“De
madrugada levanta o homicida, mata o pobre e necessitado, de noite é como o
ladrão. Assim como o olho do adúltero aguarda o crepúsculo, dizendo: Não me
verá olho nenhum; oculta o rosto, nas trevas minam as casas, que de dia
marcaram; não conhecem a luz. Porque a manhã para eles é como sombra de morte;
pois, sendo conhecidos, sentem pavores da sombra da morte.” Jó 24; 14 a 17
Jó
pinta ímpios como seres que se sentem bem no escuro, com máscaras, e,
assustados à luz. O Salvador reiterou noutras palavras: “E a condenação é esta:
Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque
suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para
a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3; 19 e 20
Entretanto,
não devemos ter uma compreensão superficial dessa luz. Não se trata de um viés
simplista tipo, noite versus dia; antes, esses, são figuras, ilustrações de se
ter luz, ou, estar privado dela. O clássico dito que as aparências enganam
brotou da autocrítica popular que, em dado momento descobriu-se no escuro; sem
discernimento.
O teatro das aparências consegue disfarçar monstros, drogar
neurônios, submeter a razão às paixões a toque de caixas, como fez o PT na
campanha eleitoral, por exemplo. Aécio dizia que o cenário demandava medidas
amargas; acusavam-no de querer aumentar os juros, tarifas, combustíveis, uma
vez que, ele seria candidato do ricos.
Pois bem, passados dez dias das eleições
o PT fez tudo isso que acusava ao adversário de intentar; incendiou as paixões
de seus seguidores que votaram “venceram” comemoraram e foram dormir.
Na verdade,
estavam assim já, pois, quem os lidera lança mão de trevas, em lugar de luz. Trevas
até podem despertar paixões, diverso da luz que dá azo ao entendimento.
Sócrates,
o grego, depreciava cabalmente aos sofistas, a antítese dos filósofos. Esses
laboravam para iluminar, produzir ciência; aqueles, para convencer, produzir
crença. Assim, se aos filósofos interessava nada menos que a verdade, aos
sofistas bastava a verossimilhança, obreira do engano. Com armas assim, a
campanha do PT convenceu aos seus.
Apesar das acusações dos céticos, Deus nunca
desejou que crêssemos sem entendimento; antes, exortou que buscássemos; ordenou
que os apóstolos fizessem discípulos, ensinassem; e denunciou uma geração que
pereceu por omissa nisso. “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o
conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também te rejeitarei...” Os
4; 6
O Criador permitiu que nossos
crânios tivessem cérebros porque quer que os usemos. Que busquemos luz. Claro
que a Luz do Cristão não é uma coisa vaga, sem objeto, mera destreza
intelectual; antes, conhecimento de Deus, Seu Ser, Sua Vontade, expressos em
Sua Palavra. “ Lâmpada para os meus pés
é tua palavra, luz para o meu caminho.” Sal 119; 105
O Eterno é Ético, Educado,
Coerente; Nunca viola a vontade humana. Alguém já ouviu falar de “possessão
pelo Espírito Santo?” Não. Todavia, possessão maligna é comum como uso do til
em João.
O que o espírito maligno faz com almas ímpias, os sofistas fazem com
uma das faculdades da alma, a mente. Tomam à força. Feito isso, as outras
faculdades, emoção e vontade, facilmente sucumbem; assim, as vítimas do engano
em certo grau são “possessos” também. Se, não por um espírito mau, por
predicados, ensinos de origem má.
Quanto ao Espírito de Deus, somente após a
livre anuência dos que ouvem a Boa Nova, passa a residir nos Salvos; ainda
assim, respeita as escolhas humanas, mesmo que possa se entristecer. “...depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da
vossa salvação; tendo nele também crido,
fostes selados com o Espírito Santo...” Ef 1; 13
Vem para auxílio, mas, delega ao ser humano as escolhas; ainda, Paulo aconselha: “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual
estais selados para o dia da redenção.” Ef 4; 30
Assim, o trabalho do Espírito
Santo é ampliar nosso entendimento sobre o que Cristo Fez, auxiliar-nos; se
cooperarmos, nos aperfeiçoará: “Tendo por certo isto mesmo, que aquele
que em vós começou a boa obra aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;” Fp 1; 6
A luz espiritual é progressiva na senda dos que escolhem a justiça; “a vereda
dos justos é como a luz da aurora; vai brilhando mais e mais até ser dia
perfeito.” Prov 4; 18
Diversa da luz natural que faculta ver sem compromisso, a
espiritual requer andar conforme. “se
andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, o
sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1; 7
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