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quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Fanatismo Nosso de Cada Dia

“O escarnecedor busca sabedoria e não acha nenhuma, para o prudente, porém, o conhecimento é fácil.” Prov 14;6

“Desdém, desprezo, zombaria...” Os dicionários definirão assim ao escárnio. Pois, o escarnecedor é cotejado com outrem, o prudente; esse adquire conhecimento sem muito esforço, enquanto, àquele a coisa se revela impossível.

Quem presume ser, a sabedoria, um patrimônio estritamente intelectual ainda não a conhece. Tem um teor moral anexo que a separa de outra, inferior, que não passa de velhacaria, astúcia, invés, de saber.

Por isso Paulo disse que “Deus apanha aos “sábios” na sua própria astúcia.” Disse mais: “Falamos Sabedoria de Deus, oculta em mistério, que Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; a qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória.” I Cor 2;7 e 8

Notem que a ausência de saber ficou patente pelas ações deles, não pelas palavras. Então é acertado dizer que além de um conteúdo moral, espiritual, a sabedoria tem sua aplicação prática no dia a dia.

Nosso saber é fragmentário, parcial e derivado; logo, não nos podemos presumir fontes, antes, ter em mente que bebemos do Eterno Manancial; “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento;” Prov 1;7

Esse necessariamente patrocinará um modo de viver coerente com os ensinos do Senhor, que demandam submissão e retidão; “Confia no Senhor de todo teu coração; não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, Ele endireitará as tuas veredas” Prov 3;5 e 6

Vemos que a antítese repousa em não me estribar em meu próprio entendimento, antes, deixar que O Senhor me endireite as veredas. Como disse Jeremias, “Eu sei, ó Senhor, que não é do homem seu caminho; nem do homem que caminha dirigir os seus passos.” Jr 10;23

Tiago pontuou a distinção entre o saber raso e o veraz; “Se, tendes amarga inveja, sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica... sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, sem hipocrisia.” Tg 3;14, 15 e 17
“... sem parcialidade e sem hipocrisia.” Eita jóias raras! A parcialidade cega, pois, apóia-se como o nome diz sobre uma parte apenas; tudo que destoar das predileções dessa parte “certa” deve ser descartado.

Daí os fanatismos por partidos políticos, denominações religiosas, clubes esportivos, etc. a parcialidade me leva a ser indulgente com os erros da minha parte “certa”; a hipocrisia a negar a outrem as indulgências que confiro aos da minha “confraria”.

Assim as seitas religiosas donas da verdade, os fanáticos políticos, torcedores... não veem defeitos, falhas nos seus, e também não notam virtudes, acertos, nos outros.

Quantas vezes deparei com escritos e vídeos de adventistas dizendo que o verso de Apocalipse “... grande Babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra.” Cap 17;5 Se refere à Igreja Católica; as denominações protestantes seriam filhas do catolicismo, pois, dele derivaram; portanto teríamos a prostituta mãe, e as filhas.

Ok. Levemos esse raciocínio às últimas consequências. William Miller, precursor do movimento adventista saiu da Igreja Batista, que é filha do protestantismo. Assim, teríamos mãe, filhas e neta??? Vê para onde caminha o saber dos fanáticos?

Paulo ensina: “Porque nada podemos contra a verdade, senão, pela verdade.” II Cor 13;8

É verdade que haverá uma igreja mundial apóstata, mesclando credos e deuses antagônicos a torto e a direito sob a liderança do catolicismo. Francisco já está trabalhando para isso. Muitos ditos protestantes já fazem parte, do Conselho Mundial de Igrejas,” embrião da Babel Religiosa.

Acontece que, nas coisas espirituais ninguém toma decisões por mim. O líder tal resolveu aderir ao ecumenismo global; e daí??

Até em questões políticas, que são braços sociais, não particulares às vezes dizemos: “Fulano não me representa”. Muito menos naquilo que é intransferível e pessoal, a fé. “Cada um dará conta de si mesmo a Deus” Rom 14;12

Malgrado, os erros doutrinários do catolicismo, muitos católicos podem preferir adequar-se à Palavra invés dos conchavos políticos superiores e caminharem mediante Cristo para a salvação. A escolha é particular.

Os fanáticos quando deparam com algum obstáculo doutrinário no caminho do seu fanatismo, mudam a sadia hermenêutica para afirmarem o que creem, invés de rever parte das crenças pelo temor de Deus que demanda submissão à Palavra.

Muitas vezes tive que mudar, pois, meus conceitos se revelaram errados; vai saber, quantas outras ainda terei? Nosso saber é um parco rascunho, não, arte-final.

“O fanatismo consiste em intensificar os nossos esforços depois de termos esquecido o nosso alvo.” George Santayana

domingo, 13 de novembro de 2016

A marca da heresia

“No qual também vós, tendo ouvido a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa. Não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção.” Ef 1;13 e 4;30

Estudos adventistas sobre a “Marca da Besta” que estão na NET defendem que, a tal, é a observância do domingo. Seria uma contrafação do inimigo ao “Selo de Deus” que, segundo eles, é o sábado. Citam: “Ata o testemunho, sela a lei entre meus discípulos.” Is 8;16, ou: “Demais lhes dei também meus sábados, para servirem de sinal entre mim e eles; a fim de que soubessem que sou o Senhor que os santifica.” Ez 20;12 etc. Baseados nisso concluem que o sábado é o selo de Deus.

A mudança sacrifical do Velho para o Novo testamento é pacífica, todos entendem. Saímos dos sacrifícios imperfeitos, tipos proféticos, para o Perfeito Cordeiro de Deus. Contudo, a transição da Lei para a Graça ainda segue sob um véu, para muitos.

Não significa, isso, que a graça seja sem lei. Antes, que sendo a Lei, espiritual, como ensinou Paulo, e na era da Graça sendo-nos, dado, O Espírito Santo, podemos transcender à superficialidade e chegar ao seu Espírito.

Os superficiais se contentavam em não matar; o Espírito da Lei tolhe, odiar; os superficiais ensinavam não adulterar, o Espírito requer, nem desejar; etc. Assim, a graça não é sem Lei, é sem legalismo. Quanto ao sábado, O Senhor disse que é lícito fazer o bem, nele. Mal, aliás, é ilícito todos os dias.

O selo de Deus, como mostram os dois versos iniciais, é O Espírito Santo. Paulo O contrapõe à Lei, como sendo, aquela, agente da morte, Esse, da vida. “O qual, também nos capacitou para sermos ministros dum novo pacto, não da letra, mas, do espírito; porque a letra mata, mas, o espírito vivifica.” II Cor 3;6

Invés de alianças, a Lei, “Aio para nos conduzir a Cristo” trazia espada, sua ameaça realçou, sobremodo, nossa carência do Salvador. Ele sela aos que creem, com Seu Bendito Espírito Santo, que, por Sua vez, “Sela a Lei” nos entendimentos dos discípulos, promessa dada a Jeremias, reiterada em Hebreus. “Porque repreendendo-os, diz: Eis que virão dias, diz o Senhor, em que estabelecerei com a casa de Israel e com a casa de Judá um novo pacto. Não segundo o pacto que fiz com seus pais no dia em que os tomei pela mão, para tirar da terra do Egito; pois, não permaneceram naquele pacto, e, para eles não atentei, diz o Senhor. Ora, este é o pacto que farei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor; porei minhas leis no seu entendimento, em seu coração escreverei; eu serei seu Deus, e eles serão meu povo; não ensinará cada um ao seu concidadão, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até o maior. Porque serei misericordioso para com suas iniquidades, de seus pecados não me lembrarei mais. Dizendo: Novo pacto, tornou antiquado o primeiro. O que se torna antiquado, envelhece, perto está de desaparecer.” Heb 8;8 a 13

Assim, os do Velho Pacto ainda têm dez mandamentos, os do Novo, pelo Espírito, condensam em dois, como ensinou O Mestre: “Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo teu coração, toda a tua alma, e todo teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.” Mat 22;37 a 40
Ou, abstraídos os alvos, podemos resumir mais: “O amor não faz mal ao próximo. De modo que, amor, é o cumprimento da lei.” Rom 13;10
Segundo sua hermenêutica, a passagem de Apocalipse onde os anjos são ordenados a deterem os quatro ventos até que sejam selados os servos de Deus, significa que não haverá calamidades naturais antes que os escolhidos guardem o sábado?? O Espírito Santo vem sendo dado desde o pentecostes, e, ventos tem feito estragos concomitantemente. Então, é provável que a interpretação seja outra.

A “Estatura de Cristo” que O Espírito Santo tenta nos dar, entre outras coisas, protege contra “ventos de doutrina”.

Paulo ensinou: “Pois, todos quantos são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque escrito está: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las.” Gál 3;10
“Mas, agora fomos libertos da lei, havendo morrido para aquilo em que estávamos retidos, para servirmos em novidade de espírito, não, na velhice da letra.” Rom 7;6