domingo, 4 de março de 2018

O Lugar dos "Direitos"; da "Maria da Penha"...

“Uma coisa boa não é boa fora do seu lugar.” Spurgeon

Para cristãos, Charles Spurgeon dispensa apresentação. Aos demais, informo que foi um pregador batista, britânico que viveu entre 1834 e 1892; logrou ministério de tal relevância que ficou conhecido como o Príncipe dos Pregadores.

Pois bem, o contexto no qual disse aquilo foi da administração eclesiástica; ensinou que um bom líder deve se esmerar em conhecer seus liderados; delegar a cada um, funções ligadas às suas habilidades. Não esperar de um cantor, que pregue; ou, de um pregador, que administre, necessariamente. Mas, que cada um faça aquilo para o que dispõe talento.

Soa óbvio, mas, nem sempre é assim. As pessoas tendem a fazer uma leitura defeituosa de suas habilidades; não raro, se intrometem no que não sabem. O desafinado quer cantar; o desorganizado, administrar; o despreparado, pregar, etc. “Cada um fique na vocação a que foi chamado”, ensinava Paulo.

Pensando bem veremos que a frase serve aos demais aspectos da vida, não apenas nos atinentes ao cristianismo. Em qualquer contexto, uma coisa boa deixa de sê-lo, se, utilizada fora do lugar. Imaginemos o pneu do carro, uma coisa boa, porém, no lugar do volante; ou, vice-versa.

Há improvisações, as “gambiarras” que, eventualmente funcionam, mas, sempre com resultados, segurança, ou, durabilidade aquém, do caso de a coisa ter sido feita do modo adequado.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos surgiu num contexto pós-guerra, cujo fim era tolher tratamentos vilipendiosos, como os dos nazistas que, submeteram prisioneiros a verdadeiras cobaias. Fez-se um pacto internacional salvaguardando garantias básicas que nem sempre são observadas, em sistemas ditatoriais, sobretudo.

Contudo, essa mesma declaração que surgiu para evitar o vilipêndio da vida humana, tem sido evocado a cada dia em defesa de bandidos, como se, esses, descumpridores das leis fossem humanos; as forças policias que os coíbem, alienígenas, ou, coisa assim. Alguém já viu representantes dos “Direitos Humanos” assistindo à família de um policial morto??

O crime organizado tem deitado e rolado nas favelas do Rio, (deveria dizer comunidades para ser “politicamente correto”, mas, estou me lixando pra essa bosta) de tal forma que se exibem com armamento pesado de toda espécie; isso, em mãos de adolescentes e infantes, até.

A intervenção Federal virou mal necessário, infelizmente. Aí temos que conviver com a ciosa patrulha dos “Direitos Humanos” e uns pulhas da OAB RJ, com seu eufemismo barato de defesa dos direitos civis, quando, amiúde defendem mesmo, bandidos. Um cidadão de bem não teme autoridades nem se incomoda por ter que se identificar via documentos; marginais sim. Suas fichas sujas acabam aparecendo.

Ora, quem se posiciona a favor deles, não importa o rótulo que use; seja, Direitos Humanos, Ordem de Advogados, não passa de cúmplice. Assim sendo, os Direitos Humanos, aqueles primeiros, do pós-guerra, que são uma coisa boa foram abastardados a serviço de pilantras, e não sem motivo, na forma que vêm sendo evocados têm causado ojeriza da sociedade decente.

Outro dia testemunhei uma barraqueira, dessas mulheres que se comprazem em fazer escândalos na rua, metendo o dedo na cara de um idoso chamando-o de FDP para cima e desafiando-o a tocar nela; “Te boto na Maria da Penha” ameaçava. Os motivos da desavença não importam; digo, mesmo tendo razão não poderia agir assim.

A “Maria” estava fora do lugar. A Lei surgiu para coibir a violência doméstica, onde, homens covardes agridem consortes prevalecendo da maior força física. O espírito da Lei, pois, era fortalecer a parte mais frágil para que, desde então, ficasse protegida; uma coisa boa.

Porém, usada como vi, deixou de ser a salvaguarda do frágil, o seu lugar, para se tornar patrocinadora de agressões verbais de toda sorte. Assim, a “Maria” prostituída perde seu sentido. Se e fosse juiz e tivesse que julgar uma “bochada” no olho da “Maria” em casos assim, consideraria legítima defesa da honra.

Por fim, temos O Evangelho fora do lugar. Seu fim é a salvação das almas, individualmente, não, ser patrocinador de sistemas comunistas, como a “Teologia da Libertação”, tampouco, de ganância, como a “Teologia da Prosperidade”.

Em ambos os casos deixa de ser uma motriz espiritual para ser um vetor econômico. Seja, usurpando os méritos alheios, como no primeiro caso, seja, mercadejando “com Deus”, como, no segundo.

Cada coisa tem seu propósito específico; o cérebro, essa massa cinzenta intracraniana que alguns têm foi posta ali pelo Criador, para nos fazer capazes de discernir e entender as coisas. Quem não o usa acaba sendo usado por terceiros. Assim, os que são manipulados devem isso, mais, a sua indigência, que à arte do manipulador.

Pois, já dizia Plutarco: “A mente não é vaso para ser cheio; é um fogo a ser aceso.”

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