domingo, 29 de outubro de 2017

As vozes e a Voz

“Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo... e depois de morto, ainda fala.” Heb 11;4

O que Abel fez por ter fé fala ainda conosco, muito tempo além da sua morte. Seu exemplo inspira-nos.

Pois, há uma fala mais profunda que as vozes banais; não se comunica com tímpanos e ouvidos; antes, com o entendimento, coração, a fé.

Desse calibre, a eloquente fala da Criação, a testificar sobre os atributos do Criador. “Porque suas (de Deus) coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto seu eterno poder, quanto, sua divindade, se entendem, claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles (os ímpios) fiquem inescusáveis.” Rom 1;20

Ou, “Os céus declaram a glória de Deus, o firmamento anuncia a obra das suas mãos. Um dia faz declaração a outro, uma noite mostra sabedoria a outra. Não há linguagem nem fala, mas, se ouve sua voz. Sua linha se estende por toda a terra; suas palavras até ao fim do mundo...” Sal 19;1 a 4

Mas, voltando à “fala” de Abel, o que tinha de diferente da de Caim, que também ofertara e não fora aceito? Já ouvi muitos pregadores ensinarem que a oferta de Abel fora superior por ter trazido um sacrifício de animal, enquanto, Caim trouxera frutos da Terra. Aquele teria manifestado a necessidade de sangue Remidor, esse, descansado em certa soberba.

Sempre pareceu lógico isso, nunca incomodou; mas, pensando melhor, o que é maior, a oferta, ou, o “templo” que a santifica, como questionou O Salvador? O relato diz que, atentou O Senhor para Abel “e” sua oferta, porém, para Caim “e” sua oferta não atentou. Notemos que, o Senhor olhou primeiro para os “templos”, para sondar seus motivos, antes de olhar para as ofertas. Afinal, se a grandeza ou a qualidade da oferta contarem mais que o motivo, estaremos plasmando o feto da Teologia da Prosperidade no ventre do Éden.

Ademais, não havia ainda o ensino de que a vida estava no sangue, ou, instruções sobre sacrifícios aprazíveis ao Senhor. Então, atrevo-me a pensar que qualquer tipo de oferta seria aceita, se, feita com o sentimento e o motivo corretos; adoração, gratidão pelas bênçãos recebidas. Óbvio que um coração agradecido não traria coisas pífias.

A oferta de Abel teria vertido da sadia fonte, e a de seu irmão, mera emulação, competitividade. Tanto que, a reprimenda do Criador o exortou a fazer diferente para também ser aceito; não houve aceitação prévia de Abel e rejeição de Caim, antes, sondagem de ambos os corações e um apenas agradou. “O Senhor disse a Caim: Por que te iraste? Por que descaiu o teu semblante? Se, bem fizeres, não é certo que serás aceito?” Gên 4;6 e 7 Para a linguagem teológica temos um matiz de sinergismo desde o início.

O autor, depois do exemplo de Abel evocou toda uma plêiade de heróis da fé; num movimento ascendente, enfim, cravou o lábaro do argumento no topo do Everest, Cristo, Autor, e Consumador da fé. Da sua “Fala” naquela voz superior do exemplo, disse: “Chegastes ao monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, aos muitos milhares de anjos; À universal assembléia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, e a Deus, Juiz de todos; aos espíritos dos justos aperfeiçoados; a Jesus, O Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor que o de Abel.” Heb 12;22 e 24

Agora sim, conta, a grandeza inefável da Oferta, entregou a si mesmo; e a excelência do motivo; amou pecadores. “Porque apenas alguém morrerá por um justo; pode ser que, pelo bom alguém ouse morrer. Mas, Deus prova Seu Amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” Rom 5;7 e 8

Alguns imbecis e arrogantes dizem que a grandeza do Sacrifício mostra a grandeza do nosso valor. Não, essa “voz” fala do imenso amor de Deus, e da grandeza de nossa impureza que demandou tal Santidade para remissão.

Desse modo, dada a Majestade do que está em jogo, invés de nos perdermos devaneando arrogâncias deveríamos considerar a seriedade requerida. “Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. De quanto maior castigo será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, tiver por profano o sangue da aliança com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça?” Heb 10;28 e 29

O inimigo enche o mundo de ímpias vozes para abafar “à Voz”; Roberto Carlos cantou: “Eles estão surdos;” todavia, o brado do Amor Divino ainda ecoa: “Quem tem ouvidos ouça...”

terça-feira, 24 de outubro de 2017

A bênção desprezada

“A bênção do Senhor enriquece e não acrescenta dores.” Prov 10;22

Alguém poderia objetar: Mas, não são assim todas as bênçãos? Não. Algumas trazem efeitos colaterais danosos, entre os quais, podemos encontrar a cegueira espiritual, visão distorcida, onde, alguém se supõe abençoado, de posse de certas coisas, mas, é apenas desgraçado coberto de auto-engano.

Com essa régua, aliás, O Senhor mensurou certa igreja que descambara para o materialismo e desprezara a pureza necessária. “Dizes: estou enriquecido, de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, miserável, pobre, cego, e nu; Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; roupas brancas, para que te vistas e não apareça a vergonha da tua nudez; unjas teus olhos com colírio para que vejas.” Apoc 3;17 e 18

Paulo realçou o exemplo dos que isso buscavam, e, no fim, acharam dores também; “Os que querem ser ricos caem em tentação, laço, e muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; nessa cobiça alguns se desviaram da fé, traspassaram a si mesmos com muitas dores.” I Tim 6;9 10

Dizemo-nos, pela fé, descendentes de Abraão; e àquele O Senhor ordenou: “Sê tu uma bênção!” Assim, antes que, uma coisa a se buscar, estritamente, bênção é um modo de ser; e, fomos desafiados a ser “Sal da Terra e luz do mundo.”

Quando diz que a bênção do Senhor enriquece, precisamos como disse Paulo, “comparar as coisas espirituais com as espirituais”; As riquezas que O Santo tenciona para nós são, justo, aquelas que faltavam à igreja de Laodicéia, que, malgrado a opulência material, era miserável.

Num mundo apodrecido como vemos, onde a perversão em todos os aspectos, inclusive deformando até às crianças, libertinagem parece ser o “sonho de consumo”; quem ainda preza valores como, verdade, pureza, decência, pudor, família, dignidade humana, etc. de repente, sem mais nem menos descobre-se muito mais rico que supunha, dada a miséria circunstante.

Parece que nossa sociedade ocultava de modo hábil, até, suas mazelas; vindo a lume de roldão a impressão é que apodrecemos cem anos em dez.

Por um lado um congresso desértico nos itens probidade, e competência; um oásis aqui outro, acolá; por outro, um sistema educacional eivado de obscenos obscenizantes, cuja meta, invés da difusão do conhecimento é, abertamente, a desconstrução dos valores cristãos, das famílias. A erotização precoce, consumo de drogas várias, tudo o que sempre nos soou abjeto, de repente virou objeto das escolas que, desviados do mister de forjar alunos cultos, pretende formar rebeldes indecentes, libertinos.

Em meio a isso, uma “Igreja” descompromissada com O Senhor e Seus ensinos; o capeta subindo na mesa, destruindo tudo; os bravos “missionários e apóstolos” em ensurdecedor silêncio quanto a isso; porém, a sempre agitada promoção dos seus valore$, uma vergonha!

Se, sabem o caminho das pedras esses canalhas pós-graduados em simonia, digo, se podem mesmo vender bênçãos como acenam, por que precisam do dinheiro do povo? Se, suas orações são canais de bênçãos, por que não as fazem em proveito próprio? Porque a ignorância dos incautos, em última análise é a “bênção” deles.

Parecem com certo vendedor de dicas de como acertar na Loto fácil; afirma conhecer a fórmula infalível, mas, invés de ganhar dinheiro usando sua técnica, prefere vender seus “segredos” em livros virtuais; pior, tem quem compre. Esse tipo de “bênção” tem filas de gente anelando, mas, a do Senhor, que oferece bens duráveis, “tesouro no Céu”, aí faltam pretendentes.

Quem ignora a diferença entre pedras e diamantes pode usar preciosidades numa funda; a maioria, infelizmente, não sabe; corre após o estrepitoso berrante do engano recebendo pedras ordinárias e desprezando as quem têm valor, deveras.

Quando diz que a Bênção do Senhor não acrescenta dores não significa que servi-lO seja indolor, antes, requer cruz, e encontramos ferrenha oposição; mas, mesmo as dores necessárias em nosso aperfeiçoamento são bênçãos embaladas em pacotes toscos, que em seu tempo encherão de sentido as lutas; trarão lenitivo e conduzirão a bênçãos maiores.

O Senhor não acrescenta nada além do necessário; quando decide abençoar o faz como Pai que ama; não, como mercador; claro que espera a contrapartida da fidelidade, não por bênçãos, mas, por Seu Amor que anseia ser correspondido.

Abençoa injustos, inclusive; mas, quando a pauta for o livramento do juízo será seletivo: “Eles serão meus, diz o Senhor dos Exércitos; naquele dia serão para mim jóias; poupá-los-ei, como um homem poupa seu filho, que o serve. Então vereis a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não serve.” Ml 3;17 e 18

domingo, 22 de outubro de 2017

O Laço ou a Fonte?

“A doutrina do sábio é uma fonte de vida para desviar dos laços da morte.” Prov 14;13

Quem já usou laços de caça sabe que, se pode evitar seu “abraço” fatal tomando um caminho alternativo, desviando-se deles. No entanto, invés de um caminho B, temos como fuga, uma fonte; que laços são esses dos quais se foge por uma fonte?

Denunciando apostasia Jeremias usou a mesma figura; “Porque ímpios se acham entre meu povo; andam espiando, como quem arma laços; põem armadilhas e prendem os homens. Como uma gaiola está cheia de pássaros, assim suas casas cheias de engano; por isso se engrandeceram, enriqueceram; Cap 5;26 e 27

Adiante disse que tais vozes era desejo do próprio povo. “Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra. Os profetas profetizam falsamente; os sacerdotes dominam pelas mãos deles, e meu, povo assim deseja; que fareis ao fim disto?” VS 30 e 31

A própria maldade, obreira da perdição é uma fonte; pois, “Como a fonte produz suas águas, assim ela produz a sua malícia; violência e estrago se ouvem nela;” Cap 6;7

Depois, mudou a figura para flecha mortal, os ensinos dos sacerdotes mercenários e os vaticínios dos falsos profetas. “Uma flecha mortífera é a língua deles; fala engano; com a sua boca fala cada um de paz com o seu próximo, mas, no seu coração arma-lhe ciladas.” Cap 9;8

Assim, os falsos ensinos são uma fonte fatal; a doutrina do sábio, fonte vida.

Há enganos sem maiores consequências; brincadeiras com fins pueris como as ditas “pegadinhas” cujo alvo é rir da ilusão alheia; porém, enganos no tocante à vida não têm graça nenhuma. Na verdade são instrumentos assassinos.

Se bem que, à luz espiritual até as “pegadinhas” são detestáveis, pois, muitas vezes assustam de modo tal que podem tirar a vida de alguém que seja cardíaco, por exemplo. “Como o louco que solta faíscas, flechas, e mortandades, assim é o homem que engana seu próximo, e diz: Fiz isso por brincadeira.” Prov 26;18 e 19

Claro que, sempre as armadilhas são bem disfarçadas, camufladas nos caminhos, não raro se atrai a presa a elas usando uma isca; posando de alimento eventual, pois. Nenhuma se coloca visível, ostensiva como se trouxesse uma alerta multilíngüe; danger, peligro, perigo, etc. Seu cenário é artificialmente travestido de normal, para que os incautos e descuidados vão normalmente ao encontro da morte.

Desde o início foi assim; o “passarinheiro mor” a serpente, disse ao incauto casal que desobedecer não tinha perigo; que o risco de morte em última análise, era só uma “pegadinha” Divina; deu no que deu. A morte, consequência do pecado, como uma semente vastamente produtiva encheu todos os celeiros da Terra.

Sempre tem uma armadilha logo ali, toda camuflada com “gravetos” de palavras belas, aguardando sua vítima. Ora é “arte”, outra, “liberdade”, “modernismo”, “inclusão”, “tolerância” etc. sempre um valor pacífico é invocado como disfarce; uma geração de incautos vem sendo ceifada, e como os malogrados dos dias de Jeremias, assim o desejam.

Sendo espiritual, inicialmente, a morte, a existência continua ainda por certo tempo; pois, são treinados pra confundir existência com vida; quando, o mero temer e esconder-se de Deus, como Adão é já a certeza interior de que estão em laços de morte. Acene alguém com a Água da Vida, a Doutrina de Cristo, e, outra vez escarnecerão, como fizeram no dias do Salvador.

Suas mortes camufladas os fazendo presumirem-se vivos ensejam sensação de segurança, de modo a desprezarem ao Único que, “...te livrará do laço do passarinheiro, e da peste perniciosa. Ele te cobrirá com suas penas; debaixo das suas asas te confiarás; a sua verdade será o teu escudo e broquel.” Sal 91;3 e 4

Esse é o “problema” do Senhor; essa mania de amar a verdade. Para o mundo, a “verdade traz confusão” como diz numa canção. Porém, confundindo ou não, os, hoje mortos em delitos e pecados quando estiverem duplamente mortos lamentarão eternamente terem desprezado à Fonte da Vida, a Verdade.

Aliás, os ensinadores mercenários reféns da mentira, eram tão sem esperança de salvação, que, mesmo existindo ainda, foram aquilatados como duplamente mortos; “...são como árvores murchas, infrutíferas, duas vezes mortas, desarraigadas;” Jd v 12

Porém, por um pouco ainda, Aquele que é A Fonte da Vida está clamando: “O Espírito e a esposa dizem: Vem. Quem ouve, diga: Vem. Quem tem sede, venha; e, quem quiser, tome de graça da água da vida.” Apoc 22;17

Zombar é muito mais fácil que se arrepender; para isso preciso enfrentar a mim mesmo; pra zombar basta desfazer de outrem. Por isso a cruz de Cristo é para valentes. Os covardes traem a si mesmos preferindo o laço.

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

"A Fé é Cega;" Só Que Não

“Temos mui firme a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações.” II Ped 1;19

Interessantes figuras usadas pelo inculto Pedro! A Palavra como Luz, os corações como “olhos” capazes de perceber tal lume.

Nossas respostas à Palavra, sejam positivas, ou, negativas, sempre tiveram um componente afetivo, moral, antes que, intelectual. Simplificando: As pessoas creem porque amam, mesmo entendendo parcialmente, ou, até, nem entendendo; ou, ignoram descrêem, mesmo que seus entendimentos alcancem plenamente as implicações da fé.

Não significa que, porque a Luz lhes revela algo, disso se apossarão; podem evitar exatamente porque viram, entenderam e recusaram as consequências de assentir. “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo; os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas, quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;19 a 21

Segundo O Salvador as pessoas ficavam à distância justamente por entender que a conversão demandava uma mudança de vida que recusavam para si; seus corações, pois, não, seus olhos estavam refratários à luz.

“Quem pratica a verdade vem para a Luz”, disse; não, quem não tem pecados. A Luz revela os pecados e a reprovação do Eterno no tocante a eles; os que são feridos pela Palavra do Senhor entristecem-se por ter ficado aquém do esperado, confessam, arrependem-se; praticam a verdade e são perdoados, reputados justos; passam a receber, cada dia, mais luz, entendimento. “a vereda dos justos é como a luz da aurora; vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” Prov 4;18

Assim, falando para fora, numa diatribe aos opositores Paulo chamou à fé de loucura, pelo seu componente emotivo inicial; “Como na sabedoria de Deus o mundo não O conheceu pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação.” I Cor 1;21

Depois, embainhou a espada da ironia e situou seu pensamento; “Pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, loucura para os gregos. Mas, para os que são chamados, tanto judeus quanto gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, Sabedoria de Deus.” VS 23 e 24

Noutra parte, escrevendo estritamente aos “loucos”, desafiou-os à razão; “...apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é vosso culto racional.” Rom 12;1

Quem jamais ouviu a assertiva que a fé é cega? Acho que ninguém. Ouvimos isso desde sempre. Para muitos a “lógica” de Goebbels que, “uma mentira muitas vezes repetida torna-se verdade” tem funcionado. Aí, saem dizendo isso; seria até cômico, se, não fosse trágico.

Como no Mito da Caverna de Platão, os homens acostumados ao escuro viam na luz uma grave ameaça, assim, os cegos espirituais aquilatam à Palavra e toda a Luz que encerra. Não veem, pois, foram impedidos pela má escolha que fizeram e acusam aos que veem de cegueira.

A Palavra de Deus é categórica: “Se, ainda nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.” II Cor 4;3 e 4

Não só a fé não é cega, como, pode ver numa dimensão exclusiva; “A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, a prova das coisas que se não veem... Pela fé (Moisés) deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível.” Heb 11;1 e 27

Sendo a Luz, A Palavra, e os “olhos” o coração, só quem crê sem reservas e submete-se de coração vê, deveras. Os demais, por polidos, luminosos que pareçam estão em trevas.

Assim, se dá na sina de cada crente, como o profeta vaticinou de Jerusalém: “Porque as trevas cobriram a terra, a escuridão os povos; mas, sobre ti o Senhor virá surgindo; sua glória se verá sobre ti.” Is 60;2

Andar na Luz, enfim, nos força a evitarmos as escuras e poluídas sendas dos modernismos, escolhendo, antes, as “veredas antigas” da Palavra; pois, “Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos em trevas, mentimos; não praticamos a verdade. Mas, se andarmos na luz, como Ele na luz está temos comunhão uns com os outros e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1;6 e 7

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

A Ideologia Degenerou

“Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz.” Platão

A formação infantil está em realce como nunca, graças às impetuosas investidas da famigerada ideologia de gênero. A ideia defendida é que a sexualidade é uma construção social; ninguém nasce macho ou, fêmea; descobre-se uma coisa ou outra, malgrado, a estrutura biológica.

A história da filosofia divide-se entre duas correntes; a racionalista e a empirista; para aqueles trazemos os dons inatos, a razão, e, construímos mediante reflexões o nosso saber; para os últimos, nascemos como um CD virgem, e pouco a pouco, mediante experiências em nosso existenciário moldamos o ser, os valores, o conhecimento; no primeiro caso surgiria de dentro para fora; no segundo, seria um internalizar paulatino derivado de nossas vivências. De fora para dentro.

Não acho os sistemas excludentes, mas, complementares; trazemos sim certas coisas inatas que nos permitem inferências, deduções que podem palpar o ser, sem termos experimentado necessariamente; e, inegavelmente nosso espectro circunstancial, nosso aprendizado, também nos molda.

Assim, somos dotados de razão, intelectos capazes de alçar ousados vôos, bem como, nossas experiências têm papel muito importante na construção de nossa percepção do mundo.

Acontece que, crianças, seja pela inépcia com as ferramentas lógicas inerentes à razão, seja pelo lapso de experiências em muitos aspectos da vida ainda, tendem a preencher essas “lacunas” com fantasia. Nada de errado desde que a coisa seja compreendida como tal; gradativamente vai sumindo à medida que o conhecimento da realidade robustece.

Conheci um menino que dizia ser o “Homem de Ferro”; chutava minha canela e de um amigo que trabalhava comigo numa reforma que fazíamos na casa do “Tony Stark”. Outros tantos, um se diz o Capitão América, Superman, Homem Aranha, Neymar, Messi, etc.

Se, na idade da formação psicológica deve o Estado incentivar erotização precoce, até, mudança de sexo, caso, alguém devidamente estimulado a queimar etapas, se “perceba” de outro sexo, por que não, também, ensinar a subir pelas paredes ao “Spiderman”, a evitar a Kriptonita, para aquele que se imagina o Homem de Aço, ou, antecipar o treinamento no manejo do escudo para o “Capitão América???”

A sexualidade “hiberna” na infância; dá os primeiros sinais de vida na puberdade; qual o sentido de antecipar isso, quiçá, estimular homossexualismo em vidas que sequer de sexo deveriam falar?

Os gayzistas acham isso normal? Que o façam com seus filhos. No Estado Democrático de Direito prepondera a vontade majoritária, se, o Estado quiser fazer jus a essa definição. Sendo o gays minoria, de onde provém seu imaginário direito de impor suas perversões??

Para os esquerdistas em geral, essa coisa de dignidade humana não vale nada. Um bebê é uma coisa; basta ver os slogans das feministas: “Meu corpo minhas regras” dizem; o corpo do feto é só um intruso indesejável.

Assim, se a perversão precoce serve ao seu interesse político de “desconstrução do padrão hetero-normativo da família,” que importa se amanhã a criança “invertida” de hoje se descobrir infeliz, complexada, deslocada; não é estritamente um ser humano com direito à liberdade de escolha, formação para pensar livremente; para eles é só um tijolinho na parede da sonhada ditadura do proletariado, uma coisa manipulável, descerebrada a serviço da causa maior.

Seria engraçado, patético se não fosse triste, que os teóricos do socialismo acenem com a redenção social da humanidade, quando, na prática apenas vampirizam almas, numa espécie de “Nobre Verdade” da cessação do sofrimento budista. Para essa doutrina com a renúncia da vontade cessa a dor da privação; para o socialismo a imbecilização subserviente cauteriza as inquietações próprias dos homens livres.

Como não lograram êxito em “La revolución” pela força, decidiram poluir pela cultura; aí, a perversão dos infantes, a doutrinação ideológica dos jovens e adolescentes, como temos visto tem forjado uma geração “Walkin Dead;” uma leva de imbecis que não sabe a diferença entre um monte de bosta e uma obra de Portinari.

Não só as artes plásticas refletem isso; basta ouvir quem tiver estômago os funks, os mcs, e até vertentes de música antes saudáveis e belas, para notar o grau de robotização, a espantosa “dislexia” cultural dos filhos da “Pátria Educadora.”

Universidades estão cheias de comunas que acham que imitar macaco é arte. Já temos estupidez em nível superior. PHD.

Como será o país daqui uns 20 anos se a turma dos “artistas das velas acesas no rabo” estiver em postos de comando?

Está mais que na hora dos adultos que ainda pensam mudarem de modo cabal as diretrizes políticas e educacionais da nação.

“Hoje em dia, a universidade é o local onde a ignorância é levada às últimas consequências.” Millôr Fernandes

O outro lado da dor

“Se Ele resolveu alguma coisa, quem então o desviará? O que a sua alma quiser fará.” Jó 23;13

Jó sentindo-se injustiçado por Deus, pois, dissera; Se eu for provado sairei como o ouro. Seus amigos, adeptos da teologia da imediata retribuição porfiavam para que Jó se arrependesse; pois, estando sofrendo daquele modo, só poderia ser por causa de pecados graves.

Todos tinham a mesma teologia. Os amigos acusavam a Jó de injusto, de ocultar pecados; ele sentia-se injustiçado por Deus, pois, não merecia sofrer aquilo. A “Meritocracia” espiritual era visão comum; Deus abençoava aos fiéis e amaldiçoava aos ímpios. E, não é assim?

De certo modo; “Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará corrupção; mas, o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará vida eterna. Não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos...” Gál 6;7 a 9

Uma coisinha que pode passar despercebida; “a seu tempo ceifaremos”; afinal, o teatro da Ação de Deus é a eternidade; podemos supor que nos seja tempo de ceifa, quando, aos Olhos do Eterno seja época de plantio ainda.

O valor maior no Reino de Deus é o amor; e, “o amor é sofredor...” Desse modo, os justos podem sofrer sem culpa, como O Salvador, Estevão, e tantos outros.

Uma “fidelidade” mercantil, onde, pessoas, quais animais em processo de adestramento circense fazer certas coisas em troca de recompensas imediatas está muito aquém do que O Senhor merece e espera.

Esse escambo travestido de fé é subproduto do egoísmo, do amor próprio desmedido. A gente pode mais.

Se, os justos sofrem sem ser necessariamente punição por seus erros, uma gama muito maior de ímpios usufrui vastas benesses quando, suas obras mereceriam punição. Olhando isso Asafe ficou espantado: “Eu tinha inveja dos néscios, quando via a prosperidade dos ímpios. Porque não há apertos na sua morte, mas, firme está sua força... são ímpios, e prosperam no mundo; aumentam em riquezas.” Sal 73;3, 4 e 12

Se, as recompensas fossem imediatas, seria burrice seguir buscando a pureza quando, era aos impuros que as benesses sorriam; “Na verdade que em vão tenho purificado meu coração; e lavei minhas mãos na inocência.” V 13

Depois desse pensamento retórico voltou à sua convicção; “Se eu dissesse: Falarei assim; eis que ofenderia a geração de teus filhos.” V 15 Se a fidelidade é esforço vão, mera burrice, assim avaliaria a todos os que, antes dele foram fiéis.

Porém, indo ao Santuário meditar aprendeu o motivo; “Até que entrei no santuário de Deus; então entendi o fim deles. Certamente tu os puseste em lugares escorregadios; tu os lanças em destruição. Como caem na desolação, quase num momento! Ficam totalmente consumidos de terrores. Como um sonho, quando se acorda, assim, ó Senhor, quando acordares, desprezarás a aparência deles.” VS 17 a 20

Desse modo, nem o sofrimento dos justos deriva de eventuais culpas em processo de punição, nem, a prosperidade dos ímpios retrata algum compactuar Divino, ou, certa omissão do “Juiz de toda Terra”. Ambos os eventos são apenas processo de semeadura no chão do tempo, que, em tempo ulterior trarão os devidos frutos provenientes Daquele que julga segundo a obra de cada um.

Paulo aquilatou como sendo nada o usufruto dos mais preciosos dons divorciados do amor. De modo semelhante, o desfrute de todas as delícias da Terra, as riquezas e prazeres imagináveis ao alcance, redundarão no mesmo nada, no final das contas, se, não correspondermos deveras, o Amor de Deus. O clássico, “Ganhar o mundo inteiro e perder sua alma.”

As circunstâncias quer sejam aprazíveis, quer, dolorosas produzem em nós reflexos emocionas; porém, nosso culto deve ir muito além do enganoso tambor emotivo; devemos porfiar pelo conhecimento de Deus; o motivo do culto, da adoração deve ser o entendimento espiritual, a razão.

Acaso o marido que ama sua esposa quando elegantemente vestida deixa de amá-la pela manhã quando acorda desalinhada? 

O amor é o centro, as circunstâncias são a periferia; dessas Paulo falou como se deve: “...aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, quanto, ter fome; tanto a ter abundância, quanto, padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.” Fp 4;11 a 13

Como somos desafiados a ajuntar tesouros no Céu, cada ação correta, altruísta, amorosa, ou, cada sofrimento indevido são depósitos que no devido tempo usufruiremos.

Não estamos purgando “Karmas” de outras vidas quando sofremos; antes, sendo estimulados a lidar bem com as riquezas dessa. Pérolas começam como feridas e terminam como jóias.

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Caminhos Ásperos; a Forja Divina

“Vindo ter comigo disse-me: Saulo, irmão, recobra a vista. Naquela mesma hora o vi. Disse mais: O Deus de nossos pais de antemão te designou para que conheças a Sua Vontade; vejas aquele Justo e ouças a Sua Voz. Porque hás de ser Sua testemunha para com todos os homens do que tens visto e ouvido.” Atos 22;13 a 15

A Chamada ministerial em três tempos distintos; Primeiro Paulo caiu cego quando perseguia aos servos do Senhor; depois de três dias teve as vistas restauradas mediante a intercessão de Ananias; por fim, foi comissionado ao apostolado pelo Senhor.

Como, em seu zelo perseguia inocentes, inicialmente careceu freio; depois, meditação no escuro para rever seus conceitos sobre o Messias e receber Luz Espiritual, entendimento; enfim, a visão natural, para adentrar ao ministério e gastar seus dias pelo Senhor.

José era perseguido por seus ímpios irmãos, não perseguidor; porém, também passou por três tempos distintos. Prisão sem culpa; exaltação e livramento diante de Faraó; por fim, a co-regência de um império.

Davi não teve saga muito diferente; perseguido e proscrito durante o reinado de Saul; coroado depois de muitos dias com a morte do rei; depois, o peso do reino sobre si.

Desse modo podemos constatar que, o auge de um escolhido de Deus, invés do usufruto de facilidades é quando sobre si incidem as maiores responsabilidades. Se alguém pensa que sucesso espiritual nos permite dias largos de prazeres, aplausos, longe está, de compreender o que significa ser escolhido.

O Salvador ensinou que somos chamados ao serviço; “... Sabeis que os que julgam ser príncipes dos gentios, deles se assenhoreiam; os seus grandes usam de autoridade sobre eles; mas, entre vós não será assim; antes, qualquer que quiser ser grande será vosso serviçal; qualquer que dentre vós quiser ser o primeiro, será servo de todos. Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas, para servir; dar sua vida em resgate de muitos.” Mc 10;42 a 45

Paulo ampliou: “Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas, cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas, esvaziou-se, tomando forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; achado na forma humana, humilhou-se, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.” Fp 2;4 a 8

A mesma senda deve trilhar quem deseja ser ministro probo na Obra: “O Deus de nossos pais de antemão te designou para que conheças Sua Vontade, vejas aquele Justo e ouças a Sua voz.” Não há espaço para predileções, antes, a “Sua (de Deus) Vontade”; por isso, veja e ouça ao Senhor. Isso demanda intimidade, comunhão e submissão.

Logo, nem o “Capitalismo gospel” a Teologia da prosperidade, tampouco, o “Comunismo Católico” da Teologia da Libertação alinham-se ao alvo Celeste. No serviço cristão não há sistemas “à priori”, apenas, um Senhor Soberano, cuja Vontade, antes de tudo, é a salvação dos Perdidos. Tanto mais sucedidos seremos, quanto, mais pessoas conseguirmos de alguma forma levar ao Senhor que Sara.

Ou, mesmo que nossos ministérios não sejam frutíferos, no quesito quantidade, ainda assim, se preservarmos em nosso modo de viver e ensinar, a pureza da “simplicidade que há em Cristo;” certamente estaremos agradando ao Senhor; pois, somos responsáveis pela difusão fiel da sã doutrina, não pela resposta que receberemos.

O Eterno mandou Ezequiel pregar a um povo que o não ouviria; mesmo assim, ele foi fiel. O Senhor o avisou que só depois de cumpridas as catástrofes preditas, o reconheceriam como profeta veraz. “Eis que tu és para eles como uma canção de amores, de quem tem voz suave, que bem tange; porque ouvem tuas palavras, mas, não as põem por obra. Porém, quando vier isto (eis que está para vir), então saberão que houve no meio deles um profeta.” Cap 33;32 e 33

Enfim, quem pretende servir ao Senhor, deveras, pare de fazer mirabolantes planos, e comece a orar para conhecer e cooperar com o cumprimento dos planos Divinos para sua vida.

Nem pense em “queimar etapas” querendo saltar sobre as lutas necessárias contra sua natureza perversa. Se ao Santo parecer necessário o cárcere, como a José; vagar errante e perseguido, como Davi; ou, cegueira eventual, como Paulo, assim fará conosco.

Porém, quando chegar a hora de nos colocar em relevo, óbice nenhum deterá Sua Poderosa Mão. Por isso, o sábio conselho: “Entrega teu caminho ao Senhor; confia nele, e Ele o fará. Ele fará sobressair a tua justiça como a luz, e o teu juízo como o meio-dia.” Sal 37;5 e 6

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Os Frutos do Deserto

“Não somente isto, mas, também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz paciência, a paciência, experiência; a experiência, esperança.” Rom 5;3 e 4

Bens preciosos, paciência, experiência e esperança; todos três viçando das tribulações. Infelizmente, essas vicissitudes necessárias para a maturidade cristã, na doentia e imediatista abordagem moderna são símbolos de derrota; se, alguém estiver passando por tribulações a coisa deve ser “amarrada, repreendida em Nome de Jesus.”

Ora, alguém pode estar atribulado, justo, por se ter feito adversário dos valores do mundo, e do seu príncipe; nesse caso, angústias decorrem de uma postura vitoriosa em cenário adverso, invés de serem indícios de capitulação. Quanto mais perto do Senhor estivermos mais opositores do mundo seremos; e, mais odiados pelo canhoto.

Cristo nos preveniu disso, aliás; “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; bem-aventurados sois, quando, vos injuriarem, perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.” Mat 5;10 a 12

Aqui temos uma experiência emprestada; podemos crescer observando exemplos alheios, as tribulações dos que nos precederam no Senhor, para melhor compreendermos as nossas; e, dada a promessa anexa de recompensa nos Céus, devemos ter esperança, mesmo que as circunstâncias nos queiram infundir desespero.

Tribulações produzem paciência porque delas presto sairíamos, se, estivesse isso ao nosso alcance. Entretanto, exauridas nossas possibilidades de fuga, resta nos resignarmos pacientes aguardando pelo livramento do Senhor. “Quem entre vocês teme o Senhor e obedece à palavra de seu servo? Que aquele que anda no escuro, não tem luz alguma, confie no nome do Senhor e dependa de seu Deus.” Is 50;10
Sabedor de quão preciosa essa virtude é Ele prefere passar conosco pelas angústias a nos livrar antes de herdarmos suas ricas lições; “Quando passares pelas águas estarei contigo; quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti.” Is 43;2 “...estarei com ele na angústia...” Sal 91;15

Portanto, o concurso de angústias em nossa caminhada não é necessariamente indício de alienação de Deus; antes, pode ser consequência de nossa boa relação com Ele.

Eu disse, pode; pois, há muitas coisas ruins que derivam de más escolhas; são apenas colheitas de plantios impuros, de modo que essas tribulações, embora, encerrando também certa experiência, seu desastrado curso não desemboca na foz da esperança. São apenas os errados de espírito colhendo os frutos dos seus erros.

Pois, são dois tipos de tristeza; uma segundo Deus, a dos que sofrem por serem fiéis; outra, segundo o mundo, a dos que padecem mirando alvos carnais e sofrem no desejo de atingi-los; essa não produz nada de proveitoso. “Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas, a tristeza do mundo opera a morte.” II Cor 7;10

Enfim, o “status quo” emocional não serve de aferidor de medida para nossa caminhada; Tanto podemos nos alegrar no desfrute enganoso e letal dos prazeres do pecado, quanto, andarmos em fidelidade, comunhão, padecendo perseguições, tribulações, tristezas...

O único aferidor confiável da nossa relação é o “visto” da consciência, a “Paz de Cristo” que diferente da do mundo, manifesta-se internamente, a despeito das guerras exteriores. “Que a paz de Cristo seja o juiz em seus corações, visto que vocês foram chamados a viver em paz, como membros de um só corpo. E sejam agradecidos.” Col 3;15

Paulo, malgrado, açoites, apedrejamentos, perseguições, descansava nessa segurança, o testemunho da consciência. “Rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; assim nos recomendamos à consciência de todo o homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade.” II Cor 4;2

Pedro colocou essas coisas, as tribulações, como necessárias na carreira dos salvos; “Porque é coisa agradável, que, alguém, por causa da consciência para com Deus sofra agravos padecendo injustamente.” I Ped 2;19

Disse mais: “Tendo uma boa consciência, para que, naquilo que falam mal de vós, como de malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom porte em Cristo. Porque melhor é que padeçais fazendo bem (se a vontade de Deus assim quer), do que fazendo mal.” Cap 3;16 e 17

Em suma: Estamos atribulados? Verifiquemos as causas; se, não forem consequências de pecados, glorifiquemos a Deus; pois, até o inimigo está ocupado em testificar de nossa fé.

Nossa caminhada tem Um Senhor, não, um corolário de humanos alvos; agradá-lo deve ser nosso objetivo.

“Ter fé é assinar uma folha em branco e deixar que Deus nela escreva o que quiser.” Santo Agostinho

domingo, 15 de outubro de 2017

A Palavra ou, os Gurus?

“Disse o rei de Israel a Jeosafá: Disfarçando-me entrarei na peleja; tu, porém, veste tuas roupas reais. Disfarçou-se, pois, o rei de Israel e entraram na peleja.” II Crôn 18;29

Acossado pelos profetas de Baal Acabe fora à peleja; mas, Jeosafá que temia ao Senhor solicitou que se ouvisse um profeta Dele; Micaías o desafeto fora chamado e vaticinara que o rei morreria na peleja. Foi ferido, preso, e seguiu o baile; foram adiante mesmo assim.

Porém, Acabe pensou usar o bom coração, ingênuo, até, do rei de Judá, a seu favor. Se, a profecia dizia que o rei seria morto no combate, ele iria vestido como soldado; Jeosafá envergaria vestes reais; se, um rei deveria ser morto, que fosse ele.

Quem tem intimidade com Deus jamais pretende enganá-lO; primeiro, porque sabe que é impossível; depois, por ter aprendido amar à justiça e aborrecer à iniquidade; assim, prefere assumir suas injustiças a cauterizar a saudável voz da consciência enganando-se.

Os ímpios desacostumados ao contato com a santidade sentem-se bons, mesmo, sob a capa da hipocrisia e da arrogância. Ontem deparei com uma frase atribuída a certo Rimpoche que dizia mais ou menos assim: “Se você precisa de religião para ser bom, você não é bom de fato; apenas um cão domesticado”.

Essa “bondade” que muitos aplaudem traz em si além de outras coisas uma blasfêmia: Faz de Cristo mentiroso, pois, Ele disse: “...Ninguém há bom senão um, que é Deus.” Mc 10;18

O Salvador dissera: “Por que me chamas bom?” Ao ensinar que apenas Deus é Bom O Senhor não estava dizendo que Ele não era; mas, ao perguntar: Por que me chamas assim? Significa: Reconheces que Sou Deus?

O Salmista inspirado andou pela mesma senda: “O Senhor olhou desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento; buscasse a Deus. Desviaram-se todos, juntamente se fizeram imundos: não há quem faça o bem, sequer, um.” Sal 14;2 e 3

Isaías ironizou as doentias pretensões de justiça dos ímpios: “Todos nós somos como o imundo, todas as nossas justiças como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha; as nossas iniquidades, como um vento, nos arrebatam.” Is 64;6

Paulo em seus escritos ecoou o mesmo: “Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus.” Rom 3;10 e 11

Incautos que medem a si mesmos por seus próprios parâmetros de bondade; abominam certos erros grosseiros, mas, são cheios de malícias, maledicências, desonestidades, sobre as quais, passam por alto, quando, em si; embora, as vejam de longe se estiverem em outro.

Esses presunçosos devaneiam que não têm pecados; mas, segundo A Palavra de Deus estamos todos mortos em delitos e pecados. Por isso, não estou esposando que precisamos religião; um morto nunca será bom nem ruim, para efeito do que conta é apenas um morto.

Portanto, “... aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.” Jo 3;3 O Senhor não é um adestrador de cães; É Pastor de Ovelhas, animais dóceis, que são facilmente conduzidos pelo Pastor. “Quando tira para fora as suas ovelhas, vai adiante delas, elas o seguem, porque conhecem a sua voz.” Jo 10;4

Muitos vivem a insana ambigüidade de Acabe; ele cercava-se de falsos profetas conforme suas predileções; mas, na hora do vamos ver, tentava evadir-se ao Juízo Divino, pois, no fundo o temia. Seu ardil não deu certo, morreu mesmo vestido de soldado; Deus não estava julgando vestes, mas, caráter.

Os de hoje também amontoam para si gurus conforme suas comichões; gente que formula bem; embala em celofane ou seda, “verdades” que não passam de rótulos bonitos em potes de veneno. Deus adverte que somos maus e carecemos regeneração mediante a cruz de Cristo; eles dizem que já somos bons, não precisamos ser “domesticados”. Óbvio que eles tendem a ser ouvidos, mais que os servos do Senhor.

Na hora do juízo todos os gurus serão apenas réus; nenhum foi posto por mediador senão, Cristo; “Porque há um só Deus; um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” I Tim 2;5 e O Mediador disse que o Juízo será segundo Sua Palavra, nada mais: “Quem me rejeitar e não receber minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia.” Jo 12;48
Uma vez mais, vestes não contarão para desviar a sentença. Nossa presunção é um frágil cristal que a primeira prova mais séria despedaça.

“Que Deus me dê sucessos bastantes para não perder o entusiasmo; e os fracassos necessários para não perder a humildade.” Ivo Nesralla

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

A Humana Batalha Espiritual

“Até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem.” I Cor 11;19

Mesmo nas coisas ruins podemos encontrar certo proveito, desde que as olhemos pela perspectiva correta. Assim via Paulo às heresias, como aferidoras para a sinceridade da fé de cada um.

Na parábola dos dois fundamentos O Senhor disse que a casa seria testada pelas chuvas e os ventos; uma forma figurada das provações que assolam-nos; entre elas, as falsas doutrinas, as heresias. Paulo usou essa imagem; “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.” Ef 4;14

Noutra parte mudou a figura preservando a ideia da prova; “Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. Se, alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; o fogo provará qual a obra de cada um. Se, o que alguém edificou nessa parte permanecer, esse, receberá galardão.” I Cor 3;11 a 14

Temos bem claro o lado bom das coisas ruins. Sempre que algum tipo de malversação, perversão, é posto em realce, nosso afeto pelas coisas virtuosas acaba testado, para que vejamos “in loco” se nossa fé, nossa escala de valores são maciços, ou, apenas um verniz superficial.

Acredito, pois, que O Eterno está permitindo a Tsunami de imoralidades que deu os primeiros sinais na Exposição do Santander Cultural em Porto Alegre; depois, Salvador, São Paulo, Belo Horizonte. A camuflagem de vícios como pedofilia, zoofilia, pornografia, profanação de símbolos religiosos, sob a eufêmica capa de “Arte Moderna”.

A coisa dividiu-nos; de um lado seus defensores, os proponentes e simpatizantes com argumentos que não se firmam sobre as pernas. Posicionam-se como se, o mero nome da arte, e o pressuposto da liberdade de expressão bastassem para a sagração do profano, moralização da indecência, sublimação do mau gosto, autofagia do tecido social, legitimação do crime.

D’outro lado, os que, malgrado, nem sempre sigam piamente preceitos cristãos, inda são refratários a essa degeneração; defendem valores como decência, moral, bons costumes, e veem a família como base social a ser preservada.

Artistas sem noção imaginando-se deuses com poder de ditar como a sociedade deve ser se expuseram ao ridículo e paulatinamente passam a descobrir a real estatura das suas insignificâncias; se, eram admirados por suas arte, isso não lhes faz automaticamente credenciados a estupradores morais, como se compusessem uma super sociedade que ditasse de cima pra baixo como a sociedade de ser. Acho que chegou nossa vez deve mostrar-lhes os nadas, que são.

De certa forma estão nos moldando sim; não no sentido que passemos a aprovar o que desejam, mas, de que, enfim, até os mais sonolentos começam a despertar e rejeitar esses amorais e imorais, pois, mesmo que sejam expoentes em sua arte, sendo deletérios em nossos valores não nos interessam mais.

Então, parafraseando Paulo posso dizer: É até bom que isso tenha acontecido, para que cada um assuma seu lado, marque posição no teatro dos valores. Desse modo, as pessoas não se camuflam mais e cada um faz de cara limpa suas escolhas.

O Senhor jamais forçou, tampouco, força ninguém a nada; antes, desafia a que cada um acentue inda mais suas opções; diz: “Quem é injusto faça injustiça ainda; quem está sujo suje-se ainda; quem é justo faça justiça ainda; quem é santo seja santificado ainda. Eis que cedo venho; meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo sua obra.” Apoc 22;11 e 12

Muitos sempre tiveram a batalha espiritual bem abstrata, mais do que realmente é; o fato que não temos que lutar contra a carne e sangue, mas, contra os espíritos malignos não significa que esses não se expressem mediante pessoas como nós; as usem para veicular toda sorte de perversões que lhes interessa.

Enquanto estiverem a serviço do inimigo, eventualmente se fazem inimigas também; não usaremos de violência por isso; porém, o poder da Palavra, e a defesa dos valores que cremos é o mínimo que se espera dos que pertencem ao Senhor.

Mesmo O Eterno faz diferença entre pecado e pecador; esse Ele ama, apesar de tudo, àquele, odeia. Sua Ira aponta os mísseis contra o pecado; quem não quiser perecer junto com Ele no juízo, aparte-se desse miserável condenado, em tempo.

O Insano aposta suas fichas todas nas coisas que pensa que são; o prudente as guarda temendo as que serão. Aquele, por estar morto despreza à morte; esse, tem um tesouro eterno e luta para reter.

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Globo, a Serpente da Vez

“Não há nada mais patético do que alguém que finge não saber do que você está falando, distorcendo suas palavras, e fazendo delas, o que ele quer que você diga.” Ikaro Veras

A matéria do Fantástico de ontem, que só vi hoje pela Rede, pois, estou enojado da Globo, trouxe um índice de safadeza que ainda não há em nosso vernáculo um adjetivo suficientemente pejorativo para fazer justiça àquilo.

Primeiro fizeram todo um floreio sobre preconceitos contra gays, gordos, negros, apresentaram uma duvidosa pesquisa sem nenhum dado objetivo; número de pessoas ouvidas, onde, quando, nada que credencie os altos números, como, sequer, verossímeis, quiçá, verazes.

Depois, o parâmetro de “intolerância;” um traficante “Evangélico” quebrando tudo na casa de uma sacerdotisa afro em “nome de Jesus” claro! com uma arma apontada. Foi o melhor representante de “Evangélicos” que acharam. Depois da nojeira toda puseram um pastor falando sobre não violência dos cristãos, mas, não mostraram em qual contexto falava; tivemos a resposta sem a pergunta.

Após os floreios inicias com uma série de camuflagens selecionadas rigorosamente, chegaram onde queriam; a Exposição de “arte” Queermuseu” aquela da pedofilia, sexo com animais, sexo a três tudo explícito, e a profanação de símbolos cristãos.

De passagem entrevistaram um Pai-de-santo, ou, algo assim, apenas para se apresentar como sendo da paz e perseguido, não colocaram ao mesmo a questão da erotização e pornografia infantis, nada, apenas foi usado para ser mostrado melhor que os cristãos.

Depois fizeram um passeio pela história da arte tendo como tema a nudez; Apresentaram algumas obras de artistas famosos, coisas inocentes que nunca chocaram ninguém; homens nus com genitálias quase infantis; a “nudez” atribuída a Tarsila do Amaral retrata apenas um seio visível.

Ora, não fosse o elevado índice de filhadaputice da reportagem, e teriam mostrado as “obras” contra as quais os cristãos estão revoltados, para que os expectadores formassem suas próprias opiniões. Lá tem um negro sendo possuído por um e fazendo sexo oral em outro ao mesmo tempo; dois homens fazendo sexo com uma ovelha, etc mas, não mostraram nada do que ocasionou nossa revolta.

Umas coisinhas precisam ser ditas a bem da verdade: Quem está acostumado com lixo não ressente-se da falta de limpeza; só pode se indignar com aquela nojeira toda quem tem valores como, recato, pudor, vergonha na cara, amor pelas crianças... Indignar-se com a deturpação ou violação dos mesmos é a reação esperada de quem está sendo brutalmente violentado em sua consciência.

Quem disse que o cristianismo é a religião da paz; que Cristo é só amor e tolera tudo?? É antes, da divisão, da separação entre o santo e o profano. “Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas, espada;” Mat 10;34 Tem coisas que Deus odeia, não é só amor; “Amaste a justiça e odiaste a iniquidade; por isso Deus te ungiu Com óleo de alegria mais do que aos teus companheiros.” Heb 1;9

Portanto, se O Salvador entrasse num ambiente daqueles, possivelmente faria um Chicote outra vez.

Mas, os canalhas capricham em nos pintar como intolerantes; Macumba e Candomblé como religiões da paz; será? Até meu cavalo sabe que se formos lá e encomendarmos um trabalho para separar um casal, matar alguém, pagando o requerido eles fazem. Mas, são de paz, claro. Não foi coincidência que o primeiro “veículo de comunicação” do capeta foi uma silenciosa cobra. O mal não está no barulho, antes, no veneno.

Um homem de bem grita quando necessário, só um completo pusilânime sem afeto natural compactuaria com a perversão de uma geração de crianças como estão encetando.

Os políticos que teimam em contar mentiras, e a Fake News que sempre deitou e rolou fazendo e acontecendo ainda não acordaram para o poder das redes sociais. Não dá mais para manipular, todos acabam sabendo de tudo.

Liberdade de expressão um cacete!! Ninguém é livre para violentar consciências; liberdade desconhecendo limites deixa de ser; torna-se libertinagem, devassidão. 

E o bosta do Caetano Veloso foi o fecho do vômito denunciando a “censura não oficial”. De minha parte não vejo a censura como esse demônio todo. Quando se perde o senso de responsabilidade, de dignidade, se ultrapassa a fronteira do aceitável; quando o comportamento humano assemelha-se a ervas daninhas na lavoura ninguém culpará ao agricultor se usar pesticida.

A falha do Governo Militar foi ter deixado as universidades nas mãos dos comunistas; agora temos uma leva de jornalistas canhotos que assassinam a verdade pela imposição dos seus pendores; uma imprensa que deforma, quando deveria informar.

Porém, na Venezuela todos os veículos de comunicação são fechados por discordarem do Governo; nenhum deles protesta contra a Censura, afinal, lá é um “Companheiro”; Canalhas!!

Violência Física e Moral

“Tomai também... a Espada do Espírito, que é a Palavra de Deus”. Ef 6;17

A Palavra como arma por si só identifica em quê consiste a batalha espiritual. Como num duelo justo se espera que os oponentes usem armas iguais, a palavra do inimigo, toda sorte de perversões, mentiras, é a arma que usa contra Deus, a Verdade.

Contudo, sendo quem é o Capiroto, não joga limpo segundo as regras; antes, quando a palavra não lhe basta, apela pra violência. Assim fez com Cristo; não o podendo vencer com as mesmas armas usou a força. Mesmo assim perdeu, mas, só percebeu depois.

Igualmente, os sistemas coletivistas, traço indelével da esquerda, seja, baseado no Estado, como o Fascismo; na raça, como o Nazismo; ou, nas classes, como o Socialismo/Comunismo, sempre mataram quem se lhes opôs quando tiveram meios para isso. Vide revolução na China, União Soviética, Romênia, Cuba, Venezuela, etc.

A diferença entre eles e o Estado Islâmico é que esse mata opositores de Alá; eles, opositores da ideologia. Seus reinos perfeitos têm “Reis” diferentes, mas, seus métodos de implantação são iguais.

Se, o sistema que propõem é tão superior assim, por que não basta o saudável gládio de ideias para que triunfe? Por que carecem sempre o acessório da violência para calar opositores?

No embate das ideias, carecer recurso extra equivale a assumir que sua batalha é inglória, impossível de ser vencida com armas justas. Quem apela para a violência onde deveria usar argumentos confessa não possuir argumentos.

O máximo que conseguem é o uso de antíteses; nosso sistema é justo porque o deles é injusto. Grande argumento!

Heráclito dizia o seguinte: “Quando dois sistemas filosóficos pelejarem, nenhum tem direito de dizer: ‘Meu postulado é verdadeiro, por isso, o seu é falso’; pois, o outro lado poderia dizer exatamente o mesmo, o que arrastaria a querela “ad infinitum;” O falso deve ser demonstrado como tal, em si mesmo, não n’outro”.

Parece-me uma regra áurea para debates, sejam de cunho político, filosófico ou espiritual. Assim, não é lícito dizer; O socialismo é bom porque o capitalismo é mau; nem, dizê-lo de forma inversa.

O “Socialismo” tupiniquim teve quatro mandatos seguidos para mostrar suas ideias e gestão; o que temos como consequência? Rombos bilionários em estatais, bancos públicos, fundos de pensão, Risco Brasil afastando investidores, desemprego como nunca, PIB estagnado... aí se apontamos essas coisas, fatos, não ideias, seus bravos debatedores acenam com as “Injustiças sociais” do capitalismo liberal?

Quais? Como vivem os pobres do Canadá, EUA, Alemanha, Japão, Reino Unido, Suécia, Noruega, Dinamarca... melhor que nossos, igual, ou pior. Alguém conhece sobre favelas nesses países?

Fatos falam por si só como argumentos imbatíveis sobre a superioridade do sistema liberal que beneficia iniciativas particulares, empreendedorismo... Aliás, nossos Próceres do socialismo viajam sempre a Paris, Nova York, Londres, Frankfurt... Devem estar infiltrados espiando os pontos fracos do sistema para derrubar, só pode ser isso, pois, são fiéis à ideologia.

Na verdade parecem ter percebido que sua luta está perdida na área econômica, aí, entram com as quatro patas na área moral, cultural. Sua “Arte” promove pedofilia, zoofilia, pornografia, tudo com a chancela de sua “Tropa de Elite” os ditos intelectuais que, em nome da arte e da liberdade de expressão defendem o obsceno, o abjeto, o moralmente deletério.

Gente de renome como, Chico Buarque, Caetano Veloso, Fernanda Montenegro defendem ao lixo que a esquerda promove.

O poder influenciador, manipulador até, de artistas e imprensa tornou-se poeira com o advento da mídia alternativa, as redes sociais; mas, a turma do Jurassic Park não se deu conta.

Arte talentosa conta, mas, muito menos que valores. O cara pode ser o gênio que for; se, na escala de valores for um lixo, junto vai sua arte também. Alguém comeria um prato de comida deliciosa se o visse sobre fezes? É nojenta a figura? É. Mas, é exatamente a imagem que me passam os que são talentosos e imorais; sem vergonhas, obscenos; danem-se seus talentos! Fedem.

É justo, meu pretenso conhecimento da Palavra de Deus, bem como minha função de Ministro do Evangelho que me impulsiona a combater veemente aos que se revelam falsos nisso. De igual modo, sendo expoentes em artes nobres não deveria isso ser um fator a despertá-los contra a falsa arte? A rigor não são artistas, são esquerdistas. Quem, pela ideologia insana sacrifica valores como família, verdade, moral, bons costumes, preservaria à lógica por quê?

Crianças devem ser ensinadas na senda dos deveres, pois, clamarão por direitos naturalmente, mesmo não tendo e sem ensino algum. “A educação tem raízes amargas, mas, seus frutos são doces”. (Aristóteles)

A perversão precoce, porém, pode ter raízes doces, mas, que tipo de frutos dará?

domingo, 8 de outubro de 2017

Os Devassos e o Capitão Devoto

“Entrando ele os capitães do exército estavam assentados ali; e disse: Capitão tenho uma palavra a te dizer. Disse Jeú: A qual de nós? E disse: A ti, capitão!” II Rs 9;5

O anônimo profeta foi ao front em busca de Jeú com a missão de ungi-lo rei. Normalmente o reino era transmitido hereditariamente; o filho primogênito herdava o trono quando o rei falecia; Salomão que não era primogênito foi uma exceção, por escolha Divina.

Porém, agora temos uma “quebra de protocolo”; Deus retira Seu olhar da casa real de Acabe e vai ao exército fazer um novo rei.

Normalmente a um rei cabiam funções de administrar, projetar, prover, expandir; naturalmente, a defesa, num contexto de tantas guerras; Uzias e Salomão destacaram-se como administradores de visão; trouxeram prosperidade à nação.

Porém, a degeneração moral tinha chegado a estágio tal, que O Senhor não via como necessário um administrador; antes, um vingador. Por isso escolheu ao capitão com uma missão bem precisa: “Ferirás a casa de Acabe, teu senhor, para que Eu vingue o sangue de meus servos, os profetas; e de todos os servos do Senhor, da mão de Jezabel. Toda a casa de Acabe perecerá; destruirei de Acabe todo o homem, tanto o encerrado como o absolvido em Israel.” Vs 7 e 8

O mal nunca se satisfaz em si mesmo, em dar vazão à própria maldade; seu objetivo mais caro é atacar, destruir aqueles cujo proceder oposto o realça claramente.

Desse modo, a megera Jezabel, que mandava em Acabe, não se contentava em vetar o Culto ao Senhor como era praxe em Israel; pois, trouxe seu deus, Baal, uma corja de sacerdotes mercenários pagos pelo Estado e tomou conta de tudo graças à omissão do Rei. 


Mas, ela queria mais; mandou matar todos os profetas do Senhor que pode. Alguns sobreviveram escondendo-se em cavernas clandestinos; na nação que fora por Deus liberta da escravidão introduzida na Terra da Promessa e estabelecida, não havia mais lugar pra Ele, nem Seus servos, segundo o intento da rainha.

Com isso chegamos aos motivos do Senhor para ter escolhido um valente, não necessariamente um sábio, para reinar. Não era pra expandir, administrar; era hora da faxina, vingança, matar.

Isso nos lembra algo?? Sim; estamos vivendo um contexto muito semelhante. Embora nossa nação não tenha com O Senhor laços estreitos como tinha Israel, e, muitos dos que se dizem cristãos sejam apenas hipócritas, malgrado isso, digo, há muita gente honesta que serve a Deus; valores que lhE são caros, como família, respeito às autoridades; a promoção da moral e dos bons costumes foi jogada no lixo.

Tudo com incentivo oficial. Verbas públicas patrocinando o que chamaram de “desconstrução do padrão hetero-normativo da família”; lá o Estado assalariava os profetas de Jezabel; cá, patrocina os destruidores dos valores citados.

Os que optam pela vida homossexual, por exemplo; em suas vidas em particular não nos dizem respeito, façam o que quiserem, pois, são livres.

Porém, uma coisa é minha liberdade no âmbito pessoal, outra, no social. O que posso entre quatro paredes sem intromissão alheia, se, o fizer em público não serão os alheios que estarão intrometendo-se em minha liberdade; antes, minha devassidão, falta de noção obscena está invadindo alheias consciências; se for contida não é censura; é uma necessária imposição de freios, dado meu lapso de senso do ridículo, do imoral.

Esses não se satisfazem de se comportarem assim e seguir suas vidas; precisam achincalhar aos cristãos; fazem suas exposições de “arte”, na verdade mera pornografia de subsolo, bestialismo, zoofilia, pedofilia, tudo mesclado a símbolos cristãos.

Como Jezabel, não feliz em “baalizar” o culto, queria matar os Profetas do Senhor; os atuais, além de glamurizarem suas práticas devassas querem ainda destruir a fé, os valores, os direitos de outros que, se não são todos profetas, nem idôneos, ao menos, pautam seu viver por valores mínimos de decência e probidade.

O Senhor Longânime deu-lhes tempo para mostrarem a que vieram; à sociedade em geral, para, inda que tardiamente enxergar melhor em que mata estava buscando lenha; mas, a coisa está para ser julgada.

A Santa Paciência do Eterno também tem limites. Quando menos esperarem sairá o “profeta anônimo” em busca do Capitão da vez, para recolocar ordem na casa. Saibam devassos, devassistas, que sua farra vai acabar.

“Levanta-te, Senhor. Ó Deus, levanta tua mão; não te esqueças dos humildes. Por que blasfema o ímpio de Deus? dizendo no seu coração: Tu não esquadrinharás?”

Afinal, gente boa sendo governada por canalhas indefinidamente, pode desanimar; tornar-se má também. Entretanto, “O cetro da impiedade não permanecerá sobre a sorte dos justos, para que o justo não estenda suas mãos para a iniquidade.” Sal 125;3 Ufa!!

sábado, 7 de outubro de 2017

Palavra e Edificação

“Agora meu filho... prospera; edifica a casa do Senhor teu Deus, como Ele disse de ti.” I Crôn 22;11

Davi dando instruções a Salomão. Um exemplo de como as coisas são feitas pela Palavra. Deus diz quem e como; (Davi desejou O Santo não permitiu, pois, fora homem de guerra; derramara muito sangue.) ao escolhido cabe obedecer, cooperar, e, tudo é feito pela Palavra de Deus.

Assim, na Criação quando o Eterno dava as coordenadas aos anjos: Haja isso, aquilo; eles produziam, depois, O Arquiteto supervisionava: “Viu Deus que era bom”. A exceção foi o homem, que O Próprio Criador fez com Suas mãos. Falando a Jó da fundação da Terra apresentou um júbilo coletivo, fruto de trabalho em equipe; “Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam e todos os filhos de Deus jubilavam?” Jó 38;7

Quando deixa patente a eficácia da Sua Palavra o faz baseado em no poder dela, e na Sua Onisciência, que, conhece qual será a exata resposta de cada um; por isso, afirmou: “Assim como desce chuva e neve dos céus e para lá não tornam, mas, regam a terra; a fazem produzir e brotar; dar semente ao semeador e pão ao que come; assim será a minha palavra que sair da minha boca; não voltará para mim vazia, antes, fará o que me apraz, prosperará naquilo para que a enviei.” Is 55;10 e 11

Não quer dizer que muito da Palavra não se perca, como ilustrou Cristo, na Parábola do Semeador. Parte da semente (palavra) foi comida pelas aves dos céus; (furtada a influência por ação de maus espíritos) parte caiu sobre pedras;(os emotivos superficiais) outra, entre espinhos (os materialistas amantes das riquezas) finalmente, uma porção em boa terra; (os fiéis). Essa última cumpre o Propósito Amoroso do Pai, levando-lhe os frutos que deseja.

Apesar de poderosa em si, O Eterno condicionou a eficácia da Palavra a uma resposta nossa, dado que, nos fez arbitrários. “Porque também a nós foram pregadas as boas novas, como a eles, mas, a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que ouviram.” Heb 4;2

Portanto, sair por aí vociferando que A Palavra tem poder pode não ser bem assim; digo; quem não a pode obedecer, também não pode ver em sua vida a operação do poder que ela possui. “Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera.” Ef 3;20

Muitos a usam como amuleto. Conheci uma pessoa que vivia um caso público de adultério, todos sabiam; entretanto, tinha ao lado da cabeceira uma Bíblia aberta no Salmo 91; aquilo de, “mil cairão ao teu lado; dez mil a tua direita, mas, tu não serás atingido”.

Estava ferida de morte espiritualmente; a Palavra é categórica: “Ficarão de fora... os adúlteros”, mas, a doidivanas sentia-se “protegida pela Palavra”. Ora, a Palavra é uma diretriz que demanda nossa cooperação; em si apenas revela a Vontade de Deus; nossa reação ativa sua eficácia, ou, não.

Ainda que o Senhor tencione as melhores coisas para nós, se, invés de cooperação, submissão, obediência, divisar rebeldia, O Eterno refaz Seus Planos, como foi no caso de Eli; “...Na verdade tinha falado eu que a tua casa e a casa de teu pai andariam diante de mim perpetuamente; porém, agora diz o Senhor: Longe de mim tal coisa, porque aos que me honram honrarei, mas, os que me desprezam serão desprezados.” I Sam 2;30

Davi preparara os materiais necessários quando disse: “Edifica a casa do Senhor como Ele disse de ti”. Agora, o “Filho de Davi” ensinou que Deus é Espírito; nós somos os templos que devem ser edificados para Sua habitação; legou todos os “materiais” (dons) e O Mestre de Obras, Espírito Santo.

Cumpre-nos sermos partícipes na edificação, para que O Poder Santificador da Palavra opere em nós. “Chegando-vos para ele, (Cristo) pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas, para com Deus eleita e preciosa, vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo...” I Ped 2;4 e 5

A Palavra não depende de nós para ser o que é; poderosa. Mas, nós dependemos dela para sermos o que O Eterno deseja; regenerados.

“Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro e ilumina os olhos. Mais desejáveis são que o ouro, sim, que muito ouro fino; mais doces do que o mel, o licor dos favos. Também por eles é admoestado o teu servo; em guardá-los há grande recompensa.” Sal 19;8, 10 e 11

O Senhor seja contigo; edifica a casa, como Ele espera de ti.

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

As Três Revelações e a Bíblia Gay

“Porque todos os que sem lei pecaram, sem lei também perecerão...” Rom 2;12

Não havendo pecado sem transgressão da Lei, como pecaram os que estavam sem Lei? “Porque até à lei estava o pecado no mundo, mas, não é imputado, não havendo lei. No entanto, a morte reinou desde Adão até Moisés...” Rom 5;13 e 14

Tendemos a ver apenas a Palavra de Deus como fonte de conhecimento Dele, bem como, de compromisso com um viver idôneo. Na nossa concepção o homem fiel é aquele que pratica a Palavra. E não? Bem, ouso dizer que é algo mais.

Jó foi “fiel e reto, temente a Deus desviando-se do mal.” Baseado em quê? Digo, quais Leis cumpria para que fosse assim adjetivado pelo Senhor?

Estudiosos da cronologia Bíblica defendem que o Livro de Jó foi o primeiro a ser escrito, antes mesmo do Pentateuco. Eventos como a criação, a queda, o Dilúvio eram conhecidos superficialmente por tradição oral. Tanto que, Jó menciona em dado momento, o “esconderijo” de Adão.

Assim sendo, ele tinha muito pouca “Bíblia” para ser fiel; pouco conhecimento de Deus pelos nossos padrões. Na verdade, no final do livro falando com O Criador assumiu: “Eu te conhecia só de ouvir falar; agora te veem meus olhos.”

Ouvir falar não pode ser tido como uma revelação, pois, o falar humano é multifacetado conforme inclinações e crendices de cada um.

Entretanto, há duas revelações de Deus além da Palavra que forjam a “Lei” que devem cumprir aqueles que ainda não ouviram os Oráculos Divinos.

Primeira; a Criação. “Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto, Sua Divindade, se entendem; claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, em seus discursos se desvaneceram, seu coração insensato se obscureceu.” Rom 1;19 a 21

Quantas vezes vimos documentários no Globo Repórter, National Geographic, etc. onde coisas incríveis são mostradas; os repórteres, presto concluem: “A Natureza é Sábia”; jamais dizem: O Criador é Sábio. “Honraram e serviram mais à criatura que ao Criador”, que, entristecido afastou-se levando consigo certas restrições que Sua presença trazia. Como consequência disso a infâmia, a desonra, a perversão sexual.

“Por isso Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. Semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro.” VS 26 e 27

Além dessa revelação exterior, imanente, temos outra interior, no espírito, refletida nas consciências. “O espírito do homem é a lâmpada do Senhor, que esquadrinha todo interior; até o mais íntimo do ventre.” Prov 20;27

Assim, o Eterno pôs Suas maravilhas ao alcance dos olhos em Suas Obras para que O Conheçamos; pôs Sua “Lâmpada” dentro de cada um de nós para que por ela veja nossos corações; porém, além d’Ele ver, faculta que igualmente vejamos na tela da consciência. “Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei; mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente sua consciência, e seus pensamentos; quer acusando-os, quer defendendo-os;” Rom 2;14 e 15

Por fim, o último Argumento Divino: Sua Palavra. O morto da parábola do rico e lázaro pediu para enviar outro aos seus familiares para convencê-los da dura realidade do inferno, ao que, Abraão respondeu: “Têm Moisés e os Profetas; se não crerem neles, tampouco, crerão inda que um morto ressuscite.” Assim, para quem duvida da Revelação mais patente, nenhuma outra se lhe dará; é sua última chance.

Os que se deram à perversão ignorando às duas primeiras revelações, Criação e consciência, como não podem silenciar também à terceira pervertem. Criaram a “Bíblia comentada, Graça Sobre Graça” também conhecida como Bíblia Gay, pois, omite os trechos que condenam ao homossexualismo.

Uma “Bíblia” ao seu gosto; quanto à consciência, não a podem “engayzar”, daí, a fúria contra a liminar que permitiu psicólogos ajudarem aos que estiverem em maus lençóis com as próprias consciências.

Quanto à Criação vão homossexualizá-la também? Temo que não, pode que pare de produzir alimentos. 

Concedem que Deus criou tudo o que há para nos sustentar graciosamente; apenas, não lhe dão direito de dizer como Suas criaturas devem se comportar. Mas, isso de decidirmos sobre bem e o mal não é a “Bíblia” da oposição?

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Festa nos Céus, ou, na Terra

“Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas, e, perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e não vai após a perdida até que venha a achá-la?” Luc 15;4

A conhecida parábola da ovelha perdida; analisemos seu contexto imediato. O Senhor assentara-se à mesa com publicanos e fora criticado por isso pelos religiosos; “Os fariseus e os escribas murmuravam dizendo: Este recebe pecadores, e come com eles.” V 2

Então, O Salvador contou uma sequência de parábolas, ovelha e dracma perdidas e o filho pródigo. Isso visto de modo superficial pode parecer que Jesus aprovava a postura dos religiosos que seriam as 99 ovelhas, ou, as nove dracmas que não se perderam; e, os publicanos e demais pecadores, os perdidos que estavam sendo buscados; será?

Há duas coisas a considerar aqui; Jesus não estava avaliando a espiritualidade dos religiosos, mas, defendendo a necessidade de Sua ação de buscar aos perdidos. E, ao passar por alto sobre a hipocrisia deles como se fossem justos encerrava certa ironia, pois, se o fossem deveras estariam eles buscando perdidos, invés, de se suporem acima.

A Parábola do pródigo apresentou o irmão caseiro com ciúmes porque o pai festejou a volta do perdido; isso sim, os identificava; pois, estavam enciumados pelo fato de O Senhor ajudar aos fracos invés de compactuar com a encenação frívola deles.

Desse modo Cristo lhes fez ver que, mesmo se fossem justos como pretendiam, suas razões e críticas não faziam sentido; eram fruto de ciúme vazio. E, as razões do Senhor iam muito além de formalidades religiosas banais; atinavam ao propósito celeste, pois, “Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam arrependimento.” V 7


Eis uma coisa que todo obreiro deveria aprender! Dirigir seus passos e ações focando na repercussão nos Céus, não, no aplauso da Terra. Spurgeon dizia: “Preocupe-se mais com a pessoa para quem olhas quando pregas, que, com o seu modo de olhar.” De outra forma: Seja empático, amoroso, invés de performático espetaculoso. A repercussão nos Céus é que conta.

Os filósofos usavam esse critério salutar de discutir um assunto de cada vez, sem embaralhar a discussão; e a “bola da vez” era a correção ou não, do Salvador se misturar com pecadores. O Senhor os demoveu com ensinos de uma lógica comum, de fácil compreensão e coroou seu argumento com algo que eles pareciam desconhecer; a reação celeste.

Porém, quando se propôs a falar dos religiosos especificamente, não “dourou a pílula”, antes, os expôs como de fato eram. “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois, sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas, interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia. Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas, interiormente estais cheios de hipocrisia e iniquidade.” Mat 23;27 e 28

Salta aos olhos o contraste entre o justo e os hipócritas: Enquanto aquele fazia o necessário, mesmo em ambientes malsãos buscando a aprovação celeste, esses faziam toda uma encenação fajuta, vazia em busca da aprovação humana.

Embora tenha sido um fato histórico, é também um tipo profético dos ministros atuais. Uma minoria leal ainda se ocupa com pecadores visando a “festa nos céus”; a ampla maioria é a dos “tolerantes, inclusivos, liberais” que, em busca do aplauso de um mundo apodrecido em pecados, coloca em realce o amor de Deus e profana Sua Justiça; acomodando nas congregações toda sorte de posturas abomináveis; jamais ensejam uma festa celeste, mas, a Terra os festeja como modernos, racionais, amorosos...

De ministros assim O Senhor falou também: “Vós sois os que justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece vossos corações; porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” Luc 16;15

Enfim, quem pretende uma igreja inclusiva, tolerante com práticas pecaminosas não tem a menor ideia do que é de fato, a Igreja de Cristo. “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens, ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, justa e piamente.” Tt 2;11 e 12

Como vimos, a Graça Salvadora veio para todos; trouxe seu ensino que demanda dos discípulos renúncia a toda sorte de impiedade, vida sóbria e justa; senão, nada feito.

Pessoas que querem ser membros do Corpo de Cristo sem abandonar suas práticas pecaminosas sonham com duas vidas concomitantes; essa, e a eterna. Devemos renunciar uma se desejamos outra. Senão, tiremos o máximo proveito do pecado até a perdição final, pois, é só o que teremos.

“Todos nós nascemos loucos. Alguns permanecem.” Samuel Beckett

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Entendimento, a luz que falta

“Tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual a esperança da sua vocação e as riquezas da glória da sua herança nos santos;” Ef 1;18

Muito se fala nos olhos da fé inspirado no texto que diz que Moisés trocou a glória do Egito pela peregrinação no ermo, pois, “ficou firme como se, vendo o invisível.”

Entretanto, escrevendo aos cristãos de Éfeso Paulo disse que orava para que se lhes abrissem os olhos do entendimento. Há diferença entre esse e conhecimento; o entendimento vem antes, e, vertido em um modo de andar vai forjando o conhecimento de Deus.

Tendemos a superficializar o conhecimento, como se fosse mera propriedade intelectual, quiçá, visual.
Por exemplo: Viajando passei por determinada cidade, e falando com alguém, quando a mesma é citada digo: Conheço, já estive lá. Não senhores; conhecer é bem mais profundo que isso.

Vulgarmente citamos: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”; como se isso fosse um conjunto de informações estritamente. Ter meras informações equivale a passar pela cidade da Verdade, sem conhecer. É preciso moldar o viver pelo que sabemos acerca da Vontade Divina; “...minha doutrina não é minha, mas, daquele que me enviou. Se, alguém quiser fazer a vontade dele, pela mesma conhecerá se ela é de Deus, ou, se eu falo de mim mesmo.” Jo 7;16 e 17

Entender é como ter a receita, conhecer vem de praticar, tomar o remédio. Fazendo isso nos exercitamos na experiência, tanto de, como andar, quanto, as consequências de sermos do Senhor. “Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes.” Jo 13;17

Pois, o conhecimento da verdade dado como possível derivaria, justo, da permanência na Palavra de Cristo; “...Se vós permanecerdes nas minhas palavras, verdadeiramente sereis meus discípulos; conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” Jo 8;31 e 32

Dizemos que para conhecer alguém carecemos comer um kilo de sal juntos primeiro; isso requer tempo, convívio em situações favoráveis e adversas para vermos como porta-se em cada uma.

Para conhecermos ao Senhor precisamos igualmente passar com Ele pelas boas e más situações; não que haja Nele mudança ou, sombra de variação, mas, veremos nisso a verdade sobre nós, a essência da fé que professamos; se, há mudança em nosso crer; se a fé é oca ou maciça; noutras palavras: Se nossa casa está fundada na areia, ou, na rocha.

“Sei estar abatido, também, ter abundância; em toda a maneira, em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, quanto, ter fome; tanto a ter abundância, quanto, padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.” Fp 4;12 e 13

Entendimento é a vida cristã em seu aspecto teórico, os primeiros passos que demandam ensino; por exemplo: O Eunuco etíope lia o profeta Isaías quando Filipe o encontrou e indagou: “Entendes tu o que lês?” Ao que respondeu: “Como entenderei se alguém não me ensinar”? Entendendo o que estava em jogo desejou, foi batizado e passou a conhecer Cristo em sua vida.

A salvação tem dois passos derivados do intelecto e um da vontade; saber, entender e desejar. Sem esse último os dois primeiros se perdem; só com o último seremos meros fanáticos religiosos que ignoram em quê, creem.

Pedro disse que podemos mais: “...estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós.” I Ped 3;15

Para desejarmos algo carecemos antes identificar seu valor, senão, passaremos alheios. “Se clamares por conhecimento, por inteligência alçares tua voz, se, como a prata a buscares e como a tesouros escondidos a procurares, então entenderás o temor do Senhor e acharás o conhecimento de Deus.” Prov 2;3 a 5

Assim, embora indispensável, o entendimento é um bem teórico; mas é ele que nos dá ingresso ao conhecimento que é prático. “Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, nele não está a verdade.” I Jo 2;4
Em suma, a Palavra de Deus é a “Lâmpada para os pés e a luz para o caminho;” entendimento, a capacidade de ler as placas que orientam a caminhada; o conhecimento de Verdade, de Deus, deriva de com Ele caminharmos em comunhão e submissão.

Infelizmente, quando ora, a maioria, invés de, como Salomão buscar sabedoria para servir, busca bens para servir-se.

Quem devaneia que O Eterno pagou tão alto preço para nos dar prazer, invés, de vida, ainda está com os olhos do entendimento vendados.

“Porque o Senhor dá a sabedoria; da sua boca é que vem o conhecimento e o entendimento. Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade.” Prov 2;6 e 7

terça-feira, 3 de outubro de 2017

A "Arte Moderna" e o Príncipe Oculto

“Mefibosete, filho de Saul desceu encontrar-se com o rei; não tinha lavado os pés, feito a barba, nem lavado suas vestes desde o dia em que o rei tinha saído até ao dia em que voltou em paz.” II Sam 19;24

Embora, do ponto-de-vista higiênico seja questionável a atitude do filho de Saul, no prisma da lealdade com o rei foi um gesto nobre. Sabendo que seu pai o odiava, pois, várias vezes tentara matar Davi; invés de ter se tornado herdeiro da inimizade, na hora de dificuldade do rei, quando poderia ter tripudiado se mostrou triste, solidário.

Contudo, vivemos dias nos quais sequer respeita-se o direito de quem pensa diferente; empatia com a dor alheia então, chega a ser um “albinismo” moral; difícil de encontrar.

Os mantras da tolerância e diversidade são exaustivamente repetidos por aqueles que não suportam a presença, muito menos, a opinião de quem diverge.

De um lado os ditos conservadores que toleram o convívio pacífico com os que se opõem, concedem direitos iguais aos que atuam de modo frontalmente avesso aos seus valores; mesmo sendo ampla maioria e podendo se impor, se quisessem, concedem direitos como a união homo-afetiva, por exemplo.

De outro lado, os de esquerda; esses são os que mais tocam na teclas da tolerância e diversidade; mas, não toleram que sejamos cristãos, tenhamos nossos valores e desejemos ainda os moldes da família tradicional.

Seu projeto de vida é a “Desconstrução dos padrões hetero-normativos da família;" apresentado como Programa de Governo pela Dilma. Então, para eles, tolerância, inclusão, diversidade; para os outros, achincalhe, afronta, destruição, mesmo sendo minoria fazem muito barulho. 

Cometem sacrilégios contra a fé alheia; promovem incentivo ao homossexualismo e à pedofilia como na exposição do Santander; e, a pretexto de “Arte Moderna” obscenidades maiores como a ciranda do peladão do MAM de mãos dadas com crianças.

Assim, deixam patente que seu engajamento não é pelos seus direitos; a constituição já resguarda; mas, contra os nossos, que a mesma Carta também contempla.

Já há uma trupe de artistas canhotos apoiando a nojeira com o velho bordão da censura como se isso fosse o maior dos pecados. É duro entender como os agricultores matam ervas daninhas com pesticidas impedindo a “liberdade de expressão” das mesmas. Abaixo à censura!

Cultura deriva de cultivar algo; quando o fazemos miramos certo alvo, fim; a colheita. “Porventura pode o etíope mudar sua pele, ou o leopardo suas manchas? Então podereis vós fazer o bem, sendo ensinados a fazer o mal.” Jr 13;23

Qual seria a colheita de um “plantio” assim, senão, o estímulo à pedofilia, prostituição, destruição da família? Mas, para esses bravos libertários somos nós que devemos nos envergonhar por usarmos ainda os “pesticidas” do pudor, decência, recato...

Todos os gays devem suas vidas a uma relação heterossexual; nenhum nasceu em tubo de ensaio; contudo, odeiam a fonte da qual verteram; tudo fazem para escandalizar, ofender, perverter, sem deixar de falar sempre em tolerância, claro!

Está mais que na hora da sociedade lhes cortar as asas; nossa omissão, o “silêncio dos bons” como definiu Luther King, tem sido o adubo que fomenta o crescimento da devassidão dessa gente que desconhece valores e limites.

Mesmo discordando de seu comportamento, não há nenhum movimento de “direita” visando a “desconstrução” do homossexualismo. Se nossa fé em seus códigos desaprova seu agir ensinamos isso por amor às almas, sem nada impor, todavia.

Porém, o mero desbloqueio de uma restrição burra aos psicólogos que gente mal intencionada chamou de “Cura Gay” já bastou para uma tsunami de protestos dos gayzistas.

Se for para virar gay, por seus padrões uma criança pode decidir mudar de sexo com custeio público da cirurgia; agora alguém, eventualmente desconfortável, não poderia nem falar disso com um psicólogo; eis a “igualdade” que esposam!

Embora em seu ódio não identifiquem que são meras marionetes de Satanás, pois, a destruição do cristianismo e seus valores é “Programa de Governo” dele; sua postura em parte os iguala a Mefibosete que vimos no princípio; a diferença é que aquele atuou com nobreza; esses o fazem com vileza.

O Filho de Saul ficou sujo, temporariamente, por solidariedade, identificação com a angústia do rei; esses se portam de modo sujo indefinidamente sem saber que manipulados por um indigno rei. Se, conseguirem seu intento de destruir famílias e valores chegarão onde? Qual é sua “Luz no fim do túnel”?

O ódio não precisa alvos, se basta. Urge que todo país se mobilize, reaja a tais abusos, pois, essa gente precisa ser restrita ao seu espaço.

Escolheram o soberano errado, e, como disseram certos ímpios do Rei dos Reis, dizemos do Príncipe do mundo: “Não queremos que esse reine sobre nós.”

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Felicidade Camuflada

“Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho.” Fp 4;11

Cheias estão as redes sociais de receitas de felicidade; ser feliz é isso, aquilo, aquilo outro, etc.

Nada há de errado em tentarmos ser felizes. Entretanto, embora seja, antes de tudo, uma plenitude emocional, a felicidade receitada pela Palavra de Deus parece usar na receita do doce, ervas amargas.

Se olharmos o Sermão do monte veremos uma série de versos começando com, bem-aventurados; que se pode traduzir por felizes. Porém, depois de chamar assim aos sujeitos, anexa predicados que, num olhar superficial nada têm a ver com felicidade. Pobres de espírito, os que choram, caluniados, perseguidos, famintos e sedentos de justiça, etc.

Felicidade em nosso conceito e no Divino parece vestir-se com roupas diferentes; se,pra nós desfila vistosa e colorida como um arco íris, na Divina usa vestes sóbrias, às vezes escuras; parece fomentar mais a dor que outro sentimento.

Será que O Eterno não entende direito do assunto? Ou, somos nós que tropeçamos na pedra da ignorância e caímos na ribanceira do engano?

Uma coisa com a qual lidamos mal é com o tempo. Sabedor disso Pedro aconselha: “Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte; lançando sobre ele vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.” I Ped 5;6 e 7

Embora nos pareça penoso o tempo, quando as circunstâncias são adversas, se, estamos marchando no rumo tencionado pelo Pai, para Ele somos felizes, não no aspecto do que, ora, sentimos; antes, no fruto porvir da escolha feita.

Às vezes dizemos: “Fulano foi muito feliz nas suas palavras”; não pretendemos com isso aludir a um sentimento; mas, correção, acerto. Assim, nossas escolhas podem ser felizes, sem que o sejamos, estritamente. Somos chamados bem-aventurados e desafiados a tomar uma cruz. Eis o disfarce da felicidade!

A plena será uma colheita e estamos ainda na época do plantio. “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará corrupção; mas, o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará vida eterna.” Gál 6;7 e 8

Vida eterna, esse é o ponto. Se, da nossa perspectiva setenta ou oitenta anos é o tempo que temos para ser felizes, da Divina é o tempo para comprarmos o ingresso apenas; “De um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação; para que buscassem ao Senhor...” Atos 17;26 e 27

O Salvador chamou cansados e oprimidos; desafiou-os a tomarem Seu jugo, aprenderem Dele, para encontrarem descanso para as almas, não, felicidade. Essa reservou para o porvir; “serão consolados, alcançarão misericórdia, verão a Deus...”

João teve pequena amostra: “Ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois, com eles habitará; eles serão o seu povo, o mesmo Deus estará com eles, e será seu Deus. E limpará de seus olhos toda a lágrima; não haverá mais morte, pranto, clamor, nem dor; porque as primeiras coisas são passadas.” Apoc 21;3 e 4

A colheita de quem semeou renúncias por amor a Deus e Sua Palavra; felicidade eterna. “Então, - diz Malaquias – vereis a diferença entre o que serve a Deus e o que não serve”. O contexto atina ao juízo dos ímpios e o livramento dos justos; mas, depois do livramento, as venturas citadas.

Então, apesar das adversidades serem dolorosas, a única coisa que ameaça a felicidade futura é o pecado; esse erra o caminho para a Cidade Eterna. Geralmente nasce da pressa de sermos felizes eventualmente, onde estragamos a felicidade perene.

Ciente disso que Paulo asseverou: “Aprendi a me contentar com o que tenho...” Ou seja: Mesmo que sejam necessárias privações, de bens, saúde, liberdade, justiça, ainda assim, prosseguir firmes olhando para o alvo. Como se diz de Moisés que seguiu firme como se, vendo o invisível.

Quando diz: “que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo seu propósito.” Rom 8;28 Mais que um benefício das coisas em si, mira acoroçoar nossa perseverança, pois, mesmo óbices que atrapalham, ajudam, no sentido de forjar a têmpera espiritual necessária para batalhas maiores.

Assim, podemos desde já ser felizes em nossas escolhas; devemos aprender a nos contentar com o que temos; perseverar no caminho estreito, pois, felicidade plena é logo ali. Quando Cristo bate à nossa porta traz um desafio para valentes, cujo prêmio aos vencedores é a felicidade. O que te impede de abrir a porta?

domingo, 1 de outubro de 2017

Intervenção militar, o "mal" Necessário

“Saíram ver o que tinha acontecido e vieram ter com Jesus. Acharam então o homem, de quem haviam saído os demônios, vestido, em seu juízo, assentado aos pés de Jesus e temeram.” Luc 8;35

Duas mudanças imediatas na postura do que fora possuído por uma legião de demônios; voltou seu pudor, estava vestido, também, seu juízo, lucidez.

Assim, não é forçada a conclusão que, estimular a nudez, a pornografia, promover toda sorte de insanidades é obra dos demônios. Eufemismos como “arte moderna” não passam de um rescaldo pobre e ineficaz ao estrago da fogueira da devassidão.

Pessoas ímpias são por eles manipuladas, levadas a crer que estão lutando pela implantação de uma ideologia política, quando, não passam de fantoches do diabo, cujo fim é chocar agredir, escandalizar símbolos e valores caros aos cristãos. A simples predileção por esses alvos já lhes deveria ser reveladora sobre quem é seu comandante; mas, o ódio cega demais, para isso.

Não se satisfazem com o direito de viver a sua maneira; odeiam o fato da imensa maioria viver por outros valores, comportamentos. Estivessem em países islâmicos, por exemplo, e, todo seu valente ativismo engajado estaria debaixo da cama, fariam secretamente suas devassidões para preservação da vida; como aqui gozam plena liberdade não se satisfazem; precisam “causar” escandalizar, “desconstruir”.

Hegel defendia que a história se faz através de certa “dialética social”, ou seja: Em dada época a sociedade em seus valores, comportamento econômico, filosófico, cultural tendia demais para certo lado; após um período surgia uma reação inversa inclinando-se para o lado oposto; por fim, um terceiro período que seria a síntese do “diálogo” equilibrando um pouco as coisas.

Pois bem, tivemos 21 anos de intervenção militar, disciplina rígida, censura; castração de certas liberdades; embora tenha sido um contragolpe ao comunismo que se assanhava ficou conhecido como “golpe militar”; encerrado esse período, coisa feita em moldes pacíficos, o que por si só desfaz a falácia que era ditadura, tivemos então a sonhada democracia que, invés do salutar equilíbrio entre deveres e direitos descambou para um porre de liberdade, irreverência, desrespeito a toda sorte de instituições e autoridades; no âmbito político, a farra dos desmandos, da corrupção.

Assim, seu Brasil que andara muito sisudo nos dias de intervenção militar, passou a claudicar bêbado, no seu porre de liberdade. Como diz certo adágio, “Cofre de bêbado não tem dono”, a galera indecente se esbaldou.

Porém, a coisa foi longe demais, a turma da devassidão desconhece limites. Se, dentro da perspectiva hegeliana estivermos indo para uma síntese, estão, devemos esperar um período saudável, de equilíbrio entre direitos e deveres, disciplina e respeito sem violência; liberdade, sem violação. Será?

A revolta é tanta nas pessoas de bem que desejam até, que, invés de um meio termo, tenhamos, mesmo, um movimento pendular; que haja nova intervenção militar o império da lei, da ordem, disciplina.

Alguém poderia argumentar que essas coisas podemos obter sem carecer intervenção. É mesmo? Com o atual estágio dos três poderes, seu nível de contaminação, digo, esperar devida reforma política e sistêmica, seria fantasiar em fazer uma omelete com ovos podres. Acho que carecemos mesmo, de uma intervenção pelo tempo mínimo para reformar a coisa, punir ladrões e refazer a nação resgatando valores morais e cívicos abandonados.

Do ponto de vista da igreja cristã temos muita culpa sim. Se do lado de lá fazem de tudo para nos ridicularizar, desprezam, em grande parte damos razão para isso, permitido a proliferação de toda sorte de heresias, ladroagem perpetrada por salafrários disfarçados de servos de Cristo. Uma geração imbecilizada, incapaz de pensar, capada em seu senso crítico é presa fácil de cretinos de baixa estatura moral.

Somos, em grande parte, o que O Salvador denunciou que não deveríamos ser; sal degenerado que não serve mais para salgar, só para ser pisado pelos homens. O demônio está avançando sobre coisas que nos são caras porque em nossas más inclinações restringimos o avanço de Cristo.

Os aspectos, espiritual e o político, não são excludentes; ambos carecem higidez para serem sustentáculos de uma nação saudável. Na omissão dos homens de bem os maus subiram na mesa; precisamos quebrar as pernas dela e fazer uma nova.

Quando pensamos estar no fundo do poço, de onde só se pode mover para cima, nos vemos a afundar inda mais; Não satisfeitos com a falência econômica precisamos a promoção da falência moral.

Mas, felizmente, nem todos faliram; há ainda os que se armam de decência, valores, pudor, probidade, ética... como na convocação para a tomada de Jericó, precisamos que esses tomem a dianteira para sairmos da deriva; “Passai e rodeai a cidade; e quem estiver armado, passe adiante da Arca do Senhor.” Jos 6;7