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segunda-feira, 2 de abril de 2018

A Deus o que é de Deus

“O efeito da justiça será paz, a operação da justiça, repouso e segurança para sempre.” Is 32;17
A paz como um bem não encontrável em si mesmo, antes, subproduto da justiça. Uma vez mais, socorro-me de Spurgeon: “Uma coisa boa não é boa fora do seu lugar.”
Inegável que paz é uma coisa boa. “Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens.” Rom 12;18 Há situações em que se torna impossível alcançá-la sem sacrificar a justiça.

Com o amor se dá o mesmo; em se tratando de pessoas se pode e deve amar aos inimigos até; entretanto, no prisma dos valores, às vezes o ódio é mais meritório que ele. “Tu amas a justiça e odeias a impiedade; por isso Deus, teu Deus, te ungiu com óleo de alegria mais que aos teus companheiros.” Sal 45;7 Alegria espiritual de Deus com Seu Campeão, entre outras coisas, por ele odiar à iniquidade. Do cidadão dos Céus, aliás, se requer algo parecido, é aquele, “A cujos olhos o réprobo é desprezado; mas, honra os que temem ao Senhor...” Sal 15;4

Tanto paz quanto amor são coisas ótimas, quando, se encontram em seus devidos assentos. Deparo às vezes com contorcionismos teológicos onde, em nome do amor aos inimigos, devo silenciar ante os vieses políticos promotores da iniquidade, afinal, sou Cidadão dos Céus, devo orar pelos que estão errados, e, não luto “contra carne ou sangue”. É vero, isso é bíblico. Não odeio aqueles dos quais discordo, mas, não raro, odeio o que eles defendem.

O Senhor também lutou contra os mesmos adversários espirituais, ninguém amou como Ele, entretanto, não deixou de dor nomes aos bois em se tratando das víboras, dos hipócritas, mentirosos e assassinos. O “Pai da mentira” e seus filhos.

Dizem que, Socialismo/Comunismo que era um regime ateu, nada ter a ver com esquerdismo, que defende “inclusão social”, socorro aos pobres, etc. Será?

No nosso contexto, a esquerda defende casamento gay, tentou impor o “Kit Gay” nos colégios, descriminação das drogas, aborto, ideologia de gênero, “arte moderna” profana; esses valores combinam com cristianismo ou ateísmo? Mais; esposa como “democráticos” os regimes de Cuba, Venezuela, Bolívia; Lula deixa claro seu sonho de unificar a América Latina, coligar-se com árabes e africanos para arrostar o “Imperialismo americano” e dominar a geopolítica mundial. Se, conseguirem, adeus liberdade de crença.

Outro dia, Evo Morales, pensando ter mais poder que, de fato, tem, tentou tolher o Evangelho por lá; ainda não foi dessa vez; mas, mesmo assim, é possível ser cristão e esquerdista, defendem. Não significa que os que não são esquerdistas agradam a Deus; na verdade a maioria não está nem aí; mas, aqueles trabalham contra; seu alvo é a “desconstrução dos valores judaico-cristãos da sociedade ocidental.” A promoção do “Marxismo Cultural”.

Eu sei, “A César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. Tenho dupla cidadania; como cidadão da Terra, me envolvo sim, com as coisas “de César”; pago altos impostos em troca de serviços pífios; os líderes políticos são meus empregados, não, meus donos. Não faço isso nos púlpitos, não uso espaços espirituais para combates terrenos, mas, não venham torcendo A Palavra para que eu tenha paz com os promotores do ateísmo; se, amar ao próximo é mandamento é o segundo; o primeiro é amar a Deus sobre todas as coisas.

Alguns dentro da Igreja Católica defendem a “Teologia da Libertação” segundo a qual, o Evangelho pleno demanda inclusão social dos excluídos, uma vez que Jesus teria feito “Opção pelos pobres”. Penso ter lido, “Pobres de espírito”, o que, incluiu Zaqueu, José de Arimatéia, Nicodemos, Jairo, Cornélio, gente de posses.

Esses, defendem, encorajam, quando não, participam das “pragas egípcias” do MST quando saem destruído tudo, em nome do seu “Evangelho Pleno”. Sua estrutura religiosa é o “Cavalo de Tróia” do comunismo. Mas, há quem lute contra, como o Padre Paulo Ricardo, e outros.

Para Marx, religião era “o ópio do povo”; como são pela descriminação das drogas, nem se importam em consumir um pouco, desde que em sua “viagem” enxerguem tudo vermelho.

Devemos evitar violência, e, a medida do possível ajudar alguém enganado a ver melhor; mas, nem venham com essa balela de acusar resistência de “discurso do ódio”, como se, para provar amor eu devesse prestar aquiescência ao abominável.

Infelizmente, não odeio à iniquidade tanto assim; às vezes me engana, parece prazerosa; mas, sempre que possível evitar seus prazeres mortais é saudável que se faça; eu e todos que querem herdar a vida eterna.

Não tenho culpa se “César” quer abortar filhos de Deus; só um pusilânime deixaria de lutar em legítima defesa pela vida; foi César que começou.

domingo, 16 de abril de 2017

Jesus foi anarquista?

“Eu sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe deve acrescentar, nada se lhe deve tirar; isto faz Deus, para que haja temor diante dele.” Ecl 3;14

Acrescentar, ou, tirar qualquer coisa do que Deus entregou pronto, completo, além da insana ousadia contra a Autoridade do Criador, traz a implicação blasfema de que Ele faz algo falho, que podemos melhorar.

Agur que deixou alguns escritos nos Provérbios pensava diferente: “Toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam nele. Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso.” Prov 30;5 e 6

Frequentemente deparo com ditos de “anarquistas cristãos”, gente que diz que O Próprio Senhor foi anarquista, revolucionário; por isso, teria sido morto.

Bem, o que significa a palavra anarquia? O prefixo a, em grego, é de ausência, negação. Assim, sem cérebro= acéfalo; sem moral=amoral; sem letras=analfabeto etc. Dessa fonte jorra anarquia. O termo arquia, deriva de “Archon” chefia, cabeça, comando, governo. Daí vêm palavras como, Arcebispo, arcanjo, autarquia, e claro, anarquia, que significa, sem comando, sem governo, sem autoridade sobre si. Será que O Senhor foi isso mesmo?

Paulo pensava diferente, pois, disse que Cristo, “esvaziou si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens, e, achado na forma de homem, humilhou a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.” Fp 2;7 e 8

A simples distinção entre anjos, serafins, querubins, arcanjos, principados, potestades, mostra hierarquia no reino espiritual. E, hierarquia nenhuma firma-se, senão, sobre o princípio da autoridade, devidamente obedecida, claro.

Cristo se fez homem, para nos redimir da queda, essa se deu, justo, por terem falhado, nossos pais, em observar a Autoridade do Criador; se, o “Segundo Adão” veio repor as coisas no devido lugar, necessariamente tinha que ser obediente às autoridades que Ele mesmo constituíra. Quando Pilatos gabou-se que tinha poder, tanto para libertar, quanto, crucificar Jesus, Ele não negou, apenas referiu a origem desse poder: “Nenhum poder terias contra mim, se, do alto não te fosse dado.”

Jesus foi “Revolucionário” no sentido de Ousado, veraz e perspicaz em denunciar a hipocrisia, corrupção das autoridades religiosas de então. Seus pleitos não eram com Pilatos ou Herodes, antes, o Sinédrio. “O que me entregou a ti, - disse, após reconhecer a autoridade de Pilatos – maior pecado tem.” Veio para tirar o pecado do mundo, não o reino de César da Palestina, como acusaram alguns. Aliás, disse: “Dai a César o que é de César...”

Pois, mesmo ante o sumo sacerdote, autoridade contra a qual, combatia seus desvios, quando desafiado sob juramento, O Senhor obedeceu. “Jesus, porém, guardava silêncio. Insistindo o sumo sacerdote, disse-lhe: Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, Filho de Deus. Disse-lhe Jesus: Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, vindo sobre as nuvens do céu.” Mat 26;63 e 64

Portanto, um “anarquista cristão” é tão lógico, quanto, um evolucionista cristão. Uma doutrina que nega a Deus, “casada” com outra que O afirma.

Paulo foi explícito quanto a necessária obediência às autoridades. “Toda a alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; as que há foram ordenadas por Ele. Por isso quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação. Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas, para as más. Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem, terás louvor dela. Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme; pois, não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, vingador para castigar o que faz o mal.” Rom 13;1 a 4

Quando diz que a autoridade é ministro de Deus, não significa que Deus aprova seus passos em particular, antes, que no exercício probo de sua função, faz algo que é Vontade do Eterno.

Quantos “fariseus” de hoje, crucificariam, se pudessem, ao Juiz Sérgio Moro, por exemplo? Acaso é um anarquista, um fora da Lei? Antes, é, justo, seu zelo pela lei e a ordem que o faz indesejável a tantos, cujos feitos os colocam em rota de colisão com ele. Desse modo, Cristo foi Revolucionário entre os religiosos de Seus dias.

Não nos enganemos; a ojeriza às figuras de autoridade, por bonitinha, charmosa que pareça, é a mais bela filha de satanás. Foi com ela que seduziu ao primeiro casal, e disseminou milhões de mortes ao longo da história. Quem deseja harmonia com O Senhor Jesus Cristo, rompa todos e quaisquer laços com assassinos. Sério assim.