quinta-feira, 11 de setembro de 2014

É pelos vinte bilhões



“Não pergunte o que seu país pode fazer por você, pergunte-se o que você pode fazer por seu país.”  John Kennedy 

Muitos citam  essa frase do ex-presidente americano sem refletir o que, de fato, significa.  A ideia de um engajamento cívico nacional embalou muitos “sonháticos”, sobretudo, da imprensa, durante as manifestações de junho de 2013. “ O Gigante Acordou”! Estampavam em manchetes. “Não é pelos 20 centavos”, diziam outros aludindo ao epicentro da coisa que foi o Tal movimento “Passe Livre” em São Paulo.

Sim, era por educação, hospitais, transporte, justiça, “Padrão FIFA”.  Arruaceiros mascarados colocavam para quebrar literalmente; enfrentavam a polícia, bloqueavam pontes, avenidas, destruíam bancos, praças de pedágio, etc... 

Mas, eram “manifestações pacíficas;” cívicas, que irremediavelmente melhorariam nosso país. Se esforçavam em fazer crer os sonhadores da mídia, minimizando a baderna que seria uma “minoria infiltrada”. Os cidadãos de bem que marcharam junto, infelizmente, não passaram de inocentes úteis. Emprestavam  corpo à multidão para suportar a cabeça dos arruaceiros que mandaram ver contra tudo e contra todos.  

Seu protesto era antes, anarquista, que cívico. Contra autoridades policiais, a lei, a ordem, invés, de uma correção de rumos, nos meios das instituições democráticas.  

Os cartazes empunhados mostravam pautas tão difusas que a maioria sequer sabia por que estava protestando. Como o cardápio do “Café Colonial” servido na Serra Gaúcha, cuja variedade é imensa; impossível provar a metade das guloseimas servidas. 

Muitos veteranos de manifestações  contra a ditadura davam entrevistas, maravilhados com a “consciência” dos jovens. O fato é que, por uns dias a febre grassou, sem objetivo, sem alvo, rumo. Pouco a pouco apagou sem deixar brasas, como fogo de palha. 

O Governo Federal acenou com dois ou três paliativos da dita “reforma Política” que na prática favorece ainda mais a corrupção, e  nada foi feito. Ao contrário; os aviões da FAB seguiram trabalhando para transportar corruptos às suas festinhas particulares. 

A “Base Aliada” seguiu formando quadrilha para bloquear investigações disfarçadas de CPIs, e a roubalheira continuou seu baile. Os quadrilheiros do Mensalão foram absolvidos da acusação de formação de quadrilha, mesmo roubando em grupo devidamente organizado. André Vargas e Luis Moura, foram descobertos com mais vínculos ao crime organizado que à política; Alberto Youssef foi preso pela Polícia Federal acusado de “lavar” dez milhões de reais de origem corrupta via Petrobrás. 

Agora, Paulo Roberto Costa resolveu abrir o bico de olho na “delação premiada”, e a lista de políticos é extensa. Envolve figurões do Governo e do Congresso. Disse que o “mau negócio” de Pasadena foi de propósito para desviar grana para o “sistema”. 

A Presidente Dilma afirmou não saber direito o que houve, mas, garantiu que estava solucionado. ( ? )  Ora, se ela nem sabe  o que aconteceu, como quer nos fazer crer, como tomou providências corretivas? O Fato é que uma refinaria em Pernambuco que a princípio foi orçada em três bilhões aproximadamente, já passa de vinte. 

Assim, um povo que viu motivos para iniciar uma cruzada cívica por vinte centavos, agora não vê num roubo que excede 20 bilhões. Pior, a cada pesquisa que se divulga, parece que a candidata oficial cresce proporcionalmente às denúncias de corrupção. 

“Vem pra rua, vem”! O que significava aquilo? Honestamente penso que, a maioria não deplora a corrupção em si, antes, a inveja. Se puder levar uma fatia, por pequena que seja, seu “civismo” adormece e ele vive satisfeito. Assim, sindicatos pelegos, ONGs a serviço da causa “bolivariana” e, “bolsistas” de toda ordem estão em paz, mesmo que a corrupção grasse a ponto de matar a galinha dos ovos de óleo. 

Desgraçadamente somos uma nação corrupta, sem valores, sem vergonha; e o Congresso Nacional é nosso retrato fiel. Agora pretendem que Costa seja ouvido pela CPMI com maioria governista; gente diretamente envolvida como, Romero Jucá, Renan Calheiros e Henrique Alves. Francamente! 

Lula foge de jornalistas sérios como o diabo da cruz; anda só entre plateias amestradas atacando um imaginário “eles” que não teriam feito nada, como se ele tivesse inventado o Brasil. 

Sequer se lhe cobram explicações sobre o caso Rose Noronha, ( Não o adultério, isso é com a Marisa ) mas, a roubalheira patrocinada pelo esquema. Nada. Ninguém nas ruas. Ele mentiu outro dia a uma galera assim na Bahia que apenas quatro nações do primeiro mundo cresceram mais que o Brasil nos últimos anos. Ora, até o Azerbaijão nos vence nisso.  

A dinheirama roubada da Petrobrás compra a “base”; essa aluga seu tempo na TV para o governo mentir, encenar e comprar votos de incautos. Assim gira o círculo vicioso.

Enfim, se nada mui expressivo podemos fazer pelo nosso país, pelo menos, pensar bem ao votar; sentir vergonha da roubalheira, e confirmar.

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