“Desejar violentamente uma coisa é tornar-se cego para o demais.” Demócrito
A ideia lembra uma tourada; o bicho deseja tanto atingir seu inimigo, o qual busca como se fosse o pano vermelho, que torna-se cego para o esguio toureiro e toda plateia que se diverte com tal esforço vão.
De um animal meramente instintivo é natural que tenha comportamento assim. Agora, quando seres “racionais” cegados pelas paixões agem desse modo parece-me lícito concluir que podem mais.
Desde a ascensão do PT a sociedade foi empacotada em dois moldes; “nós” e “eles”; pobres e elites. Desse modo, se discordo pontualmente de uma proposição do, “nós”, necessariamente sou “deles”; não há espaço intermediário para eventual dissenso.
O tema momentoso é a Reforma Trabalhista. Revisão de alguns direitos, flexibilização de outros. Se, acho-a oportuna, bem vinda uma vez que seus efeitos em médio prazo serão benéficos, no meu apreço, logo sou um “coxinha”, elitista, inimigo dos trabalhadores.
Ora, todo assunto bilateral deve ser visto pelos dois lados. O excesso de direitos torna impraticável para muitos o emprego formal. Trabalhei recentemente por um ano de carteira assinada onde, na mesma constava menos da metade do que eu recebia; pois, era a única maneira que meu empregador supostamente conseguiria honrar seu compromisso. Não pode nem assim; há outras razões, claro!
Mas, o que quero dizer é que, ao aceitarmos constar em nossos contratos valores inferiores aos que, de fato, recebemos, de certo modo fazemos por nossa conta uma reforma pontual, pois, achamos melhor um emprego com menos direitos laterais, que o desemprego pleno de direitos ausentes, como se dá no momento, com 14 milhões.
Os países mais desenvolvidos da Terra têm legislações semelhantes. Está na hora de adequarmos a dança à musica, invés da tola rebeldia que, em nosso desemprego ninguém toca.
Não sou de “nós”, nem de “eles”; antes, pretendo pensar por conta já que dentro do crânio há certos meios. Sou trabalhador braçal, tenho uma empresa registrada pelo Simples para direitos básicos, Previdência; uma formal eu não poderia bancar.
Esse é o ponto, aliás; excesso de direitos acaba patrocinando a informalidade, que, uma vez incrementada enseja necessidade de maior carga tributária sobre os que atuam no modo formal; mais impostos, óbvio, menos empregos, as empresas começam “enxugando” a máquina; sobra para o trabalhador. Desse modo é desinteligente supor que defender a reforma nos moldes da que foi feita seja atuar contra os trabalhadores. Contraria interesses políticos de quem os manipula como se, deles fossem donos.
A esquerda manipula o que pode; se diz defensora de negros, gays, mulheres; mas, ousem os tais não serem canhotos, como Fernando Holiday, negro e gay, Joaquim Barbosa, Ana Amélia, Simone Tebet, etc. para ver como, de fato, usam as bandeiras, mas, defendem apenas quem se lhes revela manipulável, subserviente.
A cegueira é tal que muitos são “pautados” no pensar e agir, a partir das diretrizes dos gurus. Lula fala mal de Miriam Leitão, no dia seguinte ofendem-na em um voo onde a encontram; ele diz que a culpa é da Veja, Globo; picham, vandalizam como podem os prédios das empresas... que gente incapaz de pensar, de ver!!
Agora estão furiosos porque Temer compra sua permanência no Palácio com liberação de verbas. Acho graça disso. Eles compraram deputados mensalmente, no Mensalão; Lula comprou votos contra o impeachment; com nosso dinheiro, óbvio. Agora estão gritando por ética? Ora, a virtude é uma coisa boa; mas, usá-la seletivamente a serviço do vício é coisa de patifes.
Tô nem aí se o Temer cair não votei nele, nem votaria. Mas, pensando bem, não sei se não é melhor que siga esse mala mesmo, por mais um ano, que a coisa cair no colo do Rodrigo Maia, mais corrupto e incompetente ainda.
Ah, tem os artistas do site 342 pelejando pelo impeachment de Temer; os mesmos que achavam o outro, “Golpe”; não respeito gente assim. Temer tem culpa, claro! Mas, acho um mal menor sua permanência; se cair prometo não chorar.
Enfim, nos regimes socialistas até hoje, só governantes enriqueceram; quanto ao povo teve igualitária participação na miséria; não desejo isso para o Brasil. Precisamos de um Estado mínimo, que incentive a livre iniciativa, empreendedorismo, pois, crescendo a economia, ganham todos.
O que temos agora, desemprego recorde e instituições no vermelho como CEF, BNDS e Petrobrás é efeito do governo do PT. Contudo, os fanáticos pelejam contra a justiça que pesa sobre seu líder imaginando que a cura do câncer venha de quem o causou.
Tiveram quatro mandatos e fizeram isso. Que carta lhes resta na manga? Está mais que na hora de “nós” e “eles” abrirmos os olhos; senão, seguiremos como touro, batendo cabeça contra o pano vermelho.
Um espaço para exposição de ideias basicamente sobre a fé cristã, tendo os acontecimentos atuais como pano de fundo. A Bíblia, o padrão; interpretação honesta, o meio; pessoas, o fim.
Mostrando postagens com marcador Ana Amélia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Ana Amélia. Mostrar todas as postagens
domingo, 16 de julho de 2017
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
Pesquisas eleitorais servem pra quê?
Os grandes derrotados, sem dúvida alguma,
nesse primeiro turno das eleições foram os institutos de pesquisa. Apesar da
ousada “garantia” que a margem de erro era de dois por cento pra mais, ou,
menos, e a probabilidade de acerto de noventa e cinco por cento,
vergonhosamente entraram mui fundo nos fatídicos cinco restantes onde reside a
falha.
Fica difícil acreditar que se
trata de erro de método, simplesmente. A coisa parece mover-se à partir de
interesses escusos, encomendados.
De Aécio falavam em 19 a 21 por cento durante
todo o tempo. Apenas no último dia, o que torna extremamente suspeito, o IBOPE
lhe atribuiu 27%. Mesmo assim, ficou muito aquém dos 33, 5 obtidos por ele.
No
RS, onde vivo, colocavam Sartori em terceiro lugar o tempo todo, e de última
hora em “empate técnico” com Ana Amélia, mas, sempre, ambos mui atrás de Tarso
Genro. Porém, venceu por larga margem.
Ao Senado também, deram 37 % para o “cavalo
do comissário” Olívio Dutra e 31% para Lasier Martins; entretanto, esse venceu
àquele por dois pontos percentuais.
Há muitos exemplos mais, e um ou outro,
acertos também, mas, mesmo relógio parado acerta a hora duas vezes por dia, de
modo que pouco valem tais acertos para salvaguardar a utilidade de tais
institutos em nosso cenário.
Já que nos
encheram o saco umas duas vezes a cada semana com as “profecias” desses falsos
profetas cabem umas perguntas também: Para quê servem divulgações de tais números? A quem interessa?
Apenas duas possibilidade honestas; uma: Interessa ao eleitor; outra: Aos
candidatos. Vejamos as implicações de
ambas, e a possibilidade de existir outros interesses.
Já discorri noutro texto
que o eleitor “torcedor” que vota em quem está melhor nas pesquisas, “para
ganhar” é um imbecil, que trai a si mesmo quando elege um corrupto pela
satisfação do “voto útil”. Útil para quem?
Os eleitores não precisam de números
para fazer suas escolhas, antes, de pretérito limpo do candidato, propostas
coerentes e possibilidade de executá-las uma vez eleito, nada mais. E essas
coisas não advêm mediante pesquisas.
Desse modo, para nós essa tralha em nada
serve. Então, serviria aos candidatos? É, poderia argumentar alguém que, isso
os ajuda a corrigir rumos de suas campanhas conforme seu desempenho nas ditas
amostragens. Ora, quem diz o que o
eleitor quer ouvir apenas para melhorar seus índices começa a usar falsidade
desde antes de eleito.
Se, um candidato
qualquer tem ideias distorcidas da realidade e nelas acredita, que as defenda
até o fim da campanha; se, escolhido mesmo assim, ninguém poderá reclamar após.
Agora, investigar o que o povo gostaria de ouvir para depois prometer que isso
fará é construir castelos no ar.
Ademais, se é do interesse dos partidos saber a evolução das intenções de voto, que os tais façam pesquisas internamente, e
se adaptem às variações detectadas como lhes convier, ninguém além deles,
precisa saber de tais números.
Assim, chego à preocupante conclusão que, as
duas possibilidades honestas da utilidade das pesquisas inexistem. Restaria,
talvez, outra, desonesta.
Sim o uso da “máquina” por quem a domina para
manipular tais amostras, a fim de criar um cenário fictício e direcionar os
eleitores com a distorção dos fatos.
Ninguém pode ignorar que a obstinação do IBOPE em manter Aécio preso aos
dezenove por cento até à véspera e no último dia dar um “salto” para vinte e
sete foi muito suspeito. Pior, ainda saltou muito baixo, deveria ter dado outro
pulo igual para atingir o patamar da verdade.
Assim, fica difícil acreditar na
idoneidade de tal instituto. Dado que, na Bahia o erro foi contra o PT, não a favor, como nos demais casos que citei,
restaria a hipótese “virtuosa” do erro de método usado.
Como aquele é um caso
pontual, deve ser entendido em seu contexto. De qualquer forma, seja errando
por meio de corrupção, seja falhando pela escolha do método, em nenhum dos
casos a coisa se mantém; afinal, quem gostaria de basear suas ações sobre o
patamar de erros alheios?
Entretanto,
darão duas ou três explicações sem pé nem cabeça e seguirão torrando nosso
saquinho durante o segundo turno com a mesma baboseira de sempre.
Pelos motivos
postos e pela minha paciência esgotada para com eles, eu gostaria muito que
tais se recolhessem as suas insignificâncias. Ou, se quiserem “acertar” dessa
vez, que mudem suas garantias.
Depois de suas sábias previsões, que advirtam
aos eleitores que a margem de erro é de 20% para mais ou para menos, e que a
possibilidade de erro é de 50%. Garanto que, assim, acertam “na mosca” e
recuperam sua “credibilidade”.
Não
bastasse a corrupção de toda sorte no governo, ainda grassa, vergonhosa
manipulação, até quando?
Marcadores:
Aécio Neves,
Ana Amélia,
eleições,
IBOPE,
Lasier Martins,
Olívio Dutra,
Pesquisas eleitorais,
Sartori,
Tarso Genro
Assinar:
Postagens (Atom)