terça-feira, 30 de agosto de 2016

"Lei da Palmada", espiritual

“Não retires a disciplina da criança; pois, se a fustigares com vara, nem por isso morrerá. Tu a fustigarás e livrarás sua alma do inferno.” Prov 23;13 e 14

Para Deus esse protecionismo excessivo, estilo “Lei da Palmada”, onde os pais são proibidos de corrigirem como lhes apraz aos seus filhos, não vinga. Antes, ordena a disciplina, para que, o bem maior, a vida, seja preservado. 

As leis humanas são, muitas vezes, casuísticas, genéricas, nivelando coisas que não estão, absolutamente, em nível. Por exemplo, um pai ou mãe totalmente desnaturados que cometem barbáries contra filhos indefesos, existe isso, infelizmente, invés de dar azo a que se puna devidamente aos tais, seus tristes exemplos são usados para criar essas leis que vetam qualquer sorte de punição física, mesmo de pais centrados que, só o fazem quando absolutamente necessário, e inda assim, sem exageros.

Então, o pai cioso, disciplinador, é nivelado ao desequilibrado, bestial. Esse carece a tutela do Estado, aquele, não. Antes de mais nada cabe considerar que, o Estado é produto da sociedade, que, por sua vez, o é, das famílias. Ele deriva das famílias, não, as famílias do Estado.

A disciplina nunca é bem vista, pois, essa desmancha prazeres se opõe às inclinações naturais, e, aqueles que sentem-se deuses não toleram muito bem a oposição. “Porque a inclinação da carne é morte; mas, a inclinação do Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, não é sujeita à Sua Lei, nem, em verdade, pode ser.” Rom 8;6 e 7

Sendo a inclinação natural à morte, toda disciplina que visa livrar disso, é um gesto de amor, uma imposição pela preservação da vida. Quem é filho de Deus, uma ínfima minoria, infelizmente, sabe, que, Ele disciplina. “Porque o Senhor corrige o que ama, açoita a qualquer que recebe por filho... tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais, ao Pai dos espíritos, para vivermos?” Heb 12;6 e 9

Sabe, quem passou pela disciplina, que, mesmo Deus Sendo Espírito, muitas vezes toca no físico, quando anela nos corrigir. Sempre nos chama ao Seu Conselho; se, isso não bastar para moldar nossa caminhada, apela ao “cabresto”. “Instruir-te-ei, ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com meus olhos. Não sejais como o cavalo, nem a mula, que não têm entendimento, cuja boca precisa de cabresto e freio para que não se cheguem a ti.” Sal 32;8 e 9

A Cruz de Cristo, no fundo, é auto disciplina que nos aplicamos, ajudados pelo Espírito Santo, para que, nossa má inclinação não prevaleça. Ela, devidamente vivida é chamada de “andar em espírito”, única forma, aliás, de escaparmos da condenação. “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas, segundo o Espírito. Porque a lei do Espírito de vida em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.” Rom 8;1 e 2

O homem prudente, pois, disciplina-se, para não precisar ser disciplinado. “Porque, se nós julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados.” I Cor 11;31 Um pouco antes, Paulo dissera como a coisa se dava com ele: “Todo aquele que luta de tudo se abstém; eles fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível. Pois, eu assim corro, não como a coisa incerta; combato, não, como batendo no ar. Antes, subjugo o meu corpo, o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado.” Cap 9;25 a 27

Nesses tempos difíceis, onde as pessoas querem ser agradadas invés de corrigidas, mensageiros que ainda forem fiéis à Palavra de Deus como ela é, tendem a ter cada vez menos ouvintes. E, os que julgam o sucesso pelo volume invés da qualidade, a amontoarem-se sob esses “doutores” que se fazem animadores de mortos, invés de mensageiros da ressurreição. “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas, tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério.” II Tim 4;3 a 5

Paulo propõe sobriedade como antídoto aos tais, o que, implicitamente os põe como embriagados. E, como corrigir a um bêbado? “Como o espinho que entra na mão do bêbado, assim é o provérbio na boca dos tolos.” Prov 26;9


Resulta inútil a disciplina aos tolos, por isso, Salomão propõe que se mire outros alvos. “Não repreendas o escarnecedor, para que não te odeie; repreende o sábio, e ele te amará.” Prov 9;8

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