“Não retires a disciplina da criança; pois, se a fustigares
com vara, nem por isso morrerá. Tu a fustigarás e livrarás sua alma do inferno.”
Prov 23;13 e 14
Para Deus
esse protecionismo excessivo, estilo “Lei da Palmada”, onde os pais são
proibidos de corrigirem como lhes apraz aos seus filhos, não vinga. Antes,
ordena a disciplina, para que, o bem maior, a vida, seja preservado.
As leis
humanas são, muitas vezes, casuísticas, genéricas, nivelando coisas que não
estão, absolutamente, em nível. Por exemplo, um pai ou mãe totalmente
desnaturados que cometem barbáries contra filhos indefesos, existe isso,
infelizmente, invés de dar azo a que se puna devidamente aos tais, seus tristes
exemplos são usados para criar essas leis que vetam qualquer sorte de punição
física, mesmo de pais centrados que, só o fazem quando absolutamente necessário,
e inda assim, sem exageros.
Então, o pai
cioso, disciplinador, é nivelado ao desequilibrado, bestial. Esse carece a
tutela do Estado, aquele, não. Antes de mais nada cabe considerar que, o Estado
é produto da sociedade, que, por sua vez, o é, das famílias. Ele deriva das famílias,
não, as famílias do Estado.
A disciplina
nunca é bem vista, pois, essa desmancha prazeres se opõe às inclinações
naturais, e, aqueles que sentem-se deuses não toleram muito bem a oposição. “Porque
a inclinação da carne é morte; mas, a inclinação do Espírito é vida e paz. Porquanto
a inclinação da carne é inimizade contra Deus, não é sujeita à Sua Lei, nem, em
verdade, pode ser.” Rom 8;6 e 7
Sendo a inclinação
natural à morte, toda disciplina que visa livrar disso, é um gesto de amor, uma
imposição pela preservação da vida. Quem é filho de Deus, uma ínfima minoria, infelizmente,
sabe, que, Ele disciplina. “Porque o Senhor corrige o que ama, açoita a
qualquer que recebe por filho... tivemos nossos pais segundo a carne, para nos
corrigirem, e os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais, ao Pai dos
espíritos, para vivermos?” Heb 12;6 e 9
Sabe, quem
passou pela disciplina, que, mesmo Deus Sendo Espírito, muitas vezes toca no
físico, quando anela nos corrigir. Sempre nos chama ao Seu Conselho; se, isso
não bastar para moldar nossa caminhada, apela ao “cabresto”. “Instruir-te-ei,
ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com meus olhos. Não
sejais como o cavalo, nem a mula, que não têm entendimento, cuja boca precisa
de cabresto e freio para que não se cheguem a ti.” Sal 32;8 e 9
A Cruz de
Cristo, no fundo, é auto disciplina que nos aplicamos, ajudados pelo Espírito
Santo, para que, nossa má inclinação não prevaleça. Ela, devidamente vivida é
chamada de “andar em espírito”, única forma, aliás, de escaparmos da
condenação. “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo
Jesus, que não andam segundo a carne, mas, segundo o Espírito. Porque a lei do
Espírito de vida em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.” Rom
8;1 e 2
O homem
prudente, pois, disciplina-se, para não precisar ser disciplinado. “Porque, se
nós julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados.” I Cor 11;31 Um pouco
antes, Paulo dissera como a coisa se dava com ele: “Todo aquele que luta de
tudo se abstém; eles fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma
incorruptível. Pois, eu assim corro, não como a coisa incerta; combato, não,
como batendo no ar. Antes, subjugo o meu corpo, o reduzo à servidão, para que,
pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado.”
Cap 9;25 a 27
Nesses tempos
difíceis, onde as pessoas querem ser agradadas invés de corrigidas, mensageiros
que ainda forem fiéis à Palavra de Deus como ela é, tendem a ter cada vez menos
ouvintes. E, os que julgam o sucesso pelo volume invés da qualidade, a
amontoarem-se sob esses “doutores” que se fazem animadores de mortos, invés de
mensageiros da ressurreição. “Porque virá tempo em que não suportarão a sã
doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme
as suas próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às
fábulas. Mas, tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um
evangelista, cumpre o teu ministério.” II Tim 4;3 a 5
Paulo propõe
sobriedade como antídoto aos tais, o que, implicitamente os põe como
embriagados. E, como corrigir a um bêbado? “Como o espinho que entra na mão do
bêbado, assim é o provérbio na boca dos tolos.” Prov 26;9
Resulta
inútil a disciplina aos tolos, por isso, Salomão propõe que se mire outros
alvos. “Não repreendas o escarnecedor, para que não te odeie; repreende o
sábio, e ele te amará.” Prov 9;8
Nenhum comentário:
Postar um comentário