“É
necessário, que, dos homens que conviveram conosco todo o tempo em que o Senhor
Jesus entrou e saiu dentre nós, começando desde o batismo de João até ao dia em
que de entre nós foi recebido em cima, um deles se faça conosco testemunha da ressurreição.”
Atos 1; 21 e 22
Embora o fim fosse a Obra de Deus, eu diria que foi uma escolha
humana. “Dos homens que conviveram conosco todo o tempo em que o Senhor Jesus
entrou e saiu dentre nós..” O lapso deixado por Judas deveria ser preenchido
por alguém com credenciais para ser testemunha. Apresentaram dois, José e Matias,
a sorte caiu sobre o último. A Bíblia não veta que façamos escolhas, apenas,
exorta que sejamos consequentes.
Adiante, nova escolha, dessa vez, em plena
atuação do Espírito Santo; diáconos. Essa, um consórcio Divino humano; a
plenitude do Espírito como credencial e ausência de óbices humanos; “homens de
boa reputação”. “Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa
reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos
sobre este importante negócio.” Cap 6; 3 Se, a escolha ainda era humana e a
credencial Divina, parece pacífica a conclusão que se tratou de uma parceria. Claro
que, fazermos escolhas associados com o Santo requer uma comunhão mui estreita.
Estevão, embora separado para mero servidor revelou-se um excelente
evangelista, pleno de conhecimento e ousadia, o quê, lhe custou a vida, aos pés
do zeloso Saulo.
Por falar nele, chegamos a uma escolha “Irracional” que homem
algum faria. O inimigo declarado, violento contra a Obra de Deus, era a “pedra”
sorteada da vez. Claro que, antes, Deus teve dar uns “tratos à bola”
derrubando-o do cavalo, privando-o da visão por três dias, para que, no escuro
natural a luz espiritual encontrasse caminho.
Tanto era sem nexo que, quando
Ananias foi incumbido de orar por Saulo, recusou, temendo o que significara até
então. Nesse instante, Jesus assumiu a paternidade da “incoerência”; “Disse-lhe,
porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o
meu nome diante dos gentios, dos reis e dos filhos de Israel. Eu lhe mostrarei
quanto deve padecer pelo meu nome.” Cap 9; 15 e 16
Claro que, nesse ínterim
temos as escolhas de Cornélio, do Eunuco etíope, para a salvação; dois que se
inclinavam em seus corações a Deus, mas, faltava um empurrãozinho. Contudo, as
escolhas pré alistadas têm em comum que, seu prisma era ministerial; não
atinavam à conversão, ainda que se deu com Paulo.
Por fim, aqueles que escolheram a si
mesmos sem as devidas credenciais. Saíram edificando sobre trabalho alheio,
propondo coisas superadas como necessárias à salvação. Seu estrago foi tal que,
deu azo a um concílio apostólico para devida correção.
Os preceitos resultantes
da reunião, além dos necessários reparos, deixaram claro que os tais não foram
escolhidos para o ministério. “Porquanto ouvimos que alguns que saíram dentre
nós vos perturbaram com palavras, transtornaram as vossas almas, dizendo que
deveis circuncidar-vos e guardar a lei, não lhes tendo nós dado mandamento;”
Cap 15; 24
Tanto pode Deus ver um ministro
idôneo onde parece haver um inimigo, como em Paulo, quanto, podem fazer a obra
do inimigo os bem intencionados, mas, sem noção, que metem os pés pelas patas,
ao desejarem algo elevado, sem o devido preparo.
A escolha ministerial é
louvada como excelente; contudo, demanda alguns predicados quê, se não possuímos, devemos tratar de consegui-los,
antes de por a mão no arado. “se alguém
deseja o episcopado, excelente obra deseja. Convém, pois, que o bispo
seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto,
hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não espancador, não
cobiçoso de torpe ganância ...” I Tim 3; 1 a 3
Nosso direito de escolha é
sagrado; mesmo ante o aparente óbvio, como um cego que o buscou, Jesus
perguntou o quê ele queria.
Escolhas inconsequentes afetam toda vida. Quantas mulheres escolheram pela casca;
casaram com um “gato” que hoje deixa faltar “Wiskas”? Quando Samuel cogitou um
rei entre os “sarados” filhos de Jessé, Deus o advertiu: “o Senhor não vê como
vê o homem; o homem vê o que está diante dos olhos, porém, o Senhor olha para o
coração.” I Sam 16; 7
Quando o loquaz Pedro reiterou seu amor a Cristo, O
Senhor advertiu sobre o preço da escolha: “...quando eras mais moço, cingias a ti mesmo, andavas por onde querias;
mas, quando fores velho, estenderás as
tuas mãos, outro te cingirá, te levará
para onde não queiras.” Jo 21; 18
“Uma pessoa imatura pensa que
todas as suas escolhas geram ganhos. Uma pessoa madura sabe que todas as
escolhas tem perdas.” Augusto Cury
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