sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Cartões de Natal de Jesus



“E, quando chegaram e reuniram a igreja, relataram quão grandes coisas Deus fizera por eles; como abrira aos gentios a porta da fé.” Atos 14; 27

 Embora parecesse estranho num primeiro momento, para Judeus convictos, se, Deus estava abrindo a porta da fé aos povos, eles andavam alegremente após, sem questionar os atos Divinos. 

A graça e o amor de Deus podem ser usados indevidamente tanto pelos exclusivistas quanto pelos libertinos. Os primeiros, sentindo-se únicos alvos do amor do Eterno; os segundos, tentando fundir amor universal com aceitação incondicional. Que o amor Divino é supra-racial, nacional, cultural é amplamente demonstrável desde a chamada de Abrão. “Em ti serão benditas todas as famílias da Terra”; depois: “Vinde a mim, todos...” “Pregai o Evangelho a toda criatura”; etc.  

Os Judeus eram os exclusivistas da época; espantaram-se de O Senhor estar conversando com uma samaritana; disseram que certo centurião era digno de ser abençoado porque ajudara a construir uma sinagoga e amava Israel, etc. Tanto que, para romper essa barreira, O Espírito Santo teve que mostrar uma visão a Pedro, onde se ordenava que ele matasse e comesse animais “impuros”; ele recusou claro! Então, veio a advertência Celeste: “Não chames comum ou impuro ao que Deus purificou”. Uma vez mais, a porta da fé aberta aos gentios; No caso, ao centurião Cornélio e sua casa. Se, hoje, o exclusivismo nacional arrefeceu um pouco, temos o denominacional, ideológico, cultural. 

O mau uso do amor Divino pelos amorais não é menos complexo que o outro caso. Esses, não raro, tacham de preconceito aos que se atem ao rigor da Palavra do Eterno. Radicais, fundamentalistas, são pechas que desfilam de mãos dadas com, preconceituosos. Deus ama a todos, não importa suas opções, dizem. Meia verdade apenas. Deus ama a todos, ponto. As escolhas, porém, são determinantes quanto ao que, o amor do Criador pode fazer por nós. “Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e tua descendência, amando ao Senhor teu Deus, dando ouvidos à sua voz,  achegando-te a ele; pois ele é a tua vida, o prolongamento dos teus dias;...” Dt 30; 19 e 20 A escolha da vida, enfim, é mesmo meio “preconceituosa” uma vez que demanda dar ouvidos à voz de Deus. 

Assim, os libertinos modernos ousam ficar longe dos preceitos, sem, contudo, prescindirem devanear com a sombra da aceitação incondicional. Ora, se Deus não conta para dizer como devemos andar, igualmente, não conta para nos abençoar. “Entretanto, porque eu clamei e recusastes; estendi a minha mão e não houve quem desse atenção, antes rejeitastes todo o meu conselho, não quisestes minha repreensão, também de minha parte eu me rirei na vossa perdição e zombarei, em vindo vosso temor.” Prov 1; 24 a 26 Em suma: Quem escolhe ignorar a Deus, junto, escolhe ser ignorado. Adiante, diz: “Mas o que me der ouvidos habitará em segurança, estará livre do temor do mal.” V 33 
 A bênção de Deus é maciça; digo, não se transmite via palavras ocas, antes, via observância de Sua Palavra. 

Nas épocas natalinas, por exemplo, corruptos, adúlteros, mentirosos, fornicadores, ladrões, etc. trocarão cartões de Natal, desejando, entre outras coisas, que “tudo se realize, sonhos, metas, objetivos sejam alcançados. Deus ilumine caminhos abra ricas oportunidades, etc.” Mas, ouse O Santo iluminar um pouquinho numa mensagem carrancuda como essa, e presto darão às costas por desabituados à luz. Ele mesmo disse: “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más.” Jo 3; 19 

O Salvador quando enviou seus “cartões” de felicitações foi seletivo, malgrado Seu amor universal. Disse: “Felizes os pobres de espírito...  os que choram...  os mansos... os que têm fome e sede de justiça... os misericordiosos... os limpos de coração... os pacificadores... os perseguidos...”  

Enfim, duas coisas precisam ficar patentes: Deus não tem favoritos “à priori”, ainda que, os tenha em face às escolhas destes. “Os meus olhos estarão sobre os fiéis da terra, para que se assentem comigo; o que anda num caminho reto, esse me servirá.” Sal 101; 6 Outra: O amor universal derramado não ignora nem tolhe nossas escolhas; antes, peleja conosco no sentido de que façamos a coisa certa. 

Afinal nossa perdição, desdita, não faz bem nenhum ao Santo. “...Vivo eu, diz o Senhor Deus, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois, por que razão morrereis...” Ez 33; 11

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