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sábado, 20 de agosto de 2016

A indiferença de Deus

“Ele estava na popa, dormindo sobre uma almofada, despertaram-no, dizendo-lhe: Mestre, não te importas que pereçamos?” Mc 4;38

Sem me ater ao incidente, dele extrairei uma ideia apenas, como pano de fundo pra uma reflexão que vejo oportuna, a “indiferença” de Deus ante o sofrimento humano. Pois, se, então, pareceu aos discípulos que O senhor não se importava, atualmente, tenho lido muitas acusações semelhantes.

Se O Eterno não se importasse deveras, facilitaria bastante as coisas para Ele. Julgaria cada um segundo suas obras, entregaria ao castigo devido, e fim de papo. Contudo, a Bíblia diz que, “Deus amou o mundo de tal maneira, que deu seu Filho Unigênito, para que, todo aquele que nele crê não pereça, mas, tenha Vida Eterna”. Jo 3;16

Aqui, o Senhor pontua a grandeza do amor pelo valor da dádiva; noutra parte, Paulo vislumbra o mesmo, a partir da indignidade dos recebedores. “Porque apenas alguém morreria por um justo; pode ser que pelo bom alguém ouse morrer. Mas, Deus prova seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” Rom 5;7 e 8

Assim, como O acusam ainda de indiferença? Contudo, diria alguém, quem o faz? Muitos. Por ocasião do devastador terremoto na Indonésia foi manchete de capa no jornal Zero Hora: “Onde estava Deus?” Ou seja: A culpa é Dele. Quando o menino Aylan morreu na fuga dos refugiados norte africanos e meso-orientais, e sua foto morto na areia da praia correu o mundo, ouvimos coisas semelhantes.

Agora, propagou-se como um vírus, outra foto de um menino sobre uma cadeira coberto de pó, a face esquerda de sangue, retirado de um bombardeio na Síria, e muitos postam suas indignações com frases tipo: “Como Deus permite algo assim com uma criança?” Ou, “Ele não se importa?”

Para início de conversa, nosso humanitarismo é pontual, seletivo, hipócrita. Primeiro, achamos que inocentes são apenas as crianças, pelo menos, quando os decapitadores de cristãos fazem seu “trabalho” há um estrondoso silêncio dos, agora, humanitários. Segundo, tal indignação sazonal subsome nas areias movediças do interesse tão logo, um fato “mais importante” como uma medalha olímpica, por exemplo, chame atenção.

Muitos cretinos tripudiam de coisas assim, realçando idiossincrasias políticas. Tarso Genro escreveu vasto artigo dizendo que Aylan fora vítima do “colonialismo europeu” subentendendo que o “socialismo” que defende é, sim, humanitário. 

Contudo, os petistas lutaram com afinco pela aprovação do aborto, e ainda o fazem. Para tais, uma criança morta na praia é uma tragédia digna de diatribes contra os culpados. Milhões de inocentes mortos pela promiscuidade irresponsável é um direito social.

Acaso perguntam “onde está Deus” antes de atentarem contra vidas indefesas? Afinal, para O Senhor, todos têm o mesmo valor, independe de raça, cultura, idade; mesmo, os adultos são desafiados a se fazerem como crianças pra herdarem a salvação, e, invés de Altíssimo, Todo Poderoso, Santíssimo, etc. somos instados a orar chamando a Deus de Pai. Que coisa mais infantil! Pois é.

Na verdade, todos desejam o que Deus propõe; igualdade, fraternidade, liberdade, paz. Contudo, rejeitam as condições. O Eterno se importa sim, e declara expressamente: “Vivo eu, diz o Senhor Deus, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas, em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois, por que razão morrereis...” Ez 33;11

Acontece que O Criador nos fadou à liberdade, capazes de optar, e além de nós, ama também à justiça. Assim, faculta as escolhas e determina as consequências. Quem conhece as Escrituras sabe que, foi justo, o excesso de violência que ensejou o juízo Divino do dilúvio. Só um completo imbecil, pois, olharia para violência contra inocentes achando que, isso não incomoda ao Santo.

Contudo, Sua “interferência” se dá mediante o ensino de Sua palavra, a qual, ordenou que se pregasse a todos. Esse “humanitarismo” fácil, cujo custo é mero exercício blasfemo da língua, nem de longe mostra quem Deus É; antes, qual índole do que, em palavras ocas presume se importar mais que Aquele que É amor.

O mestre foi categórico: “Ninguém tem maior amor que este: Dar sua vida pelos seus amigos.” Jo 15;13

Por fim, até as catástrofes “naturais” A Bíblia põe na nossa conta, por causa de nossa rebelião contra O Senhor. “...Na verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado os estatutos, e quebrado a aliança eterna. Por isso, a maldição tem consumido a terra...” Is 24;5 e 6


Ele seria indiferente se nos permitisse pintar e bordar, sem nenhuma consequência, mas, não será assim. “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso também ceifará.” Gál 6;7

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

A tragédia de Aylan e a lógica de Tarso

A imagem da criança síria de nome Aylan morta numa praia turca por ocasião da crise migratória que partes da África e Oriente Médio sofrem, impactou o mundo. 

Medidas mais condescendentes por parte de líderes europeus começam a ser anunciadas em face à mesma. Não dá para negar que é uma cena triste, comovente, estarrecedora.

Entretanto, se, serviu para evocar sentimentos de misericórdia em relação aos refugiados, tem dado azo à manifestações de hipócritas oportunistas que são de causar vero asco, nojo, mesmo, no popular. 

Deparei com um vasto texto assinado por Tarso Genro, acusando ao “colonialismo europeu” como o grande culpado por essa tragédia. Outro dia ironizei num poema que intelectual de esquerda é lógico e possível como um esquadro redondo; ou seja, impossível. 

Intelectual pressupõe alguém que lança mão da inteligência, do pensamento filosófico para interpretar a vida. Entretanto, tais, usam oportunidades pontuais, como essa, para pintarem mais forte sua vermelha bandeira ideológica com sangue de inocentes. 

Ora, o famigerado Programa Nacional de Direitos Humanos que o PT do seu Tarso tentou implantar no país e não conseguiu ainda, prevê a descriminação do aborto. Assim, milhares de crianças mais tenras e indefesas que o infeliz Aylan seriam assassinadas todos os anos com o beneplácito do Estado. 

Alguém ironizou dizendo: “uma morte é uma tragédia; milhares de mortes, apenas um número, uma estatística.” Essa parece ser a lógica do “intelectual” Tarso. Aliás, está na moda agora, um tal de “dane-se a lógica”, ou coisa assim, onde alguém posta no Faceboock a foto de um corpo humano com cabeça de animal.  Poderíamos inverter, colocando a cabeça do “Pensador” num corpo de jumento, sem querer ofender o bichinho, claro. 

Os que fogem da Síria, como a família de Aylan, o fazem em face às guerras fomentadas pelo Estado Islâmico, os cortadores de cabeças, que explodem monumentos milenares e sacrificam em série gente que não comunga de sua visão religiosa.  

Entretanto, em seu discurso na ONU, ano passado, a presidente Dilma disse que não se deve usar a força contra ao tais; antes, “dialogar”.  A mente esquerdopata tem sua lógica muito peculiar. É inimigo dos Estados Unidos, então, é nosso amigo. Assim, apoiam ditaduras como a de Cuba, Venezuela, narcotraficantes como Evo Morales, etc. 

Onde o comunismo passou derramou veros rios de sangue; a história mostra o que se fez na União Soviética e todo leste europeu. Agora esses puritanos estão escandalizados com a morte de uma criança? Vergonha na cara, decência, não? 

Nós mesmo começamos a sentir na pele os efeitos da gastança irresponsável e populista desses bravos libertários. Sartori herdou dele próprio, um Estado falido, incapaz até de pagar o funcionalismo que dirá investir. Deve ser culpa dos europeus também. 

A País está à beira da bancarrota e Dilma em sua “autocrítica” diz que “é possível que tenham sido cometidos erros”, mas, a cantilena segue dizendo que a verdadeira culpada é a crise internacional. Ora, o Pixulecão não dissera no alto de sua sapiência que o Tsunami internacional, para nós era só uma marolinha? Mais um intelectual de esquerda, acho. 

Mas, presto apareceria alguém mostrando-me injustiças “de direita” para provar que estou errado. Porra!! Intelectual não é de direita nem de esquerda, é do intelecto. Analisa os fatos sem uma inclinação “à priori”. Se um crime for cometido nos Estados Unidos é tão crime que se fosse cometido em Cuba e vice-versa, simples assim. 

Quem fracionou o mundo em dois meios, esquerda ou direita? Pra mim, existe uma dualidade sim, mas, “dialoga” com outras falas; Verdade, ou, mentira; fato, ou, boato; justo, ou, injusto. Essa coisa bipolar, doentia, de que “os nossos” estão certos, sempre, e “eles” errados não provém da inteligência, antes, da doentia paixão ideológica. 

Gente que admirei, como Chico Buarque e Luís Fernando Veríssimo, perderem meu respeito, justo por isso. Malgrado seus inegáveis talentos no que fazem, defendem o indefensável no prisma político... mentes privilegiadas para a arte, de repente se tornam comuns, ordinárias, dado esse lapso.

Agora vem Tarso dando moral de cuecas? O que o PT faz com a grana da Petrobrás, e outras estatais mostra bem como esses “socialistas” promovem a “inclusão social”. Incluem em obscuras contas nos paraísos fiscais o dinheiro que custou o suor de toda uma nação. Se isso não é colonialismo, exploração safada é o quê? 

Estaria ele indignado com a morte de um inocente? Para cima de mim, não! Não passa de um oportunista barato e safado, querendo tirar proveito ideológico de uma tragédia.

Claro que a dor alheia me comove, sobretudo, vitimando inocentes; mas, a hipocrisia me irrita mais; deprimente ver o maltrapilho moral desfilar no carnaval da justiça disfarçado com a alegoria da virtude...