“Desde
a antiguidade fundaste a terra; os céus são obra das tuas mãos. Eles perecerão,
mas tu permanecerás; todos eles envelhecerão como um vestido; como roupa os
mudarás e ficarão mudados. Porém tu és o mesmo, os teus anos nunca terão fim.”
Sal 102; 25 a 27
Esse trecho do hino hebraico traz três coisas interessantes; a
afirmação categórica do criacionismo; a previsão que efeitos biodegradáveis incidirão
sobre a natureza; e que a ação do tempo será inócua sobre Deus, pois, Ele É
Eterno.
Se, o criacionismo for verdade como cremos, os efeitos preditos se
devem verificar também. Noutras palavras: A criação deve envelhecer.
Isaías
apresenta as causas: “A terra pranteia e se murcha; o mundo enfraquece e se
murcha; enfraquecem os mais altos do povo da terra. Na verdade a terra está
contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis,
mudado os estatutos, quebrado a aliança eterna. Por isso a maldição tem
consumido a terra; os que habitam nela são desolados; por isso são queimados os
moradores da terra, poucos homens
restam.” Is 24; 4 a 6
Paralelo ao decréscimo da vida natural está o da vida
humana; “... enfraquecem os mais altos do povo da Terra.” Se, mesmo aos mais
altos sucede, que dizer dos demais?
A teoria evolucionista que se contrapõe à
criação defende o progresso da vida em
suas variadas formas. Qual das duas premissas a realidade que nos cerca
corrobora? Todo dia deparamos com novas, sobre espécies em extinção, poluição
de mananciais, pestes dizimando a população, como agora, o Ebola, etc. Isso são
evidências de evolução, ou, envelhecimento? A corrupção generalizada,
capitulação às drogas, promiscuidade que nos cercam indicam o quê? Evolução?
Rumo a qual alvo?
Com um mínimo de honestidade intelectual se pode verificar
que as demandas evolucionistas estão gritantemente ausentes de nosso
existenciário, enquanto, os vaticínios criacionistas se cumprem rigorosamente.
Todavia,
invés de mero conformismo com tal derrocada, a Bíblia acena com esperança,
regeneração. “Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos
filhos de Deus. Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade,
mas por causa do que a sujeitou, na esperança de que também a mesma criatura
será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos
de Deus. Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de
parto até agora. E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do
Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção
do nosso corpo.” Rom 8; 19 a 23
Depois de apresentar breve resumo, Paulo
expressa o quê, chama de “ liberdade da glória dos filhos de Deus...” “A
redenção de nosso corpo.” Sim, todas as
fragilidades físicas decorrentes da sentença pelo pecado sumirão, quando nosso
corpo for redimido.
Pois, a “servidão da corrupção”, aqui, não tem conotação
moral; antes, alude ao próprio corpo que se corrompe mercê do tempo. Ainda que
o Espírito regenerado ande na contramão. “Por isso não desfalecemos; mas, ainda
que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia
em dia.” II Cor 4; 16
Contrário ao ensino de alguns pavões da praça, os salvos
estão sujeitos a tudo, enfermidades, acidentes, etc. Afinal, possuem um tesouro
( novo homem ) em vaso de barro; ( corpo corruptível. )
Ademais, quando o Salvador lançou Seu apelo,
prometeu descanso pra alma, não pro corpo. “Tomai sobre vós o meu jugo, e
aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso
para as vossas almas.” Mat 11; 29
A redenção da natureza, chamada de “novos
Céus e nova Terra”, faz parte do pacote de providências do Criador. Se a
criação está com dores de parto, como ilustrou o apóstolo, por certo, espera um
filho, quem?
Falando sobre Cristo aos
crentes efésios Paulo ensina: “Em quem também vós
estais; depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa
salvação; tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da
promessa. O qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão
adquirida, para louvor da sua glória.” Ef 1; 13 e 14
Contudo, se há um “parto
planetário” por ocasião da volta do Salvador, há outro individual, que deve
ocorrer em cada um que quiser fazer parte do Reino regenerado. O mesmo
apóstolo ilustra: “Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto,
até que Cristo seja formado em vós;” Gál 4; 19
Cristo precisa nascer em cada um
de nós. Assim, Nele é revivido nosso espírito; a alma é salva, e o corpo dorme
na esperança de redenção. Sem ele, apenas decrepitude, morte.
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