“Simeão
os abençoou, e disse a Maria: Eis que este é posto para queda e elevação de
muitos em Israel; para sinal que é contraditado; (E uma espada traspassará
também a tua própria alma); para que se manifestem os pensamentos de muitos
corações.” Luc 2; 34 e 35
Circula no You
Tube um vídeo cujo alvo é o humor chamado, “O exterminador do Passado”. Onde o herói viaja no tempo até
os dias de Cristo e mata Judas antes que ele traia seu Mestre. Embora seja apenas para rir, enseja refletir
também. O que faríamos se, como Deus, conhecêssemos o futuro?
O texto atribuído
ao profeta Simeão apresenta a “contradição” a Jesus assumindo intensidade tal,
que, uma espada transpassaria a alma de sua mãe, “para que se manifestem os
pensamentos de muitos corações.” Finaliza.
Não é forçar a barra, pois, concluir que Deus leva a liberdade de
expressão às últimas consequências. Aliás, se alguém poderia dizer como
Voltaire, “Não concordo com nada que dizes; mas, defenderei até à morte teu
direito de dizeres o que pensas”; esse,
seria Jesus.
A própria árvore proibida, aliás, outra coisa não era senão, um
meio de propiciar liberdade de expressão, escolha. Se Deus é grave quanto às consequências,
é vasto nas possibilidades; a nada força ninguém. Afinal, liberdade inconsequente,
nem Ele possui; pois, ao dar plena liberdade ao ser humano, as consequências recaíram
sobre Seu Filho Bendito.
Embora seja tema
sempre atual, sobretudo com os reiterados flertes ditatoriais do PT e sua tão
sonhada pauta do “controle social da mídia” nome palatável que dá à
censura como vige na Venezuela, Cuba,
China, Coreia do Norte, etc. a liberdade de expressão voltou à crista em face
ao sangrento ataque sofrido pelo Jornal “Charlie Hebdo” na França; onde, dez
jornalistas e dois policiais morreram. A
Al Qaeda do Iêmim teria assumido a paternidade da nojeira.
O que mais espanta é
que a maioria das vozes de protesto são tímidas; parece haver uma pressa
coletiva de provar que o Islã é uma religião de paz. Ora, o Ocidente é
majoritariamente “cristão” e com todos os defeitos do cristianismo professo,
que requer o uso das aspas, não mata pessoas por discordar da fé, “chargear” a
Jesus, ou um profeta qualquer.
Se o Islã é mesmo da paz, que seus expoentes
expliquem os atos da “Irmandade Muçulmana” no Egito; as barbáries do “Boko
Haram” na Nigéria, as muitas decapitações de reféns pelo “Estado Islâmico na
Síria, a recente chacina na França, etc.
Que fé é essa que eles pregam que sonega o direito à dúvida, ou, à
liberdade de divergir? Por que não interpretam entre as muitas “Suras” do Corão
que isso ensinam, quais são metáforas e quais se deve tomar literalmente. Eu li
o Corão, sei do quê falo.
Ah, mas não posso criticar, pois, corro risco de ser
morto também; danem-se! Sei das barbáries que se fez na “Era das trevas” no mundo ocidental blasfemando o Santo nome de Deus.
Mas, a marcha civilizatória e a própria Bíblia, interpretada, não, manipulada,
aos poucos colocou as coisas no lugar.
Embora haja reiterados apelos para que se creia, advertências quanto às consequências de se
rejeitar ao bom caminho, todos são livres para recusar. Circulam em nosso meio
filmes blasfemos como “A Última Tentação de Cristo”, espetáculos como, “Jesus Cristo Super Star” e
assemelhados, sem nenhuma violência contra seus idealizadores. Os pensamentos
dos corações seguem se manifestando livremente.
Ora, se o Eterno quisesse abafar todo o contraditório, tolher a
liberdade na marra, bastaria ter criado o homem sem possibilidades, sem a árvore
proibida; estaria programado um robô eternamente “obediente”.
Não dou um passo,
melhor, não digo uma palavra em defesa do Islã; seus defensores que o façam.
Desgraçadamente o ódio parece atrair mais que o amor. Quantos ocidentais,
Ingleses, americanos, e até brasileiros, deixam famílias para lutarem ao lado
dos decapitadores do Estado Islâmico?
Se, em certos aspectos são os opostos que
se atraem, nesse caso, são os semelhantes. Quem tem uma alma abostada, venera e
segue a um líder igualmente abostado. E temos camarões de sobra para
exportação.
Urge que se acabe com esse cinismo covarde de tentar dourar pílulas venenosas como se fossem de adoçante.
Abre-se espaços amplos, para progressão do Islã em países cristãos, e eles
seguem tratando assim, aos que discordam. Parecem ter braços diplomáticos para
espalhar cinismo, e os práticos para fazer valer o que está escrito.
Se já deprecio
ao cubo a hipocrisia cristã, por que seria diferente com os tais? Aliás,
voltando ao começo, se pudéssemos conhecer um pouco o futuro, digo, onde essa
doentia condescendência nos vai levar, não viajaríamos no tempo; mas, talvez
parássemos de viajar na maionese.
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