“E
o Senhor disse: Eis que o povo é um, todos têm uma mesma língua; e isto é o que
começam a fazer; agora, não haverá
restrição para tudo o que eles intentarem fazer.” Gên 11; 6
Os que veem na
união um fim, deveriam reler e interpretar bem esse texto. O cenário mostrava
uma unidade divorciada da Vontade Divina, de modo que, Deus confundiu para
desunir.
Assim, a separação derivada de idiossincrasias é doentia, como versa
Salomão: “Busca satisfazer seu próprio desejo aquele que se isola; ele se
insurge contra toda sabedoria.” Prov 18; 1 Porém, quando procede de Deus é
medicinal. “Portanto assim diz o Senhor: Se tu voltares, então te trarei e
estarás diante de mim; se apartares o
precioso do vil serás como a minha boca; tornem-se eles para ti, mas não voltes
tu para eles.” Jr 15; 19
Nenhuma concessão temos aqui, antes, uma firmeza
radical. “...tornem eles para ti, mas, não voltes tu para eles.” Nesses dias difíceis, de linguagem ambígua e
canonização do erro coletivo em nome da união dos povos, qualquer que ousar
defender estritamente os preceitos Divinos fala uma língua diferente; acaba
separando, como em Babel.
Acontece que o Reino de Deus e a globalização são
coisas mui distintas, quando não, opostas. Essa visa amalgamar diferenças
culturais e religiosas vencendo inclinações meramente locais em nome do “bem
comum”; ainda que seja, em clara oposição à Palavra de Deus.
O Reino tem cá peregrinos,
embaixadores com a missão de reconciliar quantos puderem antes do julgamento do
Grande Rei. Isso se faz nos termos Dele; fora dos tais, não importa a intenção,
ostentação, não passa de transportar tijolos para a torre da desobediência.
Afinal, o reverso da confusão de línguas onde ninguém mais se entendia foi
feito durante o Pentecostes, sendo o motor da unidade o Espírito Santo; o fim,
a exaltação de Deus.
“Partos e medos, elamitas e os que habitam na Mesopotâmia,
Judéia, Capadócia, Ponto e Ásia, Frígia,
Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, forasteiros romanos, tanto judeus como
prosélitos, Cretenses e árabes, todos nós temos ouvido em nossas próprias
línguas falar das grandezas de Deus. E todos se maravilhavam e estavam
suspensos, dizendo uns para os outros: Que quer isto dizer? Outros, zombando,
diziam: Estão cheios de mosto.” Atos 2; 9 a 13
Então, se em Babel as coisas fluíram do uno para o múltiplo dado que
estavam se opondo ao querer de Deus, em Pentecostes vemos uma vasta
multiplicidade de nações convergindo para o UM, movidos pelo Espírito Santo
para reconhecerem e exaltarem a grandeza de Deus.
Embora uns gaiatos tivessem
dito que os “batizandos” estavam cheios de vinho, a pergunta anterior convém
responder. “O que isto quer dizer?” Quer dizer que, os que se reúnem em torno
de Cristo e Sua Palavra, além de Salvos recebem o Espírito Santo; Nesse já está plasmada a unidade de todos os
servos do Reino, não importando sua origem, idioma, cultura.
Quer dizer mais:
Que os que estão de fora, meramente curiosos, não conseguem crer, tampouco
entender o agir Divino. Onde jorra fartamente a Água da Vida, não podem ver
mais que droga, álcool. Nesses, como naqueles dias ainda é assim.
Os que são de
Deus já estão unidos em Um Espírito, não dependem de arranjos humanos, tipo,
ecumenismo. Os que olham de fora seguem vendo como droga nossa firmeza, que
tacham de fundamentalismo, radicalismo, fanatismo, etc.
Então, apesar dos “bons
ventos” pela globalização econômico-cultural, da unidade religiosa em avançada
construção, isso tudo não passa de motim global contra o Santo. Ele não tenciona
que a gente se una mesmo com divergências espirituais graves; antes, que a
separação fique bem patente.
Desafia a um upgrade nesses dias, tanto aos justos,
quanto, injustos; para que as posições sejam visíveis. “Quem é injusto, faça
injustiça ainda; quem está sujo, suje-se
ainda; quem é justo, faça justiça ainda;
quem é santo, seja santificado ainda.”
Apoc 22; 11
Em suma, se estão na moda os pregadores liberais, os “flexíveis” a
fazer concessões que a Palavra não faz, com fito de evitar polêmica, aos servos
de Deus ainda valem os conselhos dados a Jeremias. “...se
apartares o precioso do vil, serás como a minha boca; tornem-se eles para ti,
mas não voltes tu para eles.”
Claro que
em dias de igrejas empresas, quantidade acaba equacionada com qualidade.
Todavia, o Eterno nunca se impressionou com isso; antes, exaltou a oferta
mixuruca da viúva pobre que deu duas moedas, e disse que uma alma salva vale
mais que o mundo inteiro perdido.
Afinal, flutuar água à baixo até bosta
consegue. Pra ousar contra a corrente, como salmões, antes de tudo, precisamos
estar vivos.
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