sexta-feira, 11 de março de 2016

Amor, o Divino motivo

Jacó fugiu para o campo da Síria, Israel serviu por uma mulher, por uma mulher guardou o gado. Mas, o Senhor por meio de um profeta fez subir a Israel do Egito, e por um profeta foi ele guardado.” Os 12;12 e 13

O que dois versos tão “antagônicos” fazem lado a lado no livro de Oseias? Ou, o que tem a ver o pacto de Jacó com Labão, onde se dispôs a guardar o gato sete anos, como dote por sua amada, com o Êxodo de Israel mediante a liderança do Profeta Moisés? Bem, o contexto sugere que há similitude, semelhança, invés de antagonismo entre os dois fatos, vejamos: “Falei aos profetas, multipliquei a visão; pelo ministério dos profetas propus símiles.” Vs 10

Acontece que, tanto o sentimento que motivou Jacó ao trabalho, quanto, Deus, a libertar Seu povo, foi o amor. Mediante o mesmo Oseias, O Eterno considerara a nação como Sua esposa, posto que, infiel. “Contendei com vossa mãe, contendei, porque ela não é minha mulher, eu não sou seu marido; desvie ela as suas prostituições da sua vista e os seus adultérios de entre os seus seios.” Cap 2;2 Estava repudiando-a, como marido traído a uma esposa adúltera. “Por causa da dureza de vossos corações Moisés permitiu dar carta de divórcio, mas, no princípio não foi assim”, Diria O Salvador mais tarde, justificando o repúdio em face à infidelidade.  

Tanto quanto, o amor fizera Jacó guardar os rebanhos de seu sogro, o mesmo sentimento fizera O Senhor conduzir seu povo pelo deserto, Seu rebanho escolhido. Contudo, Jacó teve mais sorte, pois, ao que consta não foi traído por sua amada, Raquel; ainda que sua concubina tenha deitado com Ruben, e, seu sogro o tenha enganado dando a noiva errada, forçando-o a mais sete anos de serviço pela que amava.

O Santo chegou a falar saudoso da “lua de mel” onde teve certo regozijo com Sua amada. “Lembro-me de ti, da piedade da tua mocidade, do amor do teu noivado, quando me seguias no deserto, numa terra que não se semeava. Então Israel era santidade para o Senhor, as primícias da sua novidade; todos que o devoravam eram tidos por culpados; o mal vinha sobre eles, diz o Senhor. Ouvi a palavra do Senhor, ó casa de Jacó, todas as famílias da casa de Israel; assim diz o Senhor: Que injustiça acharam vossos pais em mim, para se afastarem, indo após a vaidade, tornando-se levianos?” Jr 2;2 a 5

Parece que, consideraria razoável o abandono de Sua esposa, caso ela tivesse encontrado injustiça Nele; de modo que, desafiou-a a demonstrar isso.

Jacó, o enganador, que mentira a seu pai cego, se fizera passar pelo irmão Esaú, para herdar a bênção da primogenitura, esse, merecia ser enganado, como foi, recebendo Lia em lugar de Raquel, que amava. Ele não poderia desafiar ninguém a apontar suas injustiças, pois, sua própria trajetória o fazia. Mas, Deus?

O Patriarca esperando uma noiva recebera outra; O Eterno, desejando certa postura de Sua amada, deparou-se com algo indesejável. Mediante Isaías, ilustrou a nação como uma vinha, invés de esposa; a decepção, o adultério, como frutos degenerados. "Que mais se podia fazer à minha vinha, que eu lhe não tenha feito? Por que, esperando eu que desse uvas boas, veio a dar uvas bravas? Porque a vinha do Senhor dos Exércitos é a casa de Israel; os homens de Judá são a planta das suas delícias; esperou que exercesse juízo, eis aqui opressão; justiça, eis aqui clamor.” Is 5;4 e 7

Assim, se um marido romântico usa flores, bombons ou outros mimos similares quando quer realçar seu amor, para Deus, os melhore “mimos” que podemos oferecer é a prática da justiça.

A Igreja, os filhos do Novo Pacto são chamados, Noiva de Cristo; de uma noiva se espera pureza, não infidelidade; “Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, Cristo.” II Cor 11;2

Não que seja possível nos mantermos “virgens” no sentido de não pecarmos, mas, de nos “lavarmos” mediante arrependimento e confissão, sempre que isso acontecer.

Então, embora alguns tenham uma imagem distorcida do Eterno, como se fosse um Tirano, Castigador irado, é Seu amor que O move, tanto que trabalha ainda, para resgatar o que for possível.


Do Seu amor, Cristo disse: “Ninguém tem maior amor que esse: Dar sua vida pelos seus amigos.” Jo 15; 13, e do Amor do Pai, dissera: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas, tenha vida eterna.” Jo 3; 16

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