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domingo, 29 de janeiro de 2017

Contrapartida da Graça

“Sucedeu, pois, que no dia seguinte Moisés entrou na tenda do testemunho, a vara de Arão, pela casa de Levi, florescia; produzira flores, brotara renovos, dera amêndoas.” Num 17;8

Alguns hebreus tinham posto em dúvida a escolha da tribo de Levi para o sacerdócio. Acusaram Moisés de nepotismo, de favorecer seus parentes, sendo, a escolha de Aarão para sumo sacerdote, de origem humana, não, Divina.

Ele colocou o problema para Deus, que os escolhera. O Eterno ordenou que cada tribo pusesse um bordão junto à Arca da Aliança, o que florescesse durante a noite, seria escolhido. E, fez melhor que isso; digo, além de flores, na vara de Aarão surgiram frutos, amêndoas.

Esse incidente enseja algumas reflexões sobre o testemunho. De nós para nós, no âmbito humano, digo, pela boca de duas, três testemunhas todo juízo se estabelecerá; se, alguns derem falso testemunho, como, muitas vezes acontece, dessa condição, migrarão para a de réus, quando, O Supremo julgar, finalmente.

Mas, eu tinha em mente o testemunho a favor de Deus, quem dará? Nesse caso específico, as duas testemunhas foram vida, e tempo. Sabemos que um bordão é de madeira seca, portanto, sem vida; uma “árvore” assim, brotar, florescer, é totalmente impensável, impossível, sem intervenção do Autor da Vida; além disso, florescer e frutificar numa noite, igualmente, pois, tais eventos demandariam o curso de certo tempo, ou, a intervenção do “Pai da Eternidade”.

Desse modo, quando a doutrina da Trindade era ainda oculta, O Criador servia-se de elementos da natureza como testemunhas. “Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, que tenho proposto a vida e morte, bênção e maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e tua descendência.” Deut 30;19 Quando do, pós dilúvio colocou Seu Arco no céu, disse a Noé que seria uma aliança de que não haveria um novo; sempre que enviasse chuva traria junto Seu arco, o qual, vendo, se “lembraria” de Sua promessa.

Teria O Altíssimo, problemas de memória? Óbvio que não. Não era para Ele se lembrar, mas, para o patriarca não ser acossado por temores sempre que chovesse novamente. Uma amorosa proteção emocional; também, uma testemunha da fidelidade do Eterno.

Entretanto, no Novo Testamento a revelação foi ampliada; tivemos Joao Batista testemunhando da Luz; Jesus Cristo; Esse, testemunhando do Pai, mediante ensinos, obras; depois de Sua Ascenção, O Espírito Santo testemunhando Dele, fazendo lembrar cabalmente, Seus Feitos, Sua Doutrina.

Quanto a nós, após o perdão das faltas, o novo nascimento, adoção na família da fé, nosso papel funcional é justo, esse: Testemunhas. “Recebereis virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia, Samaria, e, até aos confins da terra.” Atos 1;8

Éramos como o bordão de Aarão, secos, mortos; mas, milagrosamente fomos galardoados com vida, feitos capazes de florescer, frutificar. Como o testemunho, aquele, moveu tempo e vida, igualmente, o nosso. Devemos antes de mais nada, rever nossa relação com esses dois. Diferente dos mortos que dizem: “Curta a vida, porque a vida é curta”, o fato de termos recebido vida eterna, nos permite “perdermos” essa, breve, dura, pela que ganharemos.

As agruras do combate fazem a vida dos salvos mais penosa que a dos ímpios, daí, Paulo dizer que, se tudo acabasse mesmo, aqui, seria uma perda insana: “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” I Cor 15;19

Dos salvos, pois, se requer uma relação mais tranquila com o tempo, paciência, como a do lavrador que espera o fruto da Terra. Além disso, a vida eterna começa aqui, não é só uma reserva para o porvir: “Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas.” I Tim 6;12

Começando já, sua expressão tem mais a ver com qualidade de vida espiritual, testemunho, que, com tempo, pois, do nosso ponto de vista não é mais fator de preocupação. “De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim, andemos também, em novidade de vida.” Rom 6;4

Os que almejaram o lugar de Aarão, não miraram nas responsabilidades pertinentes, antes, nos imaginados privilégios; Se, alguém tenciona aproximar-se do Cordeiro de Deus, por facilidades, melhor ficar onde está, na sua sina de vara morta. Todo tempo e vida Ele disponibiliza aos Seus, porém, o ingresso é uma cruz, o custo da permanência, obedecer.

A Salvação é de graça porque a não merecemos, mas, custa esforço, renúncia, porque O Santíssimo não merece que sujemos Sua Casa.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Não é coisa de pele

“Quando tira para fora as suas ovelhas, vai adiante delas, as ovelhas o seguem, porque conhecem sua voz.” Jo 10; 4

Quatro coisas evidencia esse texto, que vale à pena considerar. Primeiro: “Tira para fora, suas ovelhas...”

Explicando como isso se dá, diz anteriormente que, ao genuíno Pastor, “O porteiro abre...” Outra coisa não é, senão, o consórcio do Salvador com O Espírito Santo, que abre a porta do entendimento os que ouvem A Palavra com coração sincero.

Mas, o quê, mantém a porta fechada, de modo que, pecadores não podem sair, sem essa ajuda providencial? Ora, quanto ao nascimento natural, nenhum de nós decidiu, vou nascer! Antes, somos fruto de uma relação, então, alheia a nós. Gêneros masculino e feminino uniram-se num período fértil, o que deu azo à concepção de nossa vida, da qual, só tomamos consciência mais tarde.

De igual modo, o “Novo nascimento” não é uma ideia espontânea do pecador. Precisa da concepção pelo Espírito e A Palavra, pra, então, ser herdeiro de nova vida, cujas implicações, também, demora um pouco a entender.

Se, genericamente podemos dizer que temos livre arbítrio, amiúde, se perdeu após a desobediência do Éden. “No dia em que pecares, certamente morrerás”, fora a advertência; embora, Adão e Eva seguissem existindo, perderam a vida espiritual, que faculta optar, nesse âmbito. Um morto não faz escolhas, precisa ser ressuscitado pelo Bom Pastor.

Parece até incoerente, Deus dar uma Lei, e mandar obedecê-la, dado que a servidão ao pecado em que toda espécie estava, vetava a escolha virtuosa. Mas, a Lei não veio para salvar, antes, por em relevo a importância e necessidade do Salvador. “Não aniquilo a graça de Deus; porque, se a justiça provém da lei, segue-se que Cristo morreu debalde.” Gál 2; 21

Então, “o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne; para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas, segundo o Espírito.” Rom 8; 3 e 4

Segundo: “Vai adiante delas”; sempre desconfiei de “Mestres” que mandam fazer algo que eles não fazem, como líderes islâmicos, que, treinam homens-bomba, mas, nenhum dá o exemplo mostrando como se faz. Cristo nos insta a tomarmos a cruz, “após Ele”, que, mesmo sem culpa, tomou a Sua primeiro. A dignidade deriva do caráter; esse, demonstra-se mediante ações. Não que seja fácil ir após Jesus; mas, fácil é perceber que Ele É digno de ser seguido, e de fazer tal exigência dos Seus.

Tendo nascido de novo, podemos fazer escolhas arbitrárias que agradam a Deus, outra vez. Antes, mesmo as boas obras, dado que boas, eram “obras mortas”, e “Deus é Deus de vivos”; enquanto a questão da vida espiritual não for solvida, as demais coisas não fazem sentido.

Terceiro: “As ovelhas o seguem...” Alguns, vendo de fora, pensam ser, O Evangelho, a castração da liberdade, uma opressão ascética ante os clamores da vida; é, antes, o pleno exercício da liberdade. O veros servos do Senhor O seguem, porque querem, não por coação alguma.

Apesar do dito que, a fé é cega, ela vê além; faz seu signatários andarem “firmes como quem vê o invisível.” Vendo quão digno e confiável é O Salvador, seguem-no, confiantes; em nada mentiu nas coisas da Terra, deve ser também verdadeiro nas atinentes ao Céu. Um raciocínio lógico, coerente, inteligente.

Quarto: “Porque conhecem sua voz.” Por fim, identificação, a razão para seguir o Bom Pastor. Aqui vemos a diferença entre o morto espiritual, e o que nasceu de novo. Quando da entrada da morte mediante o pecado, Adão, que desfrutara plena comunhão com Deus, escondeu-se com medo, ao ouvir O Santo. Agora, salvos, de posse da nova vida, aproximam-se Dele, Seguem-no, ao ouvirem Sua Voz.

Contudo, apesar do dito que, “a voz do povo é a voz de Deus”, nada tem a ver com isso; tampouco, interpretações idiossincráticas ou, misticismos das religiões; antes, A Palavra de Deus, devidamente interpretada, respeitando variáveis como, contexto, propósito Divino, alvos, é a Voz de Deus, que devem ouvir, os que pretendem seguir a Cristo.

Então, se era tudo franco no jardim, exceto, determinada árvore, hoje, é tudo morto, com boas obras ou, sem, exceto, os que, malgrado a vida que lavaram, passaram pela cruz, arrependeram-se, se fizeram herdeiros da Graça de Cristo.

Muito se fala sobre lobos em pele de ovelha, para situar aos falsos; porém, salvação não é coisa de pele, é de alma. O Espírito Santo tem visão de “Raio x”, quanto a nós, dá discernimento. Ademais, basta observar a dieta dos bichos; ovelha não come carne
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