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sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Os bêbados e a Arca de Noé

“Espancaram-me e não me doeu; bateram-me e nem senti; quando despertarei? aí então beberei outra vez.” Prov 23;35

O ébrio com sentidos entorpecidos estragando a função profilática da dor; a de servir como sinal de alerta para evitar dores futuras, quiçá, maiores.

De bom grado evitaríamos essa indigesta, se, pudéssemos; graças às nossas dores pretéritas que nos mostraram quanto ela é ruim.

No auge da Sua dor, O Salvador pregado na cruz recusou o vinagre oferecido que, poderia entorpecer um pouco, aliviando a sensação dolorosa. Isaías O descrevera como “Homem de Dores”; assim foi até o fim.

Definhamos dia a dia nisso que deveria ser nossa qualidade mais notória; a disposição para sofrer por amor a Cristo. “Porque é coisa agradável, que alguém, por causa da consciência para com Deus, sofra agravos, padecendo injustamente.” I Ped 2;19

Somos a “evolução” de uma Igreja que começou enfrentando martírios, apedrejamento, crucificação, leões, sem negar a fé; no entanto, a mera rejeição pelo mundo, o lapso de aplausos e bajulações, para muitos, já soa como uma pesada cruz. O que será que eles beberam?

Beberam de “doutrinas” escolhidas a dedo pelas suas próprias cobiças, invés da saneadora Doutrina de Cristo; Paulo advertiu que assim seria: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas, tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições...” II Tim 4;3 a 5

A ideia do apóstolo ao seu discípulo Timóteo é: Não seja o caso de, por estarem todos bêbados, você se embriagar também; ”tu, sê sóbrio...”

Vivemos a massificação imbecilizante e pujante nos meios de comunicação, a TV, sobretudo, empurra seu lixo goela abaixo de gente incapaz de o não digerir; ai nos vendem a devassa “mulher do ano” a insossa “música do ano” e demais estrumes do tipo, como se, suas comichões adoecidas tivessem que ser nossas também; ou, se, o chorume que escoa de seus monturos nos fosse aquilatado como água mineral; que gente sem noção!

Carecemos muito da sobriedade espiritual, não só para manutenção de nossas almas salvas, como, da produtividade de nossos ministérios. “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto salvarás tanto a ti mesmo como aos que te ouvem.” I Tim 4;16

Esse cuidado implicava também a manutenção da digna postura, mesmo que, fossem necessários sofrimentos. “Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo... Se sofrermos, também com ele reinaremos; se o negarmos, também nos negará;” Cap 2;3 e 12 dissera ainda, Paulo.

O drama dos mensageiros probos do Senhor é lidar com uma geração de drogados espirituais, que de tanto consumirem facilidades falsas acenadas pelos mercenários da praça não conseguem mais atingir a devida contrição ao ouvirem uma mensagem sadia que aponta para a cruz como Único meio, e arrependimento como indispensável se, alguém pretende ser de Cristo. “feriram-me, mas, não doeu...” como o ébrio.

Esses pastores de si mesmos precisam números, não importa se, de bodes, ovelhas, ou, qualquer monstrengo que for. Seus “rebanhos” lembram a Arca de Noé, têm espaço para todos os tipos de animais. Digo, não importa quais sejam as paixões, os desejos de cada um, venha que Deus vai te dar isso, “realizar seus sonhos em Nome de Jesus.”

Alguns safados lançam mão da saga de José, como se, ele tivesse sonhado alto e Deus realizado. Ora, o infeliz sequer cogitava o sentido daquilo; Deus o fez soberanamente. Mas, somos desafiados a sonhar coisas grandes que O Pai as fará. Como desintoxicar tais viciados, com a pura Água da Vida” depois de tantos goles de “pura” assim?

Somos instados ao, “negue a si mesmo” “deixe os seus pensamentos e se converta”, “transformai-vos pela renovação da vossa mente”, onde entram no projeto os meus sonhos, por bem intencionados que possam ser?

Ironicamente no dia de Pentecostes, quando do derramar do Espírito Santo sobre a Igreja, os apóstolos e discípulos pareceram bêbados aos que estavam de fora; hoje, o gospelismo sem noção e o acariciar as mesmas comichões dos ímpios faz esses “crentes” parecerem “legais” aos ímpios. Afinal, conseguem alargar tanto à porta que qualquer um pode entrar.

Ninguém gosta de sofrer, de modo que, evadir-se à dor é nossa inclinação natural; entretanto, se for pra escapar de uma privação eventual em troca de outra eterna, a perdição, invés de fugir da dor, o ébrio acaba indo ao encontro. Tais fugitivos parecem espertos em princípio, mas, é no fim que se revela o sentido do caminho. “Há um caminho que ao homem parece direito, mas, no fim, são caminhos de morte”.