domingo, 28 de janeiro de 2018

Comunistas Cristãos???

“Não seguirás a multidão para fazeres o mal; nem numa demanda falarás, tomando parte com a maioria para torcer o direito. Nem, ao pobre favorecerás na sua demanda.” Ex 23;2 e 3

Parece que arroubos “democráticos” a gritaria das multidões, tampouco, “pecados sociais” tão abominados pelo comunismo, como, se, ser rico fosse defeito, ou, pobre, virtude, nenhum, digo, recebe mais consideração do Eterno que a promoção da justiça.

Isso de se organizarem em “movimentos populares” e invadir propriedades podemos dourar a pílula com nomes bonitos que desejarmos; ante Ele não passa de formação de quadrilha, roubo.

Deparei com um texto de alguém se dizendo teólogo católico; discursos de praxe da preferência pelos pobres, correção das distorções sociais, convocando as CEBs de Londrina e região para um evento; nas entrelinhas acoroçoando práticas como as do MST; usando O Nome do Eterno, como se isso tivesse Seu aval.

Claro que é legítimo que cada um acredite no que quiser, até mesmo, não acredite em nada. Entretanto, é estúpido por parte de uns, desonesto, de outros, quando, as crenças envolvem contradições, inverdades, antagonismos. Alguém se dizer evolucionista e acreditar em Deus ao mesmo tempo. Coisas excludentes; uma é a antítese da outra. Torcer para Grêmio e Inter num Grenal.

Sinceramente não consigo entender alguém que se diz cristão e esquerdista, quando é público que a esquerda defende ideologia de gênero, casamento gay, aborto, descriminação das drogas, ateísmo... Invariavelmente seus regimes descambam para o totalitarismo, como na Bolívia recentemente com a criminalização da fé tencionada pelo pilantra do Evo Morales.

A maioria dos alegados programas sociais deles tem fins demagogos, populistas e eleitoreiros; não passam de má gestão da coisa pública uma vez que são feitos sem critério, permitindo milhares de fraudes como se verificou no “Bolsa Família”.

Entretanto, admitamos a título de argumento que tais programas fossem coroados de mérito, no fito da dita “inclusão social”; ainda assim, rejeitaria, como cristão, a metástase social esquerdista, pois, seus defeitos no prisma moral e espiritual, supra-alistados, em muito superariam os méritos.

Para um cristão vero, bens materiais são “as demais coisas” não, prioritárias; pelo menos penso ter lido isso atribuído a Jesus Cristo: “Buscai em primeiro lugar O Reino de Deus e a Sua Justiça; as demais coisas vos serão acrescentadas.”

Isso sem falar que o comunismo por onde passou deixou perto de 100 milhões de mortos, na extinta União Soviética, China, todo leste europeu; também, republiquetas latinas, como Cuba e atualmente, Venezuela como se viu na morte de Oscar Peres e seus amigos que mesmo intentando se render, foram assassinados. Se dizem democratas como engodo para incautos que doutrinam, mas, têm vera ojeriza à alternância de poder, tanto que, perder o mandato por crime fiscal como se deu com Dilma, para eles é Golpe.

Não significa que os que não são de esquerda estão com Deus. Apenas, que seu aspecto democrático e liberal que premia a cada um segundo o mérito, e respeita direitos básicos como liberdade e propriedade, não conflita com os preceitos do Eterno; assim, um liberal que se converter ao Evangelho não carece abraçar contradições.

Quando o Mestre disse: “Bem aventurados os pobres de espírito” não precisamos um expert em hermenêutica ou, exegese bíblica para entender que nada tem a ver com a condição social, mas, espiritual; “pobres de espírito”; Zaqueu, Nicodemos, Jairo, Cornélio, José de Arimateia, o Ministro da Fazenda da Etiópia, etc, eram homens de posses; entretanto, pobres de espírito o suficiente para admitir a necessidade do Salvador.

Portanto, é falaciosa a versão dos padres comunistas da “Teologia da Libertação” que a intenção do Evangelho de Cristo seja a correção das disparidades sociais.

Os ministros idôneos são Embaixadores do Reino dos Céus, mensageiros de transformação interior, reconciliação espiritual não, comunistas ensinando roubar de uns e dar a outros. “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; pôs em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus.” II Cor 5;19 e 20

Portanto, se alguém se presume cristão, todavia, tem se engajado nisso como se fosse parte da Obra de Deus precisa urgente repensar; pois, foi enganado por gente pilantra, sem escrúpulos, manipuladora.

A igualdade em voga tencionada por Deus é que todos ouçam O Evangelho e reajam a ele. Nada valem as ditas lutas de classe, pois, O Criador trata com o indivíduo. A mudança da conversão até tem reflexos sociais, mas, sobretudo, muda o indivíduo salvo, pois, “Se alguém está em Cristo nova criatura é; as coisas velhas passaram e tudo se fez novo.” II Cor 5;17

sábado, 27 de janeiro de 2018

Liberdade de Expressão

“Simeão os abençoou, e disse a Maria, sua mãe: Eis que este é posto para queda e elevação de muitos em Israel; para sinal que é contraditado (uma espada traspassará também a tua própria alma); para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.” Luc 2;34 e 35

A espada que traspassaria a alma de Maria referia-se à dor que sentiria vendo o escândalo do Calvário. Dele, O Inocente traído uma lança traspassou o corpo, cravos, às mãos e pés. Isso tudo, porque O Eterno resolvera levar nossa liberdade de expressão às últimas consequências. “Para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.”

Embora, muitos tenham os pensamentos como coisas tênues, inócuas, inofensivas, até, são eles os patrocinadores das ações. É sobre a prancheta dos pensares que projetamos o edifício das atitudes.

Enquanto não houver uma mudança radical aí, por melhores que soem nossas ações, não serão mais que um verniz hipócrita edulcorando más inclinações, como se, decorar o “sript” da virtude, e, interpretá-lo bastasse para verter um devasso num santo.

Nossos pensamentos naturais tendem ao pecado, dado seu vício de origem, a carne. “A inclinação da carne é morte; mas, a inclinação do Espírito, vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois, não é sujeita à lei de Deus, nem, pode ser.” Rm 8;6 e 7

Não se trata, como vimos, de vontade, mas, impotência para obedecer; “não é sujeita... nem pode ser”. No mesmo contexto Paulo aludira à impotência servil de uma vontade até boa, mas, escrava do mal; “segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas, vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento; prende-me debaixo da lei do pecado que está nos meus membros. Miserável homem sou!...” Cap 7;22 a 24

Sendo esse o óbice inicial, falta de poder para agirmos segundo a consciência, o homem interior, essa é a primeira dádiva que O Pai lega aos que recebem Cristo. “a todos quantos o receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, da vontade da carne, nem, do homem, mas, de Deus.” Jo 1;12 e 13

Se, recebendo Cristo, agora posso agir como filho de Deus, obedecer à Sua vontade, careço conhecê-la. Para isso preciso crucificar pela fé a antiga autonomia do, “vós mesmo sabereis o bem e o mal;” sugestão de Satã, para refazer meus pensamentos segundo a Mente de Cristo, não, as carnais inclinações de sempre.

Isaías foi mui didático sobre isso: “Deixe o ímpio seu caminho, o homem maligno seus pensamentos e se converta ao Senhor que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque meus pensamentos não são os vossos; nem, vossos caminhos os meus, diz o Senhor. Porque assim como os céus são mais altos que a terra, são meus caminhos mais altos do que os vossos; e, meus pensamentos mais altos do que os vossos.” Cap 55;7 a 9

Seria até engraçado se, não fosse fatal, trágico, que certos “teólogos liberais” queiram “flexibilizar” à Palavra de Deus alterando pontos que julgam polêmicos, dada, a “moralidade politicamente correta” atual.

Conversão demanda renunciar meu modo de pensar para adotar o Divino. Senão, que diferença faz? Para que serve eventual status de cristão sem Cristo? Um pecador ímpio é só um perdido alienado do Pai; um pecador ímpio, mas, religioso, imiscuído, segue sendo alienado do Eterno, porém, com a agravante de ser profano. Acrescenta mais pecado aos seus muitos de antes.

Seu engajamento, pois, não deriva de uma tentativa de se amoldar às demandas santas; antes, serve ao inimigo, tentando atrair para baixo os que, pela Palavra estavam aprendendo a buscar as coisas de cima.

Os veros servos de Deus são transformados paulatinamente por Sua Doutrina; os que atentam contra a integridade, atualidade e fidelidade da mesma, por loquazes, modernos, atraentes que pareçam, escondem lobos sob seus lustrosos velos.

Claro que nossa mudança de mente é um processo longo e doloroso. Muitas vezes as antigas manias ainda nos incitam contra os ensinos do Santo; tropeçamos na ambigüidade de pensar correto e atuar de modo ímprobo. Mas, O Santo acende uma luz em nossas consciências sempre que isso acontece, chama ao arrependimento acenando com Seu perdão. Não precisamos permanecer prostrados se aceitarmos Sua Mão que nos levanta outra vez.

Enquanto o mundo, os políticos sobretudo, abusam da “liberdade de expressão” para serem desonestos, boçais, ridículos, desrespeitosos com pares e outros poderes, façamos uso da nossa para expressarmos, mormente em nosso agir, a Luz de Cristo; fazendo manifesto o que Ele, malgrado nossos muitos pecados, implantou em nossos corações.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Vendo Estrelas

“Quando você aponta uma estrela para um imbecil ele olha para a ponta do seu dedo”. Mao Tsé Tung

Embora as “estrelas” no céu vermelho do pensador asiático devessem sua luz ao sonho comunista assassino que ele implantou matando inocentes, abstraído o contexto, a frase em si é sábia.

Antagoniza dois tipos; o sonhador que consegue tocar o devir ainda intacto, e o imediatista, “aquele cujo Deus é o ventre”, em linguagem bíblica.

Jostein Garden autor de “O Mundo de Sofia” diferenciou assim; o simples que se ocupa das ninharias diárias como o preço da batata e do tomate; o de mente filosófica, que, não satisfeito com sua compreensão imperfeita do truque que criou o Universo, desvia seus olhos do “coelho” e tenta olhar nos olhos do “Grande Mago”. Além do fenômeno latente ousa tentar entender os Divinos motivos.

Aos primeiros basta o suprimento dos instintos animais; os outros têm fome de saber, entender o mundo, Seu Autor, e, se possível, relacionar-se com Ele de alguma forma.

Infelizmente esse tipo é raro; a maioria das pessoas é amoral egoísta, imediatista. Pouco se importa com valores, implicações remotas de suas escolhas, desde que, sua mesa e seu “findi” estejam plenos, no mais é “só alegria”.

Amoralidade não é imoralidade, embora, tenha seu parentesco; amoral é ausência de um vetor moral; imoral é o que contraria a moral estabelecida. Então, ao amoral, se a coisa o beneficia de modo imediato, pouco ou nada valem as consequências remotas, valores arranhados, etc. Se me beneficia – pensa – então é bom, danem-se as consequências!

Suas “investigações” filosóficas consistem em alguns compartilhamentos de ideias alheias; não que não sejam capazes de ter as próprias, mas, quiçá, partilhem da ojeriza ao trabalho pesado, como disse Henry Ford: “Pensar é o trabalho mais pesado que há; essa é a razão, talvez, para que, tão poucos se apliquem a isso.” Além do quê, o pensamento costuma excursionar mui distante, e, os prazeres sensuais pulsam tão perto.

Desse modo, voltando ao início, não adianta apontar “estrelas” para gente de olhares míopes, que, não consegue cogitar além dos suprimentos básicos instintivos.

Essa doença psíquica é o filão dos demagogos populistas que desde sempre manipulam ao gado imbecil com “pão e circo” como diziam os romanos.

Aí, ignoram pela conveniência atual o segundo estágio do Estado Paternal “socialista”; num primeiro momento, o da implantação, o “Pai” se faz provedor aos desvalidos, com financiamentos fáceis, fundo perdido, incentivo disso, daquilo, bolsa tico, fundo teco; o gado pasta gordo e feliz; “protegido”.

As consequências de patrocinar a vadiagem e desestimular quem gera riquezas não demoram tanto a surgir; então, o desemprego, e o arrefecimento do crescimento econômico começam ensejar protestos, como na Bolívia e na Venezuela; ( em escala menor no Brasil ) o povo passando fome começa tomar as ruas; o “Pai Estado” que esbanjou o que não devia para parecer bonzinho usa agora sua autoridade para restringir as liberdades dos filhos tolhendo direitos elementares, pois, já não há pão, e o circo a ninguém atrai se estiver com fome.

Eis a “Estrela” de Mao Tsé Tung revelando-se um imenso buraco negro! Aristóteles dissera: “A pior forma de desigualdade é considerar iguais aos que são diferentes.” Assim esse “igualitarismo” social à força acaba socializando a miséria, comunizando as privações, no fim, privação liberdade, até.

Ora, somos iguais na dignidade humana, nos direitos elementares, mas, socialmente funcionamos diversos. Uns são empreendedores, sonhadores, geradores de riquezas para si e oportunidades de trabalho para terceiros; outros são trabalhadores acomodados ao suprimento de suas carências de sobrevivência apenas. Tais, tão diferentes completam-se. Um precisa do outro.

Então invés de deixar cada um ser segundo sua índole, fomentar lutas de classes obra dois danos concomitantes entre as pessoas; força uns a ser o que não querem, e poda outros de voarem com as asas que trouxeram ao nascer. Como dizia Spurgeon, “Uma coisa boa não é boa fora do seu lugar.”

Então, aos meus olhos o tão odiado capitalismo faz mais bem aos pobres, gerando trabalho e garantindo a liberdade, que o cantado em prosa e verso, comunismo; coisa que a história confirma.

Alguém já viu um líder comunista pobre? Se, o capitalismo é o demônio como dizem, por que todos eles se apressam mediante roubo, corrupção, a viver no “inferno”?

Seus idiotizados foram treinados para ver estrelas na ponta dos dedos dos seus donos; cegos de fúria como os touros de Madri, nada conseguem ver, exceto, o pano vermelho que esconde quem se diverte às suas custas.

“Para a política o homem é um meio; para a moral é um fim. A revolução do futuro será o triunfo da moral sobre a política.” Ernest Renan

domingo, 21 de janeiro de 2018

Anitta e Pablo Vittar, a cereja

Hoje em dia, os homens parecem robôs, que são facilmente dominados por instrumentos de manipulação de massa. Tudo porque a filosofia, o ato de pensar e chegar a uma conclusão por reflexões próprias foi completamente abandonado no modelo educacional vigente.”
Roger Bottini Paranhos

Lembrei uma tirada do professor Pierluiggi Piazzi que defendia que os alunos devem saber a tabuada de cabeça, como foi em dias pretéritos. Alguém objetou: “Por que tabuada se existe calculadora? Ele redarguiu: Por que aprender andar se existe cadeira de rodas?”

A preguiça mental que faz escolher o caminho mais fácil jamais deve ser acoroçoada; pois, invés de ajudar, acaba atrapalhando. Tanto o indigente consome mantras que parecem solver os problemas da vida que, quando carece pensar ele descobre um deserto filosófico “inside”; uma espantosa incapacidade para a coisa, de modo que, vê nos manipuladores que o movem aos seus interesses um “oásis” para sua instante sede de tomar posição.

A dialética socrática que partia do, “Tudo o que sei é que nada sei.” nem sempre é bem entendida por quem a cita.
Não significa uma postura humilde, ou, admissão de ignorância do homem mais sábio de Atenas.

Ele queria que seus discípulos formassem seus conceitos por si próprios, não os comprassem enlatados porque alguém, presumidamente sábio vendia.

Assim, se um deles defendia a virtude ou, justiça como um valor bom, ele interrogava para saber o que o sujeito entendia por virtude ou, justiça; se, eventualmente a compreensão do pupilo era inexata ele o conduzia mediante interrogatório preciso até que o tal descobrisse sua incoerência no exercício do próprio raciocínio, invés de “comprar” pronto.

Um método, a meu ver, excelente, que deve estar excursionando alhures nalguma galáxia, pois, temos uma geração de “universitários” que se expõe com velas acesas introduzidas no rabo, ou, se reúne para aplaudir a “arte” de ver alguém mijando sobre outrem, nu.

Aí nos espantamos quando surgem “fenômenos” como Anitta e Pablo Vittar, como se fossem anomalias culturais; não são. São a cereja da torta de uma geração de mentecaptos, que, a castração das mentes impossibilitou a sublimação, o enlevo que a veia artística propicia; não podendo galgar ao nobre patamar da criatividade artística rebatizaram o lixo do porão como tal.

Então, “canonizam” “poesias” como a do tal Mc Diguinho; “Senta, senta, senta, pra mostra que cê é foguenta...” e similares. Como disse Marquês de Maricá, “De onde nada se espera é que não vem nada mesmo”.

Desgraçadamente a maioria dos incautos engajados foi doutrinada a pensar exclusivamente no aspecto econômico, e, ainda assim, usando vetores mentirosos.

Aí, governantes que “desconstroem” valores, promovem a indecência, são lenientes com o crime se tornam os preferidos, malgrado afanem o Erário como “nunca antes na história deste país”: afinal, seriam os “defensores dos pobres”. Dão, como se, suas, migalhas do muito que afanam no exercício do poder, e gloriam-se disso como os maiores benfeitores.

“Se um cão latir para você dê-lhe uma migalha; ele passará a farejar-te” disse o poeta Zeferino Rossa. Então, os “migalheiros” adestrados se dispõem a qualquer sacrifício em defesa de seus feitores, aos quais farejam e reputam heróis; pois, incapazes que são para o senso crítico repetem falas monótonas e exaustivas daqueles pelos quais seus micro-cérebros foram capturados.

Somos uma geração que não tem argumentos, tem bandeiras; que não tem miolos, apenas sentimentos derivados de paixões insanas; não do amor ao que é belo, probo e virtuoso. De cidadãos conscientes que deveríamos ser nos tornamos meros torcedores; e, a ignorância engajada consegue defender como se, puro sangue, qualquer pangaré pelo qual tenha sido aliciada e dele se feito plateia.

Certo que a corrupção grassa, e, em todos os partidos temos seus expoentes; uns, mais, outros, menos; porém, os ideologicamente idiotizados não conseguem separar o joio do trigo. Treinados que foram com as “sui gêneris” lentes bifocais, que, veem defeitos apenas “neles” e nos seus, virtudes.

Eis a maravilha enfeitiçadora! A poção do caldeirão ideológico! O sujeito bebe uns goles e passa e defender quem o rouba como se, quem o protege, fosse.

Basta uma olhadela por alto na ortografia que desfila nua nas redes sociais, para termos uma ideia do que a “Pátria Educadora” fez com essa geração.

Tá mais que na hora de chutarmos o balde; virarmos a mesa da joça toda; somos cidadãos, não queremos escudeiros que nos defendam, mas, servidores honestos, probos, que nos respeitem...

Desculpem, por um momento esqueci, do que tínhamos nos tornado... Somos um esboço de país, um gigantesco vácuo de educação e cidadania. A indigência de tantos anos não será reparada num estalar de dedos, tipo, “Ilumina-te Sésamo”.

“O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele”. Kant

A Eloquência do Ser

“... porque ele é o Deus Vivo que permanece para sempre; o Seu Reino não se pode destruir; Seu domínio durará até o fim. Ele salva, livra, opera sinais e maravilhas no céu e na terra; ele salvou e livrou Daniel do poder dos leões.” Dn 6;26 e 27

Essas palavras não são de profeta, sacerdote, ou, escriba da época; antes, do rei persa Dario que dominava sobre a conquistada Babilônia. Se, em Babilônia se cultuava o politeísmo eivado de idolatria, como o rei sabia tanto sobre o Deus Vivo?

Daniel saíra ileso da cova dos leões; o motivo que o fizera ser jogado lá fora a recusa em abortar a comunhão com seu Deus. Portanto, conclusão óbvia que saltou aos olhos do monarca é que o espetacular livramento fora Obra Dele, que, para tanto deveria ter mesmo os predicados mencionados pelo rei.

O primeiro deles, aliás, “Deus Vivo”; uma confissão tácita que, ídolos de feitura humana são meras inutilidades mortas que servem apenas como droga para tontear incautos.

Os que cultuam imagens sofismam como podem dizendo que são meios de chegar a Deus, quando Ele mesmo vetou isso; a diferença não é de credo apenas, como devaneiam alguns; é abissal. O Deus Vivo me fez; imagens eu mesmo posso fazer. Assim, a distância se estabelece do Criador do Universo, a uma criação pífia de um artífice frágil e imperfeito.

Entretanto, deixando por ora as imagens, quero me deter sobre a eloquência do exemplo, a loquaz mensagem do ser. O rei não ficou sabendo aquilo tudo por algum ensino de Daniel; antes, por vivenciar o testemunho abnegado de ousadia e fé que ele deu. Abriu mão da própria vida confiando em Deus; foi preservado ileso e isso falou alto aos ouvidos de Dario.

Muitos cristãos se equivocam nisso, na Glória de Deu julgando que a mesma consista em palavras. Não que seja um erro dizermos, Glória a Deus! Mas, O glorificamos deveras com nossos atos, nossas vidas, não, com coisas superficiais que podem ser oferecidas por qualquer um, mesmo que, falsas.

No Sermão do Monte O Senhor desafiou-nos a agir de modo luminoso espiritualmente; a Glória de Deus não verteria de nossos lábios, mas, do reconhecimento de outros, como Dario, no caso de Daniel, que Deus inspirou nossas ações. Disse: “Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador; dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem Vosso Pai, que está nos céus.” Mat 5;14 a 16

“Vós sois a luz...” Não foi pelo que Daniel disse que o rei foi iluminado, mas, pelo que ele era.

Paulo, não obstante seu vasto teor cultural, disse não ter feito uso disso para convencer aos coríntios, pois, o Reino de Deus não consiste em palavras, mas, demonstração de Espírito e poder. I Cor 2;4

Poder nem sempre é uma força “positiva” no sentido de fazer acontecer o que queremos; antes, capacidade de renúncia, entrega mesmo quando tudo ocorre ao avesso do desejado.

Atos, capítulo 15 traz um concílio apostólico para decidir sobre divergências doutrinárias que campeavam as igrejas da Ásia; quem as causou? “... ouvimos que alguns que saíram dentre nós vos perturbaram com palavras; transtornaram vossas almas, dizendo que deveis circuncidar-vos e guardar a lei, não lhes tendo nós dado mandamento.” V 24

Gente autônoma, intrometida; com palavras de transtornar almas, não, despertar para a vida.

Agora, vejamos os predicados dos que foram enviados pela Igreja: “Pareceu-nos bem, reunidos concordemente, eleger alguns homens e enviá-los com nossos amados, Barnabé e Paulo, homens que já expuseram suas vidas pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo.” VS 25 e 26

Poder para blá blá blá qualquer linguarudo tem; mas, para expor a vida por amor a Cristo só os que forem cheios do Espírito Santo, Dádiva do Deus Vivo.

Palavras divorciadas dos atos são muito piores que o silêncio. Esse é apenas vácuo, muitas vezes criativo, dando preferência à observação, aos pensamentos; porém, as falas, desconectados do agir fomentam a hipocrisia; a vaidade de parecer o que, sabemos que deveríamos ser, mas, nem ousamos tentar.

Paulo depreciou a uns assim: “Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis e desobedientes, reprovados para toda a boa obra.” Tt 1;16

Em suma, o que é fala mui profundo até sem palavras; o que não, faz uso das mesmas para tentar esconder a nudez; esse tagarela mesmo falando muito, nada diz; o ser dispensa artifícios, acessórios; pois, a beleza da verdade lhe basta.

sábado, 20 de janeiro de 2018

Guardar a Fé

“Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada...” II Tim 4;7 e 8

Esse é um dos textos preferidos dos oficiantes de autos fúnebres, embora, muitas vezes o finado tenha se ocupado mais em guardar outras coisas que a fé.

Tendemos a guardar com mais zelo aquilo que nos tem mais valor. Em nosso trabalho, quando carecemos sair do ambiente por alguma razão deixamos alhures as ferramentas ordinárias, mas, as elétricas que são mais valiosas guardamos em local seguro. A ideia é que as coisas vulgares nem tememos perder; as caras, sim.

Pois, o apóstolo estava perdendo a vida terrena e sentia-se seguro, uma vez que guardara o seu bem mais valioso, a fé. Não se tratava masoquismo suicida; antes, certeza de vitória; “... a coroa da justiça me está guardada...” Esse é um traço indelével da fé saudável; induz-nos a fazermos nossa parte, certos que a Divina está feita, dada a fidelidade de Deus.

Todavia, dentre os que afirmam crer, nem todos compreendem bem que significa guardar a fé. Para tais, a fé é uma espécie de otimismo espiritual, uma confiança solta, sem raízes, de que as coisas “darão certo,” desde suas perspectivas, não, da Divina.

Guardar a fé não é estritamente continuar acreditando em Deus. É viver Seus preceitos, malgrado, as circunstâncias, relacionar-se com O Santo nos Seus termos, não obstantes as oposições do mundo, as pressões do “politicamente correto”, nem, as perversões doutrinárias dos que maculam a Sã Doutrina.

Quando Judas em sua epístola exortou seus coevos a guardar a fé, não o fez no sentido de que eles continuassem crendo, apenas; mas, que seguissem crendo igual, e, recusassem as inovações doutrinárias dos que se misturaram; “Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos. Porque se introduziram alguns, que já antes estavam escritos para este mesmo juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus; negam a Deus, único dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo.” Jd vs 3 e 4

Assim, guardar a fé não é perseverar em expectativas otimistas, mas, protegê-la como um bem precioso, que é; lutar com todas as forças contra os que tentam pervertê-la.

Para muitos o supra-sumo da civilidade é a hipocrisia. Concordar com todos, não discutir, não polemizar; fingir concordar com o que discordamos; fugir do necessário confronto.

Ora, os que isso fazem patenteiam por seus atos suas escalas de valores. Deixam a fé exposta como uma ferramenta vulgar, sem valor; guardam com zelo sob a lustrosa capa da falsidade a convivência harmoniosa com ímpios, como se esse fosse o valor magno a ser preservado.

Não falo de polemizar pela polêmica em si; tampouco, de sermos deselegantes, intratáveis. Porém, só um completo pusilânime deixaria a fé à qual encomendou sua vida ser vilipendiada, sem, por ela lutar. Sempre que um herege colocar suas cartas na mesa, um fiel zeloso precisa pagar para ver, invés, de ser por derrotado por mero blefe. Isso é guardar a fé.

Muitos devaneiam que carregar a cruz seja suportar pessoas de difícil trato que fazem parte de seus existenciários; não. É mortificar nela o maior traidor que ameaça nossa salvação, que, tão caro custou ao Senhor, o “si mesmo”. Quando evito os necessários embates para manter o ambiente estou pensando em mim; fugindo da cruz; contudo, se, uso a Gloriosa Espada do Espírito em defesa da fé atuo como soldado de Cristo; a Causa Dele é também minha desde que abracei a fé.

O negar a si mesmo demandado pela fé sadia é tão cabal, que, nem mesmo a morte ameaça uma mudança de planos, como se verificou na saga de Paulo. Contudo, os “fiéis” de nosso tempo saltam longe do redil dos salvos por uma contrariedade mínima, ou, uma frustração qualquer dos seus planos, mesmo tendo dito aceitar para si os planos de Deus.

Embora a Salvação seja Obra da Graça Divina tem seu consórcio com a justiça; isto é; demanda dos crentes um agir de acordo com a fé professada, pois, a coroa prometida é da justiça, não, da esperança, ou, do otimismo.

Muitos planos nossos serão frustrados se, desejamos mesmo pautar nossas vidas pelos de Deus. Senão, que diferença faz? Um perdido religioso frequentador de igrejas é tão perdido quanto um ateu, ou, um devasso qualquer.

Se, queremos deveras, guardar a fé precisamos deixar expostas nossas reles ilusões; pararmos de alimentar expectativas malsãs e confiarmos em Deus. “Entrega teu caminho ao Senhor, confia Nele e Ele tudo fará. Fará sobressair tua justiça...” Sal 37;5 e 6

sábado, 13 de janeiro de 2018

A identidade moral

“Se este não fosse malfeitor, não te entregaríamos.” Jo 18;30

Pilatos quisera conhecer qual acusação pesava contra o prisioneiro Jesus. Foi como se dissessem: Não precisamos entrar em detalhes; nós decidimos que Ele é mau, portanto, assim é.

O relativismo; ausência de um Absoluto que possa pautar por si os valores nos deixa à deriva; cada um decide por si o bem e o mal. Aquilo que contraria meus interesses, quaisquer que sejam é do mal; o que os favorece é do bem.

Socialmente temos um conjunto de regras, a Constituição que visa estabelecer valores de convívio; adequar-se aos mesmos é o esperado do cidadão, enquanto, quem transgride é marginal.

Se, as leis acabam privilegiando alguns e há quem as consiga burlar é outro aspecto; mas, em si um código que estabelece parâmetros comuns tem o mérito de evitar que cada um pretenda impor-se alheio aos direitos dos demais, e, aos próprios deveres.

Cheias estão as redes sociais de vídeos de gente que acha que Lula é inocente, perseguido político; Moro e Deltan seriam os perseguidores a serviço do utópico “sistema” que o quer alijar das próximas eleições. Chamam-nos de bandidos; ameaçam promover o caos caso o TRF 4 confirme a sentença dia 24 próximo.

Assim seria um mundo sem leis, pelo menos, sem a observância delas; lançaria tudo num barbarismo cívico onde quem gritasse mais alto, ou, fizesse mais dano, se, contrariado, estabeleceria a “Lei”. Como é em Cuba, Coréia do Norte, Venezuela... Quem se opõe ao Governo por discordar dele é do mal; acaba preso, quando não é morto.

Embora a música favorita dos “socialistas” é que eles priorizariam pobres e são democratas, na prática cercam-se das benesses dos ricos subservientes, manipulam a pobreza com migalhas estatais e não sabem conviver com oposição. Quem pensa diverso não é um cidadão com visão política alternativa; é inimigo; precisa ser enxovalhado em sua reputação, como fazem com Bolsonaro, ou, morto mesmo, em casos mais extremos.

Pois bem, esse é o mal mais gritante da ausência de Absoluto; deixamos de ter valores para ter interesses. A diferença é abissal.

Suponhamos que eu acredite em determinado político por pensar comungar com ele dos mesmos valores; honestidade, sobretudo. Mas, um fato qualquer revela que era um mascarado desonesto. Meu apreço pela honestidade segue intacto, é inegociável; mas, o falso que me enganava jogo no lixo.

Porém, quem tem interesses invés de valores, pelejará às últimas consequências pelo corrupto de estimação, pois, mesmo não tendo valor nenhum, serve ao implemento dos mesquinhos interesses de outro depreciável que, com aquele se identifica.

A doentia sede de poder que assola aos humanos faz do semelhante um potencial inocente útil a ser manipulado; nos ensinos de Cristo, o próximo deve ser tido na mesma consideração que temos por nós mesmos. Assim, a Lei tanto é boa quando me favorece; quanto, quando o favorecido é ele. É cidadão como eu; não, uma coisa minha a meu serviço.

Por isso, invés da “desconstrução dos padrões heteronormativos da família cristã”, sonho “progressista” da esquerda, os veros cristãos tendem a preservar as coisas nos Padrões Divinos, não por serem mais que outrem, mas, por estarem cientes de quem Deus é.

Alterar o que Ele disse é inversão de valores suicida, e, amamos viver. “Ai dos que ao mal chamam bem, ao bem mal; fazem das trevas luz, da luz trevas; fazem do amargo doce, do doce, amargo! Ai dos que são sábios aos seus próprios olhos, prudentes diante de si mesmos!” Is 5;20 e 21

Chamam-nos, fundamentalistas por termos os preceitos bíblicos como fundamentos; radicais, por lutarmos por eles, mesmo, ante as adversidades. Deveríamos nos envergonhar disso, de crermos que Deus é o Senhor e nossa honrosa condição é de servos Dele?

Vendo mais de perto, pois, chega-se ao cerne da questão; a luta é milenar e espiritual; é travestida de atual, política, porque uns são manipulados pelo mestre em cegar mentes, que o faz para ter peões a seu serviço.

Não concluam os apressadinhos que eu disse que, tal partido é de Deus; outro, do capeta. Não estou falando de partidos, mas, valores. Qualquer pessoa, de qualquer sigla que se levantar contra os Valores Divinos expressos em Sua Palavra está de mãos dadas com o Capiroto.

Isaías vaticinou um tempo de lideranças fracas, inversão de valores, maldição; “... o mundo enfraquece e murcha; enfraquecem os mais altos do povo da terra. Na verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido leis, mudado estatutos, e quebrado a Aliança Eterna. Por isso a maldição consome a terra...” Is 24;4 a 6

Nossas identificações mostram quem somos; um homem sem valores é homem, sem valor...

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

O Dom de Línguas

“Porque o que fala em língua desconhecida não fala aos homens, senão, a Deus... Mas, o que profetiza fala aos homens, para edificação, exortação, consolação. O que fala em língua desconhecida edifica a si mesmo, mas, o que profetiza edifica a igreja.” I Cor 14;2 a 4

O dom de línguas é assunto polêmico no meio cristão. Há tanta mistura de coisas indignas, que, muitos, decepcionados passaram a rejeitá-lo como se, genuíno, não fosse.

Para a teologia pentecostal clássica, o dom é a evidência inicial do batismo no Espírito Santo. Embora tenhamos os eventos de Atos onde se verificou em profusão, não basta para fazer disso, uma regra.

O Senhor e João Batista eram cheios do Espírito; entretanto, não há registro que falaram línguas. Estevão, idem; quando Lucas diz que não podiam resistir ao “Espírito com que falava” atina ao dom da Palavra da Sabedoria no qual se expressou de modo ímpar. Saul quando foi cheio do Espírito passou a profetizar; essa foi a evidência do Espírito na vida dele.

O fenômeno o dom de línguas é genuíno, atual; mas, não universal entre os crentes; isto é, não precisam tê-lo, todos, como se fosse um selo de aprovação espiritual, pois, não é. Nenhum dom é. São os frutos que identificam a árvore, como disse O Mestre; Paulo ampliou noutras palavras: “Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus; qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

Já vi demônios imitando o dom de línguas, mas, com discernimento de espírito e autoridade na vida do ministro foram fingir noutros terreiros; já vi pessoas sem o dom fingindo ter como se fosse sinônimo de espiritualidade; também gente que possuía deveras, mas, por falta de experiência, maturidade, fazia mau uso. 

Entretanto vi também homens cheios de autoridade, mediante o quais O Senhor falou poderosamente com alguém, ou, com a igreja toda, assessorado pela interpretação. Mas, o que vi, observaria alguém, são minhas experiências, não, fundamentos. É. Mas, a Bíblia endossa isso sem minhas experiências.

Há uns que parecem ter visto e participado do que era fraudulento apenas; despertos saem decepcionados, concluem que tudo é fraudulento; não raro, falam com desdém fazendo piadas rasteiras sobre os pentecostais e sentindo-se os novos reformadores.

Ora, em nenhuma área há mais falsificações que na da palavra; heresias campeiam por aí, nem por isso abdicam eles da Palavra; antes, usando o próprio dom visam escrutinar e separar o falso do verdadeiro. “Examinai tudo, retende o bem”.

“O que fala em línguas edifica a si mesmo”; a igreja congregada é um corpo, não é hora do “si mesmo”; daí, fale consigo mesmo e com Deus, ou, esteja calado na igreja se, não houver intérprete; simples assim. Mas, para chegar a essa “simplicidade” é preciso ensino, disciplina, exemplo.

“O que profetiza é maior que o que fala em línguas;” pois, esse busca edificação da igreja, enquanto o outro, a própria. Se, a estatura espiritual de alguém se verifica a partir de seu altruísmo, escarnecer outrem, sentir-se superior por dominar melhor certo dom é sintoma de nanismo espiritual, não, de maturidade.

Sei que em determinados ambientes a coisa é uma espécie de “Vaca Sagrada”, mas, a carência é de ensino, não, de desprezo. Não falo dos retetés da vida onde até o espírito é estranho.

Outra coisa que escandaliza muitos é a falta de caráter, frutos, de uns, que, há pouco estavam linguarudos no templo; fora dele sua palavra e seu exemplo não valem nada. Claro que é grave.

Mas, parte disso deriva de uma compreensão errônea do próprio escandalizado. Era só um dom mal usado, não um selo de santidade. O simples mencionar o Nome de Cristo, como vimos acima, deveria nos apartar da iniquidade, com, ou, sem dons. Mas, escolhemos nossos escândalos favoritos.

Deparei com o texto de um “Neo-reformador” desses, onde esculachava grosseiramente dos “pentecas;” isso, num site secular, não, cristão; fazia humor.

Aquilo me incomodou, pois, associava o dom de línguas às heresias doutrinárias necessariamente. Desafiei-o a ler meus escritos; estão permeados de minha compreensão teológica, seja boa, ou, não; no devido lugar, entre cristãos, não aos olhos ímpios, poderia me ajudar, me corrigir. Faz uns cinco anos, ainda não apareceu; inda estou privado de tão preciosa ajuda.

Pois, recebi do Senhor o dom de variedade de línguas, fiz as criancices inicias, depois, cresci. Não atrapalha minhas ministrações na igreja, no rádio, e ajuda em minhas orações quando a mente está cansada.

Eu sei; são minhas experiências; é o meu dom de línguas; não me faz melhor que ninguém; tampouco, pior, que uns e outros que carecem doma de línguas.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

"In dubio pro reo"

Essa máxima do direito romano significa que, em caso de dúvida o julgador deve decidir a favor do acusado, pois, o princípio da liberdade é superior ao direito punitivo do Estado.

Muitos culpados acabam inocentados por falta de provas em atenção a isso; o que torna quase impossível um inocente ser condenado, salvo, em circunstâncias mui especiais; um conjunto probatório imperfeito; exercício de defesa mal executado, coisa rara, impensável, até.

O crime, por sua própria natureza esgueira-se alheio às regras socialmente convencionadas, de modo que desejar como provas, documentação timbrada de ilícitos não é a função da justiça. Ouve testemunhas, investiga indícios, constata evidências, circunstâncias; em cima disso forma sua convicção.

Dizemos desde sempre que o pior cego é o que se recusa a ver. Pois bem, certas pessoas, da esquerda, sobretudo, têm uma dificuldade histórica para lidar com os fatos.

Parecem crer na máxima do ministro do propaganda nazista, Joseph Goebbels, que “uma mentira repetida muitas vezes torna-se verdade”. Coisa que carece de comprovação, pois, essa própria ideia foi exaustivamente difusa desde que saiu de seus lábios, e ainda me parece crassa mentira, grotesco erro.

Mas, voltando aos esquerdistas, os fatos, a tirania, o testemunho dos que sofrem, têm feito o mundo todo ver que Cuba e Venezuela são duas ditaduras opressoras, no entanto, para eles, e só para eles, são dois regimes “democráticos” exemplares.

Sua “Comissão da Verdade” requentou os já conhecidos atos do Regime Militar, uns, justos, outros não, mas, omitiu perto de 150 mortes praticadas pelos sediciosos de esquerda em atos de terrorismo. Eis a sua “Verdade”!

Dilma escondeu enquanto pode um rombo estratosférico nas contas públicas com gastos infinitamente acima do permitido pela Lei de Responsabilidade fiscal; julgada por isso sofreu um “Golpe”. Eis a sua justiça!

Tiveram quatro mandatos majoritários seguidos, com Congresso venal que nunca lhes fez oposição de fato; fizeram e aconteceram como lhes aprouve. O Governo que temos ainda é resíduo deles, mas, posam de oposição; os imensos rombos nas contas públicas, no BNDS, Fundos de Pensão, Petrobrás; resultado de seus 14 anos de “trabalho.”

Olham pra isso de fora, como se nada tivessem a ver; ainda ousam apresentar Lula como a solução para “O Brasil voltar a sorrir”. Desse modo, eles são a causa do desequilíbrio econômico, roubalheira, desemprego, do “upgrade” no Risco Brasil e a solução ao mesmo tempo. Eis a sua lógica!

Agora que Lula foi preliminarmente condenado com sobejo corpo de provas por juristas isentos, tentam politizar o julgamento em 2ª instância, pressionando com mantras como: “Eleição sem Lula é Fraude”. É? Tivemos duas recentes sem ele; a Dilma ganhou, portanto devem estar reconhecendo que as urnas eletrônicas foram responsáveis pela “unção” da estocadora de vento... (?)

Sem essa de ser julgado nas urnas; eleitores são ignorantes manipulados por marqueteiros, e isso atina apenas a ações políticas, não a questões criminais que pertencem aos tribunais.

Não entendo, honestamente, o cérebro de um esquerdista, admitindo que o tenha. Votei em FHC, foi até bom seu governo, mas, depois que passou a dar declarações alinhadas aos corruptos, defender descriminação das drogas perdeu meu respeito; meu voto, caso se candidate de novo; votei em Aécio, se revelou um corrupto igual à maioria; idem, já era.

Parece que é isso que espera de uma mente saudável. Comete erros equívocos dado que, imperfeita, mas, quando pode ver se redime, muda. Um esquerdista da gema jamais faz isso.

Parece que, ser de esquerda é uma qualidade tão sublime que coloca acima da Lei, do bem, e do mal.
Seus ladrões nem são ladrões; são “Guerreiros do povo Brasileiro”; seus ditadores assassinos são apenas “democratas libertários” combatentes do imperialismo.

Seus próceres que afrontam leis não são julgados, são “golpeados”; bandidos cabeças, não são bandidos, são “perseguidos políticos”; defendê-los não equivale a ser cúmplice de ladrões, antes é “defender a democracia”...

E pensar que alguns são denominados “intelectuais de esquerda”... não consigo ver como atua o intelecto com tais afrontas à razão, à lógica, à coerência, à ética, aos fatos, à história...

A “moral” do “Rouba, mas, faz” é coisa de canalhas; e a ideia de governar para os pobres é falácia para mentecaptos. Um governo competente cuida dos pobres, sem vilipendiar que lhes gera emprego, os ricos; e pobres vagabundos, os que burlam ao ”Bolsa Família” sem necessitar, e os que vivem parasitando como o MST tem que ser exemplarmente punidos, não, incentivados.

Se, são mesmo democratas como dizem, deixem vir a saudável alternância de poder. Tiveram quatro mandatos, já sabemos o que podem. Nós queremos e merecemos muito mais, embora, demoraremos uma década com um governo probo, bem saudável, para voltarmos onde já estávamos quando o PT assumiu em 2002.

domingo, 7 de janeiro de 2018

Salvação, contra a torcida

“Eis que chegou um homem de nome Jairo, que era príncipe da sinagoga; prostrando-se aos pés de Jesus rogava-lhe que entrasse em sua casa; Porque tinha uma filha única, quase de doze anos que estava à morte...” Luc 8;41 e 42

Toda oposição que O Senhor enfrentou tinha direta, ou, indiretamente as digitais dos religiosos. Se, eram o romanos que o assediavam, eventualmente, o faziam acossados pelos Saduceus, ou, Fariseus.

Tanto, o Senhor era “persona non grata” aos olhos deles que, Nicodemos, um membro do Sinédrio quando desejou entrevistar-se com Jesus o fez de noite, para, se possível, não ser visto por seus pares.

Entretanto, acima, encontramos Jairo, o príncipe de uma sinagoga prostrado aos pés de Jesus rogando sua Graça. Se, os demais Fariseus soubessem tinha tudo para perder seu posto de principal; quiçá, seria até expulso da sinagoga como era ameaça corrente.

Infelizmente, assim como Jairo a maioria das pessoas pauta-se por certa ambigüidade; uma escala de valores, um tipo de postura para as horas de calmaria; outro, para momentos de abalos emocionais. Todas as suas conveniências sociais e religiosas perderam importância; de repente, ante o risco de perder sua filha jogou no lixo as convenções o prostrou-se aos pés de quem o poderia ajudar. Sua ousadia foi recompensada, pois, sua filha já falecida foi restaurada à vida pelo Senhor.

Há um ditado que diz: “É na tempestade que se pensa no abrigo”; Porém, não se pensa num inexistente, antes, um que foi planejado e feito prevendo intempéries. E, como disse John Kennedy, “Devemos reparar o telhado quando o sol está brilhando.” De outra forma: Se, quando a Terra treme até ateus gritam: “Meu Deus”! Ou, se para momentos de dor, perdas, catástrofes, Deus nos parece um socorro necessário, por que, nas horas de calmaria O ignoramos?

Uma cena bem didática é observar a plateia num auto fúnebre, quando, o ministro tem o que dizer, da parte de Deus; mesmo os que dizem não acreditar, os que acreditam e não obedecem, todos bebem com sofreguidão cada palavra; mostram em suas retinas umedecidas, quanto carecem ter esperança, sobretudo, em horas assim.

Que adiantaria darmos voz ao ateísmo? Nada teria a dizer; pelo menos, nada que atenuasse a dor, que ensejasse algum alento. Nas horas de calmaria destruíram o possível abrigo; chegou o vendaval da morte e ficaram expostos.

Tendemos a ser muito naturais, malgrado, tenhamos espírito. O Mestre falou do Novo Nascimento ao príncipe Nicodemos; ele cogitou voltar ao ventre materno; viu as coisas do espírito com olhos da carne; igualmente o carcereiro de Filipos que, quando um terremoto abalou a cadeia onde Paulo e Silas injustamente presos cantavam louvores, ao ouvir de Paulo que estavam todos ali, ninguém tinha fugido, perguntou: “O que eu faço para me salvar”?

Embora pareça que ele fez uma pergunta espiritual, não foi o caso. A salvação que tinha em mente era da vida natural que corria risco de execução, se, os presos fugissem. Porém, Paulo bancou o desentendido e apresentou algo mais valioso que mera salvação natural; “Crê no Senhor Jesus e serás salvo; tu e tua casa”.

É lógico pensarmos que ninguém deixará um lugar onde se sente seguro, exceto, se, algum tipo de abalo o forçar a isso. Por essa razão Deus enviou Sua Palavra, que, menciona mais vezes o inferno que o Céu; a ideia é abalar mesmo; fazer pó de nosso enganoso refúgio da justiça própria, ou, heresias várias e deixar patente que, ou, recebemos Jesus como Salvador e Senhor, ou, eterna perdição nos aguarda.

Nas filas da “Mega da Virada” se podia ver muitos sexagenários fazendo sua fezinha, como dizem, querendo “ficar ricos”. A maioria deles tem já patrimônio sobejo para os poucos dias que lhe resta nessa terra, mas, sonham aumentar a bagagem que será deixada na viagem final.

Nuances da cegueira de quem passou a vida todinha alheio a Deus; mesmo se aproximando a hora de prestar contas a Ele, gasta as últimas porções do fôlego de vida correndo atrás de pó.

Quem chega a idade avançada nesse vale de lágrimas, por certo, passa por muitos abalos emocionais. Entretanto, chegando a ela sem ter restabelecido relacionamento com Deus, tende a petrificar o coração e partir assim.

Talvez por isso, Salomão via nos ambientes fúnebres mais proveito que nos oba-obas festivos e inúteis; “Melhor é ir à casa onde há luto, que, ir à casa onde há banquete; porque naquela está o fim de todos os homens; e os vivos o aplicam ao seu coração.” Ecl 7;2

Foi o medo de perder uma vida cara que forçou Jairo a ignorar a torcida e se prostrar ante Jesus; quanto vale sua vida pra você?

sábado, 6 de janeiro de 2018

O Papa e o "Jesus Metafórico"

“A última afirmação polêmica do Papa Francisco – “Jesus é metafórico, não literal”- empurrou a Igreja Católica à beira do motim aberto, com múltiplos cardeais do Vaticano no registro declarando que o Papa Francisco é o Falso profeta predito na Sagrada Escritura e profecia.”

Esse texto encontrável em vários sites, inclusive no Youtube repercute o que o Papa teria dito numa missa recentemente.

“Metafórico” isto é: produto de uma metáfora. Mas, o que é isso? Metáfora é uma figura de linguagem onde se usa uma palavra ou expressão não em seu sentido comum, mas, visando uma relação de semelhança entre dois termos.

A semelhança pretendida é tal, que os dois, o comparado e o comparando fundem-se como se fosse um só. Por exemplo, nas palavras de Jesus: “Eu Sou A Porta;” a ideia mais ampla está expressa noutra parte: “Ninguém vem a Pai senão por mim.” A figura, ou, metáfora usada foi a porta.

Se invés disso tivesse dito: Eu Sou “como” uma porta, deixaria de ser metáfora e se tornaria símile. Esse é uma comparação por semelhança de objetos que seguem separados; aquela, a metáfora, uma fusão num objeto só; Eu sou a Porta. Não, “como” uma porta.

Derivam daí outros métodos literários especiais que não são tão concisos; isto é, tão resumidos. Uma alegoria é uma metáfora ampliada, como a história da videira de Isaías cap 5; uma parábola é um símile ampliado; ou seja, uma comparação mais extensa, como a do Semeador, por exemplo.

Assim, se Cristo é metafórico como pretende o Papa, deixa de ser uma pessoa literal, histórica para converter-se apenas num ideal religioso-espiritual derivado de rabinos da época; será?

Se assim fosse poderíamos descartar toda a Bíblia como indigna de confiança, pois, invés de plasmar mero ideário religioso narra a gravidez de Maria, o censo de César Augusto, o nascimento, a visita dos sábios, a fuga para o Egito, o retorno; por fim, os feitos, ensinos, mandamentos e a morte do Mestre.

Como não a descartamos ainda, a Bíblia, ouçamos o que ela diz a respeito: “Amados, não creiais em todo o espírito, mas, provai se são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne ( é uma metáfora) não é de Deus; mas, é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e, já está no mundo. Filhinhos, sois de Deus, já os tendes vencido; porque maior é o que está em vós que, o que está no mundo. Do mundo são, por isso falam do mundo e o mundo os ouve.” I Jo 4;1 a 5

Não se trata de disputa religiosa de superioridade de A sobre B. Apenas, o eterno gládio que vem desde o Éden, da verdade contra a mentira. E, se identificar ambas contrapondo o que procede de Deus ao que, vindo de fonte espúria o contradiz. Aliás, os próprios cardeais católicos ficaram desconfortáveis ao ouvir seu líder falar isso.

Não nos apeguemos a pessoas, tampouco, religiões; essas não nos podem salvar. O Papa Falando agrada gays, islâmicos, budistas, hindus, judeus ortodoxos, “do mundo são, por isso falam e o mundo os ouve”... afinal, diz, todos estariam certos à sua maneira.

Entretanto, O Senhor Jesus Cristo, Deus Feito homem, disse dos Seus: “Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou. Não peço que os tires do mundo, mas, que os livres do mal. Não são do mundo, como eu do mundo não sou.” Jo 17;14 a 16

Depois de ressurreto mandou que se pregasse o Evangelho a toda Criatura; de modo que, todos estão perdidos sem Ele; não se comove com nossas inclinações naturais, nem com predileções religiosas; antes, É, vive e anuncia a Verdade.

Jesus rogou que O Pai mantivesse Seus servos separados do mundo; o meio eficaz pra isso é, justo, a observância da Palavra; “Santifica-os na verdade; tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei. Por eles santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade.” VS 17 a 19

Infelizmente muitos se impressionam com deferências humanas, cargos, vestes, opulências várias; isso não vale nada. Como disse Paulo: “Nada podemos contra a verdade, senão, pela verdade”.

Deus não faz concessões como se agrupar religiões perversas fosse Seu alvo; apenas perdoa e recebe aos arrependidos que são aceitos no Rebanho Universal do Único Pastor, Jesus Cristo. Quem estiver fora disso está fora, literalmente.

Religião ou comunhão?

“... Não foram dez os limpos? Onde estão os nove? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, senão, este estrangeiro?” Luc 17;17 e 18

Jesus curara dez leprosos; não usou “água ungida”, “sabonete ungido” sal grosso, nada. Apenas disse: “...Ide, mostrai-vos aos sacerdotes. Aconteceu que, indo eles, ficaram limpos.” V 14

Um leproso só seria declarado limpo após supervisão dos sacerdotes. Havia certo ritual de purificação; duas aves limpas; uma seria sacrificada, outra, molhada com água da purificação misturada ao sangue do sacrifício, então seria solta; “Sobre aquele que há de purificar-se da lepra espargirá sete vezes; então o declarará por limpo, e soltará a ave viva sobre a face do campo.” Lev 14;7

Há um tipo profético nisso; o sangue de uma ave misturado com água aspergindo uma ave viva como sinal de purificação e retorno ao convívio social. Isso aponta para Cristo, a “Ave limpa” que deu Seu sangue misturado com água, (Sua Palavra) para que, sendo aspergidos sobre nós fôssemos purificados da lepra do pecado e voltássemos ao convívio com os santos.

No incidente acima Ele curou dez leprosos; o texto diz que apenas um, que era samaritano voltou para agradecer e glorificar a Deus. Talvez os judeus, conhecedores dos rituais de purificação se preocuparam mais com isso, que, mostrar gratidão. Seu zelo para com deveres religiosos era maior que o amor; o samaritano, não; seus passos após a cura foram em busca do Senhor para honrá-lO.

Os judeus curados comportaram-se como se Deus lhes devesse aquilo; como se não tivesse feito mais que uma obrigação; enquanto, o estrangeiro sentira-se abençoado grandemente.

Há muitos que se comportam assim em nossos dias; ser curados de sua lepra não os sensibiliza a ponto de manifestarem gratidão ao Salvador; antes, saem “declarando, decretando” isso ou aquilo, como se, a salvação fosse mero ingresso a um Reino onde se fazem co-regentes e começam controlar as coisas como desejam.

No caso dos judeus foi-lhes dada uma série de preceitos justos e sábios, que, cumprindo-os seriam um “Reino sacerdotal e nação santa” para abençoar em Nome do Senhor aos demais povos que se chegassem. Como o siro Naamã, certa vez. Não cumpriram quase nada do que lhes fora ordenado, contudo, sentiam-se santos; mais por decreto que, por observar modo de vida que Deus prescrevera-lhes.
Os leprosos atuais, uma vez curados cometem o mesmo erro; sentem-se numa posição privilegiada ante os demais como se, por decreto, não, pelo novo modo de vida.

O mesmo que Paulo disse dos judeus em Roma, bem se pode dizer a muitos crentes atuais: “Tu que tens por sobrenome judeu, (crente) repousas na lei, te glorias em Deus; sabes Sua vontade e aprovas as coisas excelentes, sendo instruído por lei; confias que és guia dos cegos, luz dos que estão em trevas, instrutor dos néscios, mestre de crianças, que tens a forma da ciência e da verdade na lei; tu, pois, que ensinas a outro, não ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas? Tu, que dizes que não se deve adulterar, adulteras? Tu, que abominas os ídolos, cometes sacrilégio? Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela transgressão da lei?” Rom 2;17 a 23

Como aqueles se ocuparam mais em rituais religiosos que com Cristo, muitos ainda perdem-se no mesmo erro como se, religião fosse mais relevante que comunhão.

Aí fazem seus “cultos da vitória”, campanhas de “derrubada de muralhas” como se, estar em Cristo já não fosse nossa vitória, ou, a queda de eventuais obstáculos dependesse de nossa iniciativa, não, da Soberania do Senhor.

Mas, foi O Senhor que os mandou ir e se apresentar aos sacerdotes; foi. Contudo, o mesmo Senhor disse, noutra parte: “Quando fizerdes apenas o que vos for mandado dizei: Somos inúteis”. Ele espera iniciativa, sobretudo, em direção ao amor, à gratidão.

Não somos servos por decreto; há certo pragmatismo que demonstra isso, ou, não. “O fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus; qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19, ou, “se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram; eis, que tudo se fez novo.” II Cor 5;17

Os samaritanos, os centuriões romanos, um anônimo, e Cornélio, estrangeiros que se avantajaram aos “santos” no conhecimento de Deus. Não que, conhecimento da Palavra não seja vital; mas, muitos perdem-se em teorias quando deveriam se achar num sadio relacionamento.

Salvação é muito mais que merecemos; motivo pra sermos eternamente gratos; se vier mais, será graça excedente, fruto do amor do Pai, pois, Ele não nos deve nada; e, amor não se reivindica; se vive, corresponde.

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Ativismo acéfalo

“Assim como gosto do jovem que tem dentro de si algo do velho, gosto do velho que tem dentro de si algo do jovem: quem segue essa norma poderá ser velho no corpo, mas, na alma não o será jamais.” Cícero

Encontrarmos adultos com espírito jovial é corriqueiro; entretanto, jovens com nuances de maturidade, aí é raro. Nos dois casos não é o curso do tempo o vetor; será assessorado por alma dócil ao aprendizado, o jovem, e por renovado anseio de vida, o adulto.

Acontece que o espírito do nosso tempo plasmou numa geração que o barato é transgredir, chocar, desconstruir. Ser pela descriminação das drogas, pelo aborto, pelo casamento gay, pelos “direitos humanos” na verdade, amparo aos marginais seria sinal de modernismo ideológico, progressismo.

Para o jovem assimilar algo de outrem maduro, teria que ser ensinável, intelectual, submisso aos pais e às autoridades; no entanto, se convencionou, mercê da ideologia esquerdista e o marxismo cultural, seu braço mais pujante, que, conservar valores como, moral, ética, bons costumes, família, respeito a autoridade, à propriedade é subserviência ao “sistema”, “escravizar-se à burguesia” às “elites dominantes”.

O gado marcado por esses ferros em brasa é drogado pelo torpor ideológico e sente-se libertário quebrando tudo; se revelou incapaz de pensar por si; sai repetindo mantras a torto e a direito, mesmo que, os fatos insistam em apontar em direção oposta; seguem desconstruindo tudo que podem; defendendo interesses de seus feitores, uma “Síndrome de Estocolmo” social, onde as vítimas se apaixonam pelos seqüestradores.

Aliás, às vezes me ponho a pensar nos motivos pelos quais, mesmo tendo fracassado cabalmente nos mais de 60 países onde foi tentado, o socialismo/comunismo ainda atrai adeptos. Venezuelanos nossos vizinhos estão morrendo de fome, mas, os canhotos de cá seguem apoiando o ditador Maduro; dizendo que lá é uma democracia. Voltando aos motivos, deve ser isso, sair quebrando tudo, contra tudo e contra todos, destruindo plantações, redes de energia como faz o MST, fazer isso, digo, deve ser muito mais atraente a uma geração que se criou avessa ao ensino dos mais antigos, e seus valores; trabalhar, obedecer, não ta com nada.

Poder dar vazão aos instintos mais bárbaros que há no bicho homem, cobrindo isso com um verniz ideológico, de modo que, marginais sejam travestidos de ativistas políticos, em vez do devido nome, deve ser irresistível para esses acéfalos e amorais; não lhes cabe a pecha de inocentes úteis, pois, embora úteis aos barões do totalitarismo, de inocentes não têm nada.

Lula está prestes a ser julgado em Porto Alegre; invés de um julgamento como outro qualquer, onde se apresentam provas, de culpa, inocência, e baseados nisso os juízes decidem, está sendo amado um circo, como se, o rotineiro trabalho da justiça se convertesse de repente num séquito de perseguidores. Ameaçam ocupar a cidade, promover badernas, pressão, como se, as sentenças proferidas devessem derivar do berro da torcida, não, do saber dos julgadores. Isso é a esquerda, infelizmente. Abdicar dos meios legais e se impor no grito; neutralizar neurônios e dar vazão às paixões, fanatismo. Se o sujeito é inocente demonstre isso de modo cabal com provas, não, discursos, como se a tribuna fosse um palanque de comício como tem feito.

Mais, se discordarem da sentença recorram ao Supremo, aquele amontoado de inúteis, tão servil aos corruptos que os nomearam. Mas, no grito, na intimidação, não.

Se a justiça perseguisse ao PT como dizem, não teria enjaulado Pedro Correia, Eduardo Cunha, Anthony Garotinho, Sérgio Cabral, etc. Ela persegue corruptos; quem não é não a deve temer, simples assim.

Falta-lhes a honestidade intelectual que seria sua “velhice” digo, a gravidade dos mais velhos; sua “Comissão da Verdade” Achou mais de 300 mortes cometidas pelos militares, e, nenhuma das 150 praticadas pelos terroristas de esquerda. Lutaram por uma ditadura comunista e mentem que lutavam por democracia; Algumas injustiças os militares cometeram, mas, eram governo tinham o monopólio do uso da força pra manter a ordem, e muitos dos que mataram mereceram morrer.

Mais, dizem que impeachment foi golpe. Não havia crime. Não devem ter lido a Lei de Responsabilidade Fiscal. Agora berram contra a reforma da previdência, e o pífio aumento do salário mínimo, ignorando que essas coisas são consequências das “Pedaladas” que omitiram um rombo de 170 bi. Eis as pujantes provas do crime!

Dizem que eleição sem Lula é fraude, como se a justiça devesse se ater a cenários políticos, não, ao processo estritamente. Enfim, não aprenderam nada ainda no uso do cérebro.

Reinaldo Azevedo que quando jovem foi comunista definiu muito bem; “Ser jovem e não ser socialista é não ter coração; amadurecer e seguir sendo é não ter cérebro.” A maioria não tem.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

O incômodo de saber

“Eles voluntariamente ignoram isto...” II Ped 3;5

Normalmente temos a ignorância como consequência necessária às vidas que não dispuseram de meios para o acesso ao conhecimento. Há nessa ignorância certa “inocência”, não no sentido de ausência de culpa, mas, ausência de noção mesmo.

Num cenário assim, falando em Atenas, malgrado, parte de sua audiência fosse de filósofos eram ignorantes no que tange às coisas Divinas; em complacência para com essa “inocência” Paulo disse que, “Deus, não toma em conta os tempos da ignorância...” Porém, como isso não os eximia de culpa, “...anuncia agora a todos os homens, em todo lugar, que se arrependam.” Atos 17;30 Eis o aguilhão do saber! Ele nos desafia a agir.

Embora alguns usem a palavra, ignorante, como sinônimo de grosseiro, não é estritamente esse, o significado. Literalmente significa sem “gnose” a palavra grega para conhecimento. Então, o que ignoro, não sei. Mesmo um homem culto, letrado, pode ser ignorante acerca de muitos temas, bem como, um tosco, rudimentar pode ser sábio em determinada área.

Entretanto, Pedro mencionou a “ignorância voluntária”, ou seja: Não que as pessoas alvo de sua acusação não sabiam, mas, não queriam saber. Em nosso tempo usa-se o termo, desonestidade intelectual para definir aos que agem assim. Suas inteligências podem ver claramente o que está em jogo, mas, suas vontades rebeldes recusam; não raro cobrem-se de sofismas para fazer parecer que têm uma dúvida legítima, quando, a rigor não têm vontade de obedecer, apenas.

Quando do anúncio do nascimento do Salvador, sábios vieram de longe guiados por uma estrela; anunciando em Jerusalém entre os religiosos que o Messias nascera, eles informaram que era Belém o lugar predito para tal; contudo, não foram conferir. Estrangeiros vindos de longe buscaram o menino; compatriotas morando perto ignoraram; mesmo sabendo da promessa e do endereço do seu cumprimento. Eis, mais um caso de ignorância voluntária!

Cristo mencionou algo assim sobre a resiliência rebelde dos Fariseus; “Aqueles dos fariseus que estavam com ele, ouvindo isto disseram-lhe: Também nós somos cegos? Disse-lhes Jesus: Se fôsseis cegos, não teríeis pecado; mas, como agora dizeis: Vemos; por isso, vosso pecado permanece.” Jo 9;40 e 41

A condenação dos ímpios não resulta da incapacidade de ver, mas, de amar as coisas justas que Deus os faz ver; “A condenação é esta: A luz veio ao mundo; os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz para que as suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;19 e 20
Sabem que suas obras, uma vez manifestas, seriam reprovadas; portanto, não lhes falta conhecimento, porém, caráter. Muitos desses deuses caídos quando deparam com textos que os corrige constroem suas cabanas de palha sob as quais pretendem estar seguros. Postam seus “argumentos”: “Terás direito de dar palpite na mina vida quando pagares minhas contas”. Ora, quem apresenta A Palavra de Deus como aferidora de comportamento não dá palpites na vida de ninguém. É apenas instrumento mediante o qual, Deus Fala.

As contas necessárias à manutenção da vida Ele tem pago todas, fazendo chuva e o sol descerem sobre justos e injustos; a impagável dívida espiritual de nossas transgressões O Salvador quitou com Seu Sangue em nosso lugar, portanto, não será nenhum intrometido se ousar alguns “palpites” sobre como escapar da perdição.

Outra feita os religiosos questionaram a fonte da Autoridade de Jesus; Ele redargüiu: “O batismo de João era do céu ou, dos homens”? “... pensavam entre si, dizendo: Se dissermos: Do céu, Ele nos dirá: Então por que não crestes? Se dissermos: Dos homens, tememos o povo, porque todos consideram João como profeta. Respondendo a Jesus disseram: Não sabemos...” Mat 21; 25 e 26

Notemos que eles sabiam as respostas possíveis e as consequências de ambas; como nenhuma era favorável fingiram não saber. Mais um caso clássico de ignorância voluntária, desonestidade intelectual.

A esperteza acaba usurpando lugar que deveria ser da sabedoria; tais “espertos” se evadem a um constrangimento pontual mesmo indo ao encontro de vergonha eterna, como disse Cristo, “coam um mosquito e engolem um camelo.”

Sabedoria não é uma dama elitista ao alcance dos que muito estudam; antes, até um analfabeto pode atuar como sábio, se, corresponder devidamente ao que o Espírito do Senhor lhe revela.

Sabedoria espiritual não tem laços com inteligência, antes, com caráter, uma vez que é um Dom Divino; “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade.” Prov 2;7

“Mas a ambição do homem é tão grande que, para satisfazer uma vontade presente, não pensa no mal que daí a algum tempo pode resultar dela.” Maquiavel

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Os incorrigíveis

“Ouve o conselho, recebe a correção, para que no fim sejas sábio.” Prov 19;20

Num primeiro momento isso parece pacífico, fácil de assimilar; entretanto, nas veredas práticas a coisa não é bem assim. Somos a geração mais melindrosa de todos os tempos. “Lista negra” é racismo; um apelido inofensivo qualquer é bullying; usar devidamente o artigo masculino já soa a machismo; deveria ser x, parece; a ditadura do politicamente correto tudo faz para massificar tolhendo aos indivíduos, com suas qualidades e defeitos, na amorfa e insossa amálgama da massa.

Nesse espírito, qualquer nuance de correção, por necessária que seja, fatalmente vai deparar com falas diretas, ou, indiretas para que cuidemos de nossas vidas; somos livres para “curtir” elogiar, nada mais. Ensinar é pretensão; corrigir, invasão indevida.

Uma cristã compartilhou inadvertidamente um texto com valores totalmente diversos da Palavra; adverti-a sobre isso, mas, o fiz de modo educado; ela me excluiu do seu rol de amigos; outra, postou uma frase faltando uma palavra, o que revertia o sentido; mais uma vez, tentei ajudar; meu comentário foi apagado, embora, tenha ela corrigido o erro.

Outro dia deparei com uma “navegante” postando frases com as palavras “limdo” e “abemçoe”; educadamente avisei pelo chat para não envergonhá-la. Que nada, segue fazendo ainda mais barbáries com o pobre do m mais perdido que sapo em cancha de bocha. Em suma, só podemos aplaudir ou, calar.

Faz tempo, postei um anglicismo qualquer que num aspecto estava errado; uma amiga que é professora de inglês, cordialmente avisou-me do erro. Editei, corrigi e agradeci a gentileza dela, não doeu nada, antes, melhorou meu texto, me fez crescer.

Porém, como essa geração plena de melindres, suscetibilidades, avessa a toda sorte de correção lidará com as coisas de Deus? Ora, a conversão é bem mais que um ajuste ortográfico de pequena monta; é uma mudança radical de mentalidade; cambiando nosso parco modo de pensar pelo Divino. “Deixe o ímpio o seu caminho, o homem maligno os seus pensamentos e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque meus pensamentos não são os vossos, nem vossos caminhos os meus, diz o Senhor.” Is 55;7 e 8

Paulo em sua epístola aos Romanos amplia a ideia; “Não vos conformeis com este mundo, mas, transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável e perfeita, Vontade de Deus.” Rom 12;2

Claro que, correção não é algo agradável, mas, seu fruto é precioso. O preceito visa um fim, não, um sentimento. “Ouve o conselho, recebe a correção, para que “no fim” sejas sábio.” Prov 19;20

A epístola aos Hebreus desenvolve mais; “Na verdade, toda a correção, no presente, não parece ser de gozo, senão, tristeza; mas, depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela.” Heb 12;11

Um pouco antes, explica sua existência e os motivos, e, coloca dura sentença aos que a rejeitam: “Porque o Senhor corrige ao que ama; açoita a qualquer que recebe por filho. Se, suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há que o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são participantes, sois então bastardos, não, filhos.” VS 6 a 8

Precisamos nos situar; ou, somos seres em estágio de aperfeiçoamento, enriquecimento cultural, espiritual, filosófico, que, eventualmente carecem correção; ou, somos obras acabadas, perfeitas; nossos atos e palavras refletem nossa perfeição.

Dado o fim a que conduz, A Palavra de Deus aquilata a correção como superior às pedras preciosas de alto valor; “Aceitai minha correção, não a prata; e o conhecimento, mais do que ouro fino escolhido. Porque melhor é a sabedoria do que os rubis; tudo o que mais se deseja não se pode comparar com ela.” Prov 8;10 e 11
Eli o sacerdote perdeu o posto, os filhos e a vida; fez Deus alterar uma promessa que lhe havia feito, por ter se mostrado incorrigível, justo, em corrigir as profanações de seus filhos; “Por que pisastes meu sacrifício e minha oferta de alimentos que ordenei na minha morada; honras aos teus filhos mais que a mim... Portanto, diz o Senhor Deus de Israel: Na verdade tinha falado que a tua casa e a casa de teu pai andariam diante de mim perpetuamente; porém, agora, diz o Senhor: Longe de mim tal coisa, porque aos que me honram honrarei, porém, os que me desprezam serão desprezados.” I Sam 2;29 e 30

Servir Deus alheio à Sua disciplina não é servi-lO; é profaná-lO.


“Já vi jovens com a vida perdida serem salvos por correção e disciplina rigorosa. Mas o que mais vi, foram jovens bons se perderem por exagerados elogios.”
Bruce Lee

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Coisas velhas e novas

“...todo o escriba instruído acerca do Reino dos Céus é semelhante ao pai de família que tira do seu tesouro, coisas novas e velhas.” Mat 13;52

Mudança está impregnada no coletivo como sinônimo de algo bom, necessariamente; políticos em campanha dizem: “É hora de mudar”; se, estão já no poder; “para continuar mudando”. Então, como disse alguém, “Sentimos nas mudanças certo alívio mesmo que estejamos mudando para pior”.

Os versados no Reino são uma mescla de coisas velhas e novas; uma porção de atavismo, outra, de aprendizado.

Mas, o que chamamos novo? Vejamos algumas situações;
- Inexperiente = O neófito, cujos erros se atribuem ao fato de ser novo; ele vai aprender, dizemos;
- Desconhecido = Fato que ignoramos; quando nos é apresentado observamos: Essa é nova para mim;
- Recém nascido = Por motivos óbvios não demanda explicações;
- Sem uso = um produto que, mesmo tendo sido fabricado há dez, vinte anos, se, jamais foi usado, está novo;
- Posterior = Pouco importa a idade; cotejado com um que veio antes ele é novo; Por exemplo: O Novo Testamento já tem uns dois mil anos, porém, é novo em face ao que veio antes;
- Transformado = Um carro levado à oficina para retífica de algumas peças, uma vez que volta a funcionar perfeito se diz: Está novo; quem se converte torna-se “nova criatura”;
- Repetido = Quando se faz outra tentativa em algo que falhamos se diz: de novo, ou, novamente; etc.

Somos lentos para entender as coisas espirituais; muitas das apresentadas por Cristo que soaram novas eram antigas. “Ama teu próximo como a ti mesmo.” Vem desde Moisés; “Não procurem vingança, nem guardem rancor contra alguém do seu povo, mas, ame cada um, seu próximo como a si mesmo...” Lev 19;18 Preferiram dente por dente, olho por olho, contra inimigos, ignorando o ensino de amar o próximo.

Jesus era rejeitado, entre outras coisas, por ser Galileu; oriundo de lugar vil; “... Vem, pois, o Cristo da Galiléia? Não diz a Escritura que o Cristo vem da descendência de Davi, de Belém, aldeia d’onde era Davi?” Jo 7;41 e 42 “...És tu também da Galiléia? Examina, e verás que da Galiléia nenhum profeta surgiu.” V 52

É vero que o Messias nasceria em Belém, “... de ti me sairá o que governará em Israel, cujas saídas são desde tempos antigos, desde os dias da eternidade.” Miq 5;2

Seu surgimento ministerial, porém, foi predito que seria na Galiléia; “A terra, que foi angustiada, não será entenebrecida; envileceu nos primeiros tempos, a terra de Zebulom, e de Naftali; mas, nos últimos tempos a enobreceu junto ao caminho do mar, além do Jordão, na Galiléia das nações. O povo que andava em trevas, viu uma grande luz; sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz.” Is 9;1 e 2

Mais uma “novidade” que não era tão nova assim.

É grave nossa preguiça mental que enseja uma compreensão parcial das coisas espirituais. O evangelho é a Boa Nova para quem desconhece; mas, traz o cumprimento de antigas promessas, e acena com o porvir de modo tal, que alguém devidamente instruído não se surpreende com nada; antes, espera o cumprimento.

Os meios de difusão se renovam cada dia nas asas da tecnologia; entretanto, o conteúdo é eterno, não comporta novidades. “Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede, perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho e andai por ele; achareis descanso para as vossas almas...”

Então, quando alguém se escandaliza com pilantras que furtam falseando A Palavra, e usa isso como “justificativa” para seu distanciamento de Deus trai a si mesmo na conveniência preguiçosa de desconhecer o que a mesma Palavra adverte.

Pois, “Haverá homens amantes de si mesmo, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas, negando a eficácia dela. Destes afasta-te.” II Tim 3;2 a 5

Devemos nos afastar de hipócritas, não, de Deus. Não consigo encontrar em lugar nenhum do espaço, sequer, do tempo, um argumento que justifique perder minha salvação porque outros estão perdendo a deles. Uma antiga canção dizia: “Você quer a frente das coisas olhando de lado.”

Alguns se iludem com mudanças de calendário. Coisa nova, a data; coisas velhas, os mesmos vícios desejos, evasivas, fugas, justificações... Quer algo novo deveras? Receba a Cristo como Senhor. O novo nascimento será fruto do Dom do Espírito; com Ele, nova luz, compreensão da Palavra. As “coisas Velhas” do amor Divino te darão novidade de vida.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Servos de Deus, mesmo?

“Confia no Senhor de todo coração, não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos teus caminhos; Ele endireitará as tuas veredas.” Prov 3;5 e 6

Uma das coisas mais difíceis ao ser humano é abdicar de seu próprio entendimento em favor de outro, mesmo que esse Outro seja Deus. De uma forma direta a maioria das pessoas não o rejeita, porém, suas evasivas acabam dando demonstrações significativas disso.

Todo mundo é “filho de Deus” mesmo que esteja, na prática, obedecendo ao diabo. “A Bíblia precisa ser atualizada”; como se O Eterno fosse biodegradável; “todos os caminhos são bons, todas as religiões boas”; como O Santo fosse mentiroso; “não precisa ser tão radical, levar tudo em ponta de faca”, dizem, como se O Altíssimo fosse brincalhão...

A maioria das pessoas faz tudo do seu jeito, alheios ao Criador, contudo, cada um se diz pertencer a Ele. Dão-lhE o “direito de abençoar;” não, de governar.

Cheias estão as redes sociais de fotos de “Servos de Deus” que na virada do ano escolheram cuidadosamente, roupas para pedir o que desejam; branco para paz, vermelho para o amor, amarelo, riqueza, etc. Pediram pra quem? Pra Deus? Essas coisas são ensinadas em religiões rivais, não na Sua Palavra; d’um filho Dele o mínimo que se espera é que tenha O Senhor como abençoador e regente. “Reconhece- em todos os teus caminhos...”

A Palavra não dá a mínima para isso de virada do calendário que é uma febre humana; e, o servo ser abençoado é consequência de perseverar num relacionamento saudável com Ele; não, efeito colateral de mandingas prescritas por orixás. Assim, mesmo pensando ser, dizendo-se servos, muitos atuam de uma forma que provoca ciúmes, invés de agradá-lo, contudo, esperam daí, um ano abençoado.

O Santo não se envergonha de assumir que tem ciúmes daqueles que ama. No Velho Testamento patenteou isso, quando deixando o sadio Culto ao Senhor, os hebreus colocaram uma imagem de escultura no átrio do Templo; “... Filho do homem levanta agora teus olhos para o caminho do norte. Levantei os meus olhos para o caminho do norte, e, ao norte da porta do altar estava esta imagem de ciúmes na entrada. Disse-me: Filho do homem, vês o que eles estão fazendo? As grandes abominações que a casa de Israel faz aqui, para que me afaste do meu santuário?...” Ez 8;5 e 6

O Eterno anunciou duro juízo por aquilo, para, enfim, dizer: “Assim satisfarei em ti meu furor, e meus ciúmes se desviarão de ti; aquietarei-me e nunca mais me indignarei.” Cap 16;42

Tiago também lembrou isso; “Adúlteros e adúlteras; não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. Ou cuidais vós que em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita tem ciúmes?” Tg 4;4 e 5

Portanto, qualquer semelhança com o mundo nessas coisas é adultério espiritual, coisa que atrai o ciúme do Santo, invés da Bênção.

Comportamos-nos como se, criar o Planeta, o Universo tivesse sido ideia nossa, ou, algo para nosso deleite exclusivo, portanto, que Deus não se meta. Assim, nossos desejos, por insanos que sejam nos parecem lícitos, enquanto, os Dele, mesmo medicinais e santos podem ficar em segundo plano, quiçá, ser esquecidos.

A Bíblia fala algumas vezes sobre vestes, cores, tecidos, que agradam a Ele; “Em todo o tempo sejam alvas tuas roupas e nunca falte óleo sobre a tua cabeça.” Ecl 9;8 Isso é uma forma poética de dizer: Em todo tempo sejam justas tuas ações e jamais falte a direção do Espírito Santo às tuas decisões. Notem que é “todo tempo” não, na virada do ano.

E no apocalipse foi a qualidade do tecido, não a cor que figurou a justiça dos santos; “Foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos.” Apoc 19;8

Desgraçadamente as pessoas mesmo se dizendo servas de Deus agem de forma a atrair Sua Ira, invés da Sua bênção; e, estão tão acostumadas a pautarem seus passos pelo próprio umbigo, invés da Palavra de Deus, que, muitas que resistiram até aqui lendo já podem estar bravas comigo, afinal, chateia essa mania que querer se meter em suas vidas.

A que está se sentindo assim, volte ao segundo parágrafo desse escrito e se encontrará diante do espelho.

Deus não precisa calendário, mandingas, cores, para nos abençoar; muitas vezes o faz mais pelo que não fazemos, do que pelos feitos; “Bem-aventurado (abençoado) o homem que “não anda” segundo o conselho dos ímpios, “não se detém” no caminho dos pecadores, “nem se assenta” na roda dos escarnecedores.” Sal 1;1