segunda-feira, 5 de março de 2018

A reconciliação

“Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo.” Rom 5;1

Desde a queda a situação humana é de inimizade com Deus.

Aquele que fora criado “Imagem e Semelhança” para ser filho dileto escolhera um “profeta alternativo” que o induzira à desobediência. Desde então, a maldição permeia a Terra que fora abençoada e seu governo entregue ao homem. Sua rebeldia ensejou que delegasse a outrem, tal governo. “... sois servos daquele a quem obedeceis... Rom 6;16

O Salvador tratou a oposição como “Príncipe desse mundo” reconhecendo-o como governante eventual.

Escolhendo novo deus para obedecer, a raça humana herdou a inimizade que ele nutre pelo Todo Poderoso, fazendo-se, também, inimiga de Deus.

Olhando superficialmente para as razões da queda veremos apenas desobediência, o que, já não é de pouca relevância. Entretanto, as razões da desobediência implícitas na sugestão do Capiroto são muito mais graves ainda.
Sugeriu que O Santo seria Egoísta, não querendo que eles fossem “Como Deus”; mais, Mentiroso advertindo de um risco inexistente, no caso, a morte.

Ao dar o “Grito do Éden”, além de independência rebelde estava no pacote a acusação que Deus seria Egoísta e Mentiroso. Como se diz, “desobediência é para os fracos; os fortes desobedecem e profanam”.

Adotando os passos sugeridos pelo canhoto o homem herdou sua inimizada profana também.

A Glória de Deus, Seu Caráter Fiel, Santo e Íntegro fora maculada de forma insana, suicida. Por isso, quando do nascimento do Salvador que viria “desfazer as obras do diabo”, o canto angelical trouxe: “Glória a Deus nas alturas; paz na Terra; boa vontade para com os homens.”

Glória a Deus atina à restauração da Justiça, pois, Ele é Digno de Glória; paz na Terra refere-se a restauração da relação com o homem que fora desfeita; Boa vontade à fonte de tal iniciativa, a Graça e o Amor Divinos que patrocinavam tal passo.

Assim, a Boa Nova, O Evangelho é o anúncio a toda criatura que mediante o Sacrifício de Cristo, em submissão a Ele, O Eterno aceita a reconciliar-se conosco. Pois, se Adão foi desobediente à morte, legando-a a toda descendência, O “Segundo Adão” Cristo, fez diferente: “Esvaziou a si mesmo, tomando forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; achado na forma humana, humilhou-se, sendo obediente até a morte e morte de cruz.” Fp 2;7 e 8 O estrago do que desobedecera pra morte foi reparado pelo Senhor ao obedecer à morte.

Desse modo, qualquer “Evangelho” que desconsidere isso, tenda para outro rumo, seja, para envernizar sistemas mundanos como se, Vontade Divina, seja, encorajar as ímpias cobiças como se os bens materiais fossem o alvo, é anátema.

Pois, “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; pôs em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que reconcilieis com Deus.” II Cor 5;19 e 20

O aviso a Adão fora: “No dia em que pecares morrerás.” Falava da morte espiritual, que, fez aquele que tinha prazer na comunhão com Deus se esconder ao ouvir Sua Voz.

Na reconciliação mediante arrependimento a vida perdida é restaurada. Sem ela, por religiosos que sejamos a inimizade permanece. “...aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus... aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.” Jo 3;3 e 5

A desobediência “deu vida” à morte; a submissão ao Salvador recoloca os pingos nos is; “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem vida eterna; não entrará em condenação, mas, passou da morte para vida.” Jo 5;24

Passar da morte para a vida em Cristo; eis o Evangelho!! Não, passar de empregado a patrão; de pobre a rico, de solitário a afamiliado, nada disso. São coisas que podem acontecer ou não; não estão necessariamente no pacote. O alvo é buscar O Reino e Sua justiça, não, as demais coisas.

As alternativas são: Aos salvos, restauração paulatina do estado primeiro de Adão onde tinha prazer na comunhão; aos demais, a situação pós-queda, onde ouvir a voz de Deus causava medo. Por irônico que pareça não precisamos coragem estritamente; a não ser, coragem de corresponder ao Amor Divino. “No amor não há temor, antes, o perfeito amor lança fora o temor; porque o temor traz consigo a pena; o que teme não é perfeito em amor.” I Jo 4;18

A Paz com Deus nos coloca em inimizade com o mundo e seu príncipe; mas, herdeiros de segurança eterna, não precisamos temer os blefes de um derrotado.

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