens vivendo dissolutamente.” Luc 15; 13 

Muito já se disse e escreveu sobre o Filho Pródigo, o esbanjador dissoluto. Contudo, ousarei umas coisinhas mais, sobre um detalhe de sua escolha que assoma no verso supra: Quando decidiu que viveria à sua maneira, resolveu fazer em “terra longínqua”. Ou seja, alienado dos seus, do existenciário onde aprendeu valores, para, quem sabe, evadir-se à censura dos que, com razão poderiam demandar uma melhor postura dele. 

Essa decisão pode sofrer diferentes análises. Uma, vulgar, simplista, tipo: Sem vergonha, sai para longe para poder aprontar à vontade; sabe que está pisando na bola e se esconde. Outra, que me ocorre, não é tão simples assim, e ousa advogar certa virtude na tal postura. 

A dissolução plena é quando minha fraqueza volitiva consegue tolher também os escrúpulos morais. Noutras palavras: Quando minha vontade enferma me faz padecer tanto que perco até mesmo a vergonha; faço minhas porcarias aos olhos de todos, publico-as.

O pródigo advertido pela consciência de que seu agir não era sábio, tampouco, prudente, mesmo capitulando aos desejos malsãos decidiu poupar constrangimentos mútuos e agir fora da vista. Numa linguagem vulgar, já que ia “soltar a franga” o fez em terreiro alheio.

Não que a noção do ridículo, do infame, seja lá, grande virtude, mas, nos dias em que a falta de noção grassa, se praticam as mais hediondas abominações com “motivos espirituais” bem que se pode apreciar isso como certo valor. 

Em momento algum advogo o que soaria à santarrice; a pretensão de serem, os cristãos, “dedetizados”, purificados totalmente, de modo a se porem refratários à ideia de pecado. Entretanto, eventuais fraquezas devem ser tratadas; numa progressão contínua devemos buscar em Cristo o aperfeiçoamento que a Bíblia chama, santificação. 

Ou, se nossa inclinação perversa predomina, malgrado as companhias e ensinos edificantes, que ao menos tenhamos noção, façamos separação entre o santo e o profano. Quantos cretinos, perversos, adúlteros, mercenários, não se furtam de fazerem ousadas asseveração proféticas, orações, “em nome de Jesus”? Agem os tais, como se o retirante esbanjador aquele, decidisse trazer as meretrizes para a casa paterna e se esbaldar ali. 

Em Dado momento, Paulo considerou uma vergonha a lentidão da igreja no conhecimento de Deus: “Vigiai justamente e não pequeis; porque alguns ainda não têm o conhecimento de Deus; digo-o para vergonha vossa.” I Cor 15; 34 Noutro, preceituou a necessária separação do Nome do Senhor e a prática da iniquidade; “Todavia o fundamento de Deus fica firme tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus; qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2; 19 

Claro que, as circunstâncias não servem, amiúde, como aferidoras do caráter. Se pode estar sobre o lixo sendo santo, bem como, entre os santos sendo um lixo. Todavia, essa discrepância caráter-ambiente deve ser efêmera, como versa o salmo primeiro: “Por isso os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos.” Sal 1; 5 Podem estar lá eventualmente; não, subsistir indefinidamente. 

A relação de Israel com Deus no Velho Testamento tinha um componente geográfico especial, uma vez que a nação fora libertada do Egito visando a Terra Prometida. Então, alienados de sua terra sentiam-se também, separados de Deus. De modo que, quando seus algozes pediam que eles cantassem hinos em Babilônia, no cativeiro, recusavam. “Pois lá aqueles que nos levaram cativos nos pediam uma canção; os que nos destruíram, que os alegrássemos, dizendo: Cantai-nos uma das canções de Sião. Como cantaremos a canção do Senhor em terra estranha?” Sal 137; 3 e 4 

O Novo Pacto, entretanto, visa uma relação “Em espírito e verdade” o que prescinde de endereços e demanda essas duas qualidades alistadas. Uma definindo o âmbito da atuação; “em espírito” outra, o método: “em verdade”.

Quem orbita ambientes cristãos com motivos mesquinhos, egoístas, o faz na carne, segundo a natureza; a verdade lhe não convém, pois, para tal, resulta em denúncia contra a hipocrisia, uma vez que, assim se comporta.

Talvez, seja menos infeliz o que fraqueja, erra e abandona, circunstancialmente, a casa do Pai, que outro que acostumou a viver sob máscaras e perdeu a noção do que significa estar em Cristo. 

O extraviado errante cuja consciência ainda o adverte pode, como o pródigo, cair em si, reencontrar a casa paterna via arrependimento, perdão; O cascudo escondido na congregação não passa de um escravo do pecado carente de filiação Divina.

Como a herança será repartida entre os filhos, a esse nada caberá. A falta de noção sobre valores, fatalmente o fará viver uma existência que não vale nada.