“Porque
o trono se firmará em benignidade, sobre ele no tabernáculo de Davi se assentará
em verdade um que julgue, busque o juízo, se apresse a fazer justiça.” Is 16; 5
Claro que esse trono profetizado atina
ao “Filho de Davi”, Jesus Cristo. Alguns substantivos alistados servem para dar
a “mostra do pano”. Benignidade, verdade, justiça.
Suponhamos, por um momento,
que um governo humano, do partido que fosse, uma vez eleito, laboraria tão
somente para exercitar esses atributos; quem desejaria algo melhor? Ou; ousaria
fazer oposição a valores tão nobres? Certamente, alguém, ao qual, tal coisa
incomodasse. Sim, mesmo os mais altos valores incomodam diretamente
proporcional à vileza dos incomodados.
Afinal, o Reino de Deus não sofre
oposição mais ferrenha que qualquer governo? Vamos escrutinar um pouco os “males”
dele.
Benignidade: Qualidade de quem visa, pratica, promove o bem. Embora, bem,
pareça ser uma coisa óbvia numa avaliação superficial, amiúde, não é assim. Ouso afirmar que, se perguntássemos
numa pesquisa entre pessoas comuns sobre o ser, do bem, mais da metade delas
responderia errado, confundindo com, bom. Não é a mesma coisa? Absolutamente.
O
bem atina a um alvo duradouro; nesse fim, pode lançar mão de meios que não são
bons. O bem produz um resultado, o bom, uma sensação.
Por exemplo: Uma cirurgia
para remoção de um apêndice infeccionado é bom? Não. É doloroso. Mas, o
resultado dela, se bem sucedida produz um bem; restauração da saúde. Por outro
lado, fartura de frituras, guloseimas, chocolate, e afins, perguntemos ao
guloso se acha bom. A resposta é óbvia. Entretanto, resulta em obesidade,
diabetes, etc. tantas coisas que nem de perto podem ser classificadas como,
bem.
Não estou esposando a ideia que Deus não é bom. Antes, que Sua prioridade
é nosso bem, mesmo que, isso demande
certas dores. Ele mesmo, encarnado, foi o “Homem de dores”.
Claro que o alvo
não é a dor em si, antes, o resultado que produz. “Melhor é a mágoa do que o
riso, porque com a tristeza do rosto se faz melhor o coração.” Ecl 7; 3 Ninguém
dirá que mágoa, tristeza, é bom; contudo, qualquer um admitirá que um coração
dócil, empático, solícito, é um grande bem.
Desse modo, também Paulo abstraiu o
mal das dores em atenção ao resultado do “tratamento”. “E sabemos que todas as
coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que
são chamados segundo o seu propósito.” Rom 8; 28 Acho que, sobre bem e bom, já basta.
Verdade: Outra palavra muito mal compreendida, e, não raro,
confundida com opinião. Quantas vezes deparo com: “Cada qual tem sua verdade”.
Como é que é, cara pálida? Quer dizer que existe mais que uma? Não!! Verdade é
um bem absoluto, tanto quando nos favorece, quanto, quando nos prejudica.
O que
cada um tem são opiniões, preferências, inclinações. O Salvador disse: “Eu
sou... a verdade...” Muitos não creem,
ou, não gostam Dele. Isso O faz mentira? Paulo pensava diverso: “Pois quê? Se alguns foram incrédulos, sua incredulidade
aniquilará a fidelidade de Deus? De maneira nenhuma; sempre seja Deus
verdadeiro e todo o homem mentiroso;...” Rom 3; 3 e 4 Aqui temos o primeiro
problema com a verdade; somo maus; ela tem mania de mostrar isso.
O Senhor usou
muitas vezes um jeito singular de falar: “Em verdade, em verdade, vos digo;” Diverso
dos profetas que falavam: “Assim diz o Senhor!” Ele era direto: “Eu vos digo”,
porque É Ele O Senhor. Disse mais: “Eu e o Pai somos UM”, e “O testemunho de
dois é verdadeiro”, evocava Os Dois ao dizer: “Em verdade, em verdade...”
Erram
ao afirmar que verdades mudam à medida que a ciência avança. A percepção muda;
a verdade é absoluta.
Lembro fragmentos de duas canções. “mente pra mim, mas,
diz coisas bonitas...” ( Aguinaldo Timóteo ) Desprezaria a verdade em troca do bom, a mentira
agradável. “falso, preciso ser mais falso, a verdade gera confusão”; essa não
lembro quem cantava, mas, vemos que em geral a humanidade não lida fácil com a
verdade.
Como seria uma campanha política onde somente se falasse a verdade?
Talvez, o início do plantio do terceiro substantivo, justiça.
Embora a
diversidade seja boa quando atina à cultura, estética, temos seu lado nocivo
nos campos da moral. Noções diversas, parciais, de justiça; boa quando favorece; indesejável quando pune.
A imensa maioria se opõe a Deus, pois,
em seu egoísmo devaneia com um reino paralelo onde as aspirações de um doente
moral, caído, se sobrepõem aos valores eternos.
O Reino será estabelecido,
benigno, verdadeiro e justo. Eventuais opositores não passam de amotinados. “Por
que se amotinam os gentios, e os povos imaginam coisas vãs?” Sal 2; 1
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